Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O medo de calarem nossa voz

Tenho medo do futuro do meu país, pátria amada, Brasil...

Tenho medo do rumo que estamos tomando, do que sabemos por notícias, por histórias contadas por conhecidos ou por experiências próprias.

Tenho medo de ver nosso dinheiro diminuindo enquanto as coisas vão aumentando, e de que algo falte à minha família; tenho medo (e raiva) de não ver reconhecimento a meus estudos, e de ver que um bocó qualquer ganha 10 ou até 100 vezes mais que eu por que rebola ou joga futebol. Tenho medo de ver patrulhinha ou qualquer ser fardado. Neste caso, morro de medo! Eu me sinto em situação de insegurança e vulnerabilidade cada vez que vejo um policial, e abaixo os olhos, desvio o rosto, passo bem rapidinho.

Tenho medo de entrar, e também de sair de casa. Do que posso encontrar, e também do que vejo pelo caminho. Tenho medo do que reserva o futuro de meu filho. 

Mas mais que tudo isso, meu medo paralisante, é do que acontece na política de meu país. Meu pai foi preso político, e ficou viúvo antes dos 30 anos de idade, viveu experiências que eu não gostaria de experimentar jamais. Tem até hoje sequelas daquele tempo, graças a Deus não tantas quanto muitos de seus amigos, aqueles que sobreviveram...

Uma de minhas melhores amigas nasceu na Costa Rica, por que seus pais estavam exilados. Seus crimes? Gostarem de cantar e de poesia. Isso mesmo! Você não entendeu errado... Movimentos culturais eram suspeitos, e quem gostava deles, criminosos procurados, com fotos em jornais e revistas muitas vezes. Eram transgressores da ordem, eram denunciados por vizinhos e até por parentes. 

Tenho medo de todo e qualquer tipo de violência, mas não há medo que me aterrorise mais do que o da volta da ditadura, da censura. E não voltaram? Me diga, se você mora no Brasil, quando foi a última vez que se sentiu representado em suas necessidades, nas necessidades de sua comunidade? Quando teve a certeza de seu direito de ir e vir respeitado? Quando sentiu seu direito à cidadania de forma concreta? 

Ainda tenho a sensação da liberdade de expressão. De que posso vir a meu blog e falar de tudo o que me der na telha, doa a quem doer. Cada vez eu posso menos, já sabemos. Mas ainda posso! Agora, se isso está mudando... Se uma resolução recente é capaz de proibir a manifestação de ideias, o retorno está acontecendo. Ainda podemos conversas sobre qualquer assunto em rodas de amigos, e uma reunião, em festa, não é interpretada como complô, como organização de rebeldes. Ainda não é punida.

Manifestações culturais ainda não estão sofrendo cortes, não precisam passar por equipes de censura, mas já recebem restrições por forma da lei. E isso muda tudo!! Isso nos obriga a buscar informação. A lutar pelo país que sustentamos. Por que nossos impostos deveriam ser revertidos em benefícios, e apesar de pagá-los todos, nós também pagamos escola, plano de saúde, pedágio e etc. E o fazemos cordatos e subservientes. 

Está na hora de romper a barreira do medo, de dizer que não dá mais. Isso se faz nas urnas, claro, só que não apenas. Se faz na cobrança também, na vigilância, no movimento por justiça. 

Por que nos comovemos e nos mobilizamos, fazemos faixas de ódio, quando um maluco mata sua própria filha, jogando-a pela janela do apartamento, ou quando um maníaco mata a ex-namorada e bota a perder tudo o que conquistou com seu futebol, mas assistimos calados quando um deputado vota seu novo aumento de salário e reduz a aposentadoria, para que não haja crise na previdência... É, aquela pela qual você trabalhou e pagou a vida inteira, e ele, não!

Que a gente sinta medo. E que este medo nos movimente à mudança! Não dá mais para continuar assim!

Este texto é minha participação na nova blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo: Emoções e Sentimentos. E também uma bandeira que ergo, em prol de mudanças, seguindo uma idéia da Crica Viegas e da Beth/Lilás. Se quiser, fique à vontade para começar este movimento comigo. Ainda não há nada, apenas muita vontade de fazer a diferença e uma ideia de um selo.

Beijos,
Tati.

27 comentários:

Macá disse...

Tati
Eu fiz minha histórinha hoje falando sobre medos, mas lendo o seu vi que sou igual a você. Tenho medo de tudo isso que você publicou. Nossa, que vida essa heim? Diferente de você que tem um filhinho de 5 anos, os meus já estão crescidos, mas ainda terão muito a viver, e eu bem que gostaria que fosse uma vida sem Medos.
Vamos sim batalhar por isso.
beijos

Bordados e Retalhos disse...

Tati esse mundo é pequeno mesmo. Eu falando no meu post de presos políticos e vc fala no seu sobre o seu pai. Que coisa! Amiga hoje lendom os posts da blogagem confesso que medos e medos afloraram em mim. Tenho uma amiga, a Ana caracoche, aliás um casal de amigos. Seu marido (agora infelizmente ex marido - digo infelimente pois detesto saber que casamentos acabam) chama-se Oscar gatica. Pois esses amigos foram presos políticos na Argentina. Tinha 3 filhos quando Oscar foi preso. A polícia foi atr´s de Ana em casa que no momento estava amamentando seu pequeno de 4 meses. Pediu a vizinha que tomasse conta deles, entregou o pequeno em seu colo. A mais velha tinha 7 anos. A polícia levou os maiores e deu para oficiais do exército e o pequeno a vizinha também entregou a polícia depois e um casal das Forças Armadas também ficou com ele. Depois de soltos e sem os filhos fugiram para o Brasil. Depois conseguiram, com muita luta, com a ajuda das mães da Praça de Maio, reaver os dosi filhos. O bebê, qua a essa altura já tinha 5 anos não. Só depois de um tempo e com exame de DNA conseguiram achá-lo. Ele abraço a mãe no dia do encontro, colocou rosto entre os seus seios e falou: Era esse cheirinho que eu sentia quando sonhava. Dá pra não ter medo de uma coisa dessas? Desculpe-me o jornal. Bjs querida. Seus post está magnífico e reflexivo.

Mari disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mari disse...

Oi Tati querida...

Que coisa boa ver sua postagem, que de certa forma tem tudo a ver com a minha postagem de ontem sobre a "Censura Camuflada".
Sim minha amiga, é pra se sentir mesmo muito medo!
Bom final de semana!
Beijos

Unknown disse...

Minha avó foi guerrilheira no sul de país na década de 30/40 e casou com meu avô dez anos mais velho, e militar...dá pra imaginar essa combinação? Ele contava que tiveram que fugir várias vezes de cidade por causa dela...e acabaram vindo parar no Rio...
Seu medo é totalmente lícito e plausível.

Anônimo disse...

Também tenho medo do futuro... Precisamos é de muita coragem para lutar, sermos firmes no bem e não nos deixarmos arrastar pelas ondas de injustiça e corrupção. Não vamos deixar calar a nossa voz.
Beijos na alma, querida!

Yoyo disse...

Compartilho de todos esses seus medos, Tati.
Lutei e luto tanto ainda por justiça, para não deixarem calar a nossa voz, mas sinceramente, muitas vezes me sinto um ET em meu próprio país.Porém, quando leio textos como o seu, sinto minhas forças revigoradas, sinto que não estou sozinha nessa luta.
Um grande e pertinente texto, amiga.Uma bela forma de participar da Blogagem Coletiva.
Bjo no core

Isadora disse...

Tati, quando vi o título da sua postagem imaginei o que viria. Temos os nossos medos, como qualquer pessoa, mas estamos nos deparando com um medo novo: Censura que na surdina cada vez mais se faz presente e isso é para preocupar muito. Tenho uma pessoa muito próxima que viveu o horror, dos dias de ditadura e muito já li sobre isso e é para ficarmos apavorados mesmo. Com muito medo.
Ontem pesquisei na web, alguma forma de questionar, por exemplo a resolução do TSE, mas não encontrei nada. Não sei se é uma ação popular, um abaixo-assinado!
Vou continuar pesquisando e vou conversar com alguns amigos.
Um beijo

Manuela Freitas disse...

Olá querida Tati,
Gostei imenso do teu post, tu falas tão claro e incisivamente do problema do medo, que fiquei impressionada com o teu vigor e lucidez. Tu escreveste sobre o grande medo e eu andei a brincar com os meus medinhos, porque além desses há grandes medos que se vivem neste país falido em todos os aspectos!
Tens muitos medos, eu também, mas por outro lado tens a coragem de enfrentar e denunciar os medos!
És uma pessoa que eu admiro.
Beijinhos e bom fim-de-semana.
Manú

Nilce disse...

É Tati parece que estamos mesmo voltando à ditadura. E esse é um dos meus maiores medos. Já vivemos trancados e será que teremos que viver calados também?
Os outros medos são os nossos de cada dia e até é mais fácil enfrentá-los.
Concordo com vc em tudo o que diz.

Bjs no coração!

Nilce

Lúcia Soares disse...

Tati, como você, tenho esses medos todos, que os anos não amenizam.
Acho o brasileiro muito passivo, o que por um lado é bom, mas por outro é ruim.
É bom porque não nos envolvemos em guerras, mas é ruim porque nunca ouvem nossas vozes.
Sou da paz, mas acho que a palavra é uma arma muito boa.
Podemos escrever da nossa indignação, podemos fazer passeatas, podemos muitas coisas.
o que não podemos (principalmente vocês, jovens, com filhos pequenos) é deixar que esse Brasil se afunde e os filhos dele precisem morrer por vitórias.
Bj

Glorinha L de Lion disse...

Olha Tati, sou solidária à vc na sua luta, que já é minha praticamente desde que comecei meu blog. Já perdi a conta de quantos posts eu fiz sobre política, alertando sobre a volta da censura, sobre uma ditadura disfarçada que vinha por debaixo dos panos e da cara sorridente do ser que infelizmente nos representa mundo a fora. E vc pensa que alguém se juntava à mim? Não...o silêncio era total...agora, parece que algumas pessoas acordaram, ainda bem! Se dá pra fazer alguma coisa? Acho que não, mas eu não fico calada, minha arma é a palavra, sempre foi e sempre será. Só a palavra tem o poder de mudar o pensamento e as ideias. Essa é a minha fé.Bjs.

Michelle Siqueira disse...

Oi, Tati (ana? ane?).

Fico sem graça de chamar pelo apelido carinhoso logo de cara, desculpe.

"(...)assistimos calados quando um deputado vota seu novo aumento de salário e reduz a aposentadoria, para que não haja crise na previdência".

Ui... Ler isso foi de lascar! Ô golpe duro! Triste realidade. É o tipo da coisa que me faz levantar da cadeira por pura indignação. E agora que você escreveu e relembrou, não foi diferente.

Por que é que não tem um de nós lá no meio da corja pra levantar e gritar "eeepa! Minha aposentadoria não, seu João!", mas tem um monnnnnnnte que liga pra Rede Globo e vota no "BBB" que está no "paredão" do dia? É triste.

Obrigada pelo elogio simpático ao conto...;)

Um abraço,
Michelle

Isadora disse...

Tati, andei me informando sobre a possibilidade de alguma ação popular contra a resolução do TSE e o que ouvi é que logo logo algum Órgão da Imprensa deve entrar com alguma liminar até porque, ainda que seja uma censura "abstrata" efere os direitos Constitucionais como liberdade de imprensa e de expressão. A Constituição é hierarquicamente superior a resolução.
De qualquer forma entendi que a população pode fazer um tipo de ação comum. Vou me informar mais!
Um beijinho

Astrid Annabelle disse...

Olá Tati!
Nossa que história hein?
Quanta mágoa...quanto medo?!
Você escreve com o coração...por isso a fôrça na sua palavra!
Parabéns! Maravilhosa participação.
Um beijo
Astrid Ananbelle

Maria Izabel Viegas disse...

Tati,
incrível como somos o fiel resultado de uma herança. Seja ela assim como a tua, pesada e triste. O fruto desta herança é uma pessoa como vc, politizada, crítica e extremanente doce.
Muitos na ditadura aqui no Brasil, lembro-me bem, ficaram alienados pois os que mais sofreram foram os seres pensantes. Quanto crime aconteceu na surdina. Conheci alguns que sofreram horrores.
E infelizmente, depois desse tempo todo, o que reaparece no cenário, os mesmos de sempre, lobos com a capa de cordeiros.
E de que serviu o passado, nada!
E , quando pude eu votar para presidente, ou qualquer outro cargo...QUEM?
Fica mais triste a falta de opção e as vendas nos olhos do povo, os antolhos!
Agora mesmo na Coapa do mundo, os senhore sparlamentares aproveitaram , deram para si belos percentuais de aumento e entraram em recesso. E
ouvi sobre umalei que estva sendo feita: A de probir e prender quem no jogo de futebol, xingasse o juiz! Pode!!?? Está por aí, tramitando.
É querida, realmente o medo tem suas nuances, umas más outras boas. das boas, a capacidade de "aprender a reagir", não se passivo!
Lindo e tocante relato, embora triste.
Beijos no teu coração!

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Belíssima participação... o medo é inevitável, mas devemos ter maiores controles, pelo menos tentar, né?

beijos

She disse...

Tati vc simplesmente arrasou, parabéns!
Bjo, bjo!

Françoise disse...

Tati,

Que post !!! Fiquei aqui pensando nas minhas duas pequenas que ainda tem muito o que viver . Que triste realidade.

Penso que esse seja um medo com pensamento coletivo e nós precisamos sim, mesmo que somente com nossos textos continuar "brigando" ..sem medo de calarem nossa voz...

Beijos.

lolipop disse...

Fiquei muito impressionada com o seu post. Eu vivo em Portugal, e aqui o Lula é visto pela esquerda (curiosamente) como "alguém que deixa obra"...pelos vistos a obra não é lá grande coisa. Quem sabe nos encontros com o Ahmadinejad (Presidente do Irão) que para além de negar o Holocausto, prende realizadores de cinem, tortura e mata opositores ao regime, para não citar os apedrejamentos de mulheres, quem sabe Lula foi beber aí essas influências...
O meu modesto blogue é sobre o Japão, e sou Portuguesa, mas qualquer coisa que possa fazer para ajudar nessa luta mais do que justa...estou aí!!!
ABRAÇOS SOLIDÁRIOS

diariodumapsi disse...

Tati,
Parece que ainda vivemos o reflexo de uma ditadura, onde todo mundo tem medo e ninguém se mobiliza para fazer mais nada, nem reunião de condomínio! As pessoas não lutam por direitos coletivos!
Ficamos silenciosamente pagando altos impostos e vendo gente colocando nosso dinheiro na cueca!
Gd beijo
Bom fim de semana!

Eduardo Medeiros disse...

Tati, muito providencial esse teu "grito". Temos de fato que participar mais da vida política e comunitária. As eleições estão aí e quantos votarão por indicação ou vão escolher aleatoriamente seus candidatos? Ou vão anular o voto?

A questão dos exilados é mais problemática. Se eu fosse puxar esse fio aqui a coisa ia longe. Meu pai é militar já reformado e viveu de perto a ditadura, a qual, ele achava que fora a redenção do Brasil.

Li ainda muito jovem um livrinho editado pelo exército chamado "A nação que se salvou a si mesma" que fazia apologia da revolução de 64 e contava sobre as atividades subversivas de comunistas e afins.

A revolução de 64 era para durar no máximo 6 meses. Os militares só queriam, de acordo com a sua visão política, pôr ordem no país que de fato, estava meio sem rumo naqueles últimos dias de João Goulart. Durou 20 anos e cometeu muitos e muitos erros...O excesso de paranóia de complôs foi um deles que resultou em tantos exilados.

Seu pai lutou pelo que acreditava. Lutou pela liberdade. Não sei se por rumos certos e até românticos, mas os que pegaram em armas queriam a liberdade. Alguns queria a "liberdade de moscou" que na verdade, não era liberdade; queriam trocar uma ditadura de direita por outro de esquerda...

falei se eu fosse puxar o fio ia longe... rss

Conte comigo nessa luta. Eu também sei falar sério rsss (você leu meu texto sobre o "novo homem", né..rss)

beijos

Socorro Melo disse...

Oi, Tati!

Sou sua seguidora desde a chegada do boneco Francisco, e venho acompanhando as aventuras do Bernardo, hehehe
É sempre um prazer vir aqui, gosto muito do que você escreve, do modo como pensa.
O post sobre o medo, não poderia ser diferente, ficou excelente. Você é uma guerreira, e parece que é hereditário, né?
Você tem razão. todos os seus medos são reais, pois, são advindos de situações de riscos bem reais. Creio sim, que a transformação começa nas pessoas, e pelas pessoas, e parte sempre de idéias. Estou sempre atenta as injustiças, e aos descasos da sociedade, e fico indignada, cada dia mais. Eu abraço essa idéia.

Beijos
Socorro Melo

Beth/Lilás disse...

Oi, Tati!
Também fiquei impressionada com seu post sobre este sentimento que nos assola e acaba paralisando nossos atos e idéias.
Sinto por seu querido pai, imagino o quanto sofreu naquela época dura.
Realmente, precisamos estar atentos ao crescimento desta mordaça que ao que parece está crescendo em toda a América Latina. E o pior é que lá fora, muita gente pensa que estamos vivendo num mar de riquezas. Ledo engano!
Por aqui a miséria ainda grassa e o medo das atitudes insanas dos políticos é cada vez maior para aqueles que têm visão das coisas.
um grande abraço carioca

Unknown disse...

Tati.Conheço bem o seu pensamento e o seu coração, pois estudamos na mesma cartilha ( e bebemos na mesma fonte). Por isso vou comentar apenas com esse poema, erroneamente atribuído a Maiakovsk, mas que na verdade foi escrito por um poeta brasileiro, Eduardo Alves da Costa:

“Na primeira noite eles se aproximam / roubam uma flor / do nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem : / pisam as flores, / matam nosso cão, / e não dizemos nada./ Até que um dia / o mais frágil deles / entra sozinho em nossa casa, / rouba-nos a luz, e, / conhecendo o nosso medo / arranca-nos a voz da garganta./ E já não dizemos nada.”

Anônimo disse...

Oi Tati,
Seu post retratou uma época que lembro muito bem! Fui jovem nessa época. Deus do céu! Os artistas, as pessoas com alma refinada e inteligência privilegiada, eram literalmente podados! Censurados!!! Amordaçados. Também fiz um post (http://marliborges.blogspot.com/2010/07/por-debaixo-dos-panos.html) que pode muito bem ser relacionado a esses medos. Lembro também do Marcelo Rubens Paiva e seu "Feliz Ano Velho", onde ele conta o que aconteceu com seus pais. Nossa, compartilho seus medos. Um beijo.

Unknown disse...

Oi Tati!

Só hoje consegui passar por aqui para ver sua postagem sobre o MEDO!

Adorei!! Devemos sempre lembrar o passado, para que ele nunca se repita!

Parabéns!!!!

Beijos
Lia

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