Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Entrando no clima




Hoje é dia de encontro do círculo do ECC aqui em casa. Receberemos pessoas queridas, com quem nos encontramos (teoricamente) a cada 15 dias, num revezamento de casas. Desta vez será aqui, pela primeira vez!

Quando o coordenador do círculo pediu que fosse na nossa casa, quase dei para trás. Não que eu não goste de receber. Adoooro, mas minha casa está "em obras" com o chão da sala quebrado, parede estufada e eu queria que fosse aqui depois que consertássemos tudo, "para melhor atendê-los", além disso, não se esqueçam (nem que quisessem, por que eu lembro disso o tempo todo, né?) está chegando a data da minha defesa e estou "focada em resultados"... 

Quando pensei em negar, senti que não podia. Entendi que havia um convidado querendo muito uma festa em minha casa. Ele quer deixar boas emoções, bons sentimentos. Quer que estejam mais de dois reunidos em Seu nome na nossa casa. E deixei. Desde este dia, podem dizer que é auto-sugestão que eu não ligo, estou mais calma. Tenho me sentido muito amparada e quem acompanha este blog já deve ter percebido isso. É real, não apenas no espaço virtual. Ele se faz presente em mim neste momento e me acalma. Sei que sou amada, que estou protegida. Que ele quer o melhor para mim (para nós).

Para entrar no clima, estava ouvindo uma música do Fábio Jr, de um CD que minha irmã ganhou de um Mac Dia Feliz ou qualquer coisa assim e que quando me casei trouxe para minha casa (oi, Nãna... hihihi). A música chama-se Obrigado e eu uso-a na intenção de oração.

Segue, para deixá-los tão felizes e gratos por tudo como estou agora. Amanhã nos encontraremos de novo, se der um tempinho passo aqui, ok?

Fiquem com Deus,

Tati

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Conversando com o espelho

Tenho a sorte de ter feito grandes amigas na vida. Tem uma em especial que já não considero uma amiga. Nós dizemos que somos espelhos. Não somos idênticas (só em algumas coisas), mas nos entendemos plenamente, na verdade essa definição tem mais a ver com outra coisa. Sabe aquelas coisas que só contamos para o espelho? Sabe aquelas nossas pequenas falhas de caráter que escondemos até de nós mesmos se pudermos? Então, estas coisas nós podemos confiar uma à outra, e confiamos com frequência. A gente se entende no olhar, na voz, no pensamento.

A gente pode dizer tudo, e qualquer coisa, sem medo do julgamento da outra. Que pode nos criticar e aceitamos sem milindres (só quando é entre nós - não tente fazer o mesmo em casa), por que sabemos que é pelo bem.



Eu sei que já mudei o rumo da história dela algumas vezes e ela muda a minha vida o tempo inteiro, e já até tirei postagem do ar só por que ela achou que eu estava me expondo demais. Ela é escorpiana como eu!!

Mais sorte do que tê-la como espelho é tê-la como colega de trabalho. Assim, eu faço o que gosto e com quem gosto! Apesar de, neste momento, trabalhar mais de casa do que em nossa sala, a gente se fala todo dia, faz reuniões pelo msn ou google talk e nos ligamos muitas vezes. Sinto uma falta imeeeensa do contato, da rotina, da presença física, dos almoços no melhor restaurante que se pode imaginar (o Laboratório Culinário merece post. Podem cobrar!), dos nossos cafés com desabafos e risadas, dos dias de estresse por que nosso chefe está cobrando mil coisas, dos dias divertidos por que nosso chefe está de ótimo humor e também é grande amigo...

Ontem eu telefonei para ela no meio de um trabalho que fazíamos e um dos filhotes dela atendeu (sim, a louca tem dois... kkkk). Falar com o Fred, que está prestes a fazer 6 anos, foi tão legal. Eu disse:

- Olááá, é o Fred?

E ele repetiu um olá igual ao meu. Eu continuei conversando com ele, deixando claro que sabia que era ele do outro lado. Ele deu uma gargalhada tão gostosa, tão feliz por que a ligação era para ele! E quando a Alê pegou o telefone a única coisa que eu consegui dizer, sob forte emoção, foi: "Eu amo seus filhos"!

- Também amo o seu. É como se fosse um pouco filho também.
(não são lindos?)

A resposta dela não poderia ser outra, não por média, mas por sentimentos recíprocos e verdadeiros.

E fiquei pensando, que somos mesmo um pouco leoas ou leitoas. Não me entenda mal sobre isso É que como estas fêmeas, somos capazes de amamentar e proteger as crias daquelas que fazem parte de nossa matilha (? Ih... qual o coletivo de leitão e de leão?). E fazemos isso com muito amor e desprendimento. Mas no caso da Alê é diferente, não é como pensar no filho da amiga, é como pensar no reflexo do meu filho no espelho!

Eu sei que o momento que relatei pareceu bobo, e foi, mas a emoção que senti... nem sei explicar...

A Alê é aquele encontro que não poderia deixar de acontecer em uma vida, sabe? Ela da novo significado à minha com frequência. E eu sei que faço o mesmo por ela. E entendendo o que disse Djavan,  "se tivesse mais alma para dar, eu daria".

Hoje não fiz rir, né? Mas escrevi com muita emoção mesmo... Para compensar, contarei uma piada depois, tá?

Beijos a todos,

Nós podemos mudar o mundo!


Gente! Acho que a Faber Castell lê meu blog... ou pelo menos leu a postagem da novela em roxo...
Terça feira de manhã o telefone tocou. Era a mesma atendente que falou comigo da última vez, perguntando se o derradeiro já tinha chegado (e não chegou), e ela falou sem nenhum gerúndio!!

Ela foi muito simpática e se espantou pela não chegada do Sedex (dãã). Eu aproveitei "o ensejo" e rasguei o verbo. Contei toda aquela novela que contei para vocês, mas de uma maneira mais séria, que se ela risse eu ficaria desmoralizada, né?

Então ela me perguntou o que poderiam fazer diferente... Ah... para quê? Dei aquela sugestão que já tinha pensado. Falei no quanto eles economizariam se na primeira vez tivessem mandado uma caixa de presente com uma bela carta de desculpas. Evitariam novos erros e trocariam o gosto amargo por um mais doce. Eu pensaria: "Ok, eles erraram, mas errar é humano e reparar o erro é para empresas com responsabilidade social"... hohoho.

Então ela disse que levaria minhas sugestões para o departamento de marketing. E me retornou ontem, dizendo que o departamento de marketing gostou da minha ideia e quer me contratar e que eu receberia um estojo novo e a tal carta.

Agora eu aguardo a chegada do lápis roxo, do estojo novo e da carta (espero que o papel de carta seja cheiroso, com a Hello Kitty e envelope combinando... hehehe

Eles foram generosos? Claro que não. Eles seriam mais espertos se já tivessem feito isso de cara. E não é preciso fazer parte de um departamento de marketing para saber disso, afinal, o que eles ficam decidindo no "departamento"?


Eu agradeci e respondi que eles deveriam estender isso aos demais clientes insatisfeitos, não restringindo o gesto a mim. E sabe o que ouvi? Que era isso que eles fariam. Que eles entenderam minha sugestão.

Gente, fala sério? Eu não sou um gênio, não tive uma ideia brilhante nem um insight daqueles que merecem patente... Eu sugeri uma prática corrente de empresas bem menores... De artesãs... de fundo de quintal... Como assim?

Então foi assim que eu, exercendo minha cidadania de maneira gratuita (0800) mudei a política de atendimento ao cliente de uma multi nacional como a Faber Castell. Puro luxo do absurdo!

A moral da história é: Nós temos o poder de mudar o mundo. Isso já dizia nosso querido Betinho há anos atrás. Basta assumirmos que temos direitos (e lembrem-se que o nosso acaba onde começa o do outro, não atropelemos ninguém) e exercê-los.

Se estamos grávidas, temos mais de 65 anos ou demais necessidades especiais temos o DIREITO a atendimento preferencial, a sentar em transportes públicos, a comer a sobremesa duas vezes... Enfim, coisas básicas.

Transporte público é outro item da minha lista, este eu gostaria não só de mudar o SAC mas sim toda a política, a começar pelo próprio ônibus, e neste caso minha frase é: "Não há dignidade no ônibus" e eu sei por que preciso fazer uso dele, sempre que não dá para ir a pé (por que se der, mesmo que leve meia hora, eu prefiro), mas isso é assunto para outra postagem... não vamos atropelar...

Com o blog nós temos mais voz ativa do que imaginamos. E podemos sim fazer a diferença. Precisamos querer. Precisamos fugir da futilidade, da banalidade, do Rebolation e usar nossa voz. Fazer graça sim, por que rir faz diferença na energia que move o mundo, mas falar do que importa TAMBÉM!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Nenhuma destas imagens são minhas e muitas podem ter direitos autorais. Desculpe se ofender alguém por não dar créditos, mas peguei via google imagens e fiquei com preguiça de anotar todos os endereços. Dia desses vou fazer assim, ok?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nova Reforma Nada Ortográfica

Análise sintática sempre foi uma coisa complicada para mim. Esse negócio de verbos intransitivos nunca fizeram muito sentido.

Sou curiosa, então quando a professora falava "quem fala, fala", na minha cabeça era: "Quem fala, fala alguma coisa sobre algo ou alguém". Ah, conta aí, vai... Por que esse negócio de alguém falando e falando sem nada para dizer é chato demais, não é? Então, se é para falar, que tenha assunto: insere aí alguns adjuntos adverbiais...

"Quem chega, chega". Ah, mas se está chegando, aí é que se tem muito o que perguntar: De onde vem? Quem encontrou? O que foi fazer lá? O que veio fazer aqui? Este então é verbo transitivo mais do que perfeito, por assim dizer...

Para mim, todos os verbos são transitivos, para todos eu tenho, pelo menos, uma pergunta a fazer. Não me venha com essa de verbo intransitivo que isso é coisa de gente rabugenta que não gosta de uma boa prosa!


"Quem pensa, pensa" [em alguma coisa]. Pode ser diferente? Dizem que quando a gente pensa em nada atinge o nirvana ou coisas assim, mas basta lembrar que não pensava em nada que já voltou a pensar. Em que? Pode ser até pensar que está pensando... Já é alguma coisa. Então, exige complemento, certo? O único ser que pode usar o verbo pensar como verbo intransitivo é a estátua de Rodin, e só. Todos os demais pensadores tem cérebro e pensamentos.

Dessa confusão sintática o verbo transitivo que gostaria de ver intransitivo (e não pelas razões de Mario de Andrade) é amar.
"Quem ama, ama". E se o verbo se tornasse intransitivo poderia dizer que tudo o mais seria transitivo direto, todos transitariam no planeta. As palavras transitariam diretamente, sem medo de má interpretação. Se amar fosse intransitivo não haveria a má interpretação. Toda interpretação seria sã.
Na intransitividade do verbo amar o impositivo perderia sua razão de ser, não seria mais desejável. E o presente, a única forma de conjugação possível. Não amei nem amarei, não amaria ou amava, por que "quem ama, ama"!
Não haveria o risco de expor-se por dizer a verdade. A verdade seria a única palavra. Neste caso, teríamos atingido o estado das coisas. Apenas seríamos!

Beijos a todos,

Tati.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma caverna Wireless, por favor.


Estou muito determinada a manter esta visão positiva da vida. Estou confiante, alegre, decidida, entusiasmada! As adversidades não são mais capazes de me derrubar.

Claro que isso dura até a próxima TPM... quando o mundo deixará de me amar, os carrascos me perseguirão, minha vida não funcionará e nada dará certo para mim...

Como pode? Sou uma mulher moderna, bem resolvida, produtiva, inteligente, um cérebro pensante. Ou quase, por que na verdade quem manda neste ser são os hormônios... Eles conseguem me definir. Eu posso tomar a resolução que for, quando vai chegando aquela semana... Não tem reza forte que mude meus pensamentos...

Que horror!! Ao me dar conta disso, percebo que eu posso usar muito bem um computador, posso dividir tarefas domésticas com marido, posso engrossar o mercado de trabalho em uma função antes masculina, ou qualquer coisa que me defina como mulher do século XXI. Quando vou menstruar descubro que não há diferença daquela mulhosapiens de origem ... Sou guiada por "instintos" primitivos...

Então, já sabendo disso, tento marcar reuniões importantes e outras coisas para a semana boa, evitando a semana má. Sim, a vida se processa deste jeito: semana boa, semana mais ou menos, semana mais para menos e semana MÁ. Como não tenho toda essa autonomia sobre minha vida profissional (manda quem pode, obedece quem tem juízo, mesmo que de TPM), nem sempre consigo. Aliás, acho que há uma conspiração astral que coloca o calendário de eventos tensos e inadiáveis para esta semana. Adivinha quando cairá minha defesa?!

Sou apenas uma mulher das cavernas habitando um apartamento... moderníííssimo, por sinal!

Beijos felizes da semana mais feliz do mês!
Tati.

domingo, 25 de abril de 2010

Uma novela em ROXO


Coincidências: Esta história estava na prateleira para ser contada, esperava apenas o desfecho, que ainda não aconteceu, mas já era postagem certa. Por desabafo e por graça... Só que quando a Glorinha do Café com bolo sugeriu a cor Roxa percebi que era chegada a hora. Então, senta que lá vem a história...



Algumas empresas devem ter seu Atendimento ao Cliente dirigido por profissionais de circo (e não é dos malabaristas que estou falando...).


Pois bem. Material escolar do filhote este ano mudou. Ele já é um rapazinho e agora tem caixa de lápis de cor no estojo. Querendo colaborar com bons trabalhos, caprichamos! Compramos uma caixa dos ecolápis Faber Castell apagáveis. Sim, nos achamos... Puro luxo, eu achei! E a caixinha foi morar no ultra mega Power estojo do Ben 10.

Na semana das chuvas, quando ficamos ilhados em casa, Bê resolveu pintar com seus lindos lápis poderosos. – Ih, mãe, este está com problema... conserta? – o lápis em questão estava com o grafite solto em seu interior, como se fosse uma lapiseira sem ponto de aperto, então, quando ele tentava pintar, a ponta subia.





Liguei para o 0800. – Senhora, pode me informar qual a cor do lápis 
Roxo
Mas qual o número? 
Ué, não tem número
Senhora, vou estar procurando e... Ih, é... estes apagáveis não tem número, mas a senhora pode me informar a cor?
- Roxo
Compreendo, Senhora. Estaremos enviando este lápis para a senhora por sedex, junto com uma carta pré-paga, estaremos pedindo que nos retorne o lápis com defeito, para verificação.


Uma semana depois chega o sedex. Finalmente o lápis roxo voltará a habitar sua caixinha, tão tristonha e vazia nestes dias... mas...




Surpresa! O lápis que veio na caixa era ROSA!! Como assim?! Rosa nós já temos, o que nos falta é o roxo... Toca ligar novamente para 0800:





- Senhora, estaremos enviando novamente o lápis roxo. Peço que retorne, no envelope, o lápis com defeito e o rosa, por favor.


Desliguei dando risada. Nossa!! Eles estão fazendo questão do lápis rosa de volta. Ao invés de pedirem desculpas pela falha, agem como se eu estivesse roubando os lápis deles... Que desaforo da Faber Castell! Quase comprei caixinha nova, completa, para não causar mais prejuízos à sofrida empresa!

Mais uma semana e nova caixinha de sedex. Fui até a administração do condomínio com filhote, todo feliz, buscar seu lápis roxo. Abrimos a caixa e... Sim! Um lápis roxo! Mas... ops... Não era apagável! Não fazia parte da caixinha do meu filho!



Seta vermelha no lápis com defeito

Ai, não acredito, ligar mais uma vez para 0800! Que grande trapalhada!
- Senhora, nem sei como estar te pedindo desculpas. Estou com a caixa nas minhas mãos e vejo que tem apenas UM lápis roxo (dãh...), estarei enviando neste momento e, para nos desculpar do problema a senhora não precisa mandar estes lápis de volta. Mande apenas o com defeito, fique com os demais!

Liguei para o marido aflita: - Marido, acho que causamos a falência da Faber Castell!! E agora? Como conviverei com a culpa de desfalcá-los em 3 lápis?


E não falo isso pelo custo não. Nunca quis me favorecer de situação nenhuma, 0800 é direito e só é procurado (ou só deve ser) quando há falha no controle de qualidade da empresa. Ainda assim, o atendimento ao cliente perdeu uma grande oportunidade de melhorar o relacionamento com uma consumidora insatisfeita, que estava diante de uma falha técnica. Ao invés disso o que fazem? Me deixam mais chateada... mais descrente na empresa e em sua política de atendimento. Não sei se vale à pena pagar mais caro por uma caixa de lápis deles do que por uma baratinha que vende em qualquer lugar. Afinal, se falhar, você já esperava isso... 

Estou realmente muito decepcionada. Sairia mais barato, e mais simpático para eles, me mandar uma caixinha, com um belo pedido de desculpas por escrito, logo na primeira vez. Ou exigir o retorno dos dois lápis fora de contexto ainda assim... Afinal, que tipo de compensação é essa?

Vou te dizer... é muito despreparo! Fiquei ROXA de raiva!!!! E continuo aguardando o fim da novela...


Beijos a todos. 
Tati

sábado, 24 de abril de 2010

“Tudo que não me mata, me fortalece”


Como bem disse Nietzsche um dia e experimento eu agora.
Vinha numa fase angustiada, sentindo-me atropelada por um rolo compressor pilotado por alguém que deveria me estender a mão, me orientar.
Demorei a entender que a frase deveria ser construída de forma diferente: "Eu estava permitindo que ele me atropelasse".
Pronto: sofri, não morri, estou mais forte. Muito mais forte! Entendi que quando me posiciono a reação indelicada de outros não me afeta. É bom? Claro que não. Mas não estou mais me sentindo "mal tratada". Agora, ele está sendo grosseiro. E eu não aceito este tipo de tratamento. Simples assim.
Agora não estou mais cedendo, abaixando a cabeça e chorando, sofrendo. Estou me impondo. Dizendo o que aceito e o que não aceito. E ele tem que aceitar, goste ou não, esperneie ou não.
Sei, agora, que falta pouco. Que em breve poderei dar o rumo que desejo à minha vida, que não terei mais que conviver (nunca tive mesmo), nem que prestar conta a alguém em quem não confio.
De qualquer forma não preciso esperar chegar este dia (que falta muito pouco, graças a Deus!) para ser feliz, para me sentir plena.
Salve Nietzsche em toda sua sabedoria.
Não me matou, agora suporto qualquer barreira! E vamos para a realização de sonhos, acompanhada por quem realmente vale à pena: família e amigos. Mês que vem teremos muito o que comemorar!
Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sobre a rebeldia

Meus pensamentos andam tão confusos que nem meus cabelos querem mais morar em minha cabeça e andam preferindo a escuridão do saco do aspirador de pó.
Ou eu me acalmo e melhoro ou andarei sem a companhia da cabeleira que amo e que me caracteriza desde que me entendo por gente.
Como irei ocultar minha fragilidade e enorme timidez sem o véu há anos cultivado?
Será que algum soldado capilar sobrevive até 19 de maio?
Até lá: coque neles!
Beijos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O casamento da Susi

Quando era pequena tinha uma Susi linda e querida. A gente não tinha tantos brinquedos quanto nossos filhos tem hoje, e essa boneca era especial!

Eu morava, com meus pais e minha irmã, em um prédio pequeno, com 2 apartamentos por andar. Nós no 301, nossa melhor amiga no 302 (e somos amigas até hoje, mas agora a distância não é de um corredor, e sim da ponte-aérea). Nem é preciso dizer que três meninas entre 6 e 8 anos não se desgrudavam, né? Quando não estávamos na casa de uma, estávamos na da outra. As portas viviam abertas.

Um dia, no meio da brincadeira, nem sei quem teve a "brilhante" ideia, minha Susi foi pedida em casamento pelo Feijãozinho da minha melhor amiga. Lisonjeada, a Susi aceitou e começaram os preparativos para o grande evento, com participação de nossas mães. Minha mãe costurou um vestido de noiva para minha boneca!! (não se fazem mais mães como antigamente...). Tia Ima, mãe da Rê, fez o bolo. Foi um longo período de noivado, até por que o vestido precisava ficar pronto. Enquanto isso, o feijãozinho original morreu (perdeu o enchimento) e tivemos que trocar por outro, que eu achava até mais fofo, mas era careca. Quer dizer, se tirasse o chapéu, ficava careca.

Este período do noivado foi importante para avaliar se o amor era verdadeiro. Eu olhava para o noivo e pensava: "Como minha filha tão bem criada e educada poderia ter escolhido este traste para marido?" "Que noivo mais molenga" E outros pensamentos que passam pela cabeça de uma sogra.

Até que, na data marcada, a sogra da noiva (que não tinha uma Susi para chamar de sua) resolve fazer um adendo ao contrato de casamento: "Depois de casados não poderemos separá-los. Um dia ele dormirá na sua casa e no outro dia ela dormirá aqui!". Peralá! Como assim?! Você quer dizer que minha boneca favorita não será mais minha? Ah, não... Aquela pequena que sofri as dores de tirar as travas de segurança da caixa? Quem ira pentear seus cabelos dourados? Quem dormirá com ela aos pés da cama? Quem experimentará roupinhas de croché feitas pela vovó? Quem irá alimentá-la com as delícias de vento servidas em pratos de plástico da China? Ah, não...

E foi assim que uma brincadeira de criança inspirou Holywood, quando minha Susi tornou-se a "Noiva em fuga".

Claro que comemos o bolo, mas desta vez, não houve casamento! Este aconteceu apenas anos mais tarde, quando a linda boneca apaixonou-se perdidamente por um moreno alto, bonito e sensual. Sarado, como  diríamos hoje, com um abraço protetor e acolhedor. E o melhor, era da minha irmã, assim, continuariam morando no mesmo armário de brinquedos, só mudariam de prateleira! O príncipe consorte desta vez era o Peposo, um lindo ursão de pelúcia!

E viveram felizes para sempre.




Um beijo a todos.

* As imagens são do Google. Fotos eram artigo de luxo! Estariam restritas à cerimônia, que não chegou a acontecer...

terça-feira, 20 de abril de 2010

As oportunidades que não agradecemos


Sabe aquelas coisas que acontecem em nossas vidas e parecem problemas? Muitas vezes elas estão nos salvando. Quase nunca temos a oportunidade de descobrir isso. Poucos são aqueles que não embarcam no avião que irá cair, ou que são poupados de situações que vão virar notícias e aí sim, saberão que foram agraciados.
Nem sempre são situações tão graves assim, mas elas ocorrem aos montes em nosso dia a dia e nem nos damos conta. E reclamamos delas ainda!
Vou contar uma que tem data certa. Não há como esquecer.
Estávamos na casa de minha mãe. Tivemos uma reunião e buscávamos o Bê. Era uma terça-feira, quase 10h da noite. Então, quando já no portão, a fechadura caiu na mão de meu marido. Como deixar a casa de minha mãe com o portão escancarado a noite inteira? À luz de lanterna, com muito custo, meu marido conseguiu recolocar a fechadura. Eu, que sou uma mal-humorada e detesto contratempos, fiquei dali, reclamando da sorte. Louca para chegar em casa, carregada de bolsa, mochila, criança dormindo no colo...
Tarefa cumprida, fomos para casa, que é relativamente perto. Quando estávamos na entrada de nosso prédio, faltou luz. Tivemos que subir 9 lances de escada. Que azar, né?
Era o dia 10 de novembro do ano passado. Dia do apagão que deixou nosso país às escuras por mais de 6 horas.
E onde está a oportunidade a se agradecer? Se não fosse a fechadura caindo nas mãos de meu marido teríamos ficado presos no elevador. É ou não é para agradecer?
Agora tento me lembrar desta história, e de tantas que nos contam, e reagir positivamente aos imprevistos. Tem dias que esqueço disso, é bom estar sempre me lembrando!
Um beijo a todos,
Que o acaso continue nos protegendo enquanto andamos distraídos...
Tati.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Blogagem Coletiva - Vermelho

OBAA!! Desta vez estou mais entusiasmada do que nunca, a cor escolhida pela Glorinha, do Café com bolo foi o vermelho e estão passando por minha cabeça milhares de coisas vermelhas que eu amo! Aliás, amo vermelho Cor repleta de energia, de força, vibrante, apaixonada, quente, linda! Cor da vida e de muitas coisas de comer que eu adoro, como melancia, morango, maçã, tomate ...

E já que minha postagem azul foi o pássaro azul, nada mais justo que falar, na blogagem vermelha, de outro filme da minha vida: Moulin Rouge!

Amo este filme pela fotografia, por umas posições de câmera incríveis que faziam as danças parecerem caleidoscópios humanos, também pela trilha sonora, que não me lembro de outro filme que eu ame mais, mas acima de tudo pela busca do personagem de Ewan McGregor (Christian) que deseja "amar e ser amado em retribuição". Dá para sentir a profundidade disso? Ele inverteu a ordem do que pedimos geralmente, e fez toda a diferença. Ele não diz que deseja alguém que o ame. Ele deseja AMAR! O retorno virá em retribuição.

Ok, deveríamos amar e pronto, sem esperar recompensas, mas quantos de nós somos capazes disso? De verdade? No filme esta máxima refere-se ao amor romântico, entre um casal. Mas eu quero estendê-lo ao amor puro e simples. Amar amigos, amar ao próximo. Amar primeiro. Estender a mão a quem precisa, mesmo que este alguém não a tenha estendido para nós quando precisamos. É a isso que esta frase me remete.

Agora outro fator que me faz amar este filme, e aí, não diz respeito diretamente ao filme, foi a situação em que o assisti pela primeira vez (Ah, esse eu já vi muuuuuuitas e verei mais mil!)

A primeira vez que vi Moulin Rouge foi no cinema. Eu estava com uma das minhas melhores amigas. Aquela que é para sempre, na alegria e na tristeza. Hoje ela mora na Costa Rica e eu mooorro de saudades. Na época eu tinha acabado de terminar um relacionamento importante e acabado de me formar. Estava naquela fase em que tinha todas as possibilidades à minha frente e absolutamente nada para o dia seguinte. Uma fase  vulnerável, em órbita, sem chão. Esta amiga esteve ao meu lado o tempo inteiro, me deu o apoio que eu precisava por um long período. E neste dia, voltei a me sentir feliz!

É claro que não foi a Martha que me fez sentir feliz, eu sei que isso só eu posso fazer por mim, mas se ela não estivesse ao meu lado este dia demoraria mais a chegar.

Então o que amo em Moulin Rouge é o Moulin Rouge, com toda sua super produção, e a presença da Martha em minha vida! Que agradeço todos os dias, mesmo ela estando tão longe estará sempre pertinho, e torço por ela que foi viver a grande aventura de sua vida - se encontrar!

Se o pássaro azul foi a felicidade, para mim, Moulin Rouge é a amizade (amar e ser amado em retribuição, ou fazer o bem, sem olhar a quem) e a Martha é um símbolo desta verdade dentro de mim. No dia em que nos conhecemos - e já se vão mais de 10 anos... nos tornamos amigas (como se essências se reconhecessem) e isso não é nada fácil para mim, que sou desconfiada, reservada. E não é que ela é igual? Mas já nos conhecemos, compramos água de coco e trocamos confidências de uma vida inteira em pouco tempo, enquanto os outros estagiários da fazenda faziam outra atividade (sim, éramos universitárias...). Neste dia, nos tornamos irmãs. Amigas para o que der e vier. Ela me deu grandes provas de amizade, sem que isso se fizesse necessário. Uma vez, morando no Humaitá e indo para Copacabana (bairro vizinho) fez a rota por Jacarepaguá (?!) só para me trazer um pedaço de bolo, por que eu estava doente. E eu? Ah, para ela eu dei uma jóia de presente: Meu filhote em batismo!

Nossa amizade é assim: um rubi que nos enriquece!
Um beijo vermelho a todos. E vamos conhecer as postagens dos amigos! Ah, Glorinha, você fez as segundas-feiras serem ansiadas!!!


Tati.

domingo, 18 de abril de 2010

Soltando os bichos


Sabe aqueles dias em que você quer colo, e quando te dão colo, sente-se presa?
E então precisa de silêncio e quando te permitem, sente-se solitária?
Hoje estou assim. Hoje nada parece me bastar. Marido sabe que estou tensa e é todo cuidados. Nestes dias, vira quase mãe do Bê, e me deixa de folga.
Ontem estávamos brincando com o Bê: um jogo ótimo chamado "A corrida dos bichos". O Bê SEMPRE é o coelho, mesmo a regra mandando nossos bichos serem ao acaso e mantidos em segredo. Eu era a girafa. Claro que no meio da partida a gente começa a desconfiar dos bichos dos outros e o Bê descobriu que o pai era a tartaruga. Pronto, estava instaurada a confusão.
Então, os meninos que eu amo e que formam meu esteio resolveram brincar comigo. E sabe qual foi a brincadeira? Formaram um complô contra a girafa. Os dois se favoreciam e favoreciam inclusive bichos que não representavam ninguém, e deixavam a girafa para trás. Era brincadeira e eles davam muitas risadas, gargalhadas até. Eu não soube brincar.
Quando terminou a partida fui para a cozinha e chorei... Sim, CHOREI! Por causa de uma brincadeira em um jogo em família!!
Marido foi atrás e me pegou chorando. Não sabia o que fazia, me abraçou e aí eu aproveitei para abrir a torneirinha. Chorei tantas coisas que não estavam no tabuleiro, que nem aqui em casa estão. Chorei tristezas da rua, da vida... E chorei mais ainda!
Marido não entendeu. Achou que meu problema era o jogo e disse que não brinca mais.
Ah, não faz assim... Como vou poder extravasar tanta emoção se não tiver motivos mais fáceis de explicar do que toda a dor que há em mim?
E foi assim...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quem tem amigos tem o mundo


Amigos queridos,

Antes de ontem escrevi um desabafo que vocês não podem precisar o quanto foi sofrido. Aliás, este momento está sendo mesmo duro de enfrentar, mas não tenho escolha. Recuar é abrir mão de tudo pelo que venho lutando em minha vida profissional. Graças a Deus em família está tudo bem.

Este é provavelmente o último mês deste martírio, que se seguir o cronograma planejado encerra-se dia 19 de maio e aí detalho melhor para vocês minha batalha.

Mas o que tudo isso está fazendo aqui? Vou explicar, peraí...
Escrevi com a certeza de que ninguém entenderia e portanto, não teria comentários. Escrevi por que queria gritar e como moro em apartamento, chamariam os porteiros, o síndico, a polícia, os bombeiros...
Qual não foi minha surpresa com as manifestações de apoio e carinho que recebi? Amei cada uma. Alguns de gente que está sempre por perto e justamente por isso acabam tornando-se mais íntimos. Outros mais discretos, não costumam manifestar-se, mas fizeram-no!

Quero agradecer a Giovanna, que estava num dia nublado, mas não permitiu que as nuvens de sua alma a impedissem de me dar apoio, a Meri, que é muito querida e está sempre disposta a estender sua mão, a Ana Cristina que é cada dia mais importante para mim e que espero, também encare seus fantasmas, a Silvia que me estimulou a acreditar que sou corajosa, mesmo eu não acreditando muito nisso... a Kátia que me conheceu naquele momento e fez-se amiga, a Josi com quem tenho trocado ótimas impressões sobre a vida, ao Olavo, que tem um blog que eu adoro e que eu nem imaginava que me lia... A Yoyo que a cada dia é uma amiga mais e mais querida e a Carmem, uma das primeiras blogueiras que passei a seguir e que me orgulho de ter no meu roll de relações na blogosfera.

Mas preciso destacar a Marli. Sabe por que? Por que desde quando nos conhecemos parece haver uma sintonia fina entre a gente. Já fizemos postagens que se complementam (sem querer) duas vezes: Aqui  e aqui.
E ontem, ela foi um anjo em minha vida, daqueles que podem ter aceitado o chamado sem saber, por que ela disse exatamente o que eu precisava ouvir. Depois que li suas palavras eu tomei coragem e mergulhei na água fria. Agora vou encerrar esta página nada agradável de minha vida. E sabe o que fiz depois de ler o que ela me disse? Parei de olhar o dia da conclusão (algo que vem me aterrorizando, pela certeza de que não terá o resultado esperado), e comecei a imaginar o dia seguinte. Quando este peso terá saído de minhas costas, não importa a cara que ele tenha (o resultado). Ah! Este dia está mais perto agora. Obrigada queridos amigos. Obrigada querida Marli!

E como não poderia deixar de falar, uma amiga que não é virtual (apesar de passar por aqui de vez em quando), mas que é muito mais do que um anjo em minha vida. É meu espelho, é assim que gostamos de nos identificar. Obrigada Alê querida. Nem sei mais pensar o que seria de minha vida sem você. Te amo, viu!

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um selinho cheio de Efeitos e Conceitos




Olá a todos!
Enfim vim postar o selinho que ganhei da Yoyo do blog Efeitos e Conceitos, vale a visita. Além da Yoyo ser uma fofa, daquelas que você já se encanta pelo sorriso da foto, o blog dela é leve, inteligente, agradável, repleto de informações, pensamentos, poesia. Dá vontade de puxar o banquinho e ficar, sabe? Passa lá...

Vou contar que este selinho (e suas regrinhas) me fizeram repensar algumas atitudes, ou a falta delas, na minha alimentação. Há algum tempo venho cuidando pouco deste aspecto. Quero fazer coisas rápidas e acabo não me preocupando tanto com a saúde. Quando almoço fora procuro escolher alimentos mais saudáveis, mas preparar... Agora, depois do selinho, vou me policiar para cuidar um pouco melhor. Demorar mais um tantinho na cozinha, mas sair de lá com pratos mais elaborados e, principalmente, mais saudáveis.
Aceito sugestões de receitas, ok?

Vamos às regras:

Repassar o selinho para 12 amigos. Lá vai:

Glorinha do Café com Bolo
Giovanna do Bordados e Retalhos
Cris do Miscelânia
Luci do Vida
Marli do Blog da Marli
Laely do Sala da La
Josi do Josi Stanger
Ana Cristina do Incongruente Lisura
Chelle do Chelle´s Stuff

Mais regras - Responder as seguintes perguntas:

1)Quais os cinco alimentos/bebidas que você incorporou à sua dieta?
R - A ração humana está nos planos, mas mais pela neura de perder uns quilinhos. Funcionou para uma amiga e quero testar. Sempre comemos muitas frutas aqui em casa. AMO abacate, tangerina, melancia, caqui, laranja,manga,  lichia, amora, morangos, ... E a bebida é suco, refresco ou mate. Amo saladas, mas morro de preguiça de prepará-las.

2) Quais os cinco alimentos/ bebidas que você evita comer/beber?
R- Tenho sorte de não gostar de refrigerante e bala; evito biscoitos e amendoins; Também não gosto de frituras.

É isso. Quem gosta de selinho fique à vontade para postá-lo, quem não gosta entenda na minha escolha uma oportunidade de fazer carinho em quem eu gosto. Um beijo a todos e até a próxima.

Ah! E obrigada, Yoyo, pelo presente. Eu me senti especial neste dia!

Beijos a todos,

Tati.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O bilhete de loteria...


Alguma vez já teve a sensação de conferir os números sorteados, a certeza do prêmio máximo e se lembrar que não jogou? Estou vivendo isso agora. Um gosto do que poderia ter sido e não foi. E preciso finalizar ainda assim, meu projeto dos sonhos que não chegou aonde eu queria...

Me lembrei do ano passado quando tivemos um problema com a tubulação da água quente aqui de casa e passamos 15 dias tomando banho frio, no inverno(!). Vou te dizer, foi duro. Eu entrava no chuveiro e ficava uns minutos ensaiando a entrada. Sabia que aquela água gelada iria arder na pele e que era inevitável. Lavar os cabelos... Era inevitável! Então eu ficava ali do cantinho do box, tentando entrar e fugindo... o quanto podia... mas não podia. E entrava.

Estou neste momento. Eu sei que vai arder, mas não tenho como evitar. Minha vida profissional e todos os passos que planejei para o meu futuro dependem desta ação. Pode não ser mais o prêmio máximo, o prêmio prometido, desejado, que poderia ter sido... Mas é alguma coisa, e eu preciso enfrentar.

Ai... Onde se encontra coragem para enfrentar o que nos fere? Encerrar uma etapa e seguir em frente?

Desculpem o desabafo sem pé nem cabeça, mas pode ter certeza, foi importante para mim.

Um beijo a todos. Que semana que vem eu esteja com melhor ânimo após encerrar este trabalho que me aflige.

Tati.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Blogagem Coletiva - O pássaro azul

Esta postagem faz parte da blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo. Serão 8 segundas-feiras, cada uma com uma cor. Já foram o rosa e o amarelo. Esta semana é o azul.

Quando era criança assisti este filme numa sessão da tarde qualquer, mas não foi um filme qualquer. Ele deixou um gosto em mim que não saberia explicar. Partes deste filme ainda vivem em mim.


Meu avô morreu ano passado e o Bê questiona muito a falta do biso. Numa destas oportunidades ele perguntou: "O biso nunca mais vai viver?" E minha resposta foi: "Ele estará vivo sempre que você se lembrar dele". Esta frase é deste filme, quando as crianças encontram os avós já falecidos. Na hora não me dei conta, percebi quando pensava no tema para esta postagem e decidi falar do azul mais importante que já vivi. Tem uma outra passagem linda, quando encontram o irmãozinho que ainda vai nascer, num céu que prepara as crianças para este momento. Na foto abaixo, o cachorro, a menina e a gata. Lembrem-se que eu era criança e a ideia dos animais de estimação virarem gente e conversarem conosco era maravilhosa!


O filme é de 1940 e apresenta Shirley Temple em seu primeiro papel. Eu vi colorido, portanto, depois do technicolor. O pássaro azul que dá nome ao filme é a felicidade e, se não me engano, a lição final é que deve ser mantido livre, que estará sempre por perto. Não tenho certeza. Nunca mais vi este filme. Durante muito tempo sonhei vê-lo novamente na T.V., não aconteceu.


Hoje ele existe em DVD, custa mais de R$ 180,00. É caro, eu sei, mas amo tanto que seria capaz de pagar. Sabe por que não o faço? Tenho receio de vê-lo e perder o encanto. Tem uma frase do Bentinho de Machado de Assis que adoro, quando ele descreve alguma cena com exagero e diz: "(...) se entendermos que a audiência aqui não é das orelhas, senão da memória, chegaremos à exata verdade". Então é isso. Eu fotografei com o coração. Hoje aquela menina romântica e sonhadora ainda habita em mim, mas de forma diferente, com novas vivências. Pode ser que o encantamento se perca caso eu me permita assistir novamente. É como aquela comida da infância que tentamos e tentamos e nunca mais sentimos o gosto, por mais que se repita a receita. O momento passou!


O pássaro azul talvez seja o filme da minha infância, um dos filmes da minha vida. Associa o azul com a felicidade, o que acho bárbaro e tenho certeza, muitos concordarão. Pode ser que ele já tenha me dado o que preciso, quando assisti da primeira vez. Pode ser que daqui há alguns anos eu queira mostrá-lo para o Bê, e pode ser ainda que ele não ache a menor graça, afinal os recursos de 1940 ficaram há muito ultrapassados.


De qualquer forma o pássaro azul me fez feliz. E não era esta sua proposta? Então entendo o recado e sei que não preciso correr atrás dele, que sempre estará ao meu lado! Quem sabe não me animo a usar mais o Twitter?


Um beijo azul, de muita felicidade,
Tati.

sábado, 10 de abril de 2010

Cinco anos


Eu estou apaixonada pelos cinco anos. De verdade!! Acho que todas as fases do Bê foram ótimas. Não sinto saudades dele muito pequeno, não por ele, mas por umas questões que estou me preparando para contar por aqui. São dolorosas até hoje e preciso me fortalecer antes.

Mas os cinco anos... Que coisa gostosa que é esta fase! Eu não fazia ideia que seria assim. As gracinhas são mais engraçadas, as conversas fluem com facilidade, a integração é maior, ele entende e se faz entender. A colaboração já existe. Ele sabe pedir o que quer e de uma forma irresistível: "mãe, faz um bifinho para mim" é um pedido enternecedor naquela vozinha amada!

A vida está mais feliz que nunca, e o Bê é responsável por grande parte disso. Venho planejando escrever sobre os cinco anos há algum tempo, sempre que meu coração quase explode de paixão... Mas hoje não vou escrever as gracinhas que venho planejando escrever. Isso por que, apesar de tudo, ele ainda tem bronquite aos cinco anos, e está em plena crise. Uma crise que vem se estendendo de forma sub clínica desde a festa do Matheus, mas esta noite foi terrível. Dormimos muito pouco, berotec e atrovent às 2h30 da manhã é de matar... Fui dormir às 4h e meu cérebro resolveu tirar folga.

Então resolvi postar uma homenagem que fizemos para ele no aniversário de 5 anos. É um "poeminha" (desculpem a falta de talento para a coisa, mas há muito amor em cada verso) que escrevi para ele há alguns anos. Incorporamos o verso dos cachinhos a pedido dele. E nós três fizemos a arte juntos. Muitas das fotos foram escolhidas por ele.

Amanhã já terei dormido e poderei escrever melhor sobre os 5 anos.
Os templates que servem de fundo foram todos retirados daqui, e são free. Espero que gostem!









Beijos, fiquem com Deus.