Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tudo é uma questão de como se fala...

Às vezes, coisas que parecem ruins ou negativas, podem transmutar-se em ótimas situações. Tudo depende de como as encaramos e das palavras que usamos.
daqui

Ontem esqueci de mandar lanche para o Bê. Coisas de uma mãe que nunca precisou se preocupar com isso. Filho sempre no integral, e desde o início do mês mudou de rotina...

Quase 15h (horário do lanche), me dou conta! Liguei correndo para a escola, que graças à Deus é uma escola pequena, e pedi ao funcionário - e nosso amigo- que liberasse o lanche que eu pagaria na saída. Ufa! Situação resolvida, mas a mãe, né? Mãe se acha uó quando isso acontece...

Então hoje de manhã Bê resolve abordar o assunto.

- Mãe, ontem achei que você tinha esquecido meu lanche!
- Poxa filho, desculpa! Já pensou. Eu tinha esquecido, mais aí liguei... blá, blá, blá.
- Daí a Laura (amiguinha fada de turma) disse para eu ver que você podia ter deixado pago. Eu perguntei, mas por que ela faria isso? E a Laura respondeu "São surpresas que as mães fazem". E abriu um sorriso maravilhoso e agradecido pela surpresa inesperada.

Fiquei apaixonada! Que desfecho maravilhoso para uma trapalhada materna. Nada como as crianças de hoje em dia para mudar o rumo das histórias, né?

Agora aprendi mais uma. Vez ou outra farei uma "surpresa de mãe". Problema resolvido!

Beijos a todos, acho que estou voltando!!!

Tati.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

De parar o trânsito

Dia mais do que especial. Quero registrá-lo e compartilhar com vocês.
Hoje eu parei o trânsito!!!! Por que estava linda? Nããããooo... Isso eu sou sempre! kkkkk
Vamos contar do início.
Íiiih! Lá vem...

Ontem estava levando o Bê para escola quando de repente:

 - LA-VA-JA-TO! Lava Jato! Eu li lava jato!

E ele exclamava entre eufórico e mesmo surpreso! Isso mesmo, por que este ano o Bê está se alfabetizando e já lê trabalhinhos da escola, apesar de não acreditar que está lendo. Desta vez ele se deu conta. Foi maravilhoso! Momento mágico que só quem já experimentou sabe do que se trata. 

Daí que hoje passamos novamente pelo Lava Jato e ele:
- Olha mãe, ali o lava jato que eu li ontem.
- Isso mesmo, Bê. Viu, agora você pode ler tudo o que quiser. Sabia que as palavras ficam muito felizes de serem lidas? 
- Então ele começou a tentar, mas poxa, rápido assim ele não consegue ler...
E foi então que eu fui para a pista da direita, atrás dos ônibus, e dirigi devagarinho. Por que eu até sou uma boa cidadã consciente, mas antes de tudo eu sou A MÃE DO BÊ!

Brincadeirinha, eu reduzi só um pouquinho (e fiquei mesmo atrás dos ônibus), mas não causei transtorno na cidade. Isso eu deixo para as obras da prefeitura, que tem feito um ótimo trabalho neste aspecto. Mas o importante é registrar que no dia 11 de maio de 2011 o Bê leu o primeiro letreiro com consciência de que estava lendo. Era essa a informação que eu não queria perder. A emoção foi devidamente fotografada com o coração.

Beijos a todos,
Tati.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bê e o casamento real

Estavam sentindo falta dele? E quem disse que as asneirinhas param de jorrar? Claaaaro que não. A fonte é fértil! 

Sexta passada, anúncio do Globo reporter, que seria sobre o casamento real. E para variar, Chapelin manda: Será que Kate será tão querida como Diana?

Então comentando com Vi que este tipo de pergunta é menos feito pelas pessoas/ população, do que criado pela mídia, e que é a cara do Gobo repórter, que adora estas comparações esdrúxulas, tipo: Quem é melhor, o homem ou a mulher?
Comentários encerrados. Outros assuntos se seguiram. Chamo Bê para escovar os dentes.
Ele entra no banheiro, se olha no espelho e pergunta: "De quem as pessoas gostam mais, da baiana ou do skate?"
E eu só entendi do que se tratava quando ele segue:
Qual é melhor? Macho ou fêmea?
Gargalhadas pela casa inteira. Um tempo até conseguir explicar para o pequeno que nos olhava.
Mas convenhamos, para o mundo dele faz mais sentido falar em Skate e Baiana que em Kate e Diana, não é mesmo? E o que ele não pode é deixar de participar da conversa, seja ela sobre o que for!

Beijos a todos,
Tati.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Há 6 anos ele sorri, e o mundo gira


Inevitável não pensar em tudo que vivemos juntos. No primeiro dia, na clínica, aguardando o resultado e nos perguntando: "somos dois ou três?" e rindo nervosos. Inevitável lembrar que neste dia, no carro, de volta para casa, a ideia de chamá-lo de Bernardo, caso fosse menino, já se fez presente. E cada enjoo, cada momento de ansiedade, o medo de não ser capaz de amar como dizem que as mães devem fazer. O medo de não ser capaz de dar conta... Então tudo muda! Ele nasce, um medo maior ainda, o parto antes da hora, a bolsa estourada na cama, durante a madrugada, e a prece silenciosa, suplicando que seja xixi, que eu não tenha mais controle sobre esfíncters, mas que meu bebê esteja protegido. Lembro perfeitamente do caminho para a materidade, o silêncio da madrugada na cidade, o silêncio de um casal apreensivo, a dor das contrações, a dor do medo... A história de um quase ariano que tornou-se aquariano. Então a entrada, o quarto sem mala, sem plaquinha na frente da porta. Aguardar o amanhecer para ligar para a família. Como fazê-lo? Três dias tão penosos, mas a preocupação de sorrir, de parecer calmos. Os dois na mesma situação, cuidando um do outro. Quando penso nestes três dias me dou conta do valor do meu casamento. Era um momento em que podíamos assumir uma posição de exigir cuidados, estávamos - os dois - frágeis. Mas fomos fortes, um pelo outro. Os dois por ele, nosso pequeno que chegava apressado. Sede de vida! 

Então o parto, a frase que me desarmou: "Está tudo bem. Ele não será transferido". Sim, ele não iria para a UTI neonatal. Nasceu forte como um urso, um Bernardo, é este o significado de seu nome. Não podia ser mais apropriado.

Os primeiros meses são cansativos, assustadores, tudo é novo, são tantas primeiras vezes. Nós não nos conhecemos. Visitas proibidas no primeiro mês favoreceram o entrosamento, aumentaram minha super proteção. O laço é forte. Choros, cólicas, icterícia, refluxo. Primeiro sorriso, descobriu os pés, sustentou a cabeça, balbuciou palavrinhas. Olhar o homem que eu amo como pai, seus cuidados com o filho tão amado. Trocar fraldas, não saber o que fazer, não saber como agir. Fingir que sabe, tentar, na prática. Não há escapatória. Primeiros passos, primeiras palavras, brincadeiras, carinho, descobrir que seu sorriso é meu maior tesouro. Amigos por perto, amigos que chegam mais perto! Voltar a trabalhar. O primeiro dia longe é uma entrevista de empregos: Unhas por fazer, cabelo mal cuidado, leite no sutiã, saudades do pequeno, aos cuidados da vovó Mirian. Certeza do amor que existe e que parece que sempre existiu, como se seu lugar em nossas vidas estivesse marcado desde sempre. 

O primeiro aniversário, uma festa especial, perto do carnaval. Nada de Mickey ou Circo, é preciso ser criativo. Ele não é uma criança convencional. Seu primeiro aniversário foi um baile de carnaval, uma festa à fantasia - O Bloco do Bê-. Que barato foi organizar cada detalhe, as madrugadas em par montando centros de mesa e lembrancinhas, o apoio das amigas-vizinhas para montar a mesa LINDA, o estandarte, as Barbies  e Kens de toda a vizinhança usando fantasias. Mais um dia marcante, para uma coleção que inclui momentos simples: olhares, carinhos, a imagem de mãozinhas tão pequenas, de dentes apontando, de chorinhos, gargalhadas, gritinhos. Um pé gordinho bem ali, bom de apertar e morder. Olhar para aquele lindo bebê e descobrir que seu sorriso ilumina o mundo!

Cada conquista: primeiro dia de aula, seus 7 atchins tão queridos, a Montanha Russa, seu cheiro, o calor de tê-lo nos braços, o calor da febre, as noites sem dormir. As noites em que, ao dormir, ele seguia ao meu lado, nos sonhos, sua primeira formatura e o olhar de orgulho e confiança que nos emocionou, a maneira linda e divertida como este menininho descobre e interpreta a vida, o tanto que me ensina, que me motiva a ser uma pessoa melhor. Dois, três, quatro, cinco... seis anos! São muitas histórias. Dores e alegrias que reforçam o amor. Um vínculo que não sei explicar.

Há dias tento escrever este texto. Não sai. Nada explica, nada da conta de tanto sentir. Mas como passar direto? Como não tocar no assunto? Dia 18/02 é o aniversário do Bê, é nosso aniversário como pais e também é aniversário da nossa família. Tudo já tinha começado, mas depois que ele chegou eu entendi que nada fazia sentido antes de sua presença. Tudo é muito mais agora. 

FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU AMOR!
 
Eu não soube escolher as palavras certas, mas eles souberam. No aniversário de 1 ano escolhi esta música para acompanhar o clipe do DVD. Então ela virou cantiga de ninar, um momento especial entre nós e virou a "nossa música". Não consegui importar o clipe do aniversário. Segue com um You tube emprestado. Estaremos ausentes, a sexta feira é dele! 




Beijos a todos, 
Tati.