Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Um mar revolto - Um mar de gente


Este é apenas um relato de sonho. Ou, esta noite tive um sonho...
Sonho longo, complexo, cheio de histórias e significados. De tudo, uma parte me marcou mais. E era numa praia, ou próximo a uma praia, algum lugar distante, que não consigo reconhecer.
Alexandre e eu, ele caminhando ao meu lado, de mãos dadas, entre os carros, a caminho do mar.
Ah, o mar. Mar revolto, ondas enormes! Ficamos do calçadão assistindo aquele exuberante espetáculo de ondas gigantes, brutas, fortes. Não havia medo em nós, havia admiração, respeito e até uma certa entrega. Assistimos e nos alimentamos daquela visão maravilhosa da força e potência da natureza. Sem necessidade ou intenção de controle. Apenas contemplação e amor.
Dali resolvemos voltar, num caminho conturbado de carros que iam em todas as direções, buzinavam, se espremiam, nos oprimiam. Diferente do padrão, era-nos possível ver os motoristas. Pessoas irritadas, estressadas, disputando espaços milimétricos. Foi necessário pegar Alexandre no colo. Estava perigoso para ele. O mar de gente revolto, descontrolado, agressivo, desrespeitoso.
Acordei. Vicente e Bernardo não estavam neste sonho. Era sobre Alexandre e eu. Fiquei pensando no quanto confio na natureza em relação a ele, mesmo sendo gigantesca, avassaladora. Mas o quanto as pessoas me assustam, acuam. O quanto desejo me isolar, nos preservar e proteger.
Há amor no mundo, há pessoas amorosas no mundo. Clareza de que não resolvi esta questão. Sigo neste processo de isolamento da concha. Apenas uma certeza, não é (mais) uma necessidade de controle. Sou capaz e segura de deixar o fluxo da vida de manifestar. Não confio nas pessoas. Não confio na "sociedade". Um bom exercício tenho pela frente.
Mãos à obra!!

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