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terça-feira, 11 de maio de 2010

A vida é feita de mudanças

Bê em seu primeiro dia de aula no maternal, em 2007
Amigos,

Escrevo este post muito emocionada, após um dia complexo! Graças a Deus o Bê está quase ótimo, acordou e disse: "Pai, eu estou bem melhor". Foi o bom dia mais especial que podíamos ter.

Ontem tomamos uma decisão que devíamos ter tomado há dois anos atrás, mas como era uma decisão difícil foi sendo postergada, apenas ontem veio a clareza de que não dava mais.

Hoje mudamos o Bê de escola. O momento não é o mais propício, faltam 9 dias para minha defesa, preciso estudar e preparar minha apresentação. Em condições ideais eu ficaria concentrada, desta vez não deu.

Amo a escola de onde ele sai. É um lugar especial, onde sei que ele é amado, é um indivíduo. Entrou lá no maternal, próximo a seu aniversário de 2 anos. Lembro do dia em que conheci a escola como se fosse ontem, com cores e cheiros. Com o medo e a ansiedade naturais do momento. Lembro da chuva fina que caía, apesar de ser final de janeiro. Lembro do guarda-chuva, da recepção da Regina, das crianças brincando, do Bê todo à vontade no refeitório, comendo bolo com mate que duas funcionárias, que moram no meu coração para sempre, ofereceram. Ali eu soube que ele estava em casa e encerrei as buscas.

O Bambalalão é a única escola que conheço como mãe. E fomos muito felizes aqui. Saio sem mágoas ou rancores, repleta de amor e gratidão. Então por que saio? Por que a vida dá voltas e nem sempre podemos arcar com aquilo que acreditamos melhor.

A nova escola parecia-me assustadora, ainda assim, gostei bastante. O Bê chegou tímido, mas foi se soltando. Conversou com os futuros colegas de turma, o espaço é ótimo, é uma escola de tradição no bairro. Não será uma mudança para pior, entendam. É só uma mudança. Estamos vivendo tantas e com tal frequência que em breve não mais as temerei. Desta vez, para falar a verdade, me surpreendi. Estou lidando de maneira forte e racional com tudo. E estou bem, mesmo que muito emocionada.

Uma das maiores mudanças,além de deixar o integral para passar as tardes com a vovó Mirian, é que ele sai de um ambiente de creche, uma construção que já foi casa e tornou-se escola, um ambiente em que eu me apresentava como a Tati, mãe do Bê, mesmo por telefone, para uma escola grande, que vai até o terceiro ano do segundo grau (ainda chama assim?). E o mais doído é deixar para trás pessoas que nos cativaram e a quem cativamos, pessoas que sei que AMAM meu filho. Uma das professoras chorou quando contei. Ficou sem graça por chorar, mas chorou. Claro que a abracei e chorei junto, não dava para evitar.

A Coordenadora manteve-nos em sua sala por tanto tempo... parecia que não nos queria deixar ir embora. E quem disse que eu queria ir também? Perguntaram se não o levarei para despedir-se, não sei, estou pensando se será bom para ele. Despedidas são tão tristes...

Prefiro, agora, pensar na apresentação, nas boas vindas, na quarta-feira de material novo, mochila nova, amigos novos, vida nova ... Melhor pensar que este é um lindo caminho que se abre agora e em tudo de bom que nos reserva. Mantenha-se aqui para os próximos capítulos, conto com vocês!

Beijos,

Tati.

P.S. Escrevi ontem, mas só hoje deu para postar. Desculpe a ausência na blogagem verde, mal retribuí visitas. A vida está no liquidificador agora, mas a mistura vai ficar boa, eu garanto! Volto em breve, com força total. Até lá, não me abandonem, por favor!!

P.S.2: Vai sem fotos por que estou muito frágil para mexer nelas agora. Fotos trazem o momento com muita intensidade, não?