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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sou comodista: Nunca gostei de acampar

Eu preciso dizer, com todas as letras, estou de saco cheio!!! Desculpem a onda "desabafo" que este humilde blog vem seguindo, é que está duro de aturar...

A obra da minha casa é uma reforma, mas não é minha reforma. Vou explicar. A obra é do meu prédio, que é uma construção de mais de 20 anos, com tubulações antigas. Meu vizinho de baixo está reformando seu apartamento. Para ele trocar seus encanamentos, precisa também trocar os meus. Isso é enervante, por que ouço toc, toc, toc de marretas em tempo integral, seja na minha própria cozinha, seja na cozinha de baixo. Além disso, estamos vivendo esta situação de acampamento e ontem comi minha última lasanha congelada. Hoje descobri que aquele pão chamado suissinho (não sei se existe na Suíssa, sei que o francês não existe na França) fica bom quando o descongelamos em 30 segundos de microondas. E café, só nescafé, que está salvando meus índices cafêmicos (nível de cafeína no sangue, para os leigos). 

Ontem cantei para marido aquela música, num agudo muito agudo: "Lava louça no banheiro, que agoníííaa!!" Já fizeram isso alguma vez? E num banheiro que não há como lavar há uma semana? De lascar! Eu sei que é uma melhoria para meu apartamento, e não desembolso nada diretamente, tudo é pago pelo condomínio, até o acabamento, mas é desgastante, ainda mais quando não nos programamos para tal. O Bê está de férias e nós, presos. O ideal seria o contrário, que ele estivesse em aulas e nós em férias (?).

Até ontem eu estava segurando a onda, por que estava acabando. Aliás, quinta passada também estava acabando, aí, no fim do dia vem o administrador do condomínio (coitado, nada fácil seu trabalho de conciliador), todo sem graça, dizer que precisavam quebrar NOVAMENTE nossa cozinha. Então hoje de manhã, quando eu me preparava para o confronto final, achando que amanhã seria dia de faxina... eles interfonam dizendo que há mais um cano a ser quebrado e que a obra prosseguirá, por mais alguns dias...

Não aguento mais!!! Bê está em crise alérgica, tendo que tomar Decongex para conseguir dormir (que Dr Luis - pediatra-homeopata, não me leia); uma sacola de roupas foi passear na casa da minha mãe, conhecer as instalações de sua máquina de lavar, já que a minha está em férias coletivas junto com o fogão, o tanque e etc. AAAAAAAAAAAAAAAAhhhhhhhhh

Liguei ontem para meu chefe, muito sem graça, para dizer que um trabalho que tem urgência, será feito para a próxima semana, e não é o único trabalho que tenho para fechar. Como faço? Preciso de silêncio... Vergonha... Ele não gostou nada, claro. Esta semana ainda passou, agora, como direi a ele caso não tenha onde trabalhar semana que vem? Surreal!!! O Vi também tem faltado trabalho, hora sai mais cedo, hora chega mais tarde, tem dias que nem vai mesmo... tudo para tentar resolver as coisas daqui, por que pedreiro é machista e não gosta de tratar com mulher, e eu sou mal humorada mesmo, acho que os deixo assustados... hehehe

Que sacooo!!! Quero cuidar da minha casaaaaa e da minha vidaaaaaaa!!

Espero que você não tenha chegado até aqui, mas se chegou, desculpe o aluguel dos olhos-ouvidos-ombro-lenço... Tá dureza!

Beijos a todos,

Tati.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um café e o dia seguinte, por favor!

Hoje o dia está daqueles...
Já contei aqui, há algum tempo, minha dependência química e emocional de café, lembram? Pois é, hoje tive que encarar. Não havia como fazer café. Meu apartamento está em obras. Estamos trocando piso da cozinha e área. Neste momento a geladeira e o microondas estão funcionando na sala, os demais - fogão, máquina de lavar, tanque, armários, além de prateleiras, computador e todos os livros e demais materiais de escritório-  estão hospedados na sala, que Graças a Deus é grande! Isso por que a obra começou no ex-quarto de empregada, atual home office (para ser mais chique e moderna).

É motivo para chateação? Não, estou muito feliz! Aguardo por esta obra há quase 2 anos, tempo em que convivi com um buraco sob minha pia (buraco mesmo, com terra e tudo). Então, com poeira e barulho o momento é de alegria. Mas hoje...

Logo de manhã recebi uma ligação de um call center. A atendente começou dizendo que meu sinal da velox estava liberado, eu toda feliz. Então ela pede confirmação de alguns dados, que ela tinha e eu só dizia se estava certo: meu nome completo, endereço, CPF. Daí me diz meu login e senha na UOL. Pera-lá. Não contratei UOL nenhuma... Perguntei para quem ela trabalhava, ela engasgou... acabou escapando dizendo que é do call center. Trabalha para a OI, mas também para UOL. Sei... Ops, já entendeu? Sim, a tal da venda casada, QUE É CRIME! Quase caí no golpe. Foi mais de uma hora no telefone com a atendente. Briga feia! Ameaças de cortar minha linha e etc. Desliguei, na marra, e liguei para Anatel. A moça escolheu a pessoa errada, no dia mais errado ainda. Enquanto eu falava com a Anatel, me liga outro atendente, agora um rapaz, identifica-se como da Velox e começa novo calvário de ameaças de corte, de pagamento disso e daquilo, blá, blá blá. Eu com a anatel no celular e o call center-multiuso no tel fixo, brincando de telefone sem fio. Vários protocolos depois, desliguei. UFA!!! Mega irritada, claro! Vamos seguir o dia.

Então, como teremos uso de maquita numa soleira que liga cozinha à sala, resolvi fazer um isolamento de lona entre os cômodos. Se tivesse um outro ser humano no local poderia ter me filmado para vídeo cassetada, por que eu sou o ser mais atrapalhado da face da terra e derrubava o plasticão, derrubava a fita gomada, às vezes quem caía era a tesoura e eu mesma quase rolei escada abaixo algumas tantas outras. Quer dizer, se tivesse outro ser humano por aqui melhor seria se me ajudasse, né? 

Neste momento glamour, o Sr Jonas Pedreiro me avisa que as placas de piso estão acabando. O outro pedreiro calculou mal e não dava, precisávamos de mais uma caixa... Putz! Marido, help-me!!!

E vem meu São Vicente correndo do trabalho, para comprar nova caixa de piso... E a maratona dele não foi diferente da minha e envolve uma rua de terra batida, cheia de buracos e lotada de lama neste dia chuvoso. Ou seja, eu me acabando de trabalhar na obra e marido brincando de rally... fazer o que?

Ao mesmo tempo me chamam na administração do condomínio. Como não dava para atender o interfone sem um processo de escavação desci até o play. Lá uma vizinha super simpática, que me dá bom dia, boa tarde, boa noite olha para mim e diz, toda gentil e sorridente: eu vim fazer queixa da sua obra... É que está fazendo muita poeira... Eu limpei minha casa ontem e está entrando pó... Cara, eu não tinha o que dizer... O que se diz numa hora dessas? Desculpe, quer que eu limpe? Ou, vou interromper a obra, então, já que te incomoda? Eu sei que incomoda, é chato à beça, mas se moramos em prédio temos que ter um pouco de paciência, tolerância. Hoje sou eu, amanhã é ela. E terei que aceitar... Nem sabia o que falar. Fiquei muito chateada e a cabeça que já latejava, ardeu! Hoje, nem a Neusa resolveu meus problemas...

Marido chegou, eu quase chorando. Ele conta sua história triste e as emoções do paris-dakar sem paris, cansado e desgastado.

Aí, chega o Administrador do meu condomínio, todo bonzinho, para dizer que, semana que vem precisarão quebrar minha cozinha para a troca de uma tubulação da obra do vizinho de baixo (toda a obra da minha casa começou por este motivo - a obra do vizinho de baixo...). Tudo bem que é o condomínio que paga, mas significa que, semana que vem, quebrarão pelo menos 3 das pedras que colocamos hoje, e estas, nós pagamos! 

Seria interessante ver uma foto de nossas caras de pastel neste momento... A gente se olhava, sem acreditar no dia que estávamos vivendo e eu repeti uma frase que o Bê usou ontem antes de chorar até dormir: "Acho que hoje não é o meu dia...".

Então resolvemos pedir a conta: Fomos até a casa de minha mãe, tomar um café e descontrair um pouco, enquanto Sr Jonas Pedreiro terminava a colocação do piso. E a única coisa que eu podia pedir ao garçon da vida é: um café e o dia seguinte, por favor!

Que amanhã seja só alegria, um dia de batuques, barulhos e sujeiras, mas na certeza de um espaço para testar novas receitas, conviver, cuidar. Claro que só até terça, quando começará a nova obra...

Beijos empoeirados,

Tati.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quero dar tchau para a OI!


Grrrrrrrrrrrr
Preciso dizer, na verdade a vontade é de gritar! A OI É A PIOR EMPRESA COM QUE JÁ TIVE QUE LIDAR EM MINHA VIDA!
Espero que a Glorinha esteja tendo melhor sorte com a NET. Eu, até agora, aguardo a instalação do Velox que foi prometido para dia 09, adiado para dia 12 e hoje, quando liguei para saber, fui informada que - automaticamente- passaram para dia 19. Sim! Eles são muito modernos...

E hoje, com menos de 15 dias de telefone ligado, ele ficou mudo.MU-DO!! Liguei muito irritada, com tanta raiva que tremia. A atendente, bem treinada para ser simpática, mas sem qualquer treinamento para prestação de serviços, me informa que terão até as 20h de amanhã para consertar. Fala sério!!!!Liguei para cancelar! Claro que ficaram fazendo aquela ciranda já conhecida pelos assinantes desta idônea empresa. E, pasmem. Não posso cancelar por que a instalação não foi feita! Preciso "desbloquear" o serviço para, então, poder cancelar. É ou não é surreal!

Agora estou em busca da Anatel. E como tenho muitos e muitos protocolos colecionados nestes 15 dias como "cliente", vou também em busca de um advogado. Está na hora de devolver o nariz redondo para os verdadeiros palhaços!

Estou cansada!

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cornetas escandalosas



Tá, não chama mais corneta, mas não é isso que são? Não gravei o nome novo, e nem quero, parece que cria intimidade e vai que elas resolvem chegar mais perto ainda... Sim, por que se chegarem mais perto, entrarão no meu apartamento. Quer dizer, entrarão fisicamente, por que seu som histérico já não sai mais daqui...

Ontem tinham, pelo menos 3, com intensidades diferentes de som - ou de sopro - na minha rua, após 23h. Alguns imbecís acham mesmo que tem direito sobre o silêncio, e consequentemente sobre o sono, dos outros.

Fui dormir muito mal humorada, torcendo para que todos os desocupados do mundo engasgassem em suas cornetas e, como podem vem, poucas horas de sono não me deixaram muito bem disposta.

Cuspiram barulho em mim, agora cuspo marimbondos... O problema e que cuspo nas pessoas erradas!! Como sempre!!! Queria jogar fora toda essa irritação, por que estou indo para o trabalho, para um dia tenso e cheio. Pode ser que eu viaje na semana que vem Vá na segunda e só retorne na quinta à noite. Este barlho mental fez par com o barulho das cornetas ontem à noite, conturbando a capacidade de relaxar e dormir. E eu querendo um pouco de silêncio em minha mente...

Se eu for nesta viagem, estarei vivendo uma grande oportunidade. Contatos importantes, conhecimentos idem, junto com pessoas que adoro e admiro, mas... Toda vez que preciso viajar tenho que desatarraxar um pedaço do meu coração e deixar aqui, e isso faz com que o pedaço que segue comigo fique pequenininho... pequenininho... E dói, ah se dói... Deixar filho de 5 anos, que quando eu volto fica tenso se eu vou demorar... Deixar um tumulto na casa, por que sei que fica tumultuado para o Vi sozinho... Levar tudo e não esquecer nada. Encontrar situações e pessoas desconhecidas... Passar uns dias longe do meu canto... Sinfonia que faz muito barulho, tanto quanto as cornetas que deixam-se soprar sem cerimônia, exibidas que só elas!

Se por acaso eu não for, os motivos são piores e terei problemas com meu chefe, portanto, que hoje todas as pendências se resolvam e eu viaje na segunda, por que esta foi a escolha profissional que eu fiz. Desde o princípio, quando era um pedido que eu fazia, em tom de oração, para o universo, já sabia que incluía viagens, e via como uma das vantagens. Só não imaginava o sentimento que traria junto...

Pode ser que, quando o Bê for maior, a carga seja mais leve. Não é uma queixa, entenda bem, eu adoro viajar e sei que estas oportunidades são únicas, mas eu não fazia ideia do quanto doía 4- 5 dias longe de filho...

Agora vou, que hoje o dia promete! Torçam por mim, para o melhor para mim, é sempre assim que eu peço. Acho melhor! Sempre dá certo!!!

Beijos,
Tati.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A mãe que eu fui...


A mãe que fui tirava um sábado por mês, às vezes, 15 dias, para lavar os brinquedos. Lavava um por um, com escova e detergente, lavava também a caixa de brinquedos. Deixava-os todos expostos ao sol e monitorava: extinguindo-se a última gota d´água, voltavam para dentro, para que a poeira não os atacasse! Era algo que eu fazia com grande empenho e dedicação, gostava daquilo.

A mãe que eu fui frequentava o andar de baixo da casa com filho dormindo no de cima, mas jamais conseguiu subir as escadas com filho sozinho no de baixo. Vai que alguém o roubava? Tesouro precioso!

A mãe que eu fui levava e buscava filho na escola e não abria mão do ritual. Não o delegava a ninguém. Chegava 15, mais tardar 10 minutos antes do horário da saída e o aguardava, feliz, conversando sobre o tempo frio/ quente com outras mães, até ouvir o famoso mããããeeee, comprido e surpreso, como se aquele dia fosse o primeiro, e eram todos tão únicos quanto repetitivos.

A mãe que eu fui saiu da maternidade com seu pacotinho no bebê conforto, comprado no 5º mês de gestação, curtindo o manual de instruções junto com marido. Trocou o bebê conforto pela cadeira adequada aos 7 meses do pequeno, e registrou na memória este mágico momento, de um princepezinho em seu trono, olhando o mundo do alto, pela janela do carro, pela primeira vez.

A mãe que eu fui não andava de carona. Não dava carona para mais do que duas pessoas, por que não abria mão da cadeirinha nem para ir à padaria da esquina. A mãe que eu fui não abria mão da segurança do filho. E passava por neurótica ou antipática, na certeza de fazer o melhor.

Então vendi meu carro e agora ando de carona, com filho no colo, ao lado, solto no banco de trás de alguém.
Coloquei filho na condução, sendo transportado por um desconhecido no qual tive que confiar da noite para o dia, simplesmente por que foi indicado por alguém. O transporte atrasava com frequência a buscar e a mãe que eu fui contorcia-se em casa, aguardando que chegassem, enquanto a lua chegava na frente.

A mãe que eu fui sabia o nome de cada amiguinho da turma, sabia quem era novo e os mais antigos, os mais queridos e os desafetos. A mãe que eu fui paparicava professoras, não perdia reunião de pais e adorava o convívio com a escola.

A mãe que eu sou teve que trocar filho de escola de repente, procurou pouco (e deu sorte, graças a Deus). Ainda não conhece muitos de seus amigos, não busca mais na escola, delegou a tarefa à vovó, sabe das histórias que a vovó conta ou que filhote conta "do seu jeito".


A mãe que eu fui tinha o telefone da creche registrado no celular e num imã de geladeira, mas nem precisava pois sabia o número de cor e salteado. 


A mãe que eu sou esqueceu de mandar a pasta com trabalhinho do filho e precisou procurar na internet o  telefone da escola para avisar. A mãe que eu sou ainda não anotou este número em lugar nenhum...

A mãe que eu sou concorda com a lei das cadeirinhas, mas não sabe o que fará quando precisar de caronas. Não poderei mais pegar carona com o filhote? Agora só de ônibus? A mãe que sou não acredita que ônibus é um transporte seguro. A mãe que sou precisa adaptar-se às novas situações.

A mãe que sou sente saudades da mãe que fui. Estressada? Cansada? Sobrecarregada? Sinto que estes adjetivos me afetam mais hoje do que no tempo em que podia cuidar do meu filho da maneira que acho mais adequada. Quando eu sentia que podia protegê-lo, preservá-lo. Sinto saudades de ser assim e é o que busco neste momento. Não entendam como culpa, não me sinto culpada. Sei que no momento é o que posso oferecer, mas como já estive em outra posição sei que pode ser melhor, e quero voltar a isso.

Quando estudei percepção de riscos não imaginei que minha vida daria uma volta que me colocaria em posição experimental. Agora entendo que não é apenas uma questão de perceber os riscos; que negligenciar riscos é algo muito mais profundo do que podemos explicar num trabalho científico. Que riscos e perigos só podem ser percebidos/ prevenidos a partir de determinada classe social (econômica, na verdade). Fui a campo, estudei, li tanto, escrevi tanto e a vida me ensinou muito mais. Já aprendi, agora pode fechar o capítulo, tá bem? Quero ir para o próximo.

Se não entendeu, me perdoe, é um desabafo que eu precisava fazer à vida.

Beijos a todos,

Tati.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tu-tu-tu... tente novamente mais tarde...

Unfinished Puzzle - Rob Gonsalves

Estarei fora da área de cobertura ou desligada até 20 de maio, mas... por favor, deixe seu recado que retornarei assim que possível (quando todas as caixas da prateleira alta pararem de cair sobre minha cabeça...).

E lembre-se: "A sua ligação é muito importante para nós"...

Beijos,

Tati.

P.S.: Vou tentar catar um sinal qualquer da minha mente para escrever, pelo menos, a blogagem final - Branca, do colorindo a vida, se não der, perdoem, ok?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero ir para LUND!!!


Lembram-se daquele sapo de ontem? Na verdade eu contei a história pela metade. Minha chateação por aquele sapo existe, mas eu estava desabafando um sapo novo. 

O Sr que fazia o transporte do Bê para a escola "pediu para sair"... Ok, 02, está dispensado! A alegação dele é uma lei que vai apertar o cinto a partir de junho ou julho, sobre as cadeirinhas para crianças abaixo de 7 anos. Ele dirige uma doblô muito confortável, com cinto abdominal que o Bê usa, mas não tem cadeirinha, nem interesse em adquiri-las.

Ok, a lei existe pela segurança do meu filho, certo? 

Então hoje eu fui levar o Bê para a escola com o transporte que me compete no momento: o tal do ônibus. 

Fiz sinal para o primeiro que passou, um daqueles micro-ônibus com motoristas multi uso. Coloquei o Bê e sua mochila para dentro e entrei. Ele arrancou imediatamente. Com a pressa de quem vai tirar "a chocadeira da forca" (um cara desses tem mãe?). 

Eu tinha que segurar o Bê, me segurar, manter a mochila no lugar, pegar o dinheiro com todas as moedinhas que completam 35 centavos... (aqui a passagem custa 2,35). 

Encaixei o Bê na roleta e joguei o dinheiro naquela parte onde ele deixa moedas. Não dava para ficar com dinheirinho estendido para o moço simpático. Eu tinha algo mais importante para segurar. Na verdade não vi cadeirinha nenhuma no ônibus, sequer vi cinto de segurança, para ser mais exata não vi nem mesmo o banco ou sombra de educação. Não deu tempo de passar a roleta. Chegou meu ponto.

Eu muito zangada falei para o motorista:
 - Não vai dar tempo de passar, cheguei. 
Ele parou e eu, com todas as informações de Lund que nossa adorável Fran nos passa, esbravejei: 
- O Sr precisa ter um pouco mais de educação quando tiver criança ou idoso entrando no ônibus.
- Isso é um coletivo, minha senhora.
- Pois é, o sr. deveria trabalhar para a coletividade! (será que ele sabe o que significa?)

Desci muito irritada, querendo saber quem é o indivíduo que pensou na segurança do meu filho. Por que não pensou na segurança de todos os filhos, e também nos pais e avós, que dependem deste tipo de (?!) transporte (?!). 

Onde está nossa dignidade quando precisamos do transporte público no Rio, no Brasil? 

Me perdoem o que vou dizer agora (odeio baixo calão, mas neste caso não existe outro termo), me sinto sendo "cagada" depois que passamos a entrar pela frente e sair por trás! Acho que a ideia é fazer-nos sentir um pouco pior. 

Quero um carro novo!! E viva o dia COM CARRO na minha cidade!!! Aqui antes de se pensar em meio ambiente há um longo caminho a se percorrer...

Beijos a todos,

Tati



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sapões indigestos


Tomando por ponto de partida o comentário da Glorinha no post anterior, em que ela diz que tem medo de gente falsa e mentirosa, vou começar o texto de hoje. Eu também tenho!

Descobri que virar gente grande significa aprender a comer sapos. E não estou falando de degustar suculentas patinhas de rã não... Estou falando dos sapos indigestos que aprendemos a engolir. Tem que engolir como ostras. E de preferência sem limão, que é para não comprometer ainda mais o estômago.

Na verdade nunca tinha aceitado bem isso, e cheguei mesmo a achar que jamais me submeteria a algo assim. Sou franca e verdadeira e gosto das coisas deste jeito. Adoro lidar com pessoas que sabem falar a verdade, mesmo que me digam coisas que me magoem a princípio, sou capaz de digerir, extrair o melhor e crescer. Mas sei com quem estou lidando. E quando esta mesma pessoa me elogia, sei que é de verdade, e aceito bem!

Mas quando sou obrigada a lidar com aqueles em quem não dá para confiar... Fico sem chão. Sem saber como agir. Passei um período tentando entrar no jogo, fingindo que não era comigo. Mudando mil vezes as frases de um e-mail até que ficassem suficientemente polidas, agradecendo mesmo as puxadas de tapete, como uma verdadeira dama da corte. Mas quer saber? Não sou assim. Eu falo o que penso, "eu sou do povo" e não estava nada confórtavel neste papel. Então semana passada eu virei a mesa. Eu desengasguei muitas coisas. Tudo bem que não mudou nada. Eu ainda tenho que aceitar resignada algumas coisas, para evitar brigas maiores, lavar roupa suja em público, com a direção e outros peixes grandes. Sou filhote de sardinha, né. Melhor ficar só procurando o Nemo... Mas meu humor deu uma pequena melhorada.

Bem, este falar, falar é só para dizer que estou com indigestão. Muitos sapos mal passados, mal conservados, excessivamente manipulados por mãos mal lavadas, mantidos fora da geladeira... Toxiinfecção alimentar por sapo!

Eu falei tudo o que estava sentindo. Todas as chateações, sem meias palavras. Mas quando ele deu sua resposta, foi mentirosa! É uma escolha dele. Não posso obrigar uma pessoa a ser verdadeira e sincera. Graças a Deus em breve não precisarei mais me reportar a esta pessoa. Serão apenas breves cumprimentos quando nos esbarrarmos nos corredores. Mas estas próximas duas semanas serão ainda assim... Dias de cabeça oca, dias de queimação no estômago, dias de labaredas pela boca! Coitados dos que convivem comigo. Estou tentando me manter quieta, isolada. Não tenho sido boa companhia nem para mim mesma, mas sou grudeeenta, eu tento sair fora e venho junto comigo: não consigo sair do meu lado... Uma chata!

Acho que ficou enorme e cansativo este texto, não recomendo que ninguém leia e vou entender se escasseaream os comentários. Estou mesmo uma péssima companhia.

Desculpas oferecidas, convido-os a passarem por aqui dia 20. Vou estar nova em folha e bem mais contentinha!

Beijos a todos,

Tati.

P.S.: Fiquem tranquilos que minha postagem verde NÃO será sobre sapos, ok? O tema será bem mais feliz!