Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A geladeira que queria mudar de vida

daqui
Era uma vez uma geladeira branca e feliz como muitas geladeiras. Ela morava em uma casa também feliz, e servia a uma família há muitos anos. Por suas prateleiras passavam muitas delícias. Ela sabia que era importante para a família e trabalhava com afinco, dia e noite. 

Mas um dia a geladeira foi desligada. Passou alguns meses em um depósito no período de mudança da família. Naqueles meses ociosos a geladeira deu para pensar! E como pensou... Coisas divertidas e outras nem tanto, lembranças de sorrisos ou caretas das crianças ao abri-la. E foi então que uma ideia brotou:
- Depois de tantos anos de trabalho no setor de serviços seria muito interessante mudar de ramo... Eu queria mesmo é fazer parte da indústria do entretenimento! Já pensou que vida divertida!! Sem contar que o turno é mais curto. Terei mais horas de descanso... É acho que preciso mudar o rumo de minha vida!

E foi assim, com estas ideias mirabolantes, que a geladeira branca, e já não tão feliz, foi religada na casa nova. Mas agora já não funcionava tão bem. E de noite, no silêncio da casa, ouviam-se seus suspiros e lamentos, lá na cozinha. Ela ainda acendia luz, armazenava alimentos, resfriava, mas já não com tanta alegria. E nestes novos tempos a vontade de mudar de vida tornava-se mais forte. E se perguntava: 
- Mas o que posso eu fazer? Só sei resfriar... Como posso trabalhar com entretenimento assim?

Foi mais ou menos nesta época que uma propaganda de ringue de patinação foi presa em sua porta por um imã. A geladeira, agora apenas branca, já não feliz leu o folder e acendeu a luz:
-  É isso!!! Eu posso ser uma máquina de neve! Claro! E posso continuar trabalhando para a família. Eles tem três crianças que gostariam de brincar com neve. Eu serei muito mais feliz como brinquedo! Estarei na industria do entretenimento. Eles me ligarão na hora de brincar, farei parte da diversão e das gargalhadas da família, e depois poderei descansar tranquilamente no meu canto. Perfeito! Mas... como os farei perceber que sou ótima máquina de neve?
E foi então que a geladeira começou a produzir gelo incessantemente. Era cansativo, ela sabia, mas valeria à pena quando eles a descobrissem. Congelava, nevava, criava camadas e mais camadas de gelo. Seu congelador ficava até pequeno de tão congelado. Uma beleza de trabalho!
daqui
A mãe da família dedicava mais tempo do que nunca à sua geladeira, o que a fazia sentir que seu dia de mudar de vida estava chegando. Elas nunca estiveram tão próximas! 

Só que um dia, a mãe da família, muito chateada, comentou com o pai da família:
- Esta geladeira precisa ser substituída. Ela está congelando demais. Vai estragar os alimentos... Está no mínimo e ainda congela...
daqui

E a geladeira, numa tentativa desesperada de mostrar que podia ser máquina de neve, congelava ainda mais. Até que, enfim foi desligada. Uma nova geladeira foi instalada em seu lugar. E a velha geladeira branca, que um dia fora feliz, seguiu em um caminhão, rumo ao ferro velho. No ferro velho foi desmontada e suas peças separadas para venda. E seu sonho de tornar-se máquina de neve jamais pôde ser realizado.
Moral da história 1: Se você deseja mudar o rumo da sua história, tenha certeza que o que você deseja fazer faz algum sentido (e tem mercado).

Moral da história 2: Se decidiu que é isso mesmo, então mude! Mas mostre seus talentos a quem possa se interessar por eles. 

Moral da história 3: Estou ficando tempo demais dentro de casa! O que rendeu uma história de fundo doméstico muito non sense, mas também rendeu um post! Saudades de passar por aqui.

Acho que é mesmo hora de lançar mão dos carnês das Casas Bahia ou Ricardo Eletro e procurar uma nova e branca amiga. A nossa quer mesmo virar máquina de neve...

Beijos a todos, beijos com muuuuita saudade!!!
Tati.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não diga adeus, diga até logo

Oi amigos queridos,

Na última semana eu vinha me lembrando de um post da Elaine Gaspareto em que ela nos propunha refletirmos sobre "como seria nosso último post". O que gostaríamos de deixar caso deixássemos de atualizá-lo?

E por que estou pensando nisso? É por que neste momento não estou conseguindo mantê-lo. As postagens tem escasseado e as visitas e comentários aos amigos mais ainda. Não estou conseguindo dar conta. Tenho postagens que desejo escrever desde janeiro, como a visita da Gi à minha casa, que foi um dia ultra especial. Já faz algum tempo eu venho perdendo aquela coragem de me expor. E como não tenho conseguido visitar na mesma medida que recebo visitas, me sinto constrangida de escrever novas postagens. Não sei explicar bem o que é. Só que já faz um tempo que tenho pensado no assunto. Desta vez é menos um ato impulsivo do que os que costumo ter. Eu refleti sobre isso!

Não pretendo deletar o blog. Ele me trouxe muitas alegrias e a principal delas foram vocês, os amigos blogueiros (ou não) com quem troquei tantas figurinhas. Vou com saudades. Levo vocês e esta grande experiência em meu coração.

Não sei se voltarei a blogar algum dia. Talvez. Talvez mais cedo do que eu imagino... Sei lá. Não estou fazendo planos. O que sei é que agora não está dando. E a medida mais natural que encontrei foi esta. Não estou com nenhum problema pessoal, só não estou dando conta da vida de cá e da vida daqui. E na hora de escolher, claro, optei pela vida do lado de cá da tela. Mas vocês seguem dentro de mim. 

Como eu aprendi, não devemos dar adeus, mas sim, até logo. A gente sempre se encontra, se esbarra. Há ainda o e-mail, e eu ainda posso visitá-los.

Obrigada por tudo. Foi mesmo um prazer. Agora é hora de nova jornada. 

Um beijo a todos,
Tati.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Uma história de amor

Oi amigos,

Hoje o Cantinho She, da amiga e mosqueteira She, está fazendo 3 anos. E para comemorar a She propôs este tema para a blogagem coletiva. Nossas vidas são repletas de histórias de amor, não é mesmo? E aqui estou eu, sem conseguir pensar no que escrever... 
Então olho para o sofá, onde um menininho toca sua guitarra de brinquedo enquanto assiste um desenho na TV. Naquele garotinho de quase 6 anos há tantas e tantas histórias de amor... E fico pensando o quanto somos um quebra-cabeças, com peças de amor. Já se imaginaram assim? Há amor em cada célula de nosso corpo, há amor nos nossos pensamentos, há amor pelo simples fato de sermos vida. Não dá para olhar para nosso filho e pensar em sentimento diferente. O amor está ali, mesmo quando nos zangamos, quando perdemos a paciência. Basta olhar e deixar o coração bater. Se ele sorrir, então... Já é o amor que faz nossas células vibrarem, jorrarem cores, luzes. Dá para ouvir a música da alma, que é uma música que toca em silêncio. 

Não sei se estou conseguindo explicar, neste momento da minha vida estou mais introspectiva e as palavras não ficam tão claras. É mais fácil sentir do que dizer. Só sei que ele é minha história de amor mais bonita. Ele veio para me ensinar aquilo que eu PRECISO aprender, e por ser tão difícil, vem no filho, que assim não temos como fugir! 

Filhos nos ensinam resignação, persistência, paciência, nos ensinam a doar sem saber se haverá retribuição. Nos ensinam a vivenciar a felicidade em outro corpo.

Hoje o Bê é minha história de amor, e não é singular, é plural. Naquele pequeno menino há muitas histórias de amor. Me lembro do dia em que contamos para nossas famílias, num dia dos pais mais do que especial. E de todos os sorrisos, abraços, olhares amorosos que recebemos. Me lembro do olhar simpático que recebia, apenas por estar grávida, de estranhos na rua. No carinho dos amigos, na minha melhor festa de aniversário, com a presença de todos, com presentes que já não se restringiam a mim, mas eram para ele - o pequeno que chegava! Sabia que as grávidas recebem amor espontâneo? Comigo foi assim.

Então ele chegou, e o amor se ampliou em nós. Em cada conquista, no reconhecer os pés, levantar a cabeça, virar, sentar, primeiras palavras, primeiros passos, primeiras letras... Também em cada susto, nas febres, nos choros, no refluxo, nos machucados. Em cada exame, consulta, vacina e injeção. Nossa cumplicidade como casal amadureceu com a chegada do Bê. E só se reafirma, se fortalece.

Hoje eu sei o que é amor. E ele é muito maior do que o palpitar descompassado quando o telefone toca e "é ele" do outro lado, embora não exclua esta parte. É intenso, mas muito mais calmo que aquele sentimento de paixão. É aconchego, conforto, uma alegria sem euforia. Nosso amor é lar e não hotel cinco estrelas. 

Suas gracinhas são gargalhadas, são olhares cúmplices de um casal que se ama, e que vê a mútua admiração se expandir na presença de um filho. A confiança se amplia no superar revezes, no saber que pode contar. No perdoar quando não deu. 

Hoje minha história de amor, para a festa da She, é o Bê. Um garotinho que veio ao mundo para viver sua história, sei que um dia seguirá seu caminho, espero fazer parte dele, mas não espero sê-lo. Que ele seja um homem correto, justo, amoroso, que reconheça o valor da família, mas que seja confiante e indepentente para seguir sua jornada, fazer suas próprias escolhas, sem precisar de minha opinião, de minha aprovação para suas dicisões. Um dia quero que ele seja livre e feliz, e que possa entender que não há legado maior do que plantar amor, espalhar pequenas sementes, por onde passar. Grandes feitos não os únicos importantes, os pequenos gestos, feitos com entrega, com a alma, também fazem diferença. Mudam o mundo, por que mudam o nosso mundo. Nos mudam por dentro.

O Bê é a melhor parte de mim, unida à melhor parte do homem que eu amo. E nesta mistura, uma alquimia perfeita, há a melhor parte dele, que não vem de ninguém, e que nos faz admirá-lo, reconhece-lo. Se prestarmos atenção, percebemos o quanto há para aprender. Desde que o Bê chegou eu me sinto crescendo como ser humano. Eu entendo a divindade em mim, não de uma forma esotérica, mística, religiosa. Não é nada disso. É apenas a certeza que somos divinos quando somos capazes de dar a vida a alguém, de deixar o amor, que há ali, manifestar-se, fermentar, expandir-se. Ensinar a superar dificuldades e frustrações enquanto aprendemos a mesma coisa. Isso só pode ser divino.

O Bê, sem dúvida, é minha história de amor mais bonita! 

E vida longa ao Cantinho She!!! 

Beijos,


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O seu desejo é sempre o meu desejo...

Hoje a proposta da Glorinha para a Blogagem Coletiva é DESEJOS.

Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça. Começo pelo apelo óbvio, do desejo carnal, sexual, físico. Passo por todos aqueles outros desejos materiais, as vontades que nos assolam, as coisas que ainda quero ter. Em seguida revejo passagens de minha vida, o desejo de ser mãe, meus anseios profissionais - todos desejos. 

Os desejos da gravidez (eu tive um só). E o maior de todos, talvez, o desejo de entender o mundo, de que as coisas façam sentido, no meu sentido, claro! O desejo de respostas, de clareza, de verdade, uma verdade que possa ser compartilhada, mas...

Acabei me decidindo por contar uma história que muitos podem não acreditar. Certas coisas só são críveis quando acontecem conosco. E foi esse o meu caso! O desejo não é meu. Ou não era...

Quando eu fui morar com o Vi, uma coisa estranha começou a acontecer comigo. Uma vontade de ser mãe. Estranhissima para alguém que dizia não querer casar nem ter filhos... Mas, a vontade chegou. Com força total! Eu dizia para o Vi: "O útero grita". Quem conhece esta sensação sabe do que estou falando. Tem amigas aqui que sei que andam com o útero aos berros. Só que não parecia a hora. A grana tava curta (agora não tá mais... kkkkk), eu estava em um emprego instável e desgastante, andava demais, me expunha muito, não parecia a hora. Mas o útero... o útero não queria saber de nada disso. 

Foi nesta época que fiquei mal no trabalho e pedi demissão. Queria mudar de vida (é, estes repentes SEMPRE me assolam). Fui fazer curso de editoração eletrônica, queria trabalhar com computador, esquecer que um dia fui veterinária, um blá, blá, blá sem fim. 

O Vi trabalhava como médium em um grupo de apometria. Não vou explicar o que é, senão o texto ficará mais gigante do que já promete, mas o google tem a maior paciência para explicar, tá bem? Pergunta a ele. Neste trabalho, uma vez por mês os médius passavam, como pacientes, para reequilibrarem forças. Foi quando o Vi passou. E quem veio falar com ele? Um filho muito chateado, sentindo-se rejeitado, por que queria chegar e não deixávamos. O Vi voltou para casa neste dia angustiado... Conversamos e entendemos na hora que era o momento de acolher aquele que precisava nascer. E foi neste dia, uma terça-feira, que o Bê foi feito. Na quarta eu hesitei, tive medo, dúvidas... Eu estava desempregada. Sem rumo, sem lenço, documento e reais na carteira. Como assim, um filho? 

Na semana seguinte já era. Eu conheço bem meu ciclo, sabia, na sexta, que o período fértil havia passado. E como estávamos determinados (?), pensei que agora só no mês seguinte. Fiquei aguardando a menstruação descer, para novas tentativas. A cólica chegou, os seios incharam, o mal humor veio... mas a dita não chegava. Passa o tempo, começo a me sentir mal, passar mal todos os dias, um enjôo, tonteiras, cansaço absurdo, uma falta de concentração (e de cérebro!), como eu não percebi de cara? Pois é, não percebi, ou não queria perceber.

Fomos à clínica, e eu disse à médica, ou estou com labirintite ou grávida. Beta-aga-cê-gê.... Uma hora de espera. uma hora angustiada. A pergunta de um casal ansioso era: somos dois ou três? Resultado: positivo! Ele estava ali. Ele queria mesmo chegar! Ele chegou no dia exato, não podia mais aguardar. Seu desejo era intenso. E eu fiquei emocionada demais. Tão emocionada que fiquei parva, lerda. Não sabia muito bem como comemorar. Na saída da clínica o Vi sugeriu: Se for menino, o que acha de Bernardo? Amei! Nunca tinha pensado em Bernardo, mas achei lindo. Os 4 meses seguintes nos confundimos em nomes de meninas, mas nunca tivemos dúvidas que se fosse menino, Bernardo seria. E é! 

Faltava uma semana para o dia dos pais, e quisemos guardar segredo. Era a ocasião perfeita para contar às duas famílias de origem, nos dois almoços do dia (almoços onde eu não comi nada, diga-se de passagem... mega enjoada). Contar foi emocionante, nosso Bê já era amado antes mesmo de ter uma imagem. Ele desejou vir à nossa casa, e foi recebido de braços abertos.

Na sessão seguinte da apometria (seguinte à descoberta da gravidez) fui convidada a participar. E ouvi, pela primeira vez, na voz de uma médium grande e loira que incorporou meu filhote, sua gargalhada. Que emoção! Ele não disse nada, ele só ria! E vocês podem dizer que eu fantasio, que é uma auto-indução ou qualquer coisa, mas eu sei o que vi e ouvi. E até hoje, quando o Bê dá aquela gargalhada, eu me lembro do som que a médium emitiu, e sei que era ELE: O menininho que nos desejou, e a quem desejo, de todo meu coração. 

Desejo que seja feliz, que saiba-se amado, que seja digno e bom. Que tenha força de caráter, mais do que de músculos. Que viva uma vida plena, que faça a diferença, mesmo que para poucos, pois são pequenos gestos que mudam a direção da vida.

Um beijo a todos,
Tati.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Intimidade de Casal

Olá amigos queridos,

Este texto é um não-texto. E vou tentar me explicar.
A Crica Viegas propôs uma nova Blogagem Coletiva chamada Intimidades. Para a primeira semana sugeriu Intimidades de Casal. A Isadora, amiga querida, divulgou e eu resolvi aderir. O dia da postagem é hoje. Já tentei e tentei, mas quer saber? Não sai.

Por que não sai? Eu falo sobre mim, das coisas que vão dentro de mim, mas meu casamento não é público, não me sinto neste direito. Na minha casa dividimos tudo o que queremos dividir, mas mantemos o respeito à individualidade. Há espaço, há limites. Temos conta conjunta, não há divisão entre ganhos e salários, tudo é nosso. Dizemos que é e/ou (como no cheque), mas não entramos no banheiro enquanto o outro está lá. 

Podemos pedir um copo de água ao outro, mas é precedido de por favor, e seguido de um obrigada(o). É obrigatório que seja assim? Não, mas é como gostamos que seja. 

Aprendemos a dividir muitas coisas, misturamos nossos gostos, ainda assim, na mesa do café, há manteiga e margarina, cada um come a que gosta e não há discussões, nem imposições de preferências. 

E por tudo isso, nossa intimidade não é minha, e não tenho o direito de falar sobre ela assim, por minha conta, para quem eu quiser. Há um e/ou, e respeito isso. O Vi é reservado, não gostaria de intimidades expostas, eu também não. Assim, encerro minha participação nesta brincadeira. Parece fácil para alguém que desnuda a alma... não foi, não é!

Podia recorrer a uma alternativa, discorrer sobre "o que é intimidade", colocar imagens ou letras de música, mas este não é meu jeito de escrever. Senti que seria forçar uma barra. 
Desculpe Crica e demais amigos pela  saída repentina, não me senti à vontade para escrever. Espero que entendam.

Um grande beijo a todos,

Tati.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Temperatura aumentando...


... e nem é do aquecimento global que estou falando...
Pois é. Cheguei ontem, e ainda não deu para chegar aqui. Na verdade estou passando rapidinho para dizer que vou ficar mais uns dias afastada. Agradecer o carinho que recebi nestes dias de ausência, dizer que estou com saudade, que a viagem foi cansativa, mas ótima...

Só que quando cheguei o Bê caiu, com febre. Alguma virose louca destas de inverno... A saudade é muito grande também e quero ficar bem juntinho dos meus meninos. Ontem e hoje foram dias de muito carinho, só que não o suficiente. Corri aqui enquanto eles dormem, mas a noite promete!

Até segunda volto à ativa: visito, comento, posto... até lá, acho que continuaremos com saudades. Dá para entender, não é?

Beijos a todos, em breve volto com força total. Estou cheeeeia de histórias para contar!

Tati.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vida Simples - Idas e vindas


Hoje é a despedida da blogagem Vida Simples proposta pela Mila. E por muitos motivos meu tema não podia ser outro: Despedidas, ou partidas e chegadas. Isso por que, enquanto você lê este texto eu estou no avião ou no hotel ou... Sei lá. Até quinta não serei muito dona dos meus planejamentos...

Estou aqui preparando tudo para a viagem: mala semi-pronta, mas tenho que dormir com ela pronta, marquei o taxi para 6h10... Muitas máquinas de roupa lavadas, filho e marido por perto o dia todo, lanchinhos da escola separados, uniforme e material idem... Fiz o calendário com bombons, como havia comentado antes e o Bê me ajudou a montar. Colocamos a folha na porta da geladeira. Nem vou comentar que tanto a folha quanto os bombons já cairam várias vezes, já que os bombons estão pesando horrores... não sei se aguentam até quarta-quinta... ops, comentei!
 
Presos na porta da geladeira, muitos imãs para segurar ...ao menos por enquanto!
Clica que aumenta e dá para ler o dia-a-dia.

O mais importante de deixar preparado, no entanto, foi o Bê. Estava vendo que ele estava mais carinhoso e grudado, que me perguntava sobre a viagem e que, outras vezes, não queria falar no assunto. Hoje entendi. Logo após o almoço ele me falou: "Sabia que quando eu for do seu tamanho eu ainda vou ter mãe?" Eu brinquei, disse, "claro, e posso ser eu?" Mas conforme a conversa esquentou fui entendendo a complexidade da coisa. 
- A sua avó já morreu. Meu biso e minha bisa morreram, e eu estou com saudades do meu biso. Eu já não lembro mais dele... Cadê a mãe da minha avó? E assim foram as perguntas.

Ah, entendi... Quem morre, viaja para muito longe, não é? Ele já tinha dito, numa outra conversa com meu pai, que o biso tinha viajado para muito longe, tão longe que não dava para visitar, era mais longe que a Bienal (gente, a Bienal acontece no Riocentro, para quem conhece o Rio, são 15-20 minutos da minha casa. Demoramos uns 40-50 por que fomos de ônibus. Isso é o mais longe que ele consegue conceber!! hehe

Claro que se eu vou para o céu (avião) e para o céu vai quem morre; que eu vou viajar, metáfora para morte... Olha a confusão na cabecinha do meu pequeno. Mesmo eu já tendo ido outras vezes, com uma frequencia maior do que eu esperava neste último ano, e sempre voltando... É que da última viagem para agora morreram 3 pessoas na nossa família, foram seus primeiros contatos com a morte.

Agora, conversando com o Vi enquanto lanchávamos entendi tudo. Peguei o Bê no colo e simplifiquei. Falei com todas as letras, para não deixar dúvidas: "Filho, a mamãe não vai morrer. Vou numa viagem, fico no hotel e volto. Você vai poder me ligar todos os dias." Entramos no site do hotel e mostrei foto do quarto, do telefone do quarto: - Aqui, vou sentar nesta cama e te ligar deste telefone. Simulei a conversa, dizendo, "...só falta um bombom, amanhã estou chegando!" Ele riu, gostou, perguntou se podia ir junto... Combinamos que na próxima iremos juntos. E não é que iremos mesmo! Temos uma viagem para um hotel fazenda marcada para julho, aí sim, família completa: nós 3, meus pais, meu sobrinho, minha irmã e o namorado! 

A lição é simplificar. Metáforas são formas difíceis de comunicação com crianças, que costumam ser mais literais. 

Para finalizarquero contar um segredo. Não conta no aerorporto? Vem comigo...

Mais um pouco... Lembre-se do sigilo, hein! Confio em você.

Olha o que eu trouxe na bagagem!!! Será que passa no Raio-X?

hahahahaha

Hoje nos despedimos de mais uma Coletiva, novos amigos se aproximaram, laços anteriores foram estreitados, conhecemos um pouco mais dos amigos desta grande vila virtual. Mas, como diz o título: Idas e vindas, partidas e chegadas. Em breve, nova brincadeira deve ser proposta, se rolar uma conversa sobre isso já me considerem inscrita! Estou voltando...

Até sexta!!!

Beijos,
Tati.

P.S.: Sinto muito, mas desta vez não poderei ler e comentar no blog de ninguém, óbvio. Retomarei as visitas na sexta-feira. Vou aproveitar o jogo do Brasil e colocar em dia, ok? Mais beijos.

sábado, 19 de junho de 2010

Aprendendo a ler


O Bê está naquela fase de fascínio pela escrita-leitura, e amante das palavras que sou, fico encantada!
Hoje de manhã ele já estava naquela: como escreve...? Fomos brincando, eu ía cantando as letras e ele escrevia, depois eu lia as sílabas para ele, que, óbvio, ainda não sabe ler, mas vai identificando sem perceber.

Resolvi escrever uma frase que ele conhece, para ele se sentir lendo. Então escrevi: BERNARDO EU TE AMO. Ele leu e ficou animadíssimo.

Seguiram-se outras palavrinhas sem êxito, ele reconhecia a primeira letra e chutava qualquer palavra que começasse com ela, então MAMÃE virou vovó MIRIAM e PAPAI virou PEDRO, entre outras palavras.

Na sequência escrevi uma palavra que imaginei que ele reconheceria, o nome da antiga escola: BAMBALALÃO. Ele chutou uma palavra qualquer com B e o Vi resolveu ajudar.

- Bê, você já conhece as primeiras letras, junta o B com A e sabe que dá BA, aí é só juntas as outras...

E o Bê, que entendeu o recado responde:

- Daí é só juntar M com B!!!

Dããã
Para onde foi o Vovó Viu a Uva?

Caímos na gargalhada, claro!!! Paulo Freire revirou-se no túmulo com estes alfabetizadores soltos por aí!! kkk

Beijos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

SENTIMENTANDO...

Ou: "No meu país é permitido sonhar..."

Ponho-me a escrever teu(s) nome(s)
com letras de macarrão.
No papel, a cola espalha, cheia de manchas
e debruçados no blog todos contemplam
esse romântico trabalho.
(...)
- Está sonhando? Olhe que a conexão cai!
Eu estou sempre sonhando...
E há em todas as consciências um template verde:
"Neste país é permitido sonhar."

Drummond que me perdoe a infame paródia, é que vinha pensando que destino dar a um pacote de massa de letrinhas que o Bê não aceitava mais, e por isso, venceu a validade. Não queria jogar fora material tão delicado e intrigante. Ah, isso não! Há na minha infância a lembrança da sopa de letrinhas, e esta lembrança é regada a poesia, poesia do Drummond. 

Sempre quis amar assim, de deixar sopa esfriar por não conter o impulso romântico de expressar o seu nome. E hoje eu amo!! Amo mais! 

Amo de cozinhar a sopa, amo de não ter mais sopa a preparar, mas ainda assim ter o desejo de compor seus nomes, separando de um emaranhado de mini letras quebradiças e cola sobre cola localizar as letras que os representam. Escolhi um papel tão romântico como infantil (dá para ver?)

A foto é sempre a parte mais difícil. E eu nem pretendia escrever nada após o poeminha, mas minha necessidade de explicações manifestou-se na sequência. A mesa parece inapropriada para a foto? Mas não é, foi devidamente calculada. Esta mesinha foi um presente do meu anjo, quando me convidou a morar com ele, esta luz rosa que vocês vêem vem de um abajour em formato de peixe, animal com o qual eu trabalhava, e me representava na casa. Hoje é xodó, não só nosso, mas do filhote, que adora a luz que traz para nosso lar. Melhor lugar, impossível!!!

Esse é o prato do dia, que seus corações saiam tão satisfeitos quanto o meu! Bom apetite.

Beijos,

Tati.