Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O ar da graça

Oi amigos,

Vocês estão me enxergando aí do outro lado? Não, não é halloween, as teias de aranha são de descaso e abandono e sinto que o conselho tutelar bloguístico organiza ação para tirar a guarda desta criança de mim, ou... será considerado terra devoluta e usado para fins de distribuição para o Movimento dos Sem Blog... (piadinhas infâmes deixam clara a falta de inspiração desta que vos escreve...)

Passei rapidinho por que, como o último post ocorreu no meio da tempestade e depois ninguém ouviu falar de mim, alguns amigos acharam que me afoguei! Vim só contar que já está tudo bem, que o Vi conversou com a professora, que foi mais afável. Era para levarmos o Bê na quinta passada, mas quem está vivo sabe que quinta passada, aqui no Rio, foi o caos. Apesar de morar beeeeem distante de áreas de risco (depois da UPP da Cidade de Deus a gente mora no paraíso. Oi?), preferimos ficar em casa. Então ele começará as aulas hoje (terça).

Fora isso, uma porção de mudanças acontecendo, o que não é nenhuma novidade para mim, minha vida muda mais que duna em Jenipabu, mas já me acostumei. Acho que vou estranhar quando tudo ficar estável (será?). Então é fase de transição no trabalho, na escola do Bê, no trabalho do Vi... Tudo mudando, Graças a Deus acho que para melhor. Além disso, resolvemos voltar às origens. Encontramos, no restaurante, os dirigentes da casa espírita onde nos conhecemos. Foi uma emoção grande, por que o Bê foi o primeiro "filho" da casa. E o Bê pulou no colo dele, fez carinho no rosto. Sabe momento olhos molhados? Todos nós assim. Sentimos que era hora de voltar para casa, e até isso é mudança. 

Mas o principal é que, como estava com muito trabalho (espero poder contar para vocês em breve), tinha que evitar "o primeiro gole", por que eu digo que não vou entrar, depois que será só meia hora, enquanto tomo um cafezinho, depois... Ah, vocês sabem como é... Então eu fui radical! Evitei mesmo. E terei que continuar evitando por um tempo. Preciso colocar a vida em ordem (minha casa então, nem se fala! Uma zona sem fim...). 

Por que não avisei? Por que toda vez que digo que vou me afastar um bicho blogador me morde e eu disparo a escrever, e já estava sem credibilidade para isso, né? Mas não há com o que se preocupar. Estou bem e feliz, só um pouco atarefada...

Muita saudade, cada mensagem ou e-mail que chegou me deixou feliz e, para variar, me senti querida. Vocês tem esse poder!

Em breve eu volto com um pouco mais de calma. 

Beijos a todos,
Tati.

domingo, 21 de novembro de 2010

Eu apenas queria que vocês soubessem... (Atualizado)

"A amizade melhora a felicidade e diminui a tristeza, porque através do amigo, duplicam-se as alegrias e se dividem os problemas."(desconheço autor)

Amigos,

Queremos apenas agradecer todo o carinho. Sexta foi um dia difícil, de reflexão sobre as questões que teremos que enfrentar. Queremos agradecer cada mensagem, o carinho, o estímulo e afago. Eu e Vi lemos juntos todos os comentários, nos sentimos muito amparados e acalentados. Estamos bem melhor agora. Já deu para amadurecer e pensar nas estratégias. 

Não quis tomar nenhuma atitude na hora (na própria quinta) por que o Bê estava ao meu lado, inclusive ouvindo a professora dizer que talvez não o aceitasse. Eu não quero que ele assimile isso como uma coisa dele, por que não é.  Ele sabe que precisa controlar-se, algumas vezes consegue, outras não. Isso não o faz, ou não deveria fazê-lo, indesejável. Então não quis aumentar as coisas ali. E se bem me conheço, quando resolvo falar, sou dura demais. Não sei medir palavras, poderia tornar a coisa irremediável. Ai, que falta o Vi fez na quinta...

Na próxima terça estaremos juntos, e com estratégias traçadas. Eu não quero condenar uma escola, que foi tão bem recomendada, que é indicada pela Confederação Brasileira de Judô,  por causa de uma professora. O Geraldo está sempre lá, se for o caso, conversaremos com ele. Não podemos perder a oportunidade de abrir os olhos de uma pessoa - a professora. Cada um que é colocado em contato, que tem a oportunidade de enxergar por trás da agitação e descobrir a pessoinha incrível que é o Bê, ou qualquer outro ser agitado, seja TDAH, Cristal ou índigo, pode funcionar como um multiplicador. 


A única coisa que eu tinha certeza é que não podia virar as costas e sair. Dizer para o Bê: vamos procurar outro lugar. No meio da confusão sabia que esta não era a lição, a atitude, a ensinar. A coisa certa, a meu ver, é enfrentar a situação.

Obrigada mesmo por todo o apoio que encontramos aqui. Cada depoimento, as experiências de vida de cada um, as informações profissionais, enfim, a presença e as palavras. 

O final de semana está intenso, cheio de compromissos, festinhas, encontros. E estamos felizes e unidos, como sempre fomos. Ontem compramos o kimono do Bê e eu gostaria de ter registrado sua carinha no espelho do provador. Era a imagem da satisfação. Temos certeza que tudo dará certo.  E que não estamos sozinhos. 

Um grande beijo,
Tati, Vi e Bê.


Atualização: Dentre os comentários, inspirados e carinhosos (como sempre), precisei destacar esta frase da Elaine Gaspareto "deixar de lado" alguém que é diferente de mim me reduz, não reduz ao outro..." Ela ficou na dúvida se estava se expressando bem. Eu respondo: Você disse tudo! Quisera eu ter pensado nesta frase! Passei rapidinho (ô vício danado), estamos nos arrumando para outra festa. Amanhã eu volto! 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Novas ideias sobre velhas questões

 Ontem a Jaci (Pandora) fez um texto importante. Ela mostrou o outro lado de uma discussão que disfarça-se de visão intelectual e libertadora, mas esconde um manter a velha ordem. Confesso que ainda não tinha olhado de frente para este lado da questão. Falo sobre a notícia amplamente veiculada da censura às obras de Monteiro Lobato, como de conteúdo racista.

Nasci branca, filha de pai e mãe brancos. Sou uma pessoa comum e mediana, daquele tipo que passa desapercebida na massa, que sente-se representada num filme ou comercial. Meu cabelo é liso e castanho, minha origem é italiana. No Rio, sou do grupo naturalmente aceito. Não posso discorrer sobre o que é preconceito ou discriminação, não a sofri na pele. Qualquer inferência seria pura especulação. 

Ainda assim, nunca gostei de piadas preconceituosas, não importa o tipo de preconceito: o bêbado engraçado, o mal falar da sogra, contra pobre, negro, gays, mulheres burras (?!). Tudo isso só serve para reforçar estereótipos  e diminuir a auto estima, dificultar a colocação destes grupos como iguais e sua auto aceitação. SOMOS IGUAIS, INCLUSIVE EM NOSSAS DIFERENÇAS!



Li a obra completa do Monteiro Lobato quando criança e não percebi nada disso. OPA! Aí está o problema. Estas questões já são tão naturais que sequer as percebemos! Somos capazes de dar risada de uma piada sobre o negrinho ou a bichinha. Não devíamos achar graça. Pense bem: São visões de mundo que se perpetuam ao tornarem-se corriqueiras. 

Se eu olho um casaco de pele e vejo beleza, glamour, eu posso consumi-lo um dia. Se vejo cadáveres, jamais terei coragem de colocá-lo em meu corpo. Assim também é o preconceito. Não podemos olhar e ver com naturalidade. Não posso andar na rua e interpretar a negrinha como possível empregada da minha casa, a bichinha como um ser afetado e que só pensa em seduzir qualquer bofe que passar. Negros, e gays, são cidadãos. Exercem suas profissões, constituem família, pagam contas, impostos... O Bê outro dia queria pintar um desenho e escolheu o lápis cor de pele. Como assim?! Sabiam que na caixa dos lápis um rosa clarinho tem este nome? E a pele marrom? amarela? bege? vermelha? preta? Quantas cores de pele nós temos? Mostrei para ele. Em casa já temos diferenças: O Vi é pardo! Onde ele aprendeu esta cor-de-pele? Na escola! Imagine para os amigos de outras tonalidades? Ele nasceu branco por acaso, podia nascer de qualquer cor. Meu sogro é bem escuro. Conversamos e ele entendeu, mostrei, no próprio livro didático, imagens de muitas crianças em uma festinha, cada uma de uma cor. Espero que tenha levado a nova visão para a escola. O Bê é bom nisso! Não dá mais para fingirmos que não vemos. Errei em uma coisa, não fui à escola conversar. Mea culpa

Ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto (obras de Lobato), por que é tudo muito recente e nunca tinha pensado sobre isso. Agradeço quem levantou o tema, só de debatê-lo já é enriquecedor. Pode ser que notas de rodapé resolvam a princípio, nem sempre são lidas, não tem grande importância no livro; a mim soam como cala-boca para a polêmica. Pena... Tirar as obras de circulação não parece fazer sentido. A esta altura, século XXI, obras proibidas também soam como retrocesso. Mas não acho que SÓ por que ele é Monteiro Lobato, SÓ por que tem suas obras em evidência por tanto tempo, não deva ser revisto. Se fosse assim, Einstein jamais questionaria Newton. Quem ousaria? Desta forma ainda acreditaríamos que tudo é absoluto. Gente, não podemos mais acreditar nisso! A teoria da relatividade nos provou o contrário. E isto não é só na física, só no caderno ou no laboratório. É na vida. Vamos olhar as diversas perspectivas e opiniões. 

Recomendo a leitura desta Caixa de Pandora, da Jaci. Não vamos definir nossas posições antes de pensar novos ângulos e possibilidades. Vamos enriquecer o mundo e não empobrecê-lo. Adoro a possibilidade de sacudir o óbvio e encontrar novas visões.

Falando nisso, ainda não dei a resposta que o Bê me pediu, mas AMEI a resposta da Leci Irene, e seguirei por este caminho. Obrigada por todo o carinho na postagem sobre o Bê. Não sabem o prazer que me dá compartilhá-lo com vocês. Aproveitei para homenagear o melhor amigo do Bê, Arthur. Amizade que nasceu antes que eles tomassem consciência de quem são. E amam-se e respeitam-se como são, pelo que são.

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Que tipo de pergunta é essa?

Manhã fria, de chuva forte. 7h15, o Vi teve uma viagem (de um dia) e saiu mega cedo de casa, antes das 6h e eu fiquei com cólica (dia frio = cólica forte!). Resolvi não levar Bê para escola e passar a manhã juntinhos. Ele acordou, sentou ao meu lado aqui no sofá, ficou encaixadinho enquanto eu tentava colocar as leituras em dia, toda zen ouvindo o vídeo das lanternas japonesas do Alexandre... e lançou (do nada):

- Mãe, por que o existir existe?
- Ãh? Hein? Como assim?
- Por que existe o existir?

À queima roupa?! Eu só tomei 2 xícaras de café e um ponstan... Como se faz uma pergunta destas aos 5 anos e como podemos respondê-la? Lanço para vocês, por que eu fiquei com cara de tacho.
Afinal, existe resposta para isso? Será que a próxima é "Qual o sentido da vida"? Fala sério... Não estou pronta para este garotinho, não...

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Choveu camélias...

... e perfumou tudo por aqui!
Ando sortuda, ganhando sorteios pela rede a fora. Isso é novidade para mim, que nunca ganhava nada, nem sorteio, nem rifa, nem bingo, nem aumento... Ops, isso é outra história. Minha sorte mudou!

Desta vez chegou uma caixinha pelo correio, e vocês precisam ver o que é receber uma caixa aqui em casa! Tem criança que enlouquece!!! Preciso pedir desculpas à Carlinha,  do Chuva de Camélias, por que chegou há 2 sábados, no meio daquela confusão de Bê dodói e furo no encontro de blogueiras. Eu já imaginava o que era, me surpreendi foi com a rapidez que a Carlinha postou. Ela mal tinha divulgado o resultado e a caixinha já batia à porta aqui em casa...
Abrimos. De dentro: um shampoo, um condicionador, um hidratante corporal e uma caixinha de cotonetes. Tudo da Pucca, tudo da Topz! Bê vibrava! Aí vem as perguntas:
- Mãe, qual é o de menino? - Olhando os 2 frascos (de shampoo e condicionador) que são iguais.
- Não tem de menino, Bê. Todos são nossos.
- Mas é da Pucca, mãe? É do Garu também, não é? (Para quem não sabe, Garu é o personagem masculino do desenho: paixão da Pucca.)
- É sim, Bê, também é do Garu.
- Então eu posso usar?
E lá foi ele para o banho, estrear shampoo e condicionador. Ok, não era o melhor dia para fazer isso com ele, que estava em crise alérgica, mas não aconteceu nada não. Só ficou muuuuito cheiroso, com cheirinho de kiwi.
Isso mesmo, todos os produtos, à exceção dos cotonetes, tem cheirinho de kiwi.
Foto by google,
Grrrr para minha câmera!
Também tomei banho com meus novos produtos e caprichei no hidratante, que tem aquela embalagem estilo de sabonete líquido, ficando mais prático aplicar. Fiquei doce! Muito doce, sorte do marido, que já não fica mais sem sobremesa! Eu amei!! De tudo, o que mais gostei foi do hidratante, o Bê também adorou e pede massagem... Não é bobo, não... hehehe

Obrigada, Carlinha. Amei os presentinhos e sua atenção em não me deixar na ansiedade, esperando. 


Você conhece o Chuva de Camélias? Não perca! A Carlinha é uma FLOR, super antenada, cheia de ideias, apaixonada por make, esmaltes, e como tem ótimas parcerias promove grandes promoções em seu blog. Além de tudo isso, é linda e um doce de menina. 

Explicação da demora: Eu queria muuuito postar algumas fotos da festa aqui em casa, com os produtos recebidos, mas minha máquina está um problema. Só funciona quando quer. O Bê fazendo mil poses, mas quando eu ía clicar, ela fechava o olhinho, mal humorada... Que raiva!

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Você faz parte

A Gaspas do Acuadoiro falou (escreveu) sobre este assunto, que muito me interessa. O texto dela, bom e divertido, falava sobre a reutilização de embalagens, em especial as de isopor. Ela dizia que, se voltamos com 8 sacolas do mercado, ao menos 2 serão lixo das embalagens. Concordo e me entristeço.

Há pouco mais de 1 ano meu condomínio entrou num programa de coleta seletiva. A ONG Reviverde* esteve aqui, fez palestras de conscientização para moradores e funcionários, traçou estratégias para nossa realidade, esclareceu dúvidas.

Apesar de me considerar consciente e comprometida, só após a instituição da coleta seletiva comecei a me dar conta da quantidade de lixo que produzimos. Precisamos entender que, mesmo havendo possibilidade de reciclar, isso não é o ideal. O importante é o reduzir. Eu não sou do tipo consumista, mas há itens complexos. Por exemplo, isopor não é reciclavel. Era neste tipo de embalagens que eu costumava comprar ovos. A partir da coleta seletiva mudei um hábito de consumo. Agora, aqui em casa, só caixa de papelão. E sou radical: Se não tiver deste tipo no mercado, não compro! E sei que ainda faço muito pouco. Tem tanto que preciso mudar...

Outra coisa que passei a fazer é pesar, na hora, os frios. Assim eu levo para casa somente um saquinho plástico. Ok, ainda não é o desejável, entretanto é o possível. Dispenso as bandejinhas de isopor, daqueles que já estão prontas e arrumadinhas. 

Carne ainda não deu, está sempre preparada na tal bandeja. Eu as separo, e apesar de não andar muito arteira, vez ou outra também faço das minhas. Guardo-as para bandeja de tinta, quando pintamos peças em MDF. 

Morro de pena de jogar fora embalagens (inclusive, de rolos de papel higiênico, que não servem para absolutamente nada, a não ser manter o rolo durinho). Há coisas que para reutilizar precisamos gastar tanto produto de limpeza, que é despejado pia abaixo, com litros de água, que me questiono o que é melhor. Enquanto não descubro a resposta, talvez você saiba (daí, me conta), vou aprendendo como fazer, testando alternativas, abrindo mão daquilo que é possível. Simplificando! 

Simplificar a vida só pode nos fazer mais feliz. Meu celular não é último tipo, mas ele liga e recebe ligações. Me conecta com o mundo. Enquanto funcionar, não troco. De 1998/1999, quando tive meu primeiro aparelho, até hoje, tive 4 aparelhos, e gostaria de dizer que tive menos. Não entendo esse comichão, esta necessidade de consumo na contra-mão da realidade do nosso planeta. Espero, de verdade, que as pessoas percebam para onde estamos caminhando e mudem nossas vidas. Dependemos uns dos outros muito mais do que nos damos conta. E isso não inclui tanto TER. 

Chega! Tem tanto para falar, mas já escrevi demais. Hoje não estava no script tudo isso. A Gaspas mexeu comigo, sem perceber. Segue um clip que eu amo, um video antigo do Discovery Channel.


Um beijo a todos, ótimo final de semana (se estiver no Brasil, ótimo feriadão).
Tati.

Deixei o link para o instituto, assim, se você é do Rio e seu prédio/ condomínio ainda não instituiu a coleta seletiva, entre em contato. Eles são ótimos!


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Andorinhas acrobatas

Vou contar uma história para vocês. Foi irresistível! Ri sozinha, depois liguei para o Vi e rimos juntos... Quer rir também? Vamos ver se conseguirei contar com a graça que teve para a gente.

Eu moro em um apartamento que tem uma varanda relativamente pequena. Cabe nela basicamente um varal de chão. Ok, é brega, mas e daí? Se não estender roupa lá não dou conta só com o varal da área. Esta varanda teria luz, não fosse um fato: Quando nos mudamos para cá uma família de andorinhas habitava o local onde haveria uma luminária. Nunca tivemos coragem de expulsá-los por causa de uma lampadazinha... Afinal, eles já moravam lá antes da gente... A questão é que o buraco das andorinhas fica exatamente sobre o tal varal. E acreditem, nunca sujaram uma única roupa que fosse. A gente sempre disse que elas "tomavam cuidado".

Ontem estava concentrada, trabalhando num texto, olhei pela porta da varanda e... "Filhas da p"... O varal abarrotado de roupas, por que está um sol ótimo por aqui, e o chão LOTADO de cocô de andorinhas. Não apenas o chão, mas a grade de alumínio da varanda... Voei para conferir o estrago. E vocês terão que acreditar em mim (por que foto de varal é uó e eu não chegarei a tanto), elas não sujaram nenhuma peça. Gente, não sei como! O cocô não estava ali quando estendi as roupas, elas não descem para fazer necessidades no chão, as roupas estavam até espremidas, não tinha espaço sobrando...

O Vi ainda respondeu me provocando, por que é um de meus assuntos favoritos: - Já ouviu falar de inteligência animal? 
Só que neste caso a questão não é a inteligência das andorinhas, mas... Como assim? Que espécie de coordenação motora é essa? kkkkkkk

E com essa educação nossas amigas, que tanto alegram nossos dias, garantiram a sublocação do buraco da varanda por mais uma temporada.

Não resisti a contar para vocês...
Depois tem mais histórias destas andorinhas. Elas já me ofereceram momentos de puro encantamento.
Bom fim de semana.

Estarei ausente o dia todo, ou seja, num local sem acesso à internet (Irrrq!), mas de noite prometo atualizar as visitas.

Beijos a todos,
Tati

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sobre Coleções e colecionadores - Atualizado

Quando meu pai era criança minha avó comprava álbuns e figurinhas para ele. A rotina era sempre a mesma: abrir os envelopes, marcar as figurinhas novas no final do álbum com um X e... trocar as repetidas com os amigos, ou seja, jogar bafo-bafo!
O tempo passava, o álbum vazio, mas lá atrás, todas marcadas. Como assim? Minha avó brigava com os meninos da rua, dizia que roubavam figurinhas do meu pai (menino mimadíííssimo)... mas na realidade, sabe o que acontecia? Meu pai, na ansiedade de completar seus álbuns, marcava logo o que tinha e saía em busca de mais, com os amigos. Ops... Ele esquecia do mais importante. Colar as novas figurinhas!!

 Engraçado e quase absurdo? Pois é, e a gente às vezes faz o mesmo na vida. Por que estou falando nisso?
Por que sinto que há pessoas por aqui que completam álbuns pela contra-capa e esquecem do principal. Isso me chateia um pouco e acabo ficando meio cansado com essa falta de respeito! 

Ora, todo mundo que tem blog sabe que, se clicar na foto do "comentador" vai para seu perfil e lá encontrará o ou os blogs desta pessoa. Se a gente quiser, irá visitar e conhecer. É muito chato quando alguém escreve um comentário genérico, com jeito de ctrl+c - ctrl+v e pede visita. É muita falta de modos!!!

Eu cheguei a colocar um texto no alto da página pedindo para que não fizessem isso. Depois retirei por que achei que seria deselegante com os muitos amigos que tenho feito por aqui e que não merecem ser recebidos desta maneira. Não posso comprometer o "sejam bem vindos" por causa de meia dúzia sem noção. Mas tem mais sem noção do que se pode supor, por isso escrevo esta postagem, que infelizmente só será lida por quem vem REALMENTE ler, ou seja, aqueles para quem ela não está endereçada. Ainda assim, me sinto lavando a alma!

Na minha casa, quem pede visita, fica sem! O título pode ser interessante, a foto pode ser simpática, e não importa quantos anos tenha: 5-10-50-80... Nestas coisas sou radical! O Blog para mim não é álbum de figurinhas. Não saio por ai procurando seguidores, seguindo para que me sigam. Se sigo alguém é por que gosto do que escreve e LEIO! Se deixo comentários é por que adoro recebê-los e sei o valor que tem para quem os recebe, mas também por que o texto me despertou alguma coisa (meus comentários costumam ser enoooormes e fico até com vergonha... hihihi). Os amigos que tenho feito por aqui dinheiro nenhum paga. Muitos não tem ideia do bem que me tem feito. Sempre que posso, agradeço. E sei que atualmente não tenho dado conta de retribuir pessoas que são extremamente atenciosas e gentis comigo. Algumas vezes leio e não comento, mas jamais comento sem ter lido! Acho que é uma questão de educação.

Pode parecer mal humorado, mas não é. Quero ser simpática e agradável com todos, mas gosto muito de me sentir respeitada. Não sabe como se comportar? A Flávia explica. Passa lá que ela colocou direitinho, em 15 regrinhas de ouro. A Tati também tocou no assunto estes dias.

UPLOAD: O motivo deste post foi uma "me-segue-por-que-estou-te-seguindo" que eu não fui visitar e voltou cheia de moral, dizendo que sou AMARGA! Fala sério, amarga me deixa algo desse tipo...

Beijos a todos e desculpe o enooooorme desabafo. 

Tati.

domingo, 7 de novembro de 2010

Esquecendo livros

Então chegou o dia de esquecer um livro. Não sabe do que se trata? Veja aqui, ainda dá tempo!
Não foi fácil: O Vi escolheu um, percebeu que tinha dedicatória, resolveu escolher outro, do mesmo autor. E eu pedi que ele voltasse ao primeiro. É que ainda não tinha lido o segundo e faria de tudo para encontrá-lo... Ops!
O meu fiquei na dúvida (apego é fogo!) por que queria dar um livro legal, que eu tivesse gostado, mas que não sofresse em libertá-lo (sou carcereira de tantos livros...). Acabei optando por um livro que pode ser simples ou profundo, dependendo de quem lê.

Tá, tá... muito blá blá blá. Você quer mesmo saber é quais são os livros e onde vamos deixá-los, né? Ok, vamos chegar neste capítulo... 
Primeiro o do Vi:
Ele escolheu MERGULHO NA PAZ, de Hermógenes, e esquecerá no ônibus, a caminho do trabalho. Achei a escolha fantástica! Imagine-se meio chateado, ou assustado, desolado, sei lá, numa manhã de segunda. Você entra no ônibus e... gotas de otimismo, que te chamam à ação, à reflexão, à paz. Dá para folhear e ler pequenos trechos. Muito legal! E tem um plus: Quem encontrar o livro do Vi, achará um livro autografado. A princípio o Vi achou que poderia dar a impressão de estar desfazendo do autor, eu achei de um desprendimento sem tamanho, o que só aumentou minha admiração por meu gigante. 

O meu escolhido foi ATRAVÉS DO ESPELHO de Jostein Gaarder. Foi aquisição da última bienal do livro (ano passado) e gostei de ler. Não é tão legal quanto O dia do coringa, nem tão denso quanto O mundo de Sofia, mas gostei bastante. Espero que traga reflexões para quem o encontrar. É um livro de perguntas em resposta! E o local onde esquecerei? Pois é, vou provar que pode ser muito simples. Acho que já falei aqui que trabalho muito de casa, não é? E que tenho andado um tanto sobrecarregada. Com o Bê dodói esta semana, meu tempo reduziu. Acumulei trabalho da semana passada e esta semana teremos pediatra na terça e compromissos externos outros dois dias, o que me deixa apenas 2 para trabalhar. Não posso me dar ao luxo de sair de casa amanhã nem para ir à esquina. O que decidi? Bem... moro num prédio de 14 andares, com 6 apartamentos por andar... Meu local óbvio foi o elevador. Amanhã, meu livro subirá e descerá até que alguém decida folheá-lo e descubra o bilhete. Foi a solução que encontrei! Viu, você não tem mais desculpas...
Fizemos os bilhetes em páginas do próprio livro
É isso. Bom esquecimento a todos, que o acaso proteja quem estiver distraído, mas não tanto que não possa tropeçar com um livro por aí!

Beijos a todos,
Tati.


sábado, 6 de novembro de 2010

Filhos, filhos, melhor não tê-los...

... mas se não os temos, como sabê-los? (V.M.)
Enquanto vocês chupam os pirulitos da postagem anterior, eu chupo o dedo... É que hoje é o dia da 2ª desvirtualização carioca e eu?... Eu não pude ir! O Bê não melhorou, e... ser mãe é assim, a gente esquece que um dia foi uma mulher independente... 

Para que não fique um post ranzinza, e por que algumas amigas tem escrito que estão com saudades dele, segue uma pequena seleção das últimas pérolas deste garotinho maroto. Vamos lá?

Para começar, ontem, na hora de dormir, o Vi falou que hoje eu iria encontrar minhas amigas, de tarde. Eu na sala, voltam os dois, param na minha frente. 
Vi: Fala para ela o que você queria dizer.
Bê: - Mãe, suas amigas são também minhas amigas!
Eu: - Ah, entendi. Você quer ir no passeio também?
Chupando laranja
Bê: - Hum-Rum. E balança a cabeça afirmativamente, com aquele sorriso moleque que só quem já viu sabe do que se trata!


Segundo:

- Vó, vem comigo, vamos cuidar do passarinho? Ele está cantando uma canção linda!
Detalhe: o canário está na muda, ou seja, não canta, só emite alguns sons. Para o Bê: música! Afinal, a música está nos ouvidos de quem ouve, não é?

Terceiro:
Final de domingo (passado), ainda no elevador, retornando de um passeio, o Bê:
- Estou morrendo de fome!
- Filho, que tal uma pizza? (pensando num delivery que me livraria da cozinha)
- Eu adoraria comer uma pizza com vocês... - E manda aquele sorriso, que é para não deixar dúvidas que quer nos desmontar.
Então o Vi, já abrindo a porta para entrarmos em casa:
- Pizza de quê, Bê?
- Eu não quero pizza, quero arroz e feijão!
Ainda bem que sempre tenho potinhos de feijão para descongelar. Me senti no comercial do menininho que queria brócolis e levou um rabanete para ficar tranquilo*! kkkk 
Meu filho existe?
*o link é pensando na Tati e nos demais amigos que moram fora e podem não conhecer o comercial.

Quarto: 
Ele é fascinado por matemática e o primo, que tem 9 anos e adora mostrar sua sapiência, falou para o Bê que os números são infinitos, tanto para mais, como para menos. Ele entende do jeito dele, e diz que os números nunca acabam. Ficou tão encantado com o assunto que adora repeti-lo para todos e para qualquer um.

Então segunda, depois do banho, estava arrumando-o e ele começou: - Eu que te amo mais!
E ficamos naquela disputa gostosa de quem tem o maior amor. Até que ele manda:
- Eu te amo até os números!

Lágrimas nos olhos da mãe apaixonada que ouviu seu filho, de forma metafórica, dizer que a ama infinitamente. Ouço do Vi:
- Acho que temos o segundo poema do Bê!


Esta seleção é do final de semana estendido, estavam aguardando uma oportunidade. Paro por aqui, vou semeando aos poucos, para vocês se apaixonarem por ele também... É que de onde vieram essas tem muito mais. A fábrica é fértil!


Tivemos muitas pirraças, malcriações, desobediências... Perdi a cabeça e a paciência algumas vezes, mas esta parte eu quero esquecer e guardar só o melhor. Hoje ficaremos juntinhos, em cuidados intensivos. Ele está bem, é uma crise forte de sinusite que atingiu os olhos. E com olhos não se brinca! Agora, precisava ser no dia da desvirtualização? Snif, snif...


Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tantos caminhos nos levam...

A vida é assim, Tantos caminhos se abrem: os do coração, os dos sonhos, aqueles das lembranças - há ainda boas e más lembranças-. Há caminhos de ideias, pensamentos, carinhos. Caminhos profissionais, espirituais, familiares... escolhemos tantos caminhos.

Em tantos caminhos encontramos amigos. Alguns por uma única estação, outros para a vida inteira. Amigos que em pouco tempo nos marcam para sempre, e aqueles que seguem nossa longa jornada, e que pouco recheiam nossas vidas. Amigo é amigo, e faz parte dos tantos caminhos.

Por tantos caminhos precisamos passar para entender certas coisas, para aprender, para pensar. São estes caminhos que nos abrem experiências, e sem experimentar, há pouco para se aprender. Experimentar pode ser na pele, ou na observação da experiência alheia. Pode ser no que registram os olhos, nas passagens da vida, ou nas páginas das histórias. É preciso sentir emoções, e então refletir. Se der, aprender!

Tantos caminhos nos chamam à ação, a dividir, a compartilhar: Esquecer um livro, doar um carinho, pensar nos seus sonhos, abraçar uma causa.

A cada ano de nossas vidas tantos caminhos contam nossas histórias, algumas boas, outras tristes, não importa, estão lá, nos caminhos. E nos tornam quem somos.

O Tantos Caminhos, blog da Isa, está de aniversário. Generosa como ela só, decidiu comemorar abrindo seus Tantos Caminhos, selecionando, e publicando, postagens de amigos.

Hoje é meu dia de caminhar por lá, e não é que ela escolheu justo um texto que fala sobre os passos que damos na vida? Sobre eles - os sapatos-, que não podem apertar nossos passos, dificultando a caminhada. Deixei-a à vontade para escolher o texto que quisesse, afinal, quem percorre a nosso lado nossos tantos caminhos de vida, merece este voto de confiança. 
Isa, que muitos e muitos anos venham ainda. Tem muita estrada que quero partilhar com você. O melhor de tudo? Não será mais apenas por aqui. Tenho orgulho  de já tê-la como amiga, nos caminhos fora das telas.
Um grande beijo e vamos comemoraaaar!!!

Ainda não entendeu? Corre no Tantos Caminhos! Vamos prestigiar a festa da Isa (e meu texto também, é claro!). Não deixe de seguir tantos caminhos, o destino está escrito, na forma de contos que não te deixarão partir, em palavras de doçura, em letras inteligentes, assim é a Isa! 

"A sabedoria do peregrino consiste não em chegar depressa a seu destino, mas em apreciar as belezas do caminho". (desconheço autor)

E para quem achou que eu tinha esquecido. Segue o presente prometido aqui. Os tão cobrados pirulitos! Afinal, vocês se comportaram muito bem no Pensando em Família, da Norma, ficamos felizes. Agradeço em meu nome e no dela. Vocês são muito gentis, fizeram nossa parceria brilhar! O melhor deste pirulito aí? É light, não engorda nadinha! Beijos.

Tati.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A força de estarmos juntos!

Hoje, além das tarefas agendadas para o dia, tem um garotinho em casa, com crise alérgica, aguardando ligação do consultório do pediatra para uma consulta de encaixe. 
Quero pedir desculpas aos amigos pela falta de visitas, está complicado mesmo... Não entendam como descaso. Morro de saudades!
Mas preciso dividir com vocês o e-mail da Avaaz. O que entendo daí é que precisamos, SEMPRE, acreditar que podemos, e então, fazer nossa parte!
Segue:

É quinta-feira e a Sakineh continua viva. Um número surpreendente de 500.000 pessoas enviaram mensagens para governantes em um dia -- eles estão respondendo rapidamente, contactando diretamente o Irã! A nossa pressão está funcionando, mas precisamos continuar para mantê-la viva -- encaminhe este alerta para seus amigos: (...)
Maiores informações em: http://www.avaaz.org/

E para quem ainda tem dúvidas, segue a linda música dos Saltimbancos, "Todos juntos somos fortes, não há nada para temer". Podem me chamar de romântica e idealista, não ligo. Ser assim me faz feliz!


Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Esquecer quem se ama pode ser um gesto de amor!

Isso mesmo! Acha que enlouqueci? Não, nem um pouco.

Fui contagiada por uma proposta da Isa em seus Tantos Caminhos. E a ideia é a seguinte:

Dia 08/11, vamos esquecer um livro. Tá, vou explicar melhor. A ideia é estimularmos as pessoas a lerem. Então, no dia 08, sairemos de casa com um livro previamente escolhido (um que você detestou não vale!) e seguiremos nossa rotina diária. Em determinado ponto do caminho (pode ser no ônibus, no taxi, num banco de praça, na praça de alimentação do shopping... Isso é o que menos importa) deixaremos o livro. Dentro do livro um bilhete explicando a proposta, e que este livro, depois de lido, deve ser deixado, com o mesmo bilhete, em outro local com fluxo de pessoas e protegido do tempo, é claro! 

Quer mais detalhes? A Isa explicou muito bem. Eu estou animada com o movimento, e até marido já aderiu à proposta. Só ainda não consegui escolher o livro... É que sou tãããão apaixonada por eles. Mas a causa é nobre e vale cortar o cordão umbilical de unzinho que seja, não é?

Lembrei que quando o Vi começou a me "fazer a côrte" (sempre quis dizer isso!), ele me visitou com um livro sobre Francisco de Assis (Miramez/ João Nunes Maia) e quando me entregou disse que, sendo de Francisco de Assis, não poderia ficar preso em uma prateleira. Depois de lido deveria seguir, com o desapego que a história de nosso amigo sugere. Acontece que o livro é grande - e muito lindo!- e antes que o terminasse já estávamos namorando (e antes dele me entregar o presente eu já estava mega apaixonada), então... O livro mora na estante do escritório até hoje. E só deixo como herança! Não dá... É nosso cupido!

Mas no dia 8, alguém terá um nobre destino! Basta descobrir quem será o escolhido. 

Um beijo a todos,
Tati.

Por que somos todos um

Lembre-se que ela faz parte de você, por que faz parte do todo. Se não fizermos nada, estamos desrespeitando a nós mesmos.

Hoje eu não faria postagens, preciso ficar focada. Só que me senti péssima em me omitir... Posso seguir o dia, sabendo que me calei? 

Então a coisa será rápida, a maior parte da blogosfera hoje se uniu em torno desta causa. O que podemos fazer? Mandar uma mensagem para a ONU, como sugere a Avaaz. Abaixo segue o link, é super rápido de fazer, modifiquei bem pouco a mensagem original, apenas adequei à minha redação. Se não quiser fazer, nem precisa. Mas atue. Um dia a causa pode ser a seu favor, você gostaria que se mobilizassem, não é?
Mensagem em favor de Sakineh

Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A criança que eu fui

Amigos,

Hoje estou no divã, lá no consultório... ops, no blog da Norma - Pensando em família.
Querem saber como eu era quando criança e o quanto isso influencia a pessoa que sou hoje? Espia lá.
Levei mais de uma semana tentando escrever o texto. Quando aceitei o desafio da Norma, achei que era molinho, coisa rápida. Adoro lembranças da infância. Mas na hora de escrever sobre a criança que eu fui... Cadê que saia? Fiz uma pequena terapia. Tentei resumir ao máximo. Minha infância foi feliz.
Ah, chega de papo. Vai me visitar, criança, lá na Norma, vai? Estamos te esperando!
Tem pirulito para quem se comportar! 

Beijos a todos,
Tati.