Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

Mostrando postagens com marcador filhote. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador filhote. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de maio de 2011

De parar o trânsito

Dia mais do que especial. Quero registrá-lo e compartilhar com vocês.
Hoje eu parei o trânsito!!!! Por que estava linda? Nããããooo... Isso eu sou sempre! kkkkk
Vamos contar do início.
Íiiih! Lá vem...

Ontem estava levando o Bê para escola quando de repente:

 - LA-VA-JA-TO! Lava Jato! Eu li lava jato!

E ele exclamava entre eufórico e mesmo surpreso! Isso mesmo, por que este ano o Bê está se alfabetizando e já lê trabalhinhos da escola, apesar de não acreditar que está lendo. Desta vez ele se deu conta. Foi maravilhoso! Momento mágico que só quem já experimentou sabe do que se trata. 

Daí que hoje passamos novamente pelo Lava Jato e ele:
- Olha mãe, ali o lava jato que eu li ontem.
- Isso mesmo, Bê. Viu, agora você pode ler tudo o que quiser. Sabia que as palavras ficam muito felizes de serem lidas? 
- Então ele começou a tentar, mas poxa, rápido assim ele não consegue ler...
E foi então que eu fui para a pista da direita, atrás dos ônibus, e dirigi devagarinho. Por que eu até sou uma boa cidadã consciente, mas antes de tudo eu sou A MÃE DO BÊ!

Brincadeirinha, eu reduzi só um pouquinho (e fiquei mesmo atrás dos ônibus), mas não causei transtorno na cidade. Isso eu deixo para as obras da prefeitura, que tem feito um ótimo trabalho neste aspecto. Mas o importante é registrar que no dia 11 de maio de 2011 o Bê leu o primeiro letreiro com consciência de que estava lendo. Era essa a informação que eu não queria perder. A emoção foi devidamente fotografada com o coração.

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Nosso presente para vocês

Olá todos, em especial todAs!


Queria oferecer um presente original neste dia das mães. E consegui uma ajuda e tanto! Foi feito com muita gratidão pelo carinho de vocês, principalmente pelo pequeno. O famoso "quem meu filho beija, minha boca adoça" (meu avô dizia endossa! rsrs)!

Então aproveitem a oportunidade. Espero que gostem e se divirtam um pouquinho. Nós demos muitas risadas!



FELIZ DIA DAS MÃES, com muuuuuita sorte, carinho e amor!


Um beijo a todos, 
Tati e Bê.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bê e o casamento real

Estavam sentindo falta dele? E quem disse que as asneirinhas param de jorrar? Claaaaro que não. A fonte é fértil! 

Sexta passada, anúncio do Globo reporter, que seria sobre o casamento real. E para variar, Chapelin manda: Será que Kate será tão querida como Diana?

Então comentando com Vi que este tipo de pergunta é menos feito pelas pessoas/ população, do que criado pela mídia, e que é a cara do Gobo repórter, que adora estas comparações esdrúxulas, tipo: Quem é melhor, o homem ou a mulher?
Comentários encerrados. Outros assuntos se seguiram. Chamo Bê para escovar os dentes.
Ele entra no banheiro, se olha no espelho e pergunta: "De quem as pessoas gostam mais, da baiana ou do skate?"
E eu só entendi do que se tratava quando ele segue:
Qual é melhor? Macho ou fêmea?
Gargalhadas pela casa inteira. Um tempo até conseguir explicar para o pequeno que nos olhava.
Mas convenhamos, para o mundo dele faz mais sentido falar em Skate e Baiana que em Kate e Diana, não é mesmo? E o que ele não pode é deixar de participar da conversa, seja ela sobre o que for!

Beijos a todos,
Tati.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mãe insuficiente?

Chegou a hora de contar uma história muito difícil. Só quem já passou (ou está passando) por isso sabe do que se trata. Já ensaiei muitas vezes falar no assunto, mas sempre mudava de ideia. Por que há situações em nossas vidas que nos machucam de tal maneira... 

O Bê nasceu prematuro, mas com bom peso, como já contei outras vezes. E foi para casa no dia correto, junto comigo. Eu acalentei sonhos de amamentação, de ser uma vaca leiteira. Aliás, eu morava ao lado de uma amiga que jorrava leite mesmo com protetor de seio. Minha irmã, que tinha menos seios que eu, tinha amamentado até 2 anos. Meu sobrinho cresceu forte, saudável, só no peito. Ela doava leite para uma maternidade pública. Um orgulho! Eu também sonhei com isso. Afinal, a boa mãe, a mãe esclarecida, amamenta, não é? Só que a realidade pode ser um pouco diferente.

Entendam que meu texto NÃO é contra amamentação. Sou super favorável a ela, adoraria ter amamentado meu filho e vê-lo engordar SÓ com meu leite. A realidade não foi assim e quase matei meu filho por isso.

Quando eu tinha 16 anos fiz uma redução de mama. Eu tinha seios gigantes em uma época em que isso não era "moda", dificílimo encontrar sutiãs e eu era esportista, magrinha de seios enormes, que me atrapalhavam no esporte que era minha vida. Tenho certeza que se me contassem o que eu viveria aos 29 anos eu teria feito mesmo assim (eu tinha 16!).

A questão é: quando o Bê nasceu eu segui todas as instruções, ele mamava e dormia, eu feliz. Então fomos para a primeira consulta, de uma semana. E ele tinha perdido peso demais. A primeira pediatra - uma louca! - resolveu passar suplemento e umas pílulas para diluir nele, que depois fiquei sabendo é uma espécie de anabolizante. Comprei, mas não usei. Trocamos de pediatra. 

O novo pediatra se envolveu na minha luta para amamentar, e consegui chegar aos 8 meses, mas não somente. Tive que suplementar. Até me convencerem a usar a mamadeira, e devo isso ao Dr Mario (pediatra) meu filho quase morreu. Quase morreu de fome! Dói contar isso. Mas eu fiz pelo melhor. Eu queria muito fazer a coisa certa. Sou pesquisadora, fui em busca de respostas. Não saía de casa, mas internet ajuda, existem muitos materiais técnicos, científicos nela. Em todos, as únicas respostas que encontrei diziam coisas assim: "Não existe leite fraco"; "toda mãe tem o leite necessário para seu filho" "filho que mama no peito sente-me mais amado, é mais inteligente, desenvolve-se melhor, fala mais cedo...". Existem quadrinhos comparatórios entre os dois tipos de criança e a criança suplementada é quase o cocô do cavalo do bandido... A mãe? Ah, difícil não sentir-se como eu me sentia: mãe insuficiente. Tenho alguns textos-desabafo bem fortes escritos nesta época, mas fica para outra ocasião.

Deixei muitas vezes o Bê no colo do Vi, após mamadas frustrantes, para chorar angustiada, sentindo-me a pior mãe do mundo por não ser capaz de uma coisa tão natural. Se toda mãe tem o leite suficiente e eu, apesar dos esforços, não conseguia, que tipo de mãe era eu?

Todos os esforços mesmo! Mate da leite? Litros e litros. Canjica da leite? toneladas! Plasil aumenta o leite? Três dias seguidos a cada duas semanas (por recomendação do pediatra, que fique claro). Até cápsulas de alfafa eu tomei, na intenção de parecer-me com uma vaca, por suposto... Ah, e tome de aspirar ocitocina!

O que sei é que tomei aversão à latinha de leite, como se ela fosse minha rival, minha inimiga. Ela era capaz de fazer pelo meu filho o que eu não fazia. Ela era melhor mãe que eu, mesmo que todo o resto ficasse para mim. Por que não há símbolo maior da maternidade do que a amamentação. A birra acirrou-se de tal forma que o Vi assumiu as mamadeiras. Duas diárias, o resto do tempo eu lutava para mantê-lo no peito. Não sei se foi bom, por que foi sofrido demais. Se hoje tivesse outro filho relaxaria e daria leite em pó sim, de forma mais feliz e relaxada. Não sofreria na véspera de consultas semanais como sofri por 4 meses, como se estivesse diante de um exame para o qual não estudei. O medo da balança, do Bê não ter atingido o peso estipulado, era aterrorizante!  Me tirava o sono. O período na sala de espera do pediatra era um calvário, sempre na expectativa que ele aumentasse o número de mamadeiras no período, que reprovasse ainda mais meu leite. 

Hoje uma amiga está passando por situação semelhante e eu queria dizer isso para ela. Dizer o que ninguém me disse, muito menos quem deveria informar: Meu filho sabe-se amado, falou mais cedo que a maioria, inclusive que o vizinho que só mamou no peito, aquele cuja mãe jorrava leite, é feliz, inteligente, magro, mas saudável, por que é um dos mais altos da turma. Não tem qualquer problema de dicção. Teve uma única gastroenterite em toda sua vida, aos três anos de idade, por um vírus que pegou no hospital. Hoje vejo que estas pesquisas, que direcionam à amamentação, e são válidas, são alarmistas, sim! Elas excluem mães que, como eu ou como a Rosi, em seu Mundinho Particular, não tiveram condições de amamentar exclusivamente. Existe leite fraco, existe leite insuficiente, não devemos tornar uma mãe insuficiente só por isso. A gente pode suprir esta falta de leite materno com mamadeiras oferecidas com amor, com tempo para nos dedicarmos ao filho. Há outras muitas formas de sermos boas mães. Um filho RN já é estresse suficiente para criarmos novos. Podemos encontrar mais leveza nesta nova fase de nossas vidas. Dedicarmo-nos mais à parte boa, ao aconchego, à felicidade que está ali. 

Talvez eu não esteja contando esta história da maneira como gostaria. Ela foi uma luta tão intensa, quando poderia ter sido algo mais leve. Eu poderia ter matado meu filho, que muitas vezes chorou de fome! Fazem ideia do que é isso? Claro que na época eu não entendia. Eu colocava no peito, por duas, três horas seguidas. E repetia: "não existe leite fraco" para todos que tentassem me dissuadir desta insanidade: Minha mãe, o Vi. Eu tinha certeza que assim que eu sucumbisse, que passasse para a mamadeira, encontraria a resposta, e não teria como voltar atrás. Por que há quem diga que criança que experimenta mamadeira desiste do peito. Com a gente não foi assim. Em casa o Bê mamava nos dois, e só dispensou meu peito, aos 8 meses, quando já nem gota saía direito. A mamadeira ele largou mais tarde, aos três anos. Mas aí ela já era minha aliada.

A parte boa de tudo isso? O Vi "amamentou" o Bê. Com isso, tornou-se um pãe. Estreitou laços, fortaleceu a relação. A intimidade entre os dois não deve em nada à intimidade mãe-filho. Hoje estou falando sobre isso, mesmo sem refletir mais e amadurecer o texto por que estou solidária à Rosi. Sei exatamente o que ela está vivendo por que vivi na pele. E tudo que eu queria, naquela época, era uma pessoa que me dissesse que tudo ficaria bem, que meu filho não perderia em nada por ser suplementado. Que eu era uma grande mãe em cuidar dele da melhor forma que eu tinha, com amor.

Rosi, você é uma grande mãe. E o Dudu tem sorte em tê-la ao lado dele. Não é o peito que nos faz mães, não é a amamentação que passará valores, qualidades, entendimentos. Há outras formas de exercer nosso amor aos filhos, tão ricas quanto o leite. Estou a seu lado. Conte comigo para o que puder te ajudar!

Beijos a todos,
Tati.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Há 6 anos ele sorri, e o mundo gira


Inevitável não pensar em tudo que vivemos juntos. No primeiro dia, na clínica, aguardando o resultado e nos perguntando: "somos dois ou três?" e rindo nervosos. Inevitável lembrar que neste dia, no carro, de volta para casa, a ideia de chamá-lo de Bernardo, caso fosse menino, já se fez presente. E cada enjoo, cada momento de ansiedade, o medo de não ser capaz de amar como dizem que as mães devem fazer. O medo de não ser capaz de dar conta... Então tudo muda! Ele nasce, um medo maior ainda, o parto antes da hora, a bolsa estourada na cama, durante a madrugada, e a prece silenciosa, suplicando que seja xixi, que eu não tenha mais controle sobre esfíncters, mas que meu bebê esteja protegido. Lembro perfeitamente do caminho para a materidade, o silêncio da madrugada na cidade, o silêncio de um casal apreensivo, a dor das contrações, a dor do medo... A história de um quase ariano que tornou-se aquariano. Então a entrada, o quarto sem mala, sem plaquinha na frente da porta. Aguardar o amanhecer para ligar para a família. Como fazê-lo? Três dias tão penosos, mas a preocupação de sorrir, de parecer calmos. Os dois na mesma situação, cuidando um do outro. Quando penso nestes três dias me dou conta do valor do meu casamento. Era um momento em que podíamos assumir uma posição de exigir cuidados, estávamos - os dois - frágeis. Mas fomos fortes, um pelo outro. Os dois por ele, nosso pequeno que chegava apressado. Sede de vida! 

Então o parto, a frase que me desarmou: "Está tudo bem. Ele não será transferido". Sim, ele não iria para a UTI neonatal. Nasceu forte como um urso, um Bernardo, é este o significado de seu nome. Não podia ser mais apropriado.

Os primeiros meses são cansativos, assustadores, tudo é novo, são tantas primeiras vezes. Nós não nos conhecemos. Visitas proibidas no primeiro mês favoreceram o entrosamento, aumentaram minha super proteção. O laço é forte. Choros, cólicas, icterícia, refluxo. Primeiro sorriso, descobriu os pés, sustentou a cabeça, balbuciou palavrinhas. Olhar o homem que eu amo como pai, seus cuidados com o filho tão amado. Trocar fraldas, não saber o que fazer, não saber como agir. Fingir que sabe, tentar, na prática. Não há escapatória. Primeiros passos, primeiras palavras, brincadeiras, carinho, descobrir que seu sorriso é meu maior tesouro. Amigos por perto, amigos que chegam mais perto! Voltar a trabalhar. O primeiro dia longe é uma entrevista de empregos: Unhas por fazer, cabelo mal cuidado, leite no sutiã, saudades do pequeno, aos cuidados da vovó Mirian. Certeza do amor que existe e que parece que sempre existiu, como se seu lugar em nossas vidas estivesse marcado desde sempre. 

O primeiro aniversário, uma festa especial, perto do carnaval. Nada de Mickey ou Circo, é preciso ser criativo. Ele não é uma criança convencional. Seu primeiro aniversário foi um baile de carnaval, uma festa à fantasia - O Bloco do Bê-. Que barato foi organizar cada detalhe, as madrugadas em par montando centros de mesa e lembrancinhas, o apoio das amigas-vizinhas para montar a mesa LINDA, o estandarte, as Barbies  e Kens de toda a vizinhança usando fantasias. Mais um dia marcante, para uma coleção que inclui momentos simples: olhares, carinhos, a imagem de mãozinhas tão pequenas, de dentes apontando, de chorinhos, gargalhadas, gritinhos. Um pé gordinho bem ali, bom de apertar e morder. Olhar para aquele lindo bebê e descobrir que seu sorriso ilumina o mundo!

Cada conquista: primeiro dia de aula, seus 7 atchins tão queridos, a Montanha Russa, seu cheiro, o calor de tê-lo nos braços, o calor da febre, as noites sem dormir. As noites em que, ao dormir, ele seguia ao meu lado, nos sonhos, sua primeira formatura e o olhar de orgulho e confiança que nos emocionou, a maneira linda e divertida como este menininho descobre e interpreta a vida, o tanto que me ensina, que me motiva a ser uma pessoa melhor. Dois, três, quatro, cinco... seis anos! São muitas histórias. Dores e alegrias que reforçam o amor. Um vínculo que não sei explicar.

Há dias tento escrever este texto. Não sai. Nada explica, nada da conta de tanto sentir. Mas como passar direto? Como não tocar no assunto? Dia 18/02 é o aniversário do Bê, é nosso aniversário como pais e também é aniversário da nossa família. Tudo já tinha começado, mas depois que ele chegou eu entendi que nada fazia sentido antes de sua presença. Tudo é muito mais agora. 

FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU AMOR!
 
Eu não soube escolher as palavras certas, mas eles souberam. No aniversário de 1 ano escolhi esta música para acompanhar o clipe do DVD. Então ela virou cantiga de ninar, um momento especial entre nós e virou a "nossa música". Não consegui importar o clipe do aniversário. Segue com um You tube emprestado. Estaremos ausentes, a sexta feira é dele! 




Beijos a todos, 
Tati.




domingo, 23 de janeiro de 2011

Uma história de amor

Oi amigos,

Hoje o Cantinho She, da amiga e mosqueteira She, está fazendo 3 anos. E para comemorar a She propôs este tema para a blogagem coletiva. Nossas vidas são repletas de histórias de amor, não é mesmo? E aqui estou eu, sem conseguir pensar no que escrever... 
Então olho para o sofá, onde um menininho toca sua guitarra de brinquedo enquanto assiste um desenho na TV. Naquele garotinho de quase 6 anos há tantas e tantas histórias de amor... E fico pensando o quanto somos um quebra-cabeças, com peças de amor. Já se imaginaram assim? Há amor em cada célula de nosso corpo, há amor nos nossos pensamentos, há amor pelo simples fato de sermos vida. Não dá para olhar para nosso filho e pensar em sentimento diferente. O amor está ali, mesmo quando nos zangamos, quando perdemos a paciência. Basta olhar e deixar o coração bater. Se ele sorrir, então... Já é o amor que faz nossas células vibrarem, jorrarem cores, luzes. Dá para ouvir a música da alma, que é uma música que toca em silêncio. 

Não sei se estou conseguindo explicar, neste momento da minha vida estou mais introspectiva e as palavras não ficam tão claras. É mais fácil sentir do que dizer. Só sei que ele é minha história de amor mais bonita. Ele veio para me ensinar aquilo que eu PRECISO aprender, e por ser tão difícil, vem no filho, que assim não temos como fugir! 

Filhos nos ensinam resignação, persistência, paciência, nos ensinam a doar sem saber se haverá retribuição. Nos ensinam a vivenciar a felicidade em outro corpo.

Hoje o Bê é minha história de amor, e não é singular, é plural. Naquele pequeno menino há muitas histórias de amor. Me lembro do dia em que contamos para nossas famílias, num dia dos pais mais do que especial. E de todos os sorrisos, abraços, olhares amorosos que recebemos. Me lembro do olhar simpático que recebia, apenas por estar grávida, de estranhos na rua. No carinho dos amigos, na minha melhor festa de aniversário, com a presença de todos, com presentes que já não se restringiam a mim, mas eram para ele - o pequeno que chegava! Sabia que as grávidas recebem amor espontâneo? Comigo foi assim.

Então ele chegou, e o amor se ampliou em nós. Em cada conquista, no reconhecer os pés, levantar a cabeça, virar, sentar, primeiras palavras, primeiros passos, primeiras letras... Também em cada susto, nas febres, nos choros, no refluxo, nos machucados. Em cada exame, consulta, vacina e injeção. Nossa cumplicidade como casal amadureceu com a chegada do Bê. E só se reafirma, se fortalece.

Hoje eu sei o que é amor. E ele é muito maior do que o palpitar descompassado quando o telefone toca e "é ele" do outro lado, embora não exclua esta parte. É intenso, mas muito mais calmo que aquele sentimento de paixão. É aconchego, conforto, uma alegria sem euforia. Nosso amor é lar e não hotel cinco estrelas. 

Suas gracinhas são gargalhadas, são olhares cúmplices de um casal que se ama, e que vê a mútua admiração se expandir na presença de um filho. A confiança se amplia no superar revezes, no saber que pode contar. No perdoar quando não deu. 

Hoje minha história de amor, para a festa da She, é o Bê. Um garotinho que veio ao mundo para viver sua história, sei que um dia seguirá seu caminho, espero fazer parte dele, mas não espero sê-lo. Que ele seja um homem correto, justo, amoroso, que reconheça o valor da família, mas que seja confiante e indepentente para seguir sua jornada, fazer suas próprias escolhas, sem precisar de minha opinião, de minha aprovação para suas dicisões. Um dia quero que ele seja livre e feliz, e que possa entender que não há legado maior do que plantar amor, espalhar pequenas sementes, por onde passar. Grandes feitos não os únicos importantes, os pequenos gestos, feitos com entrega, com a alma, também fazem diferença. Mudam o mundo, por que mudam o nosso mundo. Nos mudam por dentro.

O Bê é a melhor parte de mim, unida à melhor parte do homem que eu amo. E nesta mistura, uma alquimia perfeita, há a melhor parte dele, que não vem de ninguém, e que nos faz admirá-lo, reconhece-lo. Se prestarmos atenção, percebemos o quanto há para aprender. Desde que o Bê chegou eu me sinto crescendo como ser humano. Eu entendo a divindade em mim, não de uma forma esotérica, mística, religiosa. Não é nada disso. É apenas a certeza que somos divinos quando somos capazes de dar a vida a alguém, de deixar o amor, que há ali, manifestar-se, fermentar, expandir-se. Ensinar a superar dificuldades e frustrações enquanto aprendemos a mesma coisa. Isso só pode ser divino.

O Bê, sem dúvida, é minha história de amor mais bonita! 

E vida longa ao Cantinho She!!! 

Beijos,


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Como se diz eu te amo?

A Teresa Cristina (Acolher com amor) e a Gilmara (Diário de uma psi), duas amigas muito queridas, sugeriram uma blogagem coletiva com o tema: Como se diz eu te amo.  Se quiser participar, é só escrever seu texto e avisá-las. Decidi participar na última hora, quero contar um episódio de ontem, que pode exemplificar bem o que é dizer eu te amo, sem usar as palavras (more than words). 

A Mari - Mãe Polvo- fez uma postagem com o bolo de caneca que ela fez com o Pedro. Eu e Bê estamos de férias e resolvi fazer com ele também. Foi uma farra na cozinha. Sempre é. Adoramos fazer bolo juntos, mas nunca tinha feito algo assim. Fiquei na dúvida da receita da Mari, por que não tinha fermento. Fui ao google, vi outras receitas, misturei a dela com a do google e fiz a minha (para quem me conhece, sabe que é minha maneira normal de lidar com receitas). 3 minutos de microondas e voilá!

Voilá? Voou mesmo... Um prato de microondas repleto de bolo! Na caneca? Ah, sim, por toda ela! Dentro?... É... também sobrou um pouquinho nesta parte... rsrs
O que fazer? Eu podia chorar, podia raspar tudo e jogar fora, sem nem mostrar para o Bê, mas... por que perder a oportunidade de rir da gente mesmo? Então eu trouxe o prato do microondas para fotografar, e minha máquina até colaborou - a debochada. O Bê esboçou um chorinho, daí falei para ele: "vamos rir, filho?" Quero que ele aprenda agora o que estou levando mais de 30 para aprender... A não se cobrar tanto, a não tentar ser perfeito, a aceitar os erros e aproveitar o que tiver de melhor neles. Principalmente, a não sofrer tanto! E enquanto eu baixava as fotos para mostrar para vocês, eis que um garotinho puxa sua cadeira e, colherinha em punho, começa a COMER o bolo, isso mesmo, raspando do prato do microondas. Disse que estava uma delícia!! kkkkkkk
 

Aquele episódio, que podia ser o fim, o bolo definitivamente não deu certo, e podia ser visto apenas como trabalho extra e frustração, tornou-se um momento divertido. Acho que a gente teve mais oportunidade de rir do que se ele tivesse ficado perfeitinho na caneca. 
Isso faz com que a gente não queira um bolo lindo na próxima vez? Claro que não, mas não estragamos nosso dia, nossa tarde, nosso momento por um evento fora do planejado. Fiquei feliz por conseguir mostrar ao Bê aquilo que ainda tento aprender. E ele entendeu tão bem o recado que no final estava me ensinando (para variar!). 
A lição filosófica? A vida pode ser bela mesmo sobre o leite,ovos,açúcar e farinha derramados! Ah, se pode! E num momento em que estou me reerguendo, e que a presença do Bê tem sido crucial, consegui me superar- por amor- em presença e atenção (não está sendo fácil e natural, mas é verdadeira), e recebi, em troca, o amor mais lindo que se pode desejar. Ao olhar para meu filho, seu sorriso, suas poses para as fotos, curtindo a brincadeira, entendi que ele estava dizendo: "Vamos, mãe, vale à pena. Pode ser gostoso, mesmo que não seja perfeito!". Meu filho sabe as melhores maneiras de dizer EU TE AMO, e aquece meu coração.

Beijos a todos,
Tati.

sábado, 6 de novembro de 2010

Filhos, filhos, melhor não tê-los...

... mas se não os temos, como sabê-los? (V.M.)
Enquanto vocês chupam os pirulitos da postagem anterior, eu chupo o dedo... É que hoje é o dia da 2ª desvirtualização carioca e eu?... Eu não pude ir! O Bê não melhorou, e... ser mãe é assim, a gente esquece que um dia foi uma mulher independente... 

Para que não fique um post ranzinza, e por que algumas amigas tem escrito que estão com saudades dele, segue uma pequena seleção das últimas pérolas deste garotinho maroto. Vamos lá?

Para começar, ontem, na hora de dormir, o Vi falou que hoje eu iria encontrar minhas amigas, de tarde. Eu na sala, voltam os dois, param na minha frente. 
Vi: Fala para ela o que você queria dizer.
Bê: - Mãe, suas amigas são também minhas amigas!
Eu: - Ah, entendi. Você quer ir no passeio também?
Chupando laranja
Bê: - Hum-Rum. E balança a cabeça afirmativamente, com aquele sorriso moleque que só quem já viu sabe do que se trata!


Segundo:

- Vó, vem comigo, vamos cuidar do passarinho? Ele está cantando uma canção linda!
Detalhe: o canário está na muda, ou seja, não canta, só emite alguns sons. Para o Bê: música! Afinal, a música está nos ouvidos de quem ouve, não é?

Terceiro:
Final de domingo (passado), ainda no elevador, retornando de um passeio, o Bê:
- Estou morrendo de fome!
- Filho, que tal uma pizza? (pensando num delivery que me livraria da cozinha)
- Eu adoraria comer uma pizza com vocês... - E manda aquele sorriso, que é para não deixar dúvidas que quer nos desmontar.
Então o Vi, já abrindo a porta para entrarmos em casa:
- Pizza de quê, Bê?
- Eu não quero pizza, quero arroz e feijão!
Ainda bem que sempre tenho potinhos de feijão para descongelar. Me senti no comercial do menininho que queria brócolis e levou um rabanete para ficar tranquilo*! kkkk 
Meu filho existe?
*o link é pensando na Tati e nos demais amigos que moram fora e podem não conhecer o comercial.

Quarto: 
Ele é fascinado por matemática e o primo, que tem 9 anos e adora mostrar sua sapiência, falou para o Bê que os números são infinitos, tanto para mais, como para menos. Ele entende do jeito dele, e diz que os números nunca acabam. Ficou tão encantado com o assunto que adora repeti-lo para todos e para qualquer um.

Então segunda, depois do banho, estava arrumando-o e ele começou: - Eu que te amo mais!
E ficamos naquela disputa gostosa de quem tem o maior amor. Até que ele manda:
- Eu te amo até os números!

Lágrimas nos olhos da mãe apaixonada que ouviu seu filho, de forma metafórica, dizer que a ama infinitamente. Ouço do Vi:
- Acho que temos o segundo poema do Bê!


Esta seleção é do final de semana estendido, estavam aguardando uma oportunidade. Paro por aqui, vou semeando aos poucos, para vocês se apaixonarem por ele também... É que de onde vieram essas tem muito mais. A fábrica é fértil!


Tivemos muitas pirraças, malcriações, desobediências... Perdi a cabeça e a paciência algumas vezes, mas esta parte eu quero esquecer e guardar só o melhor. Hoje ficaremos juntinhos, em cuidados intensivos. Ele está bem, é uma crise forte de sinusite que atingiu os olhos. E com olhos não se brinca! Agora, precisava ser no dia da desvirtualização? Snif, snif...


Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Do estranho apetite das grávidas

Amigos queridos,

Passei rapidinho, por que hoje o dia é do Bê e não vai dar para ser criança neste brinquedo que eu adoro... Lembrei de uma historinha do Bê que me fez rir muito. Deixo como mensagem de dia das crianças:

Já faz um tempinho, a gente brincando aqui em casa, coloquei um CD para tocar chamado Casa de Brinquedos, com músicas deliciosas do Toquinho. Compramos quando eu estava grávida, como presente de dia das crianças. Coisa de pais de primeira viagem, muito apaixonados... 

O Bê adorando, falei para ele:
- Filho, este foi seu primeiro presente de dia das crianças. E você ainda estava na minha barriga!
Ele arregalou os olhos! Parou tudo, me olhou muito assustado, deu um sorriso incrédulo e exclamou:
- Você comeu o CD?!

kkkkkkkkkkk
E cadê a voz para explicar que não tinha engolido CD? kkkkkkkkkkkkkkkk
A lógica infantil é o máximo!

Beijos e ótimas oportunidades de brincar hoje, afinal, somos todos um pouco (ou muito) crianças, não é mesmo?

Tati.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tudo zen, meu bem!

Toquinho... de gente!
Coração aliviado. Novos tempos, sol nascente! De verdade, eu sabia que estava tensa e ansiosa com o exame de hoje, principalmente pela necessidade de anestesia geral, mas só percebi o quanto quando tudo passou, e ele começou a brincar e rir, ainda nos corredores do Centro Médico. Graças a Deus tudo saiu bem. Anestesia inalatória é algo relativamente seguro, e sei disso por que a usávamos em animais na faculdade. E daí? Com filho tudo é diferente, né? Por que apesar de confiar na anestesia, ela envolve risco. E risco e filho nunca deveriam habitar a mesma frase, não acham? Antes do procedimento tanto eu quanto o Vi precisamos assinar um termo de responsabilidade, dizendo que nos foi informado do risco envolvido, inclusive de êxito de óbito. Isso é coisa que se faça uma mãe assinar?
Enfim, estou bem mais leve, com um garotinho espevitado dançando Hot Wheels Batle Force Five há uns 40 minutos na minha frente. Animadíssimo!!! E eu, contente e feliz!
Que o final de semana de todos os amigos seja de muito sol, mesmo que o clima na cidade seja de chuva, que o sol se faça em suas almas!!!
Beijos,
Tati.

domingo, 26 de setembro de 2010

Bê-a-bá das eleições



Bê assistindo horário eleitoral "caduco", como diz Clara Gomes, pelos seus Bichinhos de Jardim. Sentei a seu lado e ele me diz:
- Mãe, vota 28?
- Por que isso, filho?
- Por que eu achei bom, mãe. Vota?
- Filho, eleição não é assim, só por que um político aparece pedindo, a gente vota. Tem que ler o que ele já fez de bom (?), o que fez de ruim e só depois escolher. Escolher com consciência.
- Então mãe. Eu já escolhi. Vota nele.
- E por que você escolheu ele, filho?
- Por causa da segurança que ele falou. (!?)
Ok, não entendi muito bem esta parte da segurança não. Não sei se ele falou EM segurança ou COM segurança. Segurança é assunto sério aqui em casa, por que quando o Bê começou a implicar com o cinto do carro, nosso argumento era esse: "Filho, é para sua segurança!". E ele absorveu muito bem, e não anda de jeito nenhum sem cinto.

Agora, Levy Fidelis? Fala sério? Sabe quem é não? Também não sabia. Lancei no google e descobri  o nome, depois lancei no youtube e encontrei esta pérola. Veja como a vaidade dele é tanta que nem percebe o deboche... Como alguém pode ser assim? E pelo que entendi, ele é favorável à criação da bomba atômica brasileira. Será que era sobre esta segurança que o Bê falava?

Ai Jisus... Ainda bem que Bernardo eleitor só daqui há 12 anos. Até lá espero que ele aprenda algumas coisinhas... Fiquem com o circo do Levy. Realmente, como disse o Ruy Castro, caso não caísse por terra o decreto non sense sobre liberdade de expressão, eles seriam os comediantes de plantão.
Eu até daria risada se não me deixasse tão assustada.



Me despeço desejando que o futuro do Brasil seja melhor do que Zorra Total...
Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Isso é coisa que se diga?!

As votações estão encerradas. Dia 15 saberemos se estou entre os 10 mais votados, e então, dia 24 conheceremos o vencedor. Agora eu relaxei e entreguei, seja o que Deus quiser (e os avaliadores, claro!), não posso fazer mais nada. Então, vamos mudar de assunto?

Ah... posso contar só mais uma coisa deste assunto? É que prometi contar à She uma gracinha do Bê, e tem a ver com a votação. Posso? Eba, sabia que você entenderia... hehehe
No dia que sairam os 25 mais votados eu fiz uma chamada aqui que deu muito resuldado. Animou os amigos que votaram mais que em qualquer outro dia. Eu tenho acesso ao meu placar, então acompanhava de perto os votos que iam entrando. Fiquei eufórica em ver mais de 300 votos em uma única tarde. Liguei toda animada para o Vi, contando. Bê, sorridente, fingindo que assistia DVD, com toda a atenção na conversa. Vi queria saber se era eu votando. Não! São os amigos!! Finda a conversa, desliguei. Seguimos o dia.

De noite, Bê lança: - Mãe, você precisa pedir desculpas à sua amiga. Você falou coisa feia dela.
Eu: - Falei coisa feia? De que amiga, filho? (nossa! Será que falo mal de tantas amigas? kkkk). Não falei mal de ninguém, de quem?
- Ah, não lembro o nome, mas você falou coisa feia dela. Tem que pedir desculpas...

Fiquei com aquilo na cabeça. Certeza que ele tinha entendido algo errado, só não fazia ideia do que.

Dia seguinte ele foi para a casa da minha mãe após a escola. Então, toca o telefone e Bê do outro lado:
- Lembrei, mãe. Lembrei de quem você falou mal. Foi da She! Você disse que ela ferrou a vota!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aí a explicação - She, querida, não falei mal de você em absoluto!- Quando o Vi me perguntou quem estava votando, eu contei que eram os amigos e arrematei: "A She danou a votar!" Isso por que ela tinha me mandado um comentário de que tinha lançado uns 50 votos! kkkkkkkkkkkkkkkk

Danou= ferrou. E ferrou é ruim! Logo: falei mal.

Aí expliquei para a criança, né. Já pensou se eu tivesse mesmo o hábito de falar mal dos outros? Olha como damos exemplos exatamente quando não estamos educando! É nestas horas que eles mais aprendem... ou desaprendem, vai depender do que oferecemos. 

Eu me acabei em gargalhadas!! Satisfeita a curiosidade amiga She? 

Beijos a todos,
Tati.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Macaquices e Macacadas

Lembra daquele papo sobre rasgar dinheiro... maluca... coisa e tal? Então, para variar: Senta que lá vem... Ah, você já sabe...hehehe

Sábado foi a festa da família na escola do Bê. O tema era África (por causa da Copa) e a turma dele se fantasiou de bichinhos. Podia escolher qualquer um, desde que dá África, claro. Qualquer lugar da África, entendeu? O Bê, a princípio, queria ser uma Centopéia. Agora, preciso perguntar à Taia: Há centopéias na África? ehhehehe

Após grandes negociações, passamos por leão, jacaré e chegou-se ao macaco. Perfeito! Vamos aos preparativos.

Estava fazendo contato com a costureira indicada pela escola, desde julho. Ela é mãe de aluno e disse que preferia esperar o retorno às aulas para tirar as medidas, e me tranquilizou sobre o tempo de confecção. O mês passou, os desencontros aconteceram e no sábado anterior à festa insisti e fui até a casa dela. Vimos uma das fantasias, de leão, ela tirou as medidas e me disse que entregaria o macaco na sexta. Daí, quando fui acertar a compra ela me diz: RS 120,00. Isso mesmo!! Faz sentido? Pagar 120 dinheiros numa fantasia que seria usada uma única vez? Na hora, ainda sob o choque, disse ok e fomos embora, só que aquilo me deixou descompensada. Por que outra mãe disse para minha mãe que pagou 75,00 por que era de pelúcia, e que não sendo, seria mais barato. 75 já é bastante, mas ainda vá lá... Agora, como assim? Tanto dinheiro numa fantasia? 

Quantas peças eu posso comprar para o Bê, que serão usadas mais vezes, com este dinheiro? Dá para nós 3 irmos ao cinema 2 vezes e comermos pizza depois... Dá para um monte de coisas... Passei o restante do sábado contabilizando. E olha que passamos no shopping (véspera de dia dos pais, ninguém merece...). Cada coisa que eu via e achava legal, pensava: Com o dinheiro da fantasia eu comprava 2, 3... 10!

No domingo liguei para a costureira e cancelei. Daí fiquei com uma batata quente nas mãos, ou melhor, fiquei sem nada nelas... e a festa ali, na semana seguinte. O Bê deixou claro que queria muito participar. Ainda encontramos a professora de música no restaurante, no sábado, e ela elogiou tanto a festa, que estava tudo lindo! Que seria um encanto... Por que cheguei mesmo a pensar em nem ir... Mas adooooro!!!

Este capuz é de uma artesã de Porto Alegre. Amei!
Aí surgiram as opções. Minha amiga Alê me ofereceu uma fantasia de Taz, dos filhos dela. É um macacão marrom. Ok, roupa pronta. Ela me autorizou a costurar um rabo maior, que podia ser um boá bem comprido e peludo. Mas e a cabeça? Entra meu amado e imprescindível google (como a gente vivia sem ele?)
O arco de 6,50

Encontrei uma tiara em uma loja de São Paulo. Custava 6,50. Legal! Fiz o cadastro e já partia para a compra, quando, no cálculo do frete, passava para 46,50. Ri! E continuei na busca.

Importante arrematar que não temos máquina de costura (ainda, viu, mãe?), resolverei esta questão em breve. Por enquanto, não temos. Segui nas buscas do google. A sugestão que me deram foi correr para o Saara, ok, fica na África, né gente? Só que este fica no Rio. Minha semana passada estava toda tomada. Não tinha dia livre antes de quinta, e correr o risco de chegar lá, andar em meio aos beduínos cariocas, chineses e coreanos, não encontrar nada e ter que pensar em alternativa... não era uma alternativa válida. Saí em busca de sites de aluguel de fantasia. Liguei para váááários em busca de um adorno-macacal-de-cabeça. Ninguém tinha. Quando tinha era de macaca... Imagens? Muitas! Já estava pensando em escanear o Bê e fazer no photoshop...

Foi quando encontrei Dna Ítala. Que mora do outro lado do mundo da minha cidade. Ela aluga fantasias de criança. Só a cabeça, 20. Fantasia completa, 50!

Marido ficou de buscar a tal fantasia. Tinha que deixar cheque calção. Marido esqueceu de levar talão de cheques (só não esqueceu o calção por que está preso na cabeça... ops, misturei ditados...). Tudo bem, amanhã. No final já era mesmo a quinta-feira. Rezei para o santo das fantasias glamourosas e aguardei com fé.

Marido deu a sugestão: Tati, alugar só a cabeça... e se destoar do macacão? Ok, então alugamos a fantasia toda. Bê é vaidoso até a alma, não usaria uma fantasia tosca mesmo, a gente sabe! E na festa teriam crianças vestindo mantos sagrados de 120 moedas de ouro!

Fantasia a postos! O macacão era lindo! A cabeça, mais ou menos, por isso ela mandou 2 opções: máscara e chapéu. O Bê gostou mais da máscara, só que não queria esconder o rosto, eu também não. Tudo pronto para o grande dia e...

Bê ficou doente na sexta. Caiu de tal maneira que até brincar com o cachorro doía... Final de semana de molho. O tempo também não ajudou muito. Um friiiiio...

Não tinha jeito, a fantasia precisava ser devolvida ontem (segunda). Então, vamos brincar, colocar a roupa, pelo menos para tirar fotos, para reduzir a sensação de perda... A vovó Nininha veio visitá-lo. Vi inventou uma história, que ele se disfarçaria de macaco, ela acharia que ele não estava e que tinha deixado um macaco no lugar... História surreal, que ele a-do-rou! Enquanto o Vi buscava a mãe, eu arrumava o neto. Que quando se viu com aquela roupa e um rabo enoooorme, esclamou: Eu estou ridículo! Quero tirar! (Ai, que ódio!!)

Se nem a avó viu a roupa... muito menos a máquina fotográfica. Ontem, a fantasia voltou tristonha para uma arara lotada de outras fantasias. E deve ter ouvido risinhos debochados das fantasias antipáticas que abarrotam uma sala de aluguéis... Pobrezinha da fantasia desprezada.

E minha conta no banco também ficou com vergonha... tanta vergonha que, dizem, está de bochechas vermelhas... Ué? Conta bancária tem bochechas? Ah, é... Então ficou apenas vermelhinha, a coitada! Mas foi só de vergonha, gente...

O Bê? Ah, está bem melhor. Já foi até para a escola, está com ótimo apetite... Ainda tossindo e espirrando, mas nada que homeopatia, colo e dengo não deem jeito.

E eu? Bem... eu estou com fama de louca, daquelas que rasgam dinheiro. Antes tivesse rasgado o cheque! kkkkkk Quanta macaquice!!!

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O seu desejo é sempre o meu desejo...

Hoje a proposta da Glorinha para a Blogagem Coletiva é DESEJOS.

Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça. Começo pelo apelo óbvio, do desejo carnal, sexual, físico. Passo por todos aqueles outros desejos materiais, as vontades que nos assolam, as coisas que ainda quero ter. Em seguida revejo passagens de minha vida, o desejo de ser mãe, meus anseios profissionais - todos desejos. 

Os desejos da gravidez (eu tive um só). E o maior de todos, talvez, o desejo de entender o mundo, de que as coisas façam sentido, no meu sentido, claro! O desejo de respostas, de clareza, de verdade, uma verdade que possa ser compartilhada, mas...

Acabei me decidindo por contar uma história que muitos podem não acreditar. Certas coisas só são críveis quando acontecem conosco. E foi esse o meu caso! O desejo não é meu. Ou não era...

Quando eu fui morar com o Vi, uma coisa estranha começou a acontecer comigo. Uma vontade de ser mãe. Estranhissima para alguém que dizia não querer casar nem ter filhos... Mas, a vontade chegou. Com força total! Eu dizia para o Vi: "O útero grita". Quem conhece esta sensação sabe do que estou falando. Tem amigas aqui que sei que andam com o útero aos berros. Só que não parecia a hora. A grana tava curta (agora não tá mais... kkkkk), eu estava em um emprego instável e desgastante, andava demais, me expunha muito, não parecia a hora. Mas o útero... o útero não queria saber de nada disso. 

Foi nesta época que fiquei mal no trabalho e pedi demissão. Queria mudar de vida (é, estes repentes SEMPRE me assolam). Fui fazer curso de editoração eletrônica, queria trabalhar com computador, esquecer que um dia fui veterinária, um blá, blá, blá sem fim. 

O Vi trabalhava como médium em um grupo de apometria. Não vou explicar o que é, senão o texto ficará mais gigante do que já promete, mas o google tem a maior paciência para explicar, tá bem? Pergunta a ele. Neste trabalho, uma vez por mês os médius passavam, como pacientes, para reequilibrarem forças. Foi quando o Vi passou. E quem veio falar com ele? Um filho muito chateado, sentindo-se rejeitado, por que queria chegar e não deixávamos. O Vi voltou para casa neste dia angustiado... Conversamos e entendemos na hora que era o momento de acolher aquele que precisava nascer. E foi neste dia, uma terça-feira, que o Bê foi feito. Na quarta eu hesitei, tive medo, dúvidas... Eu estava desempregada. Sem rumo, sem lenço, documento e reais na carteira. Como assim, um filho? 

Na semana seguinte já era. Eu conheço bem meu ciclo, sabia, na sexta, que o período fértil havia passado. E como estávamos determinados (?), pensei que agora só no mês seguinte. Fiquei aguardando a menstruação descer, para novas tentativas. A cólica chegou, os seios incharam, o mal humor veio... mas a dita não chegava. Passa o tempo, começo a me sentir mal, passar mal todos os dias, um enjôo, tonteiras, cansaço absurdo, uma falta de concentração (e de cérebro!), como eu não percebi de cara? Pois é, não percebi, ou não queria perceber.

Fomos à clínica, e eu disse à médica, ou estou com labirintite ou grávida. Beta-aga-cê-gê.... Uma hora de espera. uma hora angustiada. A pergunta de um casal ansioso era: somos dois ou três? Resultado: positivo! Ele estava ali. Ele queria mesmo chegar! Ele chegou no dia exato, não podia mais aguardar. Seu desejo era intenso. E eu fiquei emocionada demais. Tão emocionada que fiquei parva, lerda. Não sabia muito bem como comemorar. Na saída da clínica o Vi sugeriu: Se for menino, o que acha de Bernardo? Amei! Nunca tinha pensado em Bernardo, mas achei lindo. Os 4 meses seguintes nos confundimos em nomes de meninas, mas nunca tivemos dúvidas que se fosse menino, Bernardo seria. E é! 

Faltava uma semana para o dia dos pais, e quisemos guardar segredo. Era a ocasião perfeita para contar às duas famílias de origem, nos dois almoços do dia (almoços onde eu não comi nada, diga-se de passagem... mega enjoada). Contar foi emocionante, nosso Bê já era amado antes mesmo de ter uma imagem. Ele desejou vir à nossa casa, e foi recebido de braços abertos.

Na sessão seguinte da apometria (seguinte à descoberta da gravidez) fui convidada a participar. E ouvi, pela primeira vez, na voz de uma médium grande e loira que incorporou meu filhote, sua gargalhada. Que emoção! Ele não disse nada, ele só ria! E vocês podem dizer que eu fantasio, que é uma auto-indução ou qualquer coisa, mas eu sei o que vi e ouvi. E até hoje, quando o Bê dá aquela gargalhada, eu me lembro do som que a médium emitiu, e sei que era ELE: O menininho que nos desejou, e a quem desejo, de todo meu coração. 

Desejo que seja feliz, que saiba-se amado, que seja digno e bom. Que tenha força de caráter, mais do que de músculos. Que viva uma vida plena, que faça a diferença, mesmo que para poucos, pois são pequenos gestos que mudam a direção da vida.

Um beijo a todos,
Tati.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pergunta difícil de responder


A pergunta só varia na introdução, na chamada do interlocutor: Já foi para mãe, professora, avó e nem sei se a mais alguém já foi endereçada. Vou dar a versão-mãe, que é a minha (o resto da pergunta não varia, tá bem?)

E a resposta, até onde sei, é sempre uma cara sem palavras esclarecedoras. Por isso a pergunta segue se repetindo. Prontos?

- Mãe, o que é meteoro da paixão?

E aí? Como se responde, de forma satisfatória para um garotinho de 5 anos, algo assim?

Beijos,
Tati.

domingo, 9 de maio de 2010

Ser mãe é assim...


Dia das mães combinado: Íamos nos dividir entre sogra e mãe. Almoço na sogra as 11h, por que este é mesmo o horário do almoço lá. E restaurante com minha mãe, irmã, tia, avó, primas e respectivos maridos (hoje eles são coadjuvantes. Não vai reclamar, hein pai...) às 14h. Tudo certo e decidido desde sexta, mas... Bê amanheceu com febrão no sábado. E ficou caidinho o dia todo.

Mudança de planos: Já sabendo que não daria para sair no domingo planejei fazer um almocinho gostoso e curtiríamos juntinhos, os três.

Me organizei. Marido foi ao mercado comprar o que faltava. Planejei um cardápio rápido, mas gostoso, com rocambole de carne e souflè de queijo com cenoura, e... na hora que eu ía para a cozinha...  filhote piorou. Chorava de dor, desconforto. Com febre reclamando de dor na nuca. Pirei!! Que medo que eu tenho de meningite... Sei lá... sou do tipo mãe neurótica, assumo.

Decidimos levá-lo à emergência. Fui me vestir e caiu um toró. Resolvemos aguardar a estiagem. Então, para adiantar, vamos almoçar o restodontê: Uma macarronada que fiz já na pilha de filhote dodói. Ele sem apetite, só tomando suco. Muito suco!

Almoçamos um chiquérrimo soborô d´ontè ao molho e... Filhote melhorou! Graças a Deus. Nem fomos à emergência. Ainda está com febre, mas passou a tarde com bom estado de ânimo, brincando e... bebendo suco!

Fiquei frustrada? Não. Me dei conta que ser mãe é assim mesmo, e só descobri isso há 5 anos, depois que o Bê nasceu. Depois que ele chegou minha vida saiu do prumo, do eixo, eu que sou muito controladora estou sendo obrigada a aprender a flexibilizar. E, nós mães, somos capazes de tudo isso com muito amor, sem perceber.

Então foi assim o meu dia das mães, num exemplo vivo do que é ser mãe em essência. Os ingredientes do almoço especial aguardam para o jantar de amanhã ou depois. Algumas coisas já foram para o congelador... Mas estou muito feliz de perceber meu filhote melhorando. Agradeço a Deus que seja apenas uma gripe com muito dengo. Não sei se terei oportunidade de vivenciar a blogagem verde. O texto está pronto e vou tentar programar (sou um fiasco nestas coisas), volto em breve, com Bê tinindo!!


P.S.: Seria injusta se não contasse. Marido preparou um belo café da manhã, com uma mesa linda, cheia de coisas gostosas e um arranjo de girassol maravilhoso ao centro (minha flor favorita). E Bê me deu "feliz aniversário" logo cedo. É ou não é para sentir-se privilegiada?

Beijos a todos, em especial às mães,

Tati.