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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Somos todas, somos uma - Noções pessoais sobre o feminismo


Imagino que, sendo mulher, as questões feministas te avassalam de alguma forma. 
Sim, já fui daquelas que temiam o feminismo. E não entendia por que. Claro, há as questões sobre a forma como o feminismo é mistificado na sociedade machista e patriarcal, entretanto sendo uma pessoa questionadora seria simplista e ingênuo achar que era só este o fator. Eis que agora me percebo e quanto mais assumo a vida e a liberdade, mais me dou conta.
O feminismo me diz que sou livre, que posso ser o que eu quiser, que toda mulher tem os mesmos direitos que os homens. Isso contraria as noções sobre mim que me foram passadas quando criança, quando fui criada dentro de uma redoma de cuidados, com estigmas de frágil e delicada representando a feminilidade. A força da mulher relacionada à dedicação aos demais, aos pais, marido, filhos. Como romper com estas amarras que me libertam da responsabilidade por minhas próprias escolhas? 
É preciso estar muito determinada para assumir-se feminista. É preciso ter raça, é preciso ter gana sempre! 
Numa época convivi com um grupo de feministas, elas (sim, elas) se articulavam em um grande grupo de trabalho ao qual eu jamais fui incorporada. As participações estavam relacionadas à representação de organizações ou experiências. Eu não fazia parte. A experiência de ser mulher simplesmente não me habilitava a estar lá. E olha, se há uma coisa que representa a experiência de ser mulher é a dificuldade em participar das organizações e experiências. Em tempos de crise somos as primeiras a serem cortadas. Não nego que eram mulheres poderosas, porretas! Queria muito ter tido a oportunidade do convívio.  Naquela época não me reconhecia naquele espaço. Eu era feminista, só não sabia disso. Se soubesse o que sei hoje teria batalhado por meu espaço. Agora teria bons argumentos. 
Foi durante a gravidez do meu segundo filho que comecei a despertar para esta potência. E entendi a expressão que diz que certas portas só se abrem por dentro. Foi exatamente assim! Ouvindo, refletindo e... de repente... um clique. A porta estava aberta, escancarou-se aos poucos. Fui entendendo, me apropriando e sim, SOU FEMINISTA! COM ORGULHO E ARDOR! COM ÔNUS E BÔNUS! Quanto ônus... Fica difícil tolerar aquelas famosas "só uma piada", "só uma brincadeira". Perceber as correntes que nos prendem não é tarefa leve, mas é necessário nos movimentarmos ainda assim, ou principalmente por isso. Salve Rosa Luxemburgo! 
Nesta caminhada um pequeno grupo de mulheres se juntou, se reconheceu. Juntas temos trilhado um caminho tão bonito, que diria utópico se não o estivesse vivenciando na prática. Somos quase 20, apoiamos as dores e conquistas umas das outras. Somos uma aldeia! Não há disputas, não há hierarquia (há algo mais patriarcal do que a noção de hierarquia?). Somos acolhedoras, presentes, há delicadeza e verdade no convívio, no apoio. Com elas tenho vivenciado a experiência da empatia, da sororidade. Não são abstrações teóricas. São a práxis. 
Há muito a absorver, entender e incorporar melhor as noções de feminismo interseccional, que grupo de mulheres brancas que somos, ainda que nos sensibilize e também seja assunto de pauta, segue nas aspirações teóricas. Cadê representatividade? 
Quero finalizar dizendo que estas mulheres tem me dado suporte, e eu a elas. Tenho aprendido a amar aquilo que entendia como fraquezas femininas como parte do que sou, e muitas vezes, minhas fortalezas inexploradas. A maternidade é uma vivência plena com nossas reflexões em conjunto. Com o acolher dos prantos e risos. 
Toda mulher é feminista, algumas não sabem ou não estão dispostas a arcar com a força de sua própria liberdade. Suas asas estão podadas. E não é possível empoderar ninguém. Cada mulher empodera a si mesma. O que podemos é mostrar, pelo exemplo, que é possível viver um outro padrão. Aos poucos, cada uma no seu tempo e do seu jeito, vão se chegando. 

We can do it! 

Tati


quinta-feira, 24 de março de 2011

Família feliz de presente!

Sabe aqueles presentes que são maiores que eles mesmos? Aqueles que carregam com eles sentimentos cintilantes e a gente tem certeza que foram salpicados com muito amor? É sobre isso a história que conto hoje.

Outro dia a Cris Ramalho do Coisinhas da Cris postou sobre uns adesivos que tornaram-se febre em São Paulo, aqueles que representam as famílias, sabe? Eu não conhecia, fiquei encantada e elogiei nos comentários.

Então ela me envia uma mensagem dizendo que quer fazer a minha família e mandar de presente. Como assim? Juro, não é o primeiro presente que recebo pelo blog, mas sempre me surpreendo. Acho o gesto lindo, mas nunca acho que mereço tanto carinho assim, espontâneo. Fico lisonjeada todas as vezes que acontece, e fico igual criança!!  

A Cris se esmerou nos detalhes da minha família, fez perguntas, pesquisou (rsrs), mas não estava satisfeita ainda, colocou a família dela para procurar minha família perfeita, rsrs Até o irmão dela entrou na história. Quando ela encontrou mandou um torpedo para ele assim: "família feliz comprada!" Rsrs Imagine só a pessoa errada recebendo! Rsrs

O presente chegou, na sexta-feira de carnaval. E quando recebi o pacote tive certeza do amor que ela colocou ali. Sabe a embalagem mais caprichada que você já recebeu? Foi assim para mim. Era um adesivo, certo? Nada que quebrasse, mas lembrem-se que era uma família feliz, e famílias felizes são fortes, mas podem quebrar se não forem bem cuidadas! Ela embalou em plástico bolha. Dentro do plástico bolha uma caixinha liiiiinda de Hello Kitty, que eu amo. E dentro da caixinha? Papel de seda rosa, a foto dela do perfil do blog, com seu Schinalzinho querido, selando a embalagem. Não dava para ter dúvidas do amor que exalava dali. Então abri o papel seda e tchã-rãmmm...
 
Minha família feliz, colorida, composta pelo Vi, o Bê, o Gucci (cachorro do Bê), eu e o computador!!! Claro! O notebook estava lá, como parte da família, representando este laço incrível que é a blogosfera, os amigos virtuais e o tanto que vocês tornam-se parte da família, do dia a dia, da rotina.

Acabei demorando muito para fazer a postagem por que queria fazer a foto perfeita. Isso por que quero que a Cris entenda o que ela fez por mim. Ela não me deu apenas um presente, um adesivo. Longe disso. Ela me ajudou a voltar a acreditar, a lembrar que pessoas podem ser amigas só pelo carinho, podem agraciar-se apenas pela satisfação de fazer alguém feliz. Este presente, naquele pacotinho tão caprichado, me lembrou que pessoas podem doar amor só por que ele brota em profusão de seus corações. E essa lembrança, esta sensação, faz tudo valer à pena. Cris, será que agora você entende por que fiquei tão feliz? Obrigada, pela família feliz sim, mas mais que isso, por todo o universo de bons sentimentos que nos enviou pelo correio. Que ele te retorne em dobro!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Estou preparando a postagem com os bastidores da foto de família. Vou te contar... Pena que não deu para registrar as gargalhadas. * Obrigada, vovó Mirian!*


quinta-feira, 3 de março de 2011

Faz um ano...

Hoje o blog está completando um ano como Perguntas em resposta. Isso por que eu o criei em fevereiro de 2009, como Cartas ao Vento, mas o mantive inativo. Apenas em 2010, também em fevereiro, passei a escrever no blog com menos medo, e então em março, dia 03, mudei seu nome e passei a escrever da maneira como vocês veem hoje em dia.

Quer dizer, na verdade fui me soltando aos poucos. Eu tinha pavor da tal da exposição. A ideia de que um texto escrito por mim estaria disponível para qualquer um ver era assustadora! Tudo bem, eu duvidava muito que alguém perderia seu tempo com minhas palavras e ideias loucas, mas... aos poucos os amigos foram chegando, se manifestando na forma de comentários, e o medo foi se dissipando. Quanto mais eu expunha ideias, sentimentos, maior a reciprocidade. Eu percebia que relatar minhas experiências podia ajudar algumas pessoas a se libertarem ou a se enxergarem, e também me ajuda a me entender. Isso foi uma coisa muito boa, mas não a única coisa boa do blog. Neste primeiro ano conheci pessoas incríveis, histórias ímpares, novas culturas, brasileiros confrontados com novas visões de mundo, vivendo em outros países, extrangeiros, em geral de lingua portuguesa, mas que vieram acrescentar tanto, me ensinam tanto... Amigos, de mundos tão diferentes que eu provavelmente jamais conheceria se não fosse a blogosfera. Ganhei presentes, mas mais que tudo, ganhei amigos. Coisa que eu não procurava quando aqui cheguei.

Incrível que o mundo que se descortinou para mim não era em nada o que tinha procurado aqui, mas era muito melhor. Não nego que atingi meus objetivos, perder o medo de ser lida (vocês não fazem ideia do pavor, da vergonha, que eu tinha disso!), só que agora o blog é outra coisa para mim: É um espaço de trocas, um mundo tão encantador que precisamos estar sempre vigilantes, para não deixar que domine todos os nossos espaços. 

Ontem, quando me preparava para escrever este texto de aniversário, e por isso entrei na ferramenta de estatísticas do blogger, me deparei com uma triste surpresa. Foi bem desconfortável. Só que, para não variar, a rede de apoio formada por vocês, os amigos que se chegam, que apóiam, participam, defendem, fez com que tudo mudasse de figura. De triste e chateada passei a um estado de gratidão, uma sensação de amparo. Ontem, vocês transmutaram uma energia em mim: de raiva para amor!

Então as palavras que tenho para este dia tão especial para mim (data de comemorar este novo mundo que se abriu) são de agradecimento. Obrigada por todo o carinho, por mostrarem outro lado, por tomarem as dores, não apenas ontem, mas em todo este tempo. Obrigada pelos comentários, pelos e-mails, por senti-los preocupados, cuidadosos do outro lado, como se aqui estivessem. Muitas vezes, quando estou triste ou sozinha, tenho em vocês o amparo. Quando estou muito feliz, quero também compartilhar. Vocês já são uma parte muito importante de minha vida.

Obrigada. Mil vezes obrigada!! Também quero dizer: É um prazer conhecê-los.

Há tanto a mais para dizer, mas nada pode ser maior do que a gratidão que sinto neste momento.

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sendo Flor de Lótus

Sempre me considerei uma pessoa de sorte, protegida, cuidada pelo mundo, pelos anjos ou sabe-se lá o que. Mas às vezes as coisas por que passamos são duras demais, nos exigem um novo posicionamento. Quando alguns destes fatos acontecem de forma recorrente, intensa, em alguma fase, a gente pode perder o rumo, sei que é por certo tempo, até a série de ondas passar e a gente voltar a "dar pé", mas enquanto estamos embolando no caixote dá a sensação de que não conseguiremos voltar a respirar, que nosso biquine será levado com as ondas e que, quando levantarmos (se levantarmos) não teremos ideia da direção. Já não saberemos mais onde está nossa barraca. Foi o que nos aconteceu nos últimos tempos. Esta é a analogia mais próxima que consigo fazer, será que é por causa do verão carioca? 

A semana passada foi dolorosa, uma raiva de mim, queria ser diferente e fui percebendo que não queria ao mesmo tempo, entendem? Estava com vergonha dos meus pensamentos, confusa, até que no domingo tive coragem de falar com o Vi sobre isso. Ele ouviu sem julgar (foi o pedido que fiz) e depois de me acalmar falou: "Por que você não escreve sobre isso no blog? Acho que vai te ajudar". E escrevi! Cada comentário maravilhoso, quero agradecer a cada um pelo guindaste que me mandaram em suas palavras... Entre eles estava o comentário do Alê (Lost in Japan). 

Se você o conhece e já recebeu um comentário dele, sabe do que estou falando. O Alê tem um dom, ele sabe dizer as coisas certas. Muitas vezes ele te chacoalha, mas sempre da forma mais delicada e positiva possível. Ele parece que enxerga coisas que ninguém mais vê. O Alê não deixa comentários do tipo genérico ou apenas de "estive aqui", ele lê as entrelinhas! Apesar de morar no Japão seu português é perfeito, por que ele entende a subjetividade da lingua e consegue dar a resposta ideal. Você já viveu isso com ele? E não só de comentários inteligentes vive o Alê, seu blog mostra o Japão através destes olhos perspicazes, inteligentes, sensíveis. É muito bom conhecer um país tão distante assim, adoro cada postagem!  Mais do Alê aqui.

Voltando ao comentário, ele enviou o link para um vídeo feito por ele num jardim de Flor de Lótus, com o seguinte comentário: 


"Lembre-se da sabedoria da flor de lótus. mesmo no meio do lodo ela emerge limpa. que o mundo se acabe no lodo, só não traga esse lodo para suas pétalas. qdo eu tenho esses pensamentos, eu me lembro deste lago de lótus que tem aqui perto de onde moro, vou te levar lá agora" 



E me levou mesmo! As flores são lindas, mas o principal é a analogia. Me fez um bem enorme, me deu a resposta que eu já sabia que era a que eu queria. Eu não quero me contaminar no lodo! De noite, quando o Vi chegou e leu o texto, disse: "Sabia que te faria bem". Colocamos o vídeo e o Bê:

- Posso ver com vocês? 
- Claro Bê, olha, chama Flor de Lótus e elas nasceram lá no Japão.
- Eu posso ir lá? Eu e meu pai vamos lá no Japão colher uma e a gente traz para você, para te fazer feliz!
- Por que? Você acha que eu não estou feliz?
- Acho que sim, acho que você é feliz! - E abriu seu melhor sorriso, aquele que me dá a certeza de que não há lodo capaz de sujar o melhor de mim. 

É isso, um dia de cada vez, lembrando de ser qual Flor de Lótus, e que meu filho iria até o Japão para buscá-la só para me fazer feliz, quando não há neste mundo nada capaz de me fazer mais feliz do que o sorriso que vejo estampado em seu rosto.

Está passando!

Um grande beijo a todos, 

Tati


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Declaração de amor às minhas irmãs

A Nilce me deu a oportunidade de reafirmar meu amor pelas minhas irmãs. Hoje é aniversário do blog dela (A vida de uma guerreira) e a proposta era essa: Uma declaração de amor. Sou uma sortuda na vida, com grandes amores, desde o berço (meu) ao berço do meu filho, colecionando amores, entre família e amigos, e um marido que merece todas as homenagens, mas desta vez ele entendeu o motivo. Algo falou alto em mim este fim de semana.

Tenho orgulho de dizer que a Nãna, minha irmã, é minha melhor amiga. Aquela com quem já quebrei o pau sabe-se lá quantas vezes, mas sei que posso contar, haja o que houver. Ela sabe que é recíproco, sabemos na prática. 

Tenho orgulho também em dizer que, aos 35 anos de idade, tenho uma amizade que soma 30 anos. É sólida e repleta de histórias. Se já brigamos? Algumas vezes, como irmãs. Sim, a Rê é nossa irmã não por relação parental, mas por que nos escolhemos para tal. E vivemos situações que explicam isto.
Não há problema neste mundo que afete nosso amor. Há rusgas, que causam afastamentos temporários, mas tudo é relevado, a gente encontra justificativas para as outras, a gente perdoa. Por que o amor, ah, este é infinito!

É para elas que escrevo. Pode ser que vocês não entendam muito bem, aliás, sei que não entenderão tudo o que direi, mas elas saberão o que estou falando. O principal a se entender é aquilo para o que não há muita explicação: Um amor com aquela cumplicidade que só experiências em comum (e adversidades em comum) são capazes de criar. 

Nas minhas lembranças mais antigas elas estão. Estão na infância e na adolescência, nas histórias engraçadas, em piadas que são só nossas. Estão nos guarda-chuvas coloridos ou na chuva de balas, estão em cada página de um gibi da turma da Mônica. Estão no meu primeiro beijo, na primeira lágrima de amor não correspondido. Eu também estou nos delas. 

 Hoje o que quero dizer é que, quando estou com vocês, eu me lembro claramente de quem eu sou, eu volto a ser aquela menina mandona, destemperada, divertida, sinto gosto de bala boneco, sorvete Sem Nome, ouço ao longe balão mágico e Roberto Carlos, cada música com sua história, sinto saudade de fofoletes, picolé de argila feito pelo Rubinho, vitaminas de asa de morcego, planos infalíveis contra o Juninho, das fantasias de cada carnaval... Sinto o cheiro do mar nos verões aguardados o ano inteiro, nos segredos e cochichos na hora de dormir, lembro do frio na barriga do primeiro amor. Confidências que nos fizeram descobrir, já adultas, que fomos apaixonadas pelo mesmo garoto (amor platônico). E este garoto? Ah, irmão mais velho da nossa terceira irmã! rsrs Lembro da dor na cabeça ao sentir meu cabelo puxado tãããão forte, e logo em seguida me lembro de afago, de uma mistura forte de lágrimas em bochechas grudadas que já não sei dizer quais são minhas, quais são suas. É tudo a mesma coisa. Com vocês eu desejo não deixar jamais de ser criança. Vocês trazem estes sentimentos à tona.

Obrigada por cada dia em nossas vidas, seja no Rio, em São Paulo, em Pirajuí. Em nossas histórias  a certeza de que do meu coração vocês jamais irão se mudar!

Amor imenso, amor de irmã. Amor que não cabe em mim.

Beijos a todos,

Tati.

P.S.: Nilce, obrigada por esta oportunidade! Parabéns por este aniversário, seu blog é um espaço muito querido para nós, seus leitores.

* Faltaram as fotos de infância. Me dei conta que preciso escanear algumas, pelo menos...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Apresentando "a novidade"

Tenho uma novidade, estou muito feliz com ela, espero que compartilhem de minha alegria.

Outro dia recebi, por e-mail, uma mensagem muito bem escrita. Intensa, profunda, clara, interessante, agradável de ler, que fazia pensar. Uma amiga querida havia escrito, mas na primeira linha vinha um pedido: Não divulgue! Ela compartilhou com pouquíssimos amigos (sim, éramos 3 ou 4). Respondi na hora: "Amiga, você escreve muito bem, precisa compartilhar. Por que não cria um blog?" Ela respondeu que já pensou no assunto, mas tinha medo da exposição. 

Daí, alguns dias depois, eu estava muito triste, com medo de estar deprimida, liguei para esta amiga querida. Eu não tinha ânimo para nada, tudo estava nublado, arrastado, sem gosto. As poucas coisas que eu fazia, fazia forçada, de maneira mecânica... Minha casa era um reflexo óbvio, tudo bagunçado, fora do lugar... Eu precisava mudar aquilo! O Vi é meu apoio em todas as horas, mas nestas, ele simplifica demais. Minha complexidade não faz sentido para ele, sua sugestão foi: "Faça uma lista do que você tem que fazer e execute-a!" Sim, para ele isso faz muito sentido (e com ele, funciona!). Comigo, seria apenas mais alguma coisa para me sentir culpada por não ter executado. Mas o que quero contar é que, quando estava deste jeito, um caos completo, decidi que tinha que fazer alguma coisa. Peguei o telefone e liguei para ela. Ela é terapeuta, mas acima de tudo, é uma amiga sensata, em quem confio, e que tem ideias que respeito. É uma pessoa que consegue ver o lado bom das coisas. A Alê (que não é a Alê espelho, é minha outra amiga Alê) foi minha vizinha naquele condomínio que morro de saudades. Nossa amizade começou compartilhando o espaço e as descobertas da maternidade. Ela é mãe do Vini, um garotinho com um sorrisão mega feliz, mas com um geniozinho que vou te contar... Não é mole não!
Se a maternidade foi o ponto de partida, não é nosso elo mais forte. Nós conseguimos ir muito além. A gente discute filosofia, ideias de vida, filmes e, claro, desenhos animados (hihihi).

Quando liguei para ela eu mal conseguia falar, começava e chorava, me senti ridícula nesta hora. A Alê não quis saber, me perguntou onde eu estava. Lembrou que tinha uma paciente marcada para as 15h, e que a gente precisava se encontrar imediatamente. Mentalmente ela resolveu tudo e meia hora depois estávamos juntas. Sentamos para tomar um suco/refrigerante e conversar. Aquela conversa não mudou apenas o meu dia, mudou o meu rumo, ligou o motor. Eu me senti querida e importante, sabia que não estava sozinha e que o que me faltava era entrar em movimento. Eu venho me isolando demais! Foi pouco tempo, mas foi o suficiente. Foi intenso e especial. Ela disse, de maneira doce e carinhosa, o que eu precisava escutar. Ela me colocou no colo, mas aproveitou para me sacudir!

No dia seguinte ela me ligou para saber se eu estava melhor. Disse que nossa conversa a tinha deixado inspirada e que tinha escrito alguns textos. Ela escreve não apenas com conhecimento dos assuntos, mas de maneira bastante agradável de ler. Insisti para que ela criasse um blog, aliás, eu vivo sugerindo isso, mas ela se esquiva. Quem não viveu isso que atire a primeira tecla. Esse medo também já me corroeu, demorei a perdê-lo. De tarde, um estalo. Liguei para ela, que ficou de pensar. Esta semana ela me mandou um e-mail com a resposta e é esta a novidade que quero contar.

A partir da semana que vem o Perguntas em Resposta terá uma colaboradora fixa. Estamos pensando em quartas-feiras para suas postagens. Convido-os a conhecê-la, a experimentar seus textos. São mesmo muito bons!

Então é isso, a partir da semana que vem estarei compartilhando com vocês um pouco do meu coração, na forma de uma pessoa que amo, e que agora fará parte deste mundo maravilhoso. Recebam-na com o carinho que me recebem, posso pedir isto a vocês? Saibam que é uma pessoa muito especial, batalhadora, com um sorriso que não há como não se apaixonar. Uma mulher linda, com uma família feliz, lutando para conquistar seu espaço. É, a gente tem muito em comum e as conversas costumam ser longas e profundas, mas a gente também discute cortes de cabelo e episódios dos Backyardigans, ou ideias de festas para nossos pequenos. Bem, vou deixar que ela se apresente, está bem? Vocês vem nos visitar na quarta? Vou esperar!!

Beijos a todos,
Tati.

sábado, 11 de dezembro de 2010

S.O.S.- Seu blog pode estar em perigo!

Hoje de manhã, quando abri e-mails vi uma mensagem da Beta, do Mixcultural, dizendo que seu blog havia sido excluído. Mas ela não havia excluído o blog!!! Como assim?! Fiquei sentida por ela, não dá para não se colocar no lugar do outro blogueiro e imaginar o que seria perder tudo: postagens, comentários, etc... Sofrido, não é?

Então agora dei uma passada rápida enquanto espero meus meninos chegarem da rua (foram buscar meu primo e estão demorando séculos), e vi a postagem da Elaine (Um pouco de mim). Bem, a Elaine é uma mistura de Robin Hood blogueiro com MacGyver cibernético, e ela sabe das coisas. Na postagem de hoje ela explica como fazer o backup do blog e também da algumas dicas de como se proteger. Se por acaso você não a conhece (acho difícil), passa lá e veja do que estou falando. E se achar difícil, sentir medo de fazer sozinho, ou se quiser dar uma incrementada no seu blog, conte com ela, que tem um projeto de ajuda a blogueiros em troca de ajuda a cães carentes. Fofa, né?

Eu fiz meu backup na hora. Já tinha aprendido com a Meri, outra master blaster blogueira querida, mas aproveitei e atualizei o meu. Vamos lá, não deixe para depois, segundo a Elaine muitos foram excluídos numa espécie de bug do blogger. O que? O Blogspot tem bug? Não acredito! kkkkk Piadinha sem graaaaaça...

Mantenha seu blog em segurança, ou ele é maior de idade e vacinado?

Ótimo final de semana. Obrigada por tanto carinho. Meu retorno não podia ser mais feliz, aos poucos ponho em dia as visitas. Vocês merecem muito mais que isso!

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O ar da graça

Oi amigos,

Vocês estão me enxergando aí do outro lado? Não, não é halloween, as teias de aranha são de descaso e abandono e sinto que o conselho tutelar bloguístico organiza ação para tirar a guarda desta criança de mim, ou... será considerado terra devoluta e usado para fins de distribuição para o Movimento dos Sem Blog... (piadinhas infâmes deixam clara a falta de inspiração desta que vos escreve...)

Passei rapidinho por que, como o último post ocorreu no meio da tempestade e depois ninguém ouviu falar de mim, alguns amigos acharam que me afoguei! Vim só contar que já está tudo bem, que o Vi conversou com a professora, que foi mais afável. Era para levarmos o Bê na quinta passada, mas quem está vivo sabe que quinta passada, aqui no Rio, foi o caos. Apesar de morar beeeeem distante de áreas de risco (depois da UPP da Cidade de Deus a gente mora no paraíso. Oi?), preferimos ficar em casa. Então ele começará as aulas hoje (terça).

Fora isso, uma porção de mudanças acontecendo, o que não é nenhuma novidade para mim, minha vida muda mais que duna em Jenipabu, mas já me acostumei. Acho que vou estranhar quando tudo ficar estável (será?). Então é fase de transição no trabalho, na escola do Bê, no trabalho do Vi... Tudo mudando, Graças a Deus acho que para melhor. Além disso, resolvemos voltar às origens. Encontramos, no restaurante, os dirigentes da casa espírita onde nos conhecemos. Foi uma emoção grande, por que o Bê foi o primeiro "filho" da casa. E o Bê pulou no colo dele, fez carinho no rosto. Sabe momento olhos molhados? Todos nós assim. Sentimos que era hora de voltar para casa, e até isso é mudança. 

Mas o principal é que, como estava com muito trabalho (espero poder contar para vocês em breve), tinha que evitar "o primeiro gole", por que eu digo que não vou entrar, depois que será só meia hora, enquanto tomo um cafezinho, depois... Ah, vocês sabem como é... Então eu fui radical! Evitei mesmo. E terei que continuar evitando por um tempo. Preciso colocar a vida em ordem (minha casa então, nem se fala! Uma zona sem fim...). 

Por que não avisei? Por que toda vez que digo que vou me afastar um bicho blogador me morde e eu disparo a escrever, e já estava sem credibilidade para isso, né? Mas não há com o que se preocupar. Estou bem e feliz, só um pouco atarefada...

Muita saudade, cada mensagem ou e-mail que chegou me deixou feliz e, para variar, me senti querida. Vocês tem esse poder!

Em breve eu volto com um pouco mais de calma. 

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Yoi O Toshi O (良いお年を)

Ou: Feliz Ano Novo!


Isso é o que desejo a meu amigo Alexandre- Lost in Japan-, hoje, no seu aniversário.
Para quem não o conhece, ele se diz perdido no Japão, mas eu o acho extremamente "achado". Conhecer o Japão através de seus olhos é incrível. Ele tem uma visão inteligente, divertida e bonita da vida. É sempre enriquecedor.
Há dois dias atrás, no meu aniversário, escrevi que via nesta data uma oportunidade de renascer, que era meu ano novo. E ele gostou. De lá para cá tenho pensado numa forma de homenagear este amigo tão querido sem cair no lugar comum. Seu blog conta sua vida no Japão, mostra uma realidade diferente da nossa, e também mostra o quanto é tudo tão igual, desmistifica.

Quero hoje desejar-lhe um feliz ano novo nos seus dezoito aninhos vezes dois
Que seus sonhos se realizem. Que você tenha oportunidade de repensar suas metas e recriar-se, sempre.
Escolhi uma música antiga de ano novo, acho que se encaixa, e eu nem preciso traduzir... hihihi (sem medo de ser brega... hehehe)
Obrigada pela oportunidade de um novo dia, com sol, numa amizade que prezo demais. Que possamos construir, dia a dia, uma amizade mais sólida, de confiança. Tenho imensa admiração e carinho por você.
Desculpe a montagem tosca (do ano do escorpião), pior é que nem sei o que está escrito do lado, mas você saberá... ops... 

Que este seja o ANO DO ESCORPIÃO. Aquela oportunidade na vida de realizar sonhos, construir castelos, sentir-se feliz com o que se é e o que se tem. Força, saúde, sucesso, muito amor.


Akemashitê Omedetou Gozaimassu (明けましておめでとうございます)

Beijos a todos, 
Tati.


P.S.: Tentei construir um trem-bala, Expresso Brasil-japão, mas para estas artes eu preciso da engenharia-gráfica do marido, que domina Flash... Então, acho que será presente de Natal mesmo, mas já guarde seu bilhete! Você será o primeiro a embarcar, combinado? Te aguardamos para a terceira desvirtualização, que pode até ser paulista! hehehe



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Festa de luz, tecida em ideias

Hoje não estava nos planos qualquer postagem, estou de ressaca! E às vezes é preciso trabalhar, não é? hehehe
Mas dei uma passadinha na Denise- Tecendo Ideias, e descobri que é aniversário dela. E ela não tinha comentado nada... Poxa! Queria ter me preparado melhor para esta festa...
Então vai no improviso, mas saibam que do fundo do coração:

Faz algum tempo que a Denise chegou, já no primeiro comentário fiquei encantada com seu jeito generoso de escrever, mostrei até para o Vi suas palavras carinhosas! Então fui até ela, e me apaixonei: Um blog lindo, cheio de positividade, decorado com borboletas (que eu AMO), e sua foto com um sorriso cativante.

Você conhece a Denise? Não sabe o que está perdendo. A sensação que tenho, muitas vezes, é que ela é uma anjinha disfarçada de blogueira só para manter alta a vibração por aqui. No espaço dela você nunca vai encontrar queixas, tristezas (mesmo quando ela está triste), desânimos. Ela é positiva e cheia de cores. Seu blog brilha, por que ela brilha! Mas lá você sempre encontrará textos densos, que nos fazem pensar e rever atitudes. Ela está em busca de crescimento espiritual, e nos ajuda no caminhar. Caminhar ao lado dela, aliás, é muito prazeroso. Há pessoas, nesta vida, que chegam para trazer luz. A Denise faz parte deste grupo.

É uma das pessoas que sonho encontrar pessoalmente, abraçar. Sei que tenho nela uma amiga, alguém que está sempre ao meu lado, e até zela por mim, mas não apenas por mim, e sim por seus amigos. Ela é aquele tipo que apóia quem precisa de força, de carinho. Ela tem um coração repleto! Isso sem falar na mulher linda que é. Não estou exagerando não. É só olhar a foto!

Certa vez escrevi sobre algo mais pessoal. Ela ficou preocupada comigo! Me mandou um e-mail, todo cuidadoso, desculpando-se por intrometer-se... Imagina se eu ficaria chateada? Ela toda cuidadosa, preocupada de verdade comigo... Fiquei grata, isso sim! Nossa amizade só se fortalece, e quando ela passa um tempo afastada, como foi há poucas semanas, eu sinto muita falta. É uma presença que alegra esse mundo blog que amamos. 

Também foi ela que fomentou meu sonho de ser escritora, e se não fosse ela (e a Macá) eu jamais teria me lançado na aventura do Blogbooks. Ela acredita em mim, e faz questão de dizer.  

Dê, você é especial em minha vida. Alguém que já deixou de ser virtual em meu coração faz tempo. Há um abraço apertado, com seu nome, guardado aqui comigo. Não há formas de enviar por sedex (já me informei nos correios). E aí? Como faço para te entregar este presente?

Enquanto não o entrego, receba aqui o meu carinho, minha amizade, meu respeito e admiração. Você é, sem dúvidas, um ser de luz!

Não deixe de visitar o Tecendo Ideias. Aproveite para parabenizar a Denise!

Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

2ª Desvirtualização Carioca

Muitos dos amigos que por aqui passam ficaram sabendo que em Agosto/10 fizemos a 1ª Desvirtualização Carioca e conseguimos reunir amigos que antes eram apenas virtuais. Foi sucesso absoluto e a emoção é indescritível! Só vivendo.

Quer sentir também? Fizemos esse post para convidá-los para nosso segundo encontro. Será ainda a oportunidade de uma tarde de autógrafos no primeiro livro de nossa amiga She – Cabra CegaNão haverá venda de livros no local, quem quiser participar desta parte da festa deverá levar seu exemplar para a dedicatória. 



Pensamos em nos encontrar no dia 06/11 (sábado) às 14h. O que vocês acham? 


Aqueles que quiserem participar, por favor, encaminhem um e-mail para: 






Indiquem no e-mail o nome e blog para que possamos acompanhar o número de pessoas interessadas e escolher um local, no mesmo esquema do anterior: bom, bonito e barato. 

A partir deste primeiro contato a comunicação será toda feita por e-mail, resguardando a intimidade e segurança do grupo. Estamos na torcida por uma maior participação de amigos de fora do Rio. Ah, venham nos dar aquele abraço!!!

P.S.: O livro pode ser adquirido neste linkA entrega leva 5 dias úteis.


Beijos. Aguardamos sua presença.

Isa, She e Tati.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O sonho da casa própria

Queridos,

Ontem, quando me referi a mudar, não me referia ao estilo da escrita, nem à casa em que moro, mas à minha maneira de me colocar no mundo. E isso diz respeito a tudo, não apenas ao escrever. Como diz minha amiga Alê, "fundo do poço de escorpiana tem mola", por que a gente usa as quedas para refletir e sai fortalecida. Era neste clima que eu estava ontem.

Eu gosto, de verdade, de ler o que escrevo. É algo que me dá prazer, e não fingirei essa tal falsa modéstia, que acho um orgulho disfarçado de humildade. Gosto e pronto! Nem saberia como mudar meu jeito de escrever, eu não escrevo pensando no que vem depois, posso até ajustar, depois de escrito, adequar uma ou outra palavra, uma ou outra construção de período, entretanto nesta hora o texto já se fez. 

O que eu estou fazendo é refletir sobre minha colocação no mundo. Quando eu disse que meu pé era pequeno para o sapato, não falava em talento. Falava em ser criança. Pois é, prestes a fazer 35 anos eu me sinto criança! Isso é bom por um lado, eu dou ouvido aos meu sentimentos e vontades, eu olho com curiosidade para o corriqueiro. Também tem seu lado ruim, eu não assumo a vida adulta da maneira como deve ser. Não entendo muito este deve ser. Sobrecarrego o Vi com as questões práticas da vida, enquanto eu sonho. Estou sempre em busca desta vida idealizada. Sou assim desde que me entendo por gente. Eu gosto de ser assim, e se pudesse, seria sempre. Mas onde fica a responsabilidade? 

Na verdade não quero me aprofundar neste assunto, que está sendo pensado ainda. Quando algo acontece na minha vida eu uso como tela para meus novos quadros, é o que estou fazendo agora, a imagem ainda não aparece por completo, estou estudando, por isso não entrarei em detalhes. 

O que quero contar para vocês é que algumas pequenas mudanças já começam a acontecer, e quero compartilhar, por que pode ser a vontade de muitos. O Perguntas em resposta já não é mais mutuário do blogspot, quer dizer é, mas tem casa própria! Nós vamos dominar o mundo!! O Vi tinha me dito que era coisa simples. Achei que era mais complexo, vou contando conforme for acontecendo. Sabe quanto custa o registro do domínio, por ano? R$ 14,90. Isso mesmo! E nenhum custo adicional. Até amanhã imagino fazer a migração, diz em um dos tutoriais que eu li que no primeiro ou nos 2 primeiros dias as pessoas podem ter dificuldade de acesso, depois volta ao normal. Posso pedir a paciência de vocês? Dando certo eu conto tim tim por tim tim, assim quem quiser fazer, mas tem medo, poderá segurar na minha mão, que eu puxo! Eu registrei o domínio pelo UOLhost. Até agora estou achando muito simples. Faltam pequenos ajustes. Ele simplesmente redireciona o endereço para o blog, não tenho que mudar nada! O blog deixará de ser tatvet, que não faz o menor sentido, e será perguntasemresposta.com. Estou bem feliz com isso. 

Tinha uma forma de fazer direto pelo blogspot, eu fui ler as milhares de letrinhas miúdas e achei o contrato meio estranho. O google se sentia no direito de colocar propagandas onde bem entendesse, mudar meu blog à vontade, mexer no que quisesse, eu tinha direito de dizer Sim, senhor! Tô fora! Fala sério. Adoro que meu blog seja enxuto e não tenho a menor intenção de mudar isso. Odeio barulho, lembra? Poluição visual, para mim, é barulho! Pode até melhorar a visibilidade em mecanismos de busca, ainda assim acho que não vale o preço.

Então era isso, quero agradecer muito, muito muito o carinho de todos. Ontem me fez muito bem. A Gi, do Bordados e Retalhos me colocou lá na sua série dos bebês fofos, e falou palavras lindas. Hoje quem está posando de bochechas rechonchudas é a querida Isa, do Tantos Caminhos. Vale conferir. A Gi conseguiu abrir minha torneirinha, aquela que eu tinha travado. Chorei tudo! Fiquei bem mais leve. Hoje estou pronta para o novo. O levantar e sacudir a poeira já foi, agora é a volta por cima! E não precisarei vender a alma ao diabo para isso. Posso continuar minha caminhada sendo como sou, sei que estou muito bem acompanhada. Vocês não existem sabia? Ou melhor, existem, e moram no meu coração.

OBRIGADAAAAAAAAAAA!

Beijos a todos,
Tati.

sábado, 18 de setembro de 2010

Feliz aniversário, amiga querida!


Hoje eu queria te dar um abraço beeem apertado, te olhar nos olhos, sorrindo e dizer que sinto orgulho de ser sua amiga;
Confessar que fico inflada quando você diz que se parece comigo, por que te admiro muito! Admiro sua maneira destrambelhada, que é parecida com a minha, e me divirto com nosso jogo de comentários repletos de identificação. Solto uma gargalhada nestas ocasiões, te imagino fazendo o mesmo do outro lado.
Você é linda e autêntica e amo a maneira como junta palavras, enchendo-as de alma, de vida. Admiro demais o seu talento e sonho em vê-la autora de muitos livros, celebrada, reconhecida. Aclamada por crítica e público. Este é o seu destino.
Hoje rezo para minha amiga atéia, para que seu dia seja rodeado de flores, que o som seja de uma orquestra de pássaros afinados, que o abraço acolhedor da família te envolva, que não faltem palavras e gargalhadas de amigos.
Que em sua vida sempre haja espaço para o sonho, para a fantasia, a reflexão, a graça!
Eu tenho muito a dizer, tanto a te agradecer, foi nas esquinas do seu café com bolo que meu blog desabrochou, e tenho certeza, muitos outros também. Nas brincadeiras propostas por você perdi o medo de me expor, de falar de sentimentos e daquilo que me vinha na alma. Nestes caminhos fiz tantos amigos... você divide o bolo, e isso é pura generosidade! Obrigada por tudo, amiga. Tomar café com Glorinha é sempre um momento de intensa felicidade.
Você é especial para mim!

Um grande beijo com muito carinho.
FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGA ALMA GÊMEA!!!!!!

Um beijo,
Tati.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estou na casa ao lado

Amigos, 

Quis deixar o texto para escrever na hora, apesar de já saber disso há duas semanas. É que queria escrever no calor da emoção. Só que vou dizer, hoje é emoção demais para mim!!!

Sabe aquele blog que você se apaixona à primeira vista? Por que é lindo, por que tem conteúdo, por que.. por que... Então da primeira vez que você entra, você lê uma porção de postagens, ama uma porção de coisas, namora fotos, ideias, viagens; admira  criatividade e bom gosto, e resolve deixar um comentário tímido? E então esta pessoa, de um blog grandão, cheio de seguidores, retorna quase imediatamente ao seu blog, seu texto (não deixa mensagem genérica de agradecimento), é extremamente gentil e passa a ser sua seguidora (detesto este termo)? Então, eu vivi esta história com a Bonfa.

Cheguei até ela por um pedido da Margaret, que estava participando de um dos muitos concursos que a Kátia Bonfadini promove, e que são sempre muito criativos. Aliás, criatividade é com ela mesma! E capricho, muito capricho!

Eu me apaixonei primeiro pelo Casos e Coisas e na sequência, pela própria Bonfa. Ela é uma fofa! Se você não a conhece, não sabe o que está perdendo. Ela estava envolvida naquele concurso que ganhei, lembra, do dia dos pais, junto com a Mari?

Um dia, há pouco tempo atrás, eu decidi me tornar mais ousada. Fiz alguns movimentos, inclusive pedir votos por aqui, e deu certo. Então resolvi me arriscar mais um pouquinho. É que a Bonfa tem uma coluna às sextas, que chama Bonfa Convida. Eu, abusadinha que só, escrevi para ela pedindo que me convidasse. Eu queria muito ser recebida por esta grande anfitriã. Enviei o e-mail e... me arrependi! Que audácia! Que abuso! Como peço para entrar na festa dos outros? Não recebeu educação em casa, não? 

Não é que a fofa da Bonfa me responde dizendo que adorou a ideia? Me deixando super à vontade para escrever sobre o que falar? Então, de comum acordo, acabamos optando por reeditar o Amor ao Silêncio. Por que é um dos meus textos faoritos, e dela também. Conhece? Não conhece? Não deixe de prestigiar, vai me fazer muito feliz!

Por favor, passem no Casos e Coisas da Bonfa e vejam como esta grande blogueira recebe bem seus convidados. Eu me senti hóspede de honra (e olha que fui esta convidada folgadinha que eu confessei, hein!).

Bonfa querida, eu esperei a hora para ter as palavras certas, mas não consigo tê-las comigo, só coração palpitando, sorriso frouxo, uma gratidão sem tamanho... OBRIGADA por tanto carinho e gentileza.

Um beijo a todos,

Tati.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Felicidade é uma colcha de retalhos

Um mosaico de alegrias, costurado por tristezas.

A proposta hoje é escrever sobre FELICIDADE, na Blogagem Coletiva da Glorinha do Café com bolo. E foi a mais difícil de escrever. Os outros sentimentos e emoções podiam ser pontuados. Eu pensava em medo ou raiva e vinha uma história, mesmo algumas. Eram fatos isolados, com datas e personagens definidos.

Amo estes meninos.
Motivo de ser feliz!
Felicidade não é assim. É um tapete, um panorama. Felicidade é mais constante e, ao mesmo tempo, mais dispersa. Somos felizes quando estamos alegres, e também quando estamos tristes. Somos felizes em todos os tempos verbais: Sou feliz na cena presente, ao interagir, ao viver; no passado, ao recordar; no futuro, quando sonho.

Se folheio um álbum de fotos, sou feliz em rever cada momento. Tantas histórias são reveladas em imagens congeladas por uma câmera. As risadas ecoam na mente, o calor do abraço, a sensação daquele dia. Isso não está na foto, só quem vivenciou a cena pode saber o bom que foi. 

Amigas para a vida toda,
na fase mais bonita da nossa.
De modo geral é mais fácil saber-se feliz ao recordar um momento: "Naquela época eu era tão feliz!" "Ah, bons tempos aqueles"... e outras expressões do tipo. Para ser feliz no presente é preciso uma certa tomada de consciência. Eu faço um exercício de olhar-me de cima, de fora da cena. E ali tenho a certeza do ser feliz. Lembro a primeira vez que fiz, meio sem querer. Estava rodeada por meus amigos da faculdade. Uma turma que amo, mesmo não convivendo mais. Naquele dia estávamos reunidos, brincando, rindo, contando histórias, unidos como éramos. E eu parei no tempo. Fotografei com o coração: registrei as imagens, o som das gargalhadas, o carinho que tínhamos (e temos) uns pelos outros. Este dia não me sai da lembrança. Um dia comum, sem nada que valha relatar como fato. Marcante por intensidade no sentir. Hoje quando penso nestes amigos, este dia é lembrança certa. Quase todos os nossos dias juntos eram iguais. Por algum motivo que não sei, este foi o dia da tomada de consciência. Eu nos vi por cima. Eu me vi na cena, rodeada e feliz. 

Momentos simples,
 inesquecíveis!
Depois desta ocasião treinei, exercitei, e hoje sou capaz de fazê-lo de forma pensada. Quando vivo um momento que me deixa feliz, paro um momento, pareço distante, pensativa... Estou fotografando com o coração. Não preciso pedir que façam xiiiiis. Os sorrisos tem movimento e som dentro de mim. Em muitas situações, quando me sinto plena, faço este movimento. Me destaco e filmo, gravo, registro. 

Felicidade são as covinhas do Bê, o olhar doce e apaixonado do Vi, uma garrafa de café fumegante, a voz da minha mãe, o riso do meu pai, limpando as lágrimas de gargalhar, os braços do meu sobrinho dizendo que no meu abraço quem cabe é ele, numa brincadeira que é só de nós 2, é família reunida. 

Felicidade é uma caixinha no google talk, com a palavrinha Tati no topo da mensagem. É a oportunidade de escrever este blog, de ser lida e comentada com carinho. De interagir com pessoas distantes, e que se fazem tão presentes. É também a dúvida sobre os caminhos a seguir, e saber que isto só acontece por que tenho múltiplos talentos. É a superação pessoal.

Família reunida, intensa falicidade
Todas estas imagens somam-se a situações de dificuldades e tristezas. Elas também alimentam meu lado feliz, quando me dão oportunidade de refletir, crescer, valorizar o bom. Os contrastes são importantes para valorizarmos o que temos. Lulu Santos não errou ao dizer que não existiria som sem silêncio, nem luz sem escuridão. Ainda assim, o que mais gosto, o que me faz mais feliz nos momentos superados, é ver que cresci. Sempre crescemos mais nestas fases duras. E se crescemos, a felicidade cresce em nós.

Quando superamos algo, em especial quando superamos a nós mesmos, a felicidade jorra. Eu tenho passado por uma fase de auto-superação que tem me feito muito bem. Muitas vezes são coisas pequenas, insignificantes aos olhos desatentos. Só quem as vive sabe o valor que tem. 

Meu sobrinho-filho,
um dos grandes amores da minha vida.
Ontem, após quase 3 anos, eu tive coragem de pegar no volante. Dirigi uma quadra apenas. Peguei o Bê na escola e voltei para casa. Foi uma vitória grande sobre mim mesma. Eu estou tomando posse da minha vida novamente. Este movimento pode parecer tão bobo, nem sei se vale relatá-lo aqui. Para mim, foi o passo gigante, significativo. Representa a retomada de minha vida. A ruptura com alguns nós que criei ao meu redor e me impediam de continuar. Estou saindo da crisálida, secando asas ao sol, planejando voos mais altos. Tudo se aproxima e se forma. Está ao alcance das mãos.

Sorrio, um sorriso discreto. Não há gargalhadas ou dentes expostos. Neste momento não é da alegria escandalosa que falo. Falo, sim, da felicidade. Um processo mais lento, mais calmo, aderido na alma.

Beijos a todos,
Tati.