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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A arte em nós

Daqui
Hoje compartilho com vocês um texto que escrevi aos 15 anos, nos idos de 1991. Ainda é um texto que gosto muito, mesmo passado todo este tempo. Acho que minha interpretação dele, hoje, seria bem diversa. Nesta fase eu estava vivendo minha primeira dor de amor, pelo fim de um relacionamento que durou 6 meses. A paixão platônica, mais de 2 anos... hehehe Essa era eu!

Espero que gostem, posto como se fosse um de meus bebês. 

Estive caminhando por um mundo morto, onde não havia primaveras, onde não havia felicidade, e muito menos sorrisos. E tudo isso estava perdido, por que eu descobri que perdi você.
De repente, o inverno acabou, o frio passou e eu percebi que além deste, havia milhares de outros mundos ao meu redor. 

Esquecer você não é fácil, nem eu consegui. Mas descobri um lindo caminho pela estrada da esperança, onde o sol, as flores, os mares, os sorrisos, as primaveras eram feitos de papel.
Com a primeira tempestade meu mundo se desfez. E eu voltei a procurar você e o meu mundo, já cansada de viver o seu.

Encontrei-o sorridente, como sempre, consertando um pequeno furo em seu mundo, ainda assim, sempre sorridente! Uma primavera havia se ferido e você a medicava. Para disfarçar, um pouco de rosa, um pouco de azul, amarelo... e pronto! Sua primavera estava mais linda do que nunca. 

E foi então que eu descobri que seu mundo também era uma criação*, mas seu papel era marché.


Eu troquei uma pequena parte, que acho que fez muita dferença: Onde diz agora criação, dizia, seu mundo também é de ilusão. Achei que assim ficou melhor com a interpretação que faço agora deste texto. 

E ai? O que você tem feito com o papel ordinário que aparece em sua vida? Acho que seria esta a interpretação que eu daria hoje. Todos recebemos da vida o mesmo material, todos estamos expostos a dor, frustração, mágoa, injustiças. Alguns reclamam que o material não é de primeira, cadê meu papel de seda? por que não vem embrulhado em belo papel de presente? Outros, aproveitam este material - papel ordinário- para criar arte. E tornam tudo mais bonito ao seu redor. Tem ainda mais valor se não veio com facilidade, não é mesmo? Muitas vezes é a escassez que nos dá a chance de estimular a criatividade.

Um beijo a todos e ótimo final de semana,
Tati.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

EXTRA! EXTRA! Cabra Cega

Queridos,

Ontem, nasceu o primeiro filho, de uma série de muitos, da minha amiga parideira, ops... escritora! hehehe Isso mesmo! Para quem conhece, e também para quem não conhece (e precisa saber o que estava perdendo), a doce She, do Cantinho She, escreveu seu primeiro romance. 

Estou muito feliz e orgulhosa de minha amiga querida, que é talentosa, simpática, de uma humildade sem palavras. Jornalista das boas, estava quietinha fazia um tempo, só escrevendo seu livro. Que tinha um prazo de honra: Ser finalizado antes de seu aniversário. E disciplinada que só, ela conseguiu!!!! Estou feliz demais, parece até que o livro é meu. E não é que é? Já comprei meu exemplar, estou apenas aguardando chegar (leva em torno de 5 dias, por que é confeccionado sob demanda).

Amiga, tratarei seu filho com muito carinho. Preciso confessar, não vejo a hora de devorá-lo! Sim, sei que é este tipo de livro. Uma história de arrepiar, daquelas que não dará para desgrudar. Tem um pedacinho do primeiro capítulo que dá para ler, no site de vendas, e eu já fiquei super curiosa. Qual o mistério deste casal? Por que Gustavo não deixa Clara conversar com ninguém? Por que se mudaram no meio da madrugada? Alta ansiedade para conhecer toda a história!

Eu, como fã sem carteirinha, nem por isso menos fã (confeccionarei a tal carteirinha, está bem?), convido a todos: O link para conhecer o livro, com sua sinopse, e comprá-lo, está aqui. É fácil e simples. Estará também, de forma permanente, na barra lateral do blog, facilitando o acesso.

Como eu disse acima, o livro é impresso sob demanda. Isso dificulta a tal da noite de autógrafos. Quem gosta da She como eu não pode imaginar nossa amiga sem este regalo em sua primeira obra, não é? E claro, oportunidade para nos reunirmos e celebrarmos. Qual a minha ideia? Podemos comprar nossos livros. Então, marcamos uma data e realizamos o evento. Eu me ofereço para isso (quem me ajuda?), por que adooooro mesmo e não disfarço que gosto, e por que tenho certeza que a She merece este carinho e apoio.

Então vamos, povo. Quem está no Rio; no Brasil e pode vir ao Rio; fora do Brasil, planejando férias... Vamos encomendar nossos livros e marcar esta linda noite de autógrafos? Quero ver a She gastar seu pulso, curado às custas de muita fisioterapia, esforço, dedicação em tantas e tantas assinaturas. E aí, She? Topa?

Se você ainda tem dúvidas de onde encontrar o livro, segue aqui, mais uma vez e de forma BEM explícita, o link:
O que não podemos é deixar de prestigiar, não acha?

Parabéns, amiga!! Estou mega orgulhosa de você!

Beijos a todos,
Tati.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu livro depende de NÓS!!

Só para atualizar: Chorei, chorei mais e ainda estou chorando... Nem vi quantos votos tenho ainda. São 18h30, acabei de chegar em casa e li, na sequencia, as manifestações de carinho de todos. Não deu para segurar. Muito choro... Não fotografo por que me acho ridícula chorando... Obrigada demais a todos!
Mil beijos,
Tati.

Amigos,

Segui a dica da Macá e me inscrevi no concurso da Ediouro Seu blog pode virar um livro. Não sei se já tenho conteúdo aqui para tanto, mas peço, encarecidamente o seu voto. Em época de eleição, quando tanta palhaçada é veiculada em horário eleitoral gratuito, e três ou quatro propostas sérias seguem no bolo, venho até vocês dizer: eu podia estar roubando, eu podia estar escondendo dolares na cueca, mas quero apenas que votem em mim e ajudem uma menina com cabeça nas nuvens a realizar seu maior sonho. Eu acredito que tenho vocação para isso, só preciso de um empurrãzinho... Me ajudem? 

Vocês podem:

1-  Votar, neste link, quantas vezes quiserem;
2- Postar o selo em seus blogs (código disponível na sidebar. É só copiar, abrir um gadget HTML e colar. 
3- Divulgar para os amigos.

Prometo coisas muito gostosas na noite de autógrafos, tá bem? E um sorriso como jamais se viu em meu rosto!

Beijos a todos,
Tati.

Hoje eu chorei...

... foi de felicidade. Daquelas impalpáveis, sabe?
É que hoje o primeiro comentário que li, antes das 7h da manhã, na minha caixa de e-mails, dizia assim:
Salvador Dali
"Tati, quando sai o livro de contos, crônicas ou romance???
Não pode desperdiçar esse talento, por favor!!!
De verdade, fui lendo e, completamente envolvida, ri de mansinho, antecipando o que viria, ri alto e gostoso, reli algumas frases pq a-do-rei...e depois, reli TUDO, simplesmente pq é delicioso "ler vc"!! 
Uma ótima quinta pra vc, adorável escritora!
Bjossss ".


Quem escreveu foi a Denise, do Tecendo Idéias. Uma amiga encantadora, que eu conheci aqui e amo por ser toda esta doçura em forma de pessoa. Ela sempre me joga lá para cima, e pega de volta (não me deixa cair no chão...). 

Por que eu chorei? Emoção. Ela tocou no fundo do fundo do mais fundo em mim. Enquanto eu lia suas palavras fui na sala de aula do meu colégio mais querido e revi os olhos satisfeitos de minha professora de literatura (que é uma escritora e uma professora que admiro) ao ler minhas redações; Revi textos elogiados pela família, as cartas que escrevi em nome de amigas, a pedido delas, para namorados, pais, outros amigos... E fui revendo tantos momentos em que a escrita foi meu norte e me definiu. As situações em que fui afagada por escrever bem. Lembrei da homenagem pelos 90 anos do meu avô e o quanto meu texto emocionou os convidados, e que depois soube pela minha tia, meu avô pedia a ela que lesse sempre, e naquele momento saboreava e perguntava: "É isso mesmo que pensam de mim? Nossa!". E foi nesta hora que eu soube que ele não morreu sem que tivesse a oportunidade de dizer o quanto me era importante.

A escrita sou eu. Na primeira série, com 6 ou 7 anos, escrevi meu primeiro livro. Chamava-se 7 vidas, e eu ainda espelhava o 7. Era um calhamaço de folhas A4 dobradas ao meio, na forma de livrinho, e grampeada no meio, escrito com lápis ou caneta, com desenhos de garrancho (esta arte eu não domino...). Contava a história de um gatinho. Não o tenho mais, não sei que fim levou. Sonho ser escritora desde sempre.


Amo cada livro que passou por minha vida, e que muitos ainda passem. E que alguns sejam escritos por mim,  publicados por alguém e lidos por mais alguns...

Hoje a Denise mexeu num gigante sonolento, no sonho que mais me inspira, no trabalho que eu faria como lazer. Escrever, para mim, é divertido, agradável, feliz. Este sonho é sempre empurrado com a barriga. Ainda não sei como colocá-lo em prática. Como os escritores chegam lá? Já enviei meu primeiro original (só as cópias, claro! heheh) para muitas editoras, todas o recusaram. Tiveram a gentileza de devolvê-lo ou, ao menos, de avisar que não o publicariam. É um livro infantil. Amo este universo. Não desisti, estou apenas me fortalecendo, me inspirando para novas incursões. Dói receber a carta recusando...

A generosa e sábia Sandra Ronca me deu uma mãozinha e as sugestões dela foram ótimas. Eu a chamei de minha Rilke (por causa do Cartas a um jovem poeta)! Estou maturando.É que escrever, para mim, é como produzir vinho, precisa de longos tempos no barril... Algumas coisas não, sento aqui e saem, como esta sopa de letrinhas que agora produzo para vocês. Sei que conforme for lendo, algumas coisas vão sendo mudadas. Quem lê primeiro lê um pouco (ou bem) diferente do último... 

O que quero é apenas agradecer. Por que sinto que está acontecendo, ainda que não tenha a ação concreta em minhas mãos. Sinto-a sendo desenhada em nuvens, o campo sendo preparado. A jornada já começou. E eu choro, com as palavras da Denise, que me dizem exatamente isso. Obrigada, minha amiga. 

Quero depois contar aqui sobre a Sandra Ronca, uma ilustradora e autora de livros infantis, há um post sendo produzido sobre ela, na verdade, sobre meu carinho por ela. Em breve, na sua programação bloguística!! hehe


Que nossos sonhos, aqueles que nos tornam nós, sejam realizados.


Atualizando: Ainda conectada, recebo uma mensagem da Cris França, para que visite seu Canto de Contar Conto. E ela dedica uma canção, que sou eu em essência (apesar de não ter narizinho nada arrebitado fisicamente). Disse a ela que me leu nas entrelinhas. Minha mãe já cantou esta música para mim. Sempre soube que eu era assim e Reinações de Narizinho já foi meu livro de cabeceira quando era uma menina-fada-sonhadora... Obrigada querida Cris França. 


Aos demais amigos, por favor, se quiserem me agradar, deixem para amanhã, tá bem? É que não estou sendo acompanhada pelo cardiologista! hehehehe


Um beijo a todos,





Tati.


domingo, 4 de julho de 2010

ESTRUTURA DE BASE


Aquela infiltração, que chorava pelos cantos do banheiro, foi a desculpa inicial. Na verdade o ar ali tornara-se irrespirável. Resolveu trocar tudo: piso, paredes, móveis. Fotos? Não, nada de fotos pela casa. Trocou a cozinha, trocou os banheiros, os quartos eram todos novos. Nem as portas escaparam. Tudo para fugir à lembrança que machucava fundo. Tantos meses após sua partida a dor era ainda tão presente como no dia da despedida. 

Envolveu-se com a obra, escolheu tudo de melhor que podia encontrar. Não trocou o apartamento por estar preso ao inventário, mas o que pôde fazer para descaracterizá-lo, fez. Mudou a organização e o estilo. Revestimentos modernos nas paredes, antes tão despojadas. Transformou quarto em sala, área em cozinha, sala em varanda. 

Pedreiros, poeira, barulho, algumas noites sem ter para onde voltar. Por três meses o esquecimento do que era almoço em família. Jamais os seriam novamente. 

Enfim, a obra pronta. Cansado após um dia de intensas arrumações, plantas no lugar, não muitas. Ela amava plantas pela casa. Suas favoritas já não seria mais suportável cultivar.

Olhou ao redor, tudo lindo. E o primeiro pensamento que lhe veio à mente foi o quanto ela se orgulharia de seu trabalho, de suas escolhas. E chorou!

Não há mudança estrutural que tire de nós aquela que é estrutura de base.

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Adendo: Está tudo bem comigo. É apenas um conto, ok? Obrigada pela preocupação... hehehe
Beijos a todos,
Tati

sábado, 1 de maio de 2010

Atirei no que vi...


Quando decidi montar este blog minha intenção era muito diferente.
Como já citei diversas vezes, sou muito tímida e reservada. Quem me conhece um pouquinho pode pensar que não sou, por que brinco, falo, tenho o riso frouxo, mas na verdade esta é uma das minhas maiores estratégias para driblar a timidez absurda que mora em mim.

Sempre escrevi muito. Na escola era elogiada pelas minhas redações e reza a lenda que uma professora xerocava as ditas e guardava, "caso eu me tornasse escritora". Não sei se por estímulo ou por ideia própria, esta  vontade passou a me rondar.

Escrever, para mim, é necessidade. Se tenho um problema e não sei o que fazer, eu... (pensaram na Pink Dink Doo) escrevo. Só sei resolver problemas assim. Percebem meu descompasso com a matemática?

Mas o que escrevo é só meu. Não compartilho com ninguém. Ou não compartilhava! Guardava em cadernos e mais cadernos, com a "modernidade" (salve a natureza!) passei a guardar em arquivos .doc, com nomes que não levantassem suspeitas ou curiosidade. Às vezes lia para algum amigo, mas de modo geral, não conseguia.

O blog foi o exercício que me impus. Precisava desbloquear este canal, liberar meus sentimentos. Aprender a compartilhar. Sabia que isso faria alguma diferença na minha vida, mas não tinha noção do que seria. Minha ideia óbvia era, se quero escrever um livro, um dia, tenho que ser capaz de deixar lerem o texto...

Criei o blog há mais de um ano. E deixei quietinho, com um poeminha de Fernando Pessoa que eu amo e recito com frequência. Era mais fácil expor as ideias dele do que as minhas.

Esqueci do blog por alguns meses. Quando meu avô morreu escrevi um texto que coloquei no meu perfil do orkut. Minha família amou e alguns copiaram para seus perfis também. Resolvi jogar no blog (secreto) para que ninguém lesse (dãã). E esqueci mais uma vez.

Então em dezembro o mestrado e os desentendimentos com meu orientador começaram a machucar muito. E minha válvula de escape é escrever, lembra? Pois é, larguei o dedo. Pensa que escrevi coisas para o blog? Que nada. Quando pensava que iria postar, travava. Vai que alguém lê... Comecei fazendo uma triagem dos meus antigos escritos. Este é legal e não me compromete... este pode. Este nãããão, este nem pensar! Este... Ãh... deixa para depois...

Nesta fase amigos e familiares que liam e, às vezes, comentavam. Nunca vou esquecer o dia em que li um comentário da minha mãe dizendo assim: "Adoro ler seus pensamentos". Era um trocadilho, mas me apavorou! Sou escorpiana!! Como assim, ler meus pensamentos?!

Aos poucos (em fevereiro deste ano) fui me soltando. Fui visitando outros blogs, conhecendo gente... Percebi que comentários me deixavam feliz, então passei a comentar nos blogs que visitava. Dali a pouco tinha gente me visitando, e deixando comentários!

Fui me permitindo escrever algumas coisas, muitos rascunhos guardados ainda nas postagens, mas já não tenho mais aquela trava. Agora penso menos se vai agradar, se vão entender, se serei criticada...

No momento mais crítico (há poucas semanas atrás), o blog foi o suporte que precisava. Minha prancha numa tsunami. Foi assim que expliquei para meu marido. É como terapia, por que tenho a oportunidade de dizer o que penso, o que sinto. E amigos vem em socorro e dão apoio, dizem palavras que nos animam. De verdade, nunca imaginei encontrar isso aqui. Não era esta a minha busca, mas hoje agradeço a cada amigo que vem me fazendo tão feliz.

Há duas semanas meu marido comentou (para mim, não no blog): você percebeu que mudou sua maneira de escrever? Na mesma época minha mãe comentou (no blog) que estava me reconhecendo na escrita, por que sou bobona, brinco, faço piadinhas infames... Sabe o que isso significa? Que estou à vontade. Que cheguei em casa. Que me senti aceita na blogosfera. É assim que eu funciono na vida.

Vocês não podem imaginar o quanto tem sido importantes em minha vida!

A ideia era deixar meu coração para vocês, mas apareceu um presepeiro na história e deixo a critério, cada amigo escolhe o coração que mais lhe apetecer (não há limites de escolha, ok?).
 

Esta é apenas uma postagem agradecida, por tudo que tenho recebido por aqui.

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 3 de março de 2010

De cara nova

             Faz tempo que venho pensando numa mudança radical no blog. Isso por que percebi que cometi um engano: Cartas ao vento era o nome de um arquivo criado para não ser lido, como um recurso para sistematizar ideias na cabeça. Algo muito intimista, privativo.
            Quando iniciei o blog a proposta era bem diferente, o que eu quero aqui é exercitar minha dificuldade de expor ideias e, principalmente, sentimentos. Como relato em diversas passagens, sou muito reservada e extremamente tímida! Em certos momentos, principalmente em apresentações em público, eu sei driblar esta deficiência, por isso muitos estranham quando digo que sou tímida, mas só eu sei o quanto me custa falar com segurança (ou dar esta impressão).
            Este blog faz parte de uma caminhada rumo à realização de um grande sonho - o de ser escritora. Este sonho vem de criança. Sempre escrevi muito. É minha forma de ter asas, de concretizar desejos.
            No ano passado registrei minha primeira história, um texto infantil que já postei em algum momento. Ainda não é um livro, por que até agora só obtive negativas de editoras. Não desanimei, acredito muito nesta história. Sei que foram apenas os primeiros passos de uma longa jornada, mas tenho convicção de que chegarei aonde quero. Tenho um mapa muito bem desenhado em minha mente, não tem como não se chegar onde se quer, se sabemos onde queremos chegar e andamos nesta direção.
           Ah, já ía esquecendo, por que perguntas em resposta? Por que é assim que me sinto em relação a todos os meus questionamentos, e até já postei isso em algum lugar: Quanto mais respostas procuro, mais perguntas formulo!
           Agradeço aos que tem passado por aqui e deixado, ou não, suas opiniões. Não imaginava que era tão gratificante...
            E aí? O que achou das mudanças?
Um grande beijo,
Tati.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Uma maneira de ser completamente feliz



            Depois de toda aquela conversa sobre os hemisférios cerebrais venho lendo mais e mais sobre o assunto, e até fiz alguns testes que dizem ajudar a compreender qual lado a gente usa mais. Todos indicaram que uso ambos os lados, o que não quer dizer que de maneira equilibrada. Não, longe disso!
            Os dois lados vivem em guerra. Sabe o anjinho e o diabinho que vemos em comerciais? É assim que vivo, a única questão é identificar quem é “do bem”, quem é “do mal”. Vou explicar.
            Primeiro corrigir: o lado esquerdo, que é lógico, também domina a linguagem, tanto falada quanto escrita. Já o direito, criativo e livre, também é responsável pela orientação espacial. Enfim, claro estão minhas deficiências nos dois lados, não? Só que o principal é perceber que, como os dois tem gênio forte, tentam me dominar, me disputam. Um quer que eu seja certinha, justa, cumpridora dos deveres, seguidora dos padrões sociais. E não é que eu sou?
            Já o outro, me quer livre, criativa, cheia de ideias, sonhadora, repleta de planos, vontades... Pronto! Está criada a confusão. Por que sou tudo isso, e as coisas parecem incompatíveis! Agora já sei, pelo menos, que é a briga dos dois lados do meu cérebro que está fazendo isso.
            Meu lado esquerdo me faz egoísta, egocêntrica e todas as palavras que começam assim, porque contemplo todas elas. O lado direito me faz querer ajudar as pessoas, pensar nos outros, participar de projetos sociais, etc.
            Essa luta é inglória? É possível acertar o passo? Por que eles não podem ser amigos e trabalhar juntos? Acho que não são os hemisférios que preciso desenvolver, mas sim a ponte entre eles. Para que sejam mais cooperativos.
            O lado direito é o lado do prazer, da alegria, o lado que mais gosto. O lado esquerdo é o da responsabilidade, da vida diária, da prática. É o que preciso. Tenho os dois, sei que prefiro as atividades do direito (traduzidas pelo esquerdo, já que não sei quem seria eu sem ler e escrever...), e sei também que dou prioridade ao esquerdo.
            Neste momento de final de dissertação, de início de outro projeto, de cursos e tarefas, em que o esquerdo deveria dominar todos os espaços, eu fujo para o direito e só o deixo existir na escrita. Preciso sentir a gargalhada, a cambalhota, e elas habitam o lado direito!
            A certeza é, minha profissão ideal envolve escrever. Escrever meus sonhos e ideias, meus devaneios. Nada poderia integrar mais meu cérebro. Os dois lados são amigos nesta hora. Sou completa e feliz assim! Ah, venham me visitar mais vezes por aqui...
Beijos.
Que sejam de paz seus pensamentos.
            

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O SEGREDO DAS BORBOLETAS






Esta história que posto agora é o meu livro. Na verdade, é meu sonho de livro. A primeira história que estou tentando publicar. Já enviei a várias editoras e até agora nada, mas vou continuar tentando. Acredito na história, tenho um carinho de mãe por ela, e consigo visualizá-la encadernada, ilustrada, disposta em livrarias. Será um prazer imenso o dia que isso acontecer. Por enquanto, a forma de compartilhá-la é assim, publicando no Blog. Espero que apreciem. Um beijo, Tati.



- De onde surgiram as borboletas?
- As borboletas são flores que aprenderam a voar.
-E como elas conseguiram?
-Pela força do pensamento!
Durante muito tempo as flores viviam presas à terra. Só conheciam o mundo pelo que contavam as abelhas, os beija-flores e tantos outros bichinhos da floresta que vinham visitá-las.
Lia, que era uma florzinha muito sonhadora, aproveitava para perguntar aos amigos sobre as paisagens visitadas enquanto lhes servia um delicioso lanchinho de pólen. E os bichinhos contavam maravilhosas histórias sobre suas viagens, sobre a floresta vista lá de cima, deixando Lia encantada.
De noite, enquanto as outras flores dormiam, sonhava em conhecer aqueles lugares.
- Ah! Como será incrível o lago visto lá de cima, e ver a copa das árvores. E poder conversar com flores que moram distante...
E desejava ardentemente ter a liberdade dos animais alados.
Mas certo dia, ao receber a visita do Beija-Flor desabafou com seu amigo, que se deliciava com uma enorme fatia de bolo de pólen:
- Ah, amigo Beija-Flor, gostaria tanto de poder ver tudo o que me conta...
- Sabia que mesmo muito pequeno sou mais pesado do que o ar? E que sou o único pássaro capaz de parar no ar? Assim consigo comer seus deliciosos quitutes. Muitas pessoas estudam meu comportamento e não sabem porque sou capaz disso. Você sabe por que consigo? Pela força do pensamento.
- Nossa! E como é isso? – exclamou Lia muito interessada.
- Um dia um camaleão ensinou ao meu avô que a gente é o que a gente quer, basta ter o pensamento firme nos seus objetivos, por isso ele consegue ficar da cor que deseja e se protege dos predadores. Consegue porque acredita que é possível! E meu avô aprendeu e me ensinou. E como eu acredito que sou capaz, eu faço!
- Mas como posso fazer isso? Eu não tenho asas...
- Primeiro você precisa saber exatamente o que quer.
- O que mais quero é voar! Ser livre, conhecer o topo das árvores, sentir o cheiro das folhas mais altas, visitar frutas no pé, ser levada pelo vento...
Então o Beija-Flor ensinou: - Pense firme na sua vontade de voar, mas não se esqueça nunca de agradecer pelo que já tem. A força do pensamento precisa ser alimentada por bons sentimentos, e a gratidão é uma boa forma de se manter feliz. Cantar também ajuda. Seja feliz por ter um sonho, por ter amigos que te trazem notícias do mundo, e por saber-se capaz de voar. Pense nisso todos os dias, mas não o tempo todo. Dê tempo ao seu sonho para que ele possa acontecer.
As sensações também ajudam a realizar seu sonho. Imagine-se voando, o vento em seu rosto, o som dos pássaros, as asas batendo, pense no que verá, nos perfumes que sentirá, nos sons que ouvirá. Pense nas sensações agradáveis que você terá ao saber voar. Lembre-se sempre destes sentimentos.
E assim fez a florzinha sonhadora. Pensou, quis, desejou. E algum tempo depois, acordou sentindo-se diferente. Feliz e diferente.
E achando que era o vento, deixou que suas pétalas balançassem, mas para sua surpresa, não eram pétalas. E já não era apenas um leve balanço, era um vôo!
Nossa amiguinha havia se transformado numa linda borboleta, um ser alado, livre e com a beleza da flor.
Voou pelos espaços abertos, visitou flores mais distantes, muitas não acreditavam em sua história: - Claro que ela não poderia ter sido flor!
Algumas, entretanto, acreditaram. E então margaridas, miosótis, lírios do campo e outras flores usaram a magia do pensamento. E uma infinidade de tipos de borboletas espalharam-se pelo mundo, contando, de flor em flor seu maravilhoso segredo.
- E porque nem todas tornaram-se borboletas?
- Algumas não acreditaram. Outras tiveram medo. Tem também aquelas que estavam felizes como flores, e não desejavam voar. Algumas ainda sentem que sua presença é importante naquele lugar, e preferem manter-se enraizadas onde estão, e são felizes assim!
E desta forma, seguindo o que deseja seu coração, vão as criaturas em busca de seus sonhos.
Você também pode ser o que quiser.