Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Sobre Amar

Amor é via de mão dupla, ou não. Amor é sentimento, também é ação. Como medir? Como graduar? Por que medir? Por que testar?
O que exatamente é amar? Em que momento sabemos que amamos?
É possível amar uma pessoa, um ser, um alguém, e negar tudo ao redor? Será isso amor? Sendo mais óbvia e franca: Se amo de forma avassaladora os meus filhos, mas não me perturbo com crianças outras em situações de conflito, dificuldades, fome, frio. Será isso amor real?
Um dia para pensar em Holly, em Chicory. Quem é este amor que te habita? O que te faz crer que é amor? Quais as sensações?
Existe amor com aflição? Rima, na prática, com dor? É ainda assim amor?
Amor acolhe. Amor pode ser abandono?
Por que acreditar em rejeição quando dentro de nós somos compostos de amor? Cada célula de nossos corpos existe por amor, para amar. Assim sendo, como pode alguém ser rejeitado? Lembre-se de reconectar-se à essência. Naquele lugar intangível onde somos nossa fonte e esta fonte é amor. Lá não há abandono, não há rejeição, não há dúvida.
Amor expande sem invadir.
Amor inspira. Amor pode julgar?
Sendo luz, pode cegar?
Hoje são apenas perguntas o que tenho a oferecer em resposta.
Quem nos diz o que é amar?
Dizem que quando definimos, então não é amor.
Que se faça presente em todos nós, nos envolva e preencha, que se propague. Amor estagnado estraga. Há tanta vida no amor que, quando podre, contamina.
Exercite amor, amor é movimento. É força na suavidade, delicadeza combativa,
Amor alimenta, preenche, aquece, conforta.
Seja amor ao seu redor, sem olhar a quem. Com alegria e gratidão, e então saberá que é AMADA/O!


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Somos todas, somos uma - Noções pessoais sobre o feminismo


Imagino que, sendo mulher, as questões feministas te avassalam de alguma forma. 
Sim, já fui daquelas que temiam o feminismo. E não entendia por que. Claro, há as questões sobre a forma como o feminismo é mistificado na sociedade machista e patriarcal, entretanto sendo uma pessoa questionadora seria simplista e ingênuo achar que era só este o fator. Eis que agora me percebo e quanto mais assumo a vida e a liberdade, mais me dou conta.
O feminismo me diz que sou livre, que posso ser o que eu quiser, que toda mulher tem os mesmos direitos que os homens. Isso contraria as noções sobre mim que me foram passadas quando criança, quando fui criada dentro de uma redoma de cuidados, com estigmas de frágil e delicada representando a feminilidade. A força da mulher relacionada à dedicação aos demais, aos pais, marido, filhos. Como romper com estas amarras que me libertam da responsabilidade por minhas próprias escolhas? 
É preciso estar muito determinada para assumir-se feminista. É preciso ter raça, é preciso ter gana sempre! 
Numa época convivi com um grupo de feministas, elas (sim, elas) se articulavam em um grande grupo de trabalho ao qual eu jamais fui incorporada. As participações estavam relacionadas à representação de organizações ou experiências. Eu não fazia parte. A experiência de ser mulher simplesmente não me habilitava a estar lá. E olha, se há uma coisa que representa a experiência de ser mulher é a dificuldade em participar das organizações e experiências. Em tempos de crise somos as primeiras a serem cortadas. Não nego que eram mulheres poderosas, porretas! Queria muito ter tido a oportunidade do convívio.  Naquela época não me reconhecia naquele espaço. Eu era feminista, só não sabia disso. Se soubesse o que sei hoje teria batalhado por meu espaço. Agora teria bons argumentos. 
Foi durante a gravidez do meu segundo filho que comecei a despertar para esta potência. E entendi a expressão que diz que certas portas só se abrem por dentro. Foi exatamente assim! Ouvindo, refletindo e... de repente... um clique. A porta estava aberta, escancarou-se aos poucos. Fui entendendo, me apropriando e sim, SOU FEMINISTA! COM ORGULHO E ARDOR! COM ÔNUS E BÔNUS! Quanto ônus... Fica difícil tolerar aquelas famosas "só uma piada", "só uma brincadeira". Perceber as correntes que nos prendem não é tarefa leve, mas é necessário nos movimentarmos ainda assim, ou principalmente por isso. Salve Rosa Luxemburgo! 
Nesta caminhada um pequeno grupo de mulheres se juntou, se reconheceu. Juntas temos trilhado um caminho tão bonito, que diria utópico se não o estivesse vivenciando na prática. Somos quase 20, apoiamos as dores e conquistas umas das outras. Somos uma aldeia! Não há disputas, não há hierarquia (há algo mais patriarcal do que a noção de hierarquia?). Somos acolhedoras, presentes, há delicadeza e verdade no convívio, no apoio. Com elas tenho vivenciado a experiência da empatia, da sororidade. Não são abstrações teóricas. São a práxis. 
Há muito a absorver, entender e incorporar melhor as noções de feminismo interseccional, que grupo de mulheres brancas que somos, ainda que nos sensibilize e também seja assunto de pauta, segue nas aspirações teóricas. Cadê representatividade? 
Quero finalizar dizendo que estas mulheres tem me dado suporte, e eu a elas. Tenho aprendido a amar aquilo que entendia como fraquezas femininas como parte do que sou, e muitas vezes, minhas fortalezas inexploradas. A maternidade é uma vivência plena com nossas reflexões em conjunto. Com o acolher dos prantos e risos. 
Toda mulher é feminista, algumas não sabem ou não estão dispostas a arcar com a força de sua própria liberdade. Suas asas estão podadas. E não é possível empoderar ninguém. Cada mulher empodera a si mesma. O que podemos é mostrar, pelo exemplo, que é possível viver um outro padrão. Aos poucos, cada uma no seu tempo e do seu jeito, vão se chegando. 

We can do it! 

Tati


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Alegria ou felicidade?

Escrevi este texto no início de março deste ano. Numa fase bem difícil. Na época foi impossível publicá-lo, por que ele estava à flor da pele. Agora a realidade já é outra, mas pensei que ele pode ajudar outras pessoas a se entenderem. Será?

Então, divido com vocês um pouco dos meus pensamentos passados, mas com conclusões mais do que atuais. Um beijo a todos e vamos viver a felicidade, mas sem esquecer da alegria!

Quantas vezes já nos deparamos com textos que separam o joio do trigo? Desmistificam a busca desenfreada pela alegria como caminho para atingir a felicidade. Isso não é novidade para ninguém, certo?

A questão com a qual me deparei, e que, de alguma forma me surpreendeu, foi perceber que sou feliz. Tá, isso eu já sabia. E ser feliz independe de fatores externos. É uma questão interna, pessoal, intransferível. É e pronto. Eu sei que sou feliz, mesmo quando as coisas não estão lá tão boas. Eu sei isso dentro de mim. Sei que fases mais fáceis e mais difíceis revezam-se em nossas vidas e que precisamos aprender a lidar com estas estações. Ser feliz está ali, mesmo quando estamos tristes. E esta dúvida nunca me assolou. Nunca me senti infeliz (tá, provavelmente na adolescência eu me sentia assim com frequência, mas depois não.).

Então outro dia me dei conta que faz tempo que a alegria se despediu de mim. Quer dizer, foi ano passado, mas eu não tinha me dado conta! Sim, continuo sendo feliz, mas estou sem alegria. Dá para entender? Rir já não é tão fácil e espontâneo. Claro que ainda sou capaz de rir, só que tenho rido mais com os lábios que com as emoções. E isso desencadeia coisas como estresse, dor na cervical, enxaqueca, crises de choro...

E então fui buscar a fonte. E entendi que ser feliz é intrínseco, a felicidade está dentro de nós e independe de fatores, mas a alegria não. Ela vem do convívio. E depois que comecei a trabalhar de casa, piorando quando deixei meu trabalho, reduzi o convívio com pessoas. Meu mundo já não é mais o das ideias, não como eram antes. Eu amo trabalhar, pensar, ter ideias, colocá-las em prática... Estou sentindo tanta falta disso... Minha alegria foi embora, sem que eu sequer percebesse. Só me dei conta agora, há pouco tempo. Venho pensando na maneira de falar sobre isso por aqui, mas é tão difícil explicar, nem sei também se estou disposta a ouvir comentários não tão gentis (quando a gente expõe algo que não está muito bem resolvido alguns comentários são cruéis...). Mas eu queria dividir, até por que é aí que reside minha alegria. E quero resgatá-la. Como sou feliz tenho materia prima para me reconstruir, não importa quantas vezes eu tropece, eu me quebre.

Voltar a trabalhar é minha meta. De preferência no que gosto, no que sei. Mas se as portas não se abrirem, preciso de novos caminhos, de novas possibilidades. E tenho perdido a coragem para lutar. A cada negativa, a cada vez que me sinto colocada em banho maria, eu esfrio, eu desacredito em mim. Será mesmo que esta capacidade que gostam de me atribuir existe mesmo? Às vezes acho que sou uma fraude, propaganda enganosa, sei lá. Se sou assim tão boa e talentosa, por que não me absorvem? Por que minha produção não aponta para isso?

Então é hora de apelar para o Ser Feliz, naquele jeito de reconstrução total. Encontrando a causa, mergulhar de cabeça. 

Este texto foi escrito no auge do meu período sombrio, quando estava 24h em casa. Agora já não é mais assim. Ainda não estou como quero, mas estou no caminho. E enfim o convívio com pessoas já é uma realidade outra vez. Incrível a diferença que isso pode fazer em nossas vidas. Somos seres gregários. Não é qualquer um que pode tornar-se ermitão, morar isolado em uma montanha... A gente murcha sem a troca de energia... Não se isole!!!

É isso! Vamos compartilhar sempre. É o que viemos fazer aqui: aprender a conviver!!!

Beijos a todos com muito carinho,
Tati.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ousadia

"Minha vontade é de romper com conceitos e toda a ordem estabelecida, mas então eu pondero. Pondero e fico ali, parecendo uma pessoa sensata e cheia de juízo(?), enquanto na realidade o que penso é bem o contrário do que vivo". 



Este parágrafo é parte do comentário que deixei para o Cacá e que rendeu o post passado. Então depois que escrevi ainda passei um tempo pensando. E me dei conta do quanto, irrefletidamente, fiz isso minha vida inteira. Eu sei onde estão minhas asas, mas eu sempre fugi delas, por medo de enlouquecer. Não enlouquecer em sentido figurado, mas medo da loucura, doenças psiquiátrica mesmo. Que loucura me dar conta disso agora! É tão libertador!!

Em muitas áreas da minha vida eu fiz assim. Foram sempre escolhas. Desde os amigos, os esportes, relacionamentos e questões profissionais. Eu sempre me encarcerei. Estou sempre aparando meus galhos, minhas asas. Eu me engaiolo o tempo inteiro. Sabia que fazia isso nos meus relacionamentos, não como gaiolas, mas como ninho. Eu sempre busquei pessoas que me dessem âncoras, um norte, por que sempre me senti tão perdida, sem estrutura... 

Então optei por me apaixonar (e casar) com a melhor pessoa que conheço. E se você o conhece sabe que não é adulação o que estou dizendo. Mas também a pessoa mais calma, tranquila e equilibrada que já encontrei. E tentei aprender com ele a ser assim, só que na verdade eu nunca quis ser pacata, eu só tinha medo de expor esta explosão que mora em mim. 

Sabe quando de repente tudo faz sentido? O período do final do ano passado e início deste ano,  a angústia, a sensação de estar perdida, um grito que não dava mais para sufocar. Ele sairia sozinho se eu não o libertasse. Então a sensação de estar sem esqueleto. Que não saí contando por aí por que era difícil até para mim de entender. Mas agora está claro demais! Estou escrevendo um tanto eufórica em enxergar tudo isso. Talvez você não consiga entender, não sei. É que abriu a cortina e tudo fez sentido. Eu perdi o medo. Não tenho mais medo de ser quem sou, de mostrar O QUE sou! E nem do julgamento que possa sofrer. Faz parte, é um risco que se corre. 

Outro dia estava conversando com o Vi sobre ousadia. Eu tenho enorme admiração por pessoas ousadas. Talvez por que, lá no fundo, eu soubesse o quanto desejava ser assim. E posso ser! Quando eu achava que outros estavam tolhindo minha liberdade não me dava conta que quem a tolhia era eu! Eu criei as muralhas e os alicerces, as algemas e amarras. Só eu posso soltá-las e é o que estou fazendo neste momento. Venho fazendo este tempo todo sem me dar conta. Agora é consciente, o que ajuda muito na caminhada.

Meu trabalho atual ajudou na reflexão e em breve vou contar tudo isso para vocês. É muito interessante e um julgamento que vivi me fez olhar para mim com olhos externos para então entender o que os olhos internos teimavam em não ver. Alê Nascimento, você tem noção do quanto isso está sendo interessante?

Não tenho mais medo dos livros que evitei, dos assuntos que encerrava antes de concluir, de estudar o que me fará refletir mais e mais. Não tenho mais medo de ouvir a opinião do outro, por mais divergente que seja da minha.  E principalmente, a partir de agora, vou domar meu medo de não aceitar esta opinião, seja ela de quem for. Ousarei tomar minhas próprias decisões, levem-me elas onde me levarem.
Eu sou assim, e isso é ótimo!

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Maturidade?

Quem somos nós? 
Um texto que li no blog do Cacá me fez expressar em palavras o que venho pensando faz um tempo. 
Era assim:
"Com o passar dos anos vou vivendo em busca de um meio termo entre assumir um conservadorismo que não me atrofie e procurando negar uma adesão sem críticas às modernidades sem substância que querem me arrebatar de arrastão". E o título é Maturidade! Mais aqui


Eu me sinto assim, numa corda bamba sem fim. Esta corda bamba gera tantos conflitos...
Eu sei que não é exatamente sobre isso que fala o Cacá, mas na hora em que li, o pensamento ganhou forma, e fazia tempo que queria expressá-lo, não apenas senti-lo. 

Eu me sinto diferente, sempre me senti. Não fisicamente, que neste quesito sou muito igual. Comum até. Mas no pensamento, na maneira de ver o mundo eu sou muito diferente. Desde sempre. Meus gostos não combinam com o da maioria das pessoas, meu jeito de ver as coisas também não. E como não ser um ET neste mundo? Por que quando a gente está aqui tem que fazer parte da sociedade, certo? E eu quero! Quero me sentir aceita, integrada, parte. Mas para isso eu preciso me adequar. E me adequar é um longo processo.

Eu nasci aqui, sempre vivi aqui, mas não me sinto adequada. Para isso estou sempre criando freios que me coloquem na mesma posição. Quando digo freios não estou me colocando acima, estou me colocando diferente. Acho que eu ando em um caminho paralelo, sei lá. Sou uma estrangeira na minha própria terra. Eu penso azul enquanto todos pensam amarelo! E isso é uma angústia constante! É o assumir o conservadorismo. Agir como esperam que eu aja, por que é o certo a se fazer. Então eu decido que pensarei amarelo, e me cerco das coisas mais triviais possível. E consigo viver refreada assim por um tempo, quase acredito que já faço parte. Mas daí chega o dia em que me sinto sufocada. Em que meu pensamento azul quer voar, quer vir à superfície. E eu fico mal. Por que eu gosto de pensar azul. Eu enxergo coisas que quero expressar, deixar vir à tona, mas que não encaixam na ordem vigente. 

Será que publicar este texto fará com que as pessoas me vejam como uma louca? Será que meu medo a vida inteira foi este? Ser vista como louca? O que é a loucura?

Engraçado que quanto mais louco o meu pensamento, mais comum eu me torno. Quem me conhece, convive comigo, me acha pacata, tranquila, convencional, certinha demais. O que escondo sempre é a loucura das minhas ideias. Por que acho que ninguém nunca as compreenderá. Por que tenho medo do julgamento, da exclusão. Nossa! Como tenho medo da rejeição!!! 

Será que é assim mesmo? Será que todos temos um pouco disso? Será que louco é meu pensamento ou esta nossa maneira insana e egoísta de existir? De ter? De ignorar alguém que passa fome na rua e dirigir para um banquete de Páscoa? De achar que gente vale mais do que animais? De fingir que gosta de alguém que detesta? De cumprir regras com as quais não concorda por que "está na lei"? São tantas questões... Eu me adequo, eu cumpro o protocolo, mas no meu pensamento não há regras da sociedade que possam mandar. Ainda bem!  

Eu estou muito tentada a publicar este texto. Posso me arrepender, mas estou numa fase boa, tranquila, de encontro. E estou buscando esta tal maturidade que o Cacá cita, mas de uma forma que eu possa participar da sociedade sem anular quem sou. Algumas coisas estão acontecendo e tem dado certo. Vamos ver o que o futuro reserva, não é?
Foi muito confuso? Muito non sense? Fiz sentido? 
Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

É dando que se recebe

Oi pessoas queridas,
Não tenho conseguido conciliar o tempo de blogar. O Bê está de férias e, geralmente, madruga. Eu gostava de acordar cedo, escrever, postar e visitar na parte da manhã. De noite ando um caco... Vou me organizar para estes novos tempos. Hoje o Bê acordou de madrugada e voltou a dormir às 6h, acho que tenho um tempinho...

Quero compartilhar com vocês uns pensamentos que andam me rodeando. Para começar contar que passamos a virada em um local onde não tem fogos! YEEESS! Do jeito que gostamos. Estávamos num sítio, em Itamonte, encravado na Serra da Mantiqueira, dá para imaginar a delícia? Para quem, como a gente, adora mato, é claro!

O maior conforto era a companhia, maravilhosa, da família da minha amiga Martha. A Martha é a dinda do Bê, uma das maiores amigas da minha vida e está morando na Costa Rica (espero que só até 2012) e veio passar um mês de férias. Foi maravilhoso! Voltamos com uma sensação de transbordamento. A tia da Martha - dona do sítio - trabalha/estuda Permacultura, o que muito me interessa, já que um dos meus campos de estudo é agroecologia. A conversa nestes dias de retiro foi estimulante, intensa, animada, tão descontraída quanto enriquecedora. 

Juntando com tudo o que tenho observado, por aqui e pela vida, percebo que estamos caminhando para um ano mais intuitivo. Será que é só impressão minha? Percebo um movimento em direção à sensibilidade, ao auto-conhecimento, não só em mim, mas nas pessoas com as quais convivo (claro que não todas). Isso é um sacudir de tapetes, levanta muita poeira! Mas não há faxina boa sem arrastar de móveis...

Daí eu chego no título do post. A lei da doação: "Quanto mais se dá, mais se recebe". Acredito muito nela, só não tenho entendido como recebo tanto... É que acho que não me doo (assim mesmo, sem acento...) com toda esta intensidade com que recebo. A vida tem me presenteado demais! Ainda está em tempo e tenho me esforçado para ser mais generosa. Pois é, me esforçado. Pode parecer artificial, é apenas o iniciar de um movimento. Até que ele se torne mais natural, espontâneo. Quem é um pouco (nem muito) mais sensível deve perceber o quanto sou auto-centrada. Isso é interessante na busca pelo auto-conhecimento, mas ao nos isolarmos deixamos de conviver, e sem convívio a gente não cresce, cessa o desenvolvimento. Perde-se a razão de ser. 

Tem um furacão em mim (para variar). Só que desta vez ele é bom, está me impulsionando para a frente. Ainda não sei que rumo darei à minha vida, algumas portas começam a se abrir. Incrível como as coisas podem, sim, bater à nossa porta quando estamos abertos. As minhas já começam a se escancarar. Eu não defini o rumo, disse apenas o que desejo para a vida (aqui) e as situações confluem para isso. 

Este ano quero ser mais doação. Quero estar mais aberta e treinar a generosidade. Perceber que dar não implica coisas materiais. Dar um abraço, um sorriso, um comentário, uma oração, um bom pensamento... Não importa. Dar o que se tem! Quer vir comigo?

Pretendo reduzir o uso da palavra EU neste blog (se contabilizá-lo é o principal metablog... kkkk), usar mais o nós, apesar de saber que é um diário, escrito mesmo na primeira pessoa, por que são auto análises, mas desejo ampliar o pensamento. Se as ideias escritas aqui puderem ajudar mais alguém já me sinto realizada.

Que 2011 seja o ano da intuição, ou do crescimento de uma consciência coletiva. Que a gente entenda o quanto estamos ligados, o quanto nossas ações e intenções interferem no funcionamento desta grande rede. Que a gente se liberte do medo, das algemas, das culpas que tanto nos murcham e empobrecem. Vamos crescer, florescer, semear! Feliz ano novo!!

Seguindo a frase: "Sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores" quero dizer que vocês tem mãos perfumadas, doces, ricas, amorosas. Obrigada por tudo de bom que compartilharam em 2010. Esta vivência do blog me deu muito mais do que eu esperava, e a razão disso são vocês, pessoas do outro lado. OBRIGADA!

Beijos a todos,

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sem resoluções, mas mais resoluta!

Para este texto eu nem mesmo espero comentários. Foi mais uma conversa com meus botões, um "falar alto por escrito". Entendo se não tiverem paciência para ler, mas sugiro que façam o teste. Claro que se quiser deixar um beijo, vou adorar! Escrever me ajuda a me entender. E segundo o texto, os NFs são conhecidos como a personalidade que busca identidade. Concordo!

Eu adoro fazer listas (a maior parte delas eu perco ou "esqueço em casa", como a de mercado, mas eu faço!). Só que este ano quero fazer diferente. Não quero uma lista de resoluções do tipo: perder  3 kg, entrar para academia, blá, blá, blá. Quero entrar 2011 sem listas, deixando a pessoa controladora que sempre fui para trás, quero deixar o acaso fazer seu trabalho, interferir menos. 

Neste ritmo entrei no divertidíssimo blog do Ronda  (você tem que conhecer!) e ele sugeria um teste de personalidade que eu não conhecia. Adoro estas coisas e fui uma adolescente daquelas que comprava revista de testes (e fazia todos!). Claro que este é diferente, baseado na teoria de Jung (Então, no final dos anos 50, surge Isabel Briggs Myers, que com o auxílio das teorias de Jung, realizou o trabalho sobre o tipo de personalidade que levou David Keirsey à escrever Please Understand Me, o livro que reavivou o interesse popular pelos quatro temperamentos - daqui) Quando comecei a responder (40 questões) achei meio estranho. Tinha questões que me confundiam, eu retornava, não concordava com as opções... Pensei: Vai dar tudo errado... Mas quando fui ver a resposta levei um susto. Se eu tirasse medidas para uma luva não me cairia tão bem. Li para o Vi e a gente chegou a dar risadas de algumas partes, é que alguns traços estavam ali, tão reforçados que esboçavam uma caricatura. Fiquei apaixonada. O Vi fez também e encontrou o seu, apesar d´eu não concordar tanto com o resultado dele. Depois descobrimos que muitas empresas utilizam este teste em suas contratações, para conhecer perfil de candidatos. Divulgamos na família e minha mãe fez também.

O que é legal de testes assim, profissionais e sérios, é que você tem a chance de se reestruturar. Eu já sabia aquelas coisas que estavam ali, não era novidade, mas eu não saberia sistematizar tudo aquilo. Quando você vê seus pontos fortes e fracos descritos assim - listados- algumas dúvidas se dissipam e dá para pensar em estratégias de melhora pessoal. Sim, meu foco nesta vida é autoconhecimento e melhora íntima. O resto é oportunidade para chegar a este fim. Fiquei tão entusiasmada que fui em busca de maiores explicações. Cheguei a um outro site que sistematiza melhor, tem inclusive uma lista das profissões mais indicadas. Ah, como eu queria ter feito isso antes... 

Eu sei que meu perfl é todo de comunicadora. E foi este o resultado: ENFP - O Defensor de Causas. É o que vejo na vida, no meu mapa astral, no teste de personalidade, etc. Sabe-se lá por que motivo eu não levei isso em consideração quando fiz vestibular. Acho que nesta época eu não sabia disso. Minha personalidade não tinha desabrochado, estava embrionária em mim. Agora eu tento criar novas formas de lidar com as escolhas que eu fiz. Torná-las certas. Sempre há caminhos possíveis. Estou buscando.

Com todos estes pensamentos cicloneando minha mente resolvi pensar O QUE eu gostaria de fazer. Que tipo de trabalho me fará feliz? O que tem que ter? E eis a lista:
- Trabalhar com pessoas, oportunidade de trabalho em equipe;
- Trabalhar por pessoas: Sempre procuro isso, auxiliar pessoas, ajudá-las a encontrar seus caminhos, dar apoio, ensinar... é por aí...
- Uso da criatividade SEMPRE! Detesto coisas monótonas e repetitivas. Gosto da expansão, da criação.
- Atividade e movimento. 
- Poder pensar. 
- Chance de escrever: Ah, essa eu nem preciso explicar, não é?
- Ambiente agradável e não competitivo - colaborativo! Trabalhar juntos é sempre melhor.
- Espaço para crescer, onde ideias possam ser ouvidas. 
- Um trabalho comprometido com a melhora da sociedade.

Ele existe, em algum lugar. E é para lá que estou indo!

Beijos a todos (Grata se chegaram até aqui... rsrs) e lembrem-se, amanhã é Dia de Alê,
Tati.