Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Chove lá fora...



Não quero chover no molhado (muito molhado) e falar sobre o óbvio, o assunto do dia em todas as emissoras e rodas de conversa. Mas não dá para ter outro assunto assim, principalmente quando o evento em questão muda toda nossa rotina. Marido, que é muito caxias, chegou a sair para o trabalho, mas voltou muito antes do meio do caminho. Graças a Deus, nem sei que espécie de dia eu teria com ele do outro lado da cidade. Filhote em casa e nós, numa espécie de dia de férias, "num dolce far niente, sem culpa nenhuma". Confesso que me sinto dividida, tenho um trabalho difícil para terminar, e pressa em fecha-lo. Mas estar com meus meninos é maravilhoso!

Sei que somos privilegiados e, não sendo uma insensível pensei nas dificuldades por que tantas famílias estão passando. Mas preciso dizer, na minha casa foi um dia especial e feliz, por que tivemos a oportunidade de ficar juntos. Almoçamos e jantamos juntos, conversamos, brincamos com o Bê, vimos filme, comemos pipoca. Senti um prazer em cozinhar que eu tinha esquecido como era! Se foi só hoje ou se teremos que repetir a dose amanhã? Não sei...

É absurdo o que está acontecendo? Ô se é... A culpa é só do governo? Com certeza que não... Todos temos nossa parcela de responsabilidade. Impermeabilizamos demais, desmatamos demais, descartamos demais, produzimos lixo demais... Todos nós! Não podemos mais nos eximir da culpa. A mudança depende de mim, mais do que de você. E esta frase vale para cada um de nós, afinal, só posso responder pelos MEUS atos, pelos de mais ninguém.

E deixo a pergunta: O que eu tenho feito pelo meu planeta? Esta é a tipica pergunta em resposta que justifica o nome do blog...

Beijos a todos. Que seus lares estejam protegidos da chuva e repletos de amor.

domingo, 7 de março de 2010

A casa dos sonhos

Eu estava pensando em responder os comentários direto no campo de comentários, então me deparei com uma mensagem de uma amiga querida e ex-vizinha, e percebi que tudo o que esta mensagem representa para mim merece mais do que uma resposta em comentário, merece uma postagem!

Há dois anos nós nos mudamos para um apartamento. É ótimo e espaçoso, tem uma vista que amamos e é bem confortável. Só que neste processo deixamos para trás um lugar muito especial, que não saiu de mim.

Morávamos em uma casinha de bonecas. Sim, era essa a impressão que se tinha ao chegar lá. Um condomínio com clima de vila e vizinhos maravilhosos! Foi nesta casa que dei o primeiro beijo no Vi (ele já morava lá quando me conheceu) e foi lá que o Bê nasceu. Nossa casa, depois da chegada do Bê, vivia recheada de crianças, o que significa dizer que tinha sabor de gargalhadas, pipoca (inclusive pelo chão), sucos e mate gelado em muitos copinhos coloridos... Tinha brinquedo espalhado pela sala, brigadeiro, gelatina, e pavê de chocolate para o João Vitor. Mas mais que tudo isso, tinha solidariedade de vizinhos!

Lá um bolo assado na casa ao lado vinha morar, em grossas fatias, na sua casa. A cebola se mudava para a casa em frente e o limão chegava, salvando a receita. O Bê conhecia a todos pelo nome e, não sei explicar como, conhecia cada casa (mesmo elas sendo todas iguais e ele não sabendo ver números...).

A mudança foi uma decisão nossa, bastante pensada e da qual não me arrependo. Só que não imaginava que traria dentro de mim tantas e tão queridas pessoas. Queria tê-los mais perto novamente... Como diz a Alice (outra vizinha que se mudou pouco depois de nós): Ah, se desse para trazer os vizinhos para a casa nova... Eu também penso assim!! Muitas saudades, muitas histórias, muita gratidão... muito amor por estas pessoas que fizeram o Torino inesquecível!