Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Bê e Deus

O Bê tem uma curiosidade infinita. E quando o assunto é Deus, religião, espirutualidade... A coisa se amplia! Vou fazer um pequeno apanhado das últimas/ melhores/ que eu me lembro...

- Mãe, eu sei que Deus não é tudo!
*Comassim?! E eu já querendo contrariar a criança, doutrinar, falar, falar, falar (como mãe é chata!)... Então ele me interrompe em minha homilia-espírita.
- Sabe por que eu sei que O Deus não é tudo, mãe? Por que ele não inventaria as drogas.

UAU! Você tem mesmo SÓ 6 anos? 

- Mãe, se O Deus inventou tudo, quem inventou O Deus?

Hein?!

- Acho que estou vendo O Deus lá naquela nuvem (e aponta para o céu).
- Filho, Deus é uma energia de trabalho. Ele não é ocioso, não fica sentado em uma nuvem.
- Mãe, Ele fica ali sim. É que o trabalho DO Deus é enviar amor e energia para todas as pessoas!
Então tá! 

Envolve meu pescoço, todo carinhoso e lança:
- Você é minha irmã.
- Ah é? E quem é a sua mãe?
- Ué, a namorada DO Deus, né!
rsrsrs

Num sinal/ semáforo próximo à nossa casa fica um rapaz que joga bolinhas, ele já tem 28 anos, mas tem alguma deficiência mental, parece um crianção e é muito gente boa. E, entre uma luz vermelha e outra verde, a gente sempre conversa com ele. Às vezes levamos um lanche, mas na maioria das vezes é mais bate papo mesmo. O Bê adora o Jeferson, que também adora o Bê. 
Outro dia a pequena criatura me vem com a grande ideia.

- Mãe, eu tive uma ótima ideia! A gente podia trazer o Jeferson para morar aqui com a gente, né?
O que eu respondo? Assumo que estou anos luz atrás dele e que ainda não sou capaz deste amor universal, imenso, que ele já adquiriu? Ainda bem que o Jeferson em questão tem pai, mãe, irmãos... Ufa! Desta vez eu me safei!

Dá para aguentar com uma criança destas? 

Beijos a todos, dia destes tem mais,

Tati.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Que tipo de pergunta é essa?

Manhã fria, de chuva forte. 7h15, o Vi teve uma viagem (de um dia) e saiu mega cedo de casa, antes das 6h e eu fiquei com cólica (dia frio = cólica forte!). Resolvi não levar Bê para escola e passar a manhã juntinhos. Ele acordou, sentou ao meu lado aqui no sofá, ficou encaixadinho enquanto eu tentava colocar as leituras em dia, toda zen ouvindo o vídeo das lanternas japonesas do Alexandre... e lançou (do nada):

- Mãe, por que o existir existe?
- Ãh? Hein? Como assim?
- Por que existe o existir?

À queima roupa?! Eu só tomei 2 xícaras de café e um ponstan... Como se faz uma pergunta destas aos 5 anos e como podemos respondê-la? Lanço para vocês, por que eu fiquei com cara de tacho.
Afinal, existe resposta para isso? Será que a próxima é "Qual o sentido da vida"? Fala sério... Não estou pronta para este garotinho, não...

Beijos a todos,
Tati.

sábado, 16 de outubro de 2010

As lições que só o Bê me traz

A lógica infantil me surpreende sempre. Por que escancara o óbvio que não queremos enxergar e que disfarçamos em camadas grossas de hipocrisia.

Comentário do Bê, que sei que tem um quê de pergunta por trás:
- Mãe, todo mundo gosta de violência.
- Não filho, claro que não. Ninguém gosta de violência. Quem te disse isso? - E já fiz a pergunta pensando nos amiguinhos da escola, aquelas péssimas influências... kkk
- Ah, mãe. Mas o Monstros x Alienígenas (que compramos para ele este final de semana) tem uma violência, e nos jogos do playstation do João sempre tem uma violência, e nos desenhos, no Ben 10, na liga da justiça... E citou váááários, quase todos os desenhos.

Fiquei muda um pouquinho. Depois tive que dizer:
- É filho, você tem razão. Eu nunca tinha parado para pensar sobre isso. Ninguém gosta de violência na vida, mas adoram vendê-la e pior, comprá-la.

Sabe aquele famoso tóin óin óin... Foi assim que senti esta reflexão de um grande menininho de 5 anos, tentando entender este mundo. E como eu explico, se nem eu mesma entendo?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Perguntinhas em resposta

Por que filho de peixe...
Nada pode me deixar mais orgulhosa! Meu filho é um menininho curioso, que quer saber o mundo e busca respostas às suas indagações, às vezes para suas indagracinhas.... Mas algumas são de uma profundidade, que me deixam perplexa. Como assim?! Isso é pergunta para um menino de 5 anos?
Então lá vai uma das últimas...

-Mãe, o universo não tem fim?
Minha resposta:
- Não sei. Até onde a gente consegue ver, não tem.


Ele aceitou bem, por que quando desconfia, pergunta ao próximo da fila, e vai neste processo até encontrar uma resposta que o satisfaça.

Agora eu que te pergunto: Você fazia perguntas desta natureza aos 5 anos? Eu, com 5 anos, queria saber o que tinha para a merenda... hehehe
Morro de orgulho!

E já que é para falar do Bê, e das coisas gostosas que ele diz, não quero perder esta.

Ele assistindo um desenho, eu e Vi batendo papo. Ele, querendo atenção, congela a imagem, me puxa pela mão e diz:
- Mãe, vem ver isso. É de rir de rir (morrer de rir)!

Não é de rir de rir? Ai... delícia este pequeno filósofo ...

Beijos a todos,
Tati.