Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pois não só vives no mundo, mas o mundo vive em ti




Amigos,

As férias aqui em casa continuam frenéticas. Me sinto em débito com muitos amigos, diversos comentários pendentes em minha caixa postal que não consigo retribuir. Sorry, "estamos trabalhando para melhor servi-los"... rsrs

Somos contra a hidrelétrica de Belo Monte
Hoje o motivo é sério, mas não vou explorar o assunto. A Beth, querida amiga do Mãe Gaia, já o fez com maestria. Então, se você passou por aqui, vem comigo passear no blog da Beth (O título do post está no cabeçalho do blog dela, percebe como é especial?). Leia o texto, se concordar, assine a petição. Podemos prevenir novas tragédias em nosso país. Quando o assunto é Amazônia, então. Estamos prevenindo desastres ambientais mundiais, e isso não é exagero.

Pule aqui: Mãe Gaia e aproveite os textos, as reflexões, as mensagens, o carinho... Também não deixe de se informar sobre Belo Monstro e, se possível, assine a petição, divulgue-a por twitter, facebook, orkt, e-mail... 

Beijos a todos,
Tati.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Minha carta para Julieta

Tenho tantas coisas a dizer que nem sei por onde começar. Estou trabalhando com tantas coisas, montando meu site e outros tantos projetos. Mas acho que vou falar sobre o medo, que de certa forma está presente em quase todos os temas. Medo de crescer, ser feliz, se aventurar, envelhecer, morrer...
Tudo implica perda, até quando ganhamos. Pois ao ganharmos algo, necessariamente temos que abrir mão de outra coisa. É assim quando a criança cresce e abre mão de ser bebê ou quando o adolescente abre mão de ser criança. Tudo isso demanda trabalho psíquico. O nosso desenvolvimento está muito além do desenvolvimento biológico ou etário. Implica amadurecer afetivamente, ser feliz com o que se tem, se perdoar nas dificuldades ou mesmo nos fracassos e continuar crescendo. Escutei de um médico amigo meu que falando sobre o desenvolvimento mental, comparou o cérebro de um chimpanzé com o de um ser humano. Ele afirma que os dois são muito parecidos anatomicamente. Contudo, a diferença é que o cérebro deste animal é capaz de aprender muitas coisas até uma certa idade, depois deste período ele não aprende mais nada, conservando apenas o que foi aprendido. Nós somos capazes de aprender por toda a nossa vida. Aprendemos sempre e com isso temos a capacidade de nos superar todo o tempo. Um outro exemplo é olharmos para uma criança pequena. Ela não seleciona seus interesses, ela quer saber sobre tudo. Quando crescemos nossas censuras nos impedem de conhecer muita coisa.
Nosso grande desafio é superar nossas próprias barreiras: medos, traumas, inibições...
Não quero, com isso afirmar que nossos limites são impostos apenas por nós mesmos. Temos sim nossos limites culturais, sociais, financeiros... Neste ponto concordo com Marx. Cheguei a uma conclusão pessoal de que Marx e Freud se complementam. Nem tudo pode ser considerado consequencia do Modelo de Acumulação Capitalista e nem tudo pode ser colocado como uma questão do Sujeito. Entretanto, acredito que mesmo levando em consideração todos estes limites externos, há um conflito interno.
Dirigir, por exemplo, pode significar para muitos, ser livre, ir onde quiser, ter autonomia. Mas também implica ter responsabilidade, se expor, deixar de ser apenas um acompanhante. E sabemos que há vários ganhos secundários em se colocar em segundo plano. Sentar numa máquina, dominá-la e dar partida tem outros tantos significantes. Por isso, torna-se algo tão difícil para alguns. Este é um exemplo simples do quanto somos complexos.
Parei de escrever neste ponto e fui assistir ao filme " Cartas para Julieta". Nossa! O filme tinha tudo a ver com a idéia deste texto. Fala de coragem, busca, perseverança, encontros e desencontros. É a história de uma pessoa que escreveu uma carta, outra pessoa a achou, respondeu e tais atos mudaram a vida de ambas.
Toda mudança implica conflito e temos muita resistência em mudar. Eu definiria este comportamento, comum a todos nós, como algo que beira o biológico. Então, que tal se encher de coragem e mudar. Mudar o cabelo, aprender outro idioma, fazer ginástica, dirigir, pedir ajuda, encontrar um amor, ou mesmo ser feliz com a família e o amor que se tem.
Beijos e carinhos no coração de todos.

Alessandra

domingo, 23 de janeiro de 2011

Uma história de amor

Oi amigos,

Hoje o Cantinho She, da amiga e mosqueteira She, está fazendo 3 anos. E para comemorar a She propôs este tema para a blogagem coletiva. Nossas vidas são repletas de histórias de amor, não é mesmo? E aqui estou eu, sem conseguir pensar no que escrever... 
Então olho para o sofá, onde um menininho toca sua guitarra de brinquedo enquanto assiste um desenho na TV. Naquele garotinho de quase 6 anos há tantas e tantas histórias de amor... E fico pensando o quanto somos um quebra-cabeças, com peças de amor. Já se imaginaram assim? Há amor em cada célula de nosso corpo, há amor nos nossos pensamentos, há amor pelo simples fato de sermos vida. Não dá para olhar para nosso filho e pensar em sentimento diferente. O amor está ali, mesmo quando nos zangamos, quando perdemos a paciência. Basta olhar e deixar o coração bater. Se ele sorrir, então... Já é o amor que faz nossas células vibrarem, jorrarem cores, luzes. Dá para ouvir a música da alma, que é uma música que toca em silêncio. 

Não sei se estou conseguindo explicar, neste momento da minha vida estou mais introspectiva e as palavras não ficam tão claras. É mais fácil sentir do que dizer. Só sei que ele é minha história de amor mais bonita. Ele veio para me ensinar aquilo que eu PRECISO aprender, e por ser tão difícil, vem no filho, que assim não temos como fugir! 

Filhos nos ensinam resignação, persistência, paciência, nos ensinam a doar sem saber se haverá retribuição. Nos ensinam a vivenciar a felicidade em outro corpo.

Hoje o Bê é minha história de amor, e não é singular, é plural. Naquele pequeno menino há muitas histórias de amor. Me lembro do dia em que contamos para nossas famílias, num dia dos pais mais do que especial. E de todos os sorrisos, abraços, olhares amorosos que recebemos. Me lembro do olhar simpático que recebia, apenas por estar grávida, de estranhos na rua. No carinho dos amigos, na minha melhor festa de aniversário, com a presença de todos, com presentes que já não se restringiam a mim, mas eram para ele - o pequeno que chegava! Sabia que as grávidas recebem amor espontâneo? Comigo foi assim.

Então ele chegou, e o amor se ampliou em nós. Em cada conquista, no reconhecer os pés, levantar a cabeça, virar, sentar, primeiras palavras, primeiros passos, primeiras letras... Também em cada susto, nas febres, nos choros, no refluxo, nos machucados. Em cada exame, consulta, vacina e injeção. Nossa cumplicidade como casal amadureceu com a chegada do Bê. E só se reafirma, se fortalece.

Hoje eu sei o que é amor. E ele é muito maior do que o palpitar descompassado quando o telefone toca e "é ele" do outro lado, embora não exclua esta parte. É intenso, mas muito mais calmo que aquele sentimento de paixão. É aconchego, conforto, uma alegria sem euforia. Nosso amor é lar e não hotel cinco estrelas. 

Suas gracinhas são gargalhadas, são olhares cúmplices de um casal que se ama, e que vê a mútua admiração se expandir na presença de um filho. A confiança se amplia no superar revezes, no saber que pode contar. No perdoar quando não deu. 

Hoje minha história de amor, para a festa da She, é o Bê. Um garotinho que veio ao mundo para viver sua história, sei que um dia seguirá seu caminho, espero fazer parte dele, mas não espero sê-lo. Que ele seja um homem correto, justo, amoroso, que reconheça o valor da família, mas que seja confiante e indepentente para seguir sua jornada, fazer suas próprias escolhas, sem precisar de minha opinião, de minha aprovação para suas dicisões. Um dia quero que ele seja livre e feliz, e que possa entender que não há legado maior do que plantar amor, espalhar pequenas sementes, por onde passar. Grandes feitos não os únicos importantes, os pequenos gestos, feitos com entrega, com a alma, também fazem diferença. Mudam o mundo, por que mudam o nosso mundo. Nos mudam por dentro.

O Bê é a melhor parte de mim, unida à melhor parte do homem que eu amo. E nesta mistura, uma alquimia perfeita, há a melhor parte dele, que não vem de ninguém, e que nos faz admirá-lo, reconhece-lo. Se prestarmos atenção, percebemos o quanto há para aprender. Desde que o Bê chegou eu me sinto crescendo como ser humano. Eu entendo a divindade em mim, não de uma forma esotérica, mística, religiosa. Não é nada disso. É apenas a certeza que somos divinos quando somos capazes de dar a vida a alguém, de deixar o amor, que há ali, manifestar-se, fermentar, expandir-se. Ensinar a superar dificuldades e frustrações enquanto aprendemos a mesma coisa. Isso só pode ser divino.

O Bê, sem dúvida, é minha história de amor mais bonita! 

E vida longa ao Cantinho She!!! 

Beijos,


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Declaração de amor às minhas irmãs

A Nilce me deu a oportunidade de reafirmar meu amor pelas minhas irmãs. Hoje é aniversário do blog dela (A vida de uma guerreira) e a proposta era essa: Uma declaração de amor. Sou uma sortuda na vida, com grandes amores, desde o berço (meu) ao berço do meu filho, colecionando amores, entre família e amigos, e um marido que merece todas as homenagens, mas desta vez ele entendeu o motivo. Algo falou alto em mim este fim de semana.

Tenho orgulho de dizer que a Nãna, minha irmã, é minha melhor amiga. Aquela com quem já quebrei o pau sabe-se lá quantas vezes, mas sei que posso contar, haja o que houver. Ela sabe que é recíproco, sabemos na prática. 

Tenho orgulho também em dizer que, aos 35 anos de idade, tenho uma amizade que soma 30 anos. É sólida e repleta de histórias. Se já brigamos? Algumas vezes, como irmãs. Sim, a Rê é nossa irmã não por relação parental, mas por que nos escolhemos para tal. E vivemos situações que explicam isto.
Não há problema neste mundo que afete nosso amor. Há rusgas, que causam afastamentos temporários, mas tudo é relevado, a gente encontra justificativas para as outras, a gente perdoa. Por que o amor, ah, este é infinito!

É para elas que escrevo. Pode ser que vocês não entendam muito bem, aliás, sei que não entenderão tudo o que direi, mas elas saberão o que estou falando. O principal a se entender é aquilo para o que não há muita explicação: Um amor com aquela cumplicidade que só experiências em comum (e adversidades em comum) são capazes de criar. 

Nas minhas lembranças mais antigas elas estão. Estão na infância e na adolescência, nas histórias engraçadas, em piadas que são só nossas. Estão nos guarda-chuvas coloridos ou na chuva de balas, estão em cada página de um gibi da turma da Mônica. Estão no meu primeiro beijo, na primeira lágrima de amor não correspondido. Eu também estou nos delas. 

 Hoje o que quero dizer é que, quando estou com vocês, eu me lembro claramente de quem eu sou, eu volto a ser aquela menina mandona, destemperada, divertida, sinto gosto de bala boneco, sorvete Sem Nome, ouço ao longe balão mágico e Roberto Carlos, cada música com sua história, sinto saudade de fofoletes, picolé de argila feito pelo Rubinho, vitaminas de asa de morcego, planos infalíveis contra o Juninho, das fantasias de cada carnaval... Sinto o cheiro do mar nos verões aguardados o ano inteiro, nos segredos e cochichos na hora de dormir, lembro do frio na barriga do primeiro amor. Confidências que nos fizeram descobrir, já adultas, que fomos apaixonadas pelo mesmo garoto (amor platônico). E este garoto? Ah, irmão mais velho da nossa terceira irmã! rsrs Lembro da dor na cabeça ao sentir meu cabelo puxado tãããão forte, e logo em seguida me lembro de afago, de uma mistura forte de lágrimas em bochechas grudadas que já não sei dizer quais são minhas, quais são suas. É tudo a mesma coisa. Com vocês eu desejo não deixar jamais de ser criança. Vocês trazem estes sentimentos à tona.

Obrigada por cada dia em nossas vidas, seja no Rio, em São Paulo, em Pirajuí. Em nossas histórias  a certeza de que do meu coração vocês jamais irão se mudar!

Amor imenso, amor de irmã. Amor que não cabe em mim.

Beijos a todos,

Tati.

P.S.: Nilce, obrigada por esta oportunidade! Parabéns por este aniversário, seu blog é um espaço muito querido para nós, seus leitores.

* Faltaram as fotos de infância. Me dei conta que preciso escanear algumas, pelo menos...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Não sabe como ajudar? Elas dão uma mãozinha

A blogosfera é um ambiente que me enche de orgulho!

Não importa se você já foi à cruz vermelha, ao batalhão de polícia ou qualquer local de arrecadação. Não importa se doou galões de água, roupas usadas ou um número infindável de cestas básicas. Você pode fazer mais.

Agradeça a Deus o fato de ter um teto sobre sua cabeça e cama quente, limpinha, cheirosa onde dormir. Agradeça pela saúde e pela vida dos seus queridos. Fez isso? 

Então, agora siga este link e contribua. Duas blogueiras muito engajadas criaram uma promoção que nos faz ter certeza que este espaço é especial. Eu acho! Não conhece a promoção? Siga o link (clicando na imagem), e você ainda pode ganhar prêmios!!


Beijos a todos e que tragédias como estas não mais nos atinjam. É só o que posso desejar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Saudades absurdas!

Oi pessoal,
Muita coisa para contar, pouco tempo para blogar. O Bê está de férias, estou mãe full time, e isso é novidade para mim. ô tarefa difícil, sô!

O ano, mais uma vez, não começou fácil por aqui. Que tristeza o que está acontecendo com nosso Estado do Rio. Me dei conta que não renovo meu guarda-roupas na velocidade das tragédias no Brasil. Quando atingiu Santa Catarina eu mandei muitas bolsas, mochilas cheias. Roupa a beça. De lá para cá, só diminui. Hoje mandamos apenas roupas do Bê (que cresceu muito, graças a Deus) e compramos mantimentos. Enquanto isso nossos governantes lavam as mãos (e dizem, é com água termal, por que o salário deles pode pagar e eles não tem nada com as tragédias que nos afligem).

Tem coisas boas acontecendo também, louca para entrar com calma, contar histórias, me atualizar nas histórias e pensamentos dos amigos... Hoje o Vi foi colocar o Bê para dormir eu corri aqui para dizer a vocês, ao menos, que estou morreeeendo de saudades.

Em breve estarei de volta (as aulas começam dia 08/02. U-hu!). Quero saber quando mãe tira férias. Se a resposta for NUNCA, então nem me conte, está bem? Deixe que eu descubro com o tempo, para não assustar! kkkkk

Quero também agradecer todo o carinho com a Alê. Não falei que ela era ótima?

Beijos a todos e até breve,


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Para além dos destinos da anatomia: as novas singularidades contemporâneas

Ola´amigos, escrevi este texto como reflexão depois do estudo do livro"Deslocamento do Feminino" de Maria Rita khel. Faz bastante tempo que o escrevi, mas gostaria de saber a opinião de vocês. Peço desculpas por ainda não ter conseguido responder aos comentários e retribuir as várias visitas. Ainda estou me familiarizando com esta nova ferramenta e ainda tenho que dividir o computador com filho de férias, marido e periquito... este último é real tá gente, ele se chama chiquinho e gosta de brincar comigo justamente quando estou no computador. No meu primeiro texto tem uma foto dele comigo. hahaha

Uma grande amiga,mãe de dois filhos, casada, bancária me mandou um convite para participar de uma comunidade que ela criou no orkut "Nasci pra ser mãe não para ficar em casa". Ela deixou o emprego após o nascimento do segundo filho, porque queria estar mais perto deles. Diz estar feliz, mas sente falta de sua vida profissional e há momentos em que se pergunta se fez a escolha certa.
Este é um dilema enfrentado por muitas mulheres que inicialmente escolheram seguir uma carreira profissional e deixar em segundo plano a dedicação ao lar e a família, mas com o nascimento dos filhos precisaram rever tal decisão. O nascimento do filho, para a grande maioria das mulheres é algo arrebatador, pois muda muito a vida, a rotina e as responsabilidades.
Ouvi uma outra amiga, que não quer ter filhos, dizer que prefere uma vida radical, cheia de riscos e aventuras. Nada contra, acredito que a maternidade precisa ser uma opção. Mas na minha opinião não há risco ou aventura maior do que ter um filho. É como se um pedaço de você estivesse por aí correndo e você quisesse o tempo todo saber onde está.
Essa é uma questão contemporânea, de mulheres que lutaram por seus direitos. Sabemos que há algum tempo atrás os papéis de homens e mulheres eram bem definidos. Mulheres cuidavam da família em casa e o homem sustentava financeiramente o lar e dava as ordens. E hoje? Depende. A mulher pode ou não trabalhar fora, o marido também, e nem sempre quem sustenta é quem manda. As relações de poder mudaram, convivemos hoje com essa grande conquista nas relações de gênero, mas ela vem acompanhada de outras mudanças.
Com o advento do capitalismo, o mundo globalizado, o crescimento econômico, o privilegiamento das leis do mercado, da competição e do individualismo criou-se também uma noção de liberdade sem limites, onde o indivíduo pode ser tudo que quiser, tudo depende dele. No feudalismo, nascia-se pobre ou rico, era a vontade de Deus e só, não havia a possibilidade de ascensão social. Contudo, tal ideologia também nos trouxe muita insegurança.
Segundo Anzieu, na clínica hoje, mais da metade da clientela psicanalítica é constituída pelo que se chama estados-limite e/ou personalidades narcísicas. Homens e mulheres vivem num nível de exigência grande, de muita insegurança, já que lidam com questões novas para ambos.
E será que estes novos indivíduos, com todas estas novas exigências e desafios tiveram uma "mãe suficientemente boa" ou tiveram a chance de ser rei na fase da "onipotência infantil" como bem definia Winnicott. Será que eles estão preparados para esta luta diária?
Quero dizer com isso que boa parte de nós, apesar de estar na corrida por bons empregos e serem bem sucedidos ainda são muito inseguros em relação a si mesmos. Muitas vezes dizem "que não são nada" ou que "não são capazes de ser amados". É necessário nos debruçarmos sobre o desenvolvimento psíquico, dando condições para que o indivíduo possa se desenvolver e amadurecer, para que homens e mulheres possam usufruir dessas conquistas, reconhecerem seu esforço, lutando pelo que se quer, sabendo quem se é e o que já se conquistou. Pois muitas vezes, apesar de terem algum poder de consumo, as pessoas estão perdidas, correm, competem, se relacionam com o outro precariamente e acreditam que não são nada.
O momento exige que sejamos criativos para encontrar novas formas de estar no mundo para além dos papéis socialmente prescritos. Então como ser um homem ou uma mulher? Sabemos que biologicamente nascemos como tal, mas que há vários fatores para nos tornarmos Homem e Mulher, assim como se tornar mãe. Pois, todas as mulheres, a princípio, podem parir, mas nem todas se tornarão efetivamente mães.
Para viver melhor e enfrentarmos todas estas complexidades é que precisamos nos manter inteiros, nos perdoar, brincar com nossas imperfeições, e principalmenter, ter um contorno (pele, carinho, carícias, afagos, abraços) e um limite(corpo próprio e do outro).

É isso gente, eu mantive alguns termos técnicos, porque não deu pra ser de outra forma, sou péssima em simplificações, tentei fazer isso com outro texto e não deu certo, acabei perdendo a idéia central.
Bjs pra todos e obrigada pelas mensagens,

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

É dando que se recebe

Oi pessoas queridas,
Não tenho conseguido conciliar o tempo de blogar. O Bê está de férias e, geralmente, madruga. Eu gostava de acordar cedo, escrever, postar e visitar na parte da manhã. De noite ando um caco... Vou me organizar para estes novos tempos. Hoje o Bê acordou de madrugada e voltou a dormir às 6h, acho que tenho um tempinho...

Quero compartilhar com vocês uns pensamentos que andam me rodeando. Para começar contar que passamos a virada em um local onde não tem fogos! YEEESS! Do jeito que gostamos. Estávamos num sítio, em Itamonte, encravado na Serra da Mantiqueira, dá para imaginar a delícia? Para quem, como a gente, adora mato, é claro!

O maior conforto era a companhia, maravilhosa, da família da minha amiga Martha. A Martha é a dinda do Bê, uma das maiores amigas da minha vida e está morando na Costa Rica (espero que só até 2012) e veio passar um mês de férias. Foi maravilhoso! Voltamos com uma sensação de transbordamento. A tia da Martha - dona do sítio - trabalha/estuda Permacultura, o que muito me interessa, já que um dos meus campos de estudo é agroecologia. A conversa nestes dias de retiro foi estimulante, intensa, animada, tão descontraída quanto enriquecedora. 

Juntando com tudo o que tenho observado, por aqui e pela vida, percebo que estamos caminhando para um ano mais intuitivo. Será que é só impressão minha? Percebo um movimento em direção à sensibilidade, ao auto-conhecimento, não só em mim, mas nas pessoas com as quais convivo (claro que não todas). Isso é um sacudir de tapetes, levanta muita poeira! Mas não há faxina boa sem arrastar de móveis...

Daí eu chego no título do post. A lei da doação: "Quanto mais se dá, mais se recebe". Acredito muito nela, só não tenho entendido como recebo tanto... É que acho que não me doo (assim mesmo, sem acento...) com toda esta intensidade com que recebo. A vida tem me presenteado demais! Ainda está em tempo e tenho me esforçado para ser mais generosa. Pois é, me esforçado. Pode parecer artificial, é apenas o iniciar de um movimento. Até que ele se torne mais natural, espontâneo. Quem é um pouco (nem muito) mais sensível deve perceber o quanto sou auto-centrada. Isso é interessante na busca pelo auto-conhecimento, mas ao nos isolarmos deixamos de conviver, e sem convívio a gente não cresce, cessa o desenvolvimento. Perde-se a razão de ser. 

Tem um furacão em mim (para variar). Só que desta vez ele é bom, está me impulsionando para a frente. Ainda não sei que rumo darei à minha vida, algumas portas começam a se abrir. Incrível como as coisas podem, sim, bater à nossa porta quando estamos abertos. As minhas já começam a se escancarar. Eu não defini o rumo, disse apenas o que desejo para a vida (aqui) e as situações confluem para isso. 

Este ano quero ser mais doação. Quero estar mais aberta e treinar a generosidade. Perceber que dar não implica coisas materiais. Dar um abraço, um sorriso, um comentário, uma oração, um bom pensamento... Não importa. Dar o que se tem! Quer vir comigo?

Pretendo reduzir o uso da palavra EU neste blog (se contabilizá-lo é o principal metablog... kkkk), usar mais o nós, apesar de saber que é um diário, escrito mesmo na primeira pessoa, por que são auto análises, mas desejo ampliar o pensamento. Se as ideias escritas aqui puderem ajudar mais alguém já me sinto realizada.

Que 2011 seja o ano da intuição, ou do crescimento de uma consciência coletiva. Que a gente entenda o quanto estamos ligados, o quanto nossas ações e intenções interferem no funcionamento desta grande rede. Que a gente se liberte do medo, das algemas, das culpas que tanto nos murcham e empobrecem. Vamos crescer, florescer, semear! Feliz ano novo!!

Seguindo a frase: "Sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores" quero dizer que vocês tem mãos perfumadas, doces, ricas, amorosas. Obrigada por tudo de bom que compartilharam em 2010. Esta vivência do blog me deu muito mais do que eu esperava, e a razão disso são vocês, pessoas do outro lado. OBRIGADA!

Beijos a todos,

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aviso aos navegantes

Oi amigos,
FELIZ ANO NOVOOOOO!! Amei as mensagens e vou respondê-las, se possível ainda hoje. Estou chegando de viagem. Passamos a virada em Itamonte - MG, num final de semana tão especial quanto simples. 
Não sumi. Estive desconectada, de verdade. A Inaie já passou para me lembrar que amanhã é dia de dieta e eu ainda nem entendi completamente como funciona esta coletiva... Mas estou lá! 2011 mais leve, se Deus quiser (e nem é só da balança que estou falando...)
Então, já sabem, em breve estarei por aí! 
Beijos a todos e obrigada pelo carinho.

Tati.