Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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sábado, 15 de janeiro de 2011

Saudades absurdas!

Oi pessoal,
Muita coisa para contar, pouco tempo para blogar. O Bê está de férias, estou mãe full time, e isso é novidade para mim. ô tarefa difícil, sô!

O ano, mais uma vez, não começou fácil por aqui. Que tristeza o que está acontecendo com nosso Estado do Rio. Me dei conta que não renovo meu guarda-roupas na velocidade das tragédias no Brasil. Quando atingiu Santa Catarina eu mandei muitas bolsas, mochilas cheias. Roupa a beça. De lá para cá, só diminui. Hoje mandamos apenas roupas do Bê (que cresceu muito, graças a Deus) e compramos mantimentos. Enquanto isso nossos governantes lavam as mãos (e dizem, é com água termal, por que o salário deles pode pagar e eles não tem nada com as tragédias que nos afligem).

Tem coisas boas acontecendo também, louca para entrar com calma, contar histórias, me atualizar nas histórias e pensamentos dos amigos... Hoje o Vi foi colocar o Bê para dormir eu corri aqui para dizer a vocês, ao menos, que estou morreeeendo de saudades.

Em breve estarei de volta (as aulas começam dia 08/02. U-hu!). Quero saber quando mãe tira férias. Se a resposta for NUNCA, então nem me conte, está bem? Deixe que eu descubro com o tempo, para não assustar! kkkkk

Quero também agradecer todo o carinho com a Alê. Não falei que ela era ótima?

Beijos a todos e até breve,


terça-feira, 30 de novembro de 2010

O ar da graça

Oi amigos,

Vocês estão me enxergando aí do outro lado? Não, não é halloween, as teias de aranha são de descaso e abandono e sinto que o conselho tutelar bloguístico organiza ação para tirar a guarda desta criança de mim, ou... será considerado terra devoluta e usado para fins de distribuição para o Movimento dos Sem Blog... (piadinhas infâmes deixam clara a falta de inspiração desta que vos escreve...)

Passei rapidinho por que, como o último post ocorreu no meio da tempestade e depois ninguém ouviu falar de mim, alguns amigos acharam que me afoguei! Vim só contar que já está tudo bem, que o Vi conversou com a professora, que foi mais afável. Era para levarmos o Bê na quinta passada, mas quem está vivo sabe que quinta passada, aqui no Rio, foi o caos. Apesar de morar beeeeem distante de áreas de risco (depois da UPP da Cidade de Deus a gente mora no paraíso. Oi?), preferimos ficar em casa. Então ele começará as aulas hoje (terça).

Fora isso, uma porção de mudanças acontecendo, o que não é nenhuma novidade para mim, minha vida muda mais que duna em Jenipabu, mas já me acostumei. Acho que vou estranhar quando tudo ficar estável (será?). Então é fase de transição no trabalho, na escola do Bê, no trabalho do Vi... Tudo mudando, Graças a Deus acho que para melhor. Além disso, resolvemos voltar às origens. Encontramos, no restaurante, os dirigentes da casa espírita onde nos conhecemos. Foi uma emoção grande, por que o Bê foi o primeiro "filho" da casa. E o Bê pulou no colo dele, fez carinho no rosto. Sabe momento olhos molhados? Todos nós assim. Sentimos que era hora de voltar para casa, e até isso é mudança. 

Mas o principal é que, como estava com muito trabalho (espero poder contar para vocês em breve), tinha que evitar "o primeiro gole", por que eu digo que não vou entrar, depois que será só meia hora, enquanto tomo um cafezinho, depois... Ah, vocês sabem como é... Então eu fui radical! Evitei mesmo. E terei que continuar evitando por um tempo. Preciso colocar a vida em ordem (minha casa então, nem se fala! Uma zona sem fim...). 

Por que não avisei? Por que toda vez que digo que vou me afastar um bicho blogador me morde e eu disparo a escrever, e já estava sem credibilidade para isso, né? Mas não há com o que se preocupar. Estou bem e feliz, só um pouco atarefada...

Muita saudade, cada mensagem ou e-mail que chegou me deixou feliz e, para variar, me senti querida. Vocês tem esse poder!

Em breve eu volto com um pouco mais de calma. 

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A luz do convívio


Hoje, minha querida-amiga-espelho Alê veio trabalhar aqui em casa. Foi ótimo e reduziu aquela sensação horrível de solidão. Caprichei no cardápio, que ela disse que é comida de festa. Fiz com muito, muito carinho! E ela acha até que é receita para postar aqui, só tem um porém, não sei dar receita, por que coloco um pouco disso, o tanto que tem na casa daquilo, e assim vai... Fica difícil desse jeito, né? Outro dia pego a receita original e conto para vocês, tá bem?

O que quero contar é de onde vem todo este vazio que me acompanha... Querem saber? Senta que lá vem a história...

Então, antes eu morava em um condomínio que parecia uma vila, onde fiz amigos muito queridos, uma delas, a Mônica, me ensinou a receita que fiz hoje. Lá era uma delícia. Resolveu preparar um prato e falta uma cebola? Pega na Pati. Outro dia a Ana aparece precisando de um limão, e assim vai.Tantas festas surpresa nós fizemos que um dia deixou de ser surpresa e já era festa esperada! E para cada festa, pelo menos 2 enterros dos ossos.

Certa vez, acordei, desci as escadas e recebi bom dia da minha vizinha, que tirou a cabeça de minha geladeira para isso! É que ela estava descongelando a própria geladeira e pediu ao Vi para usar a nossa. A cena foi engraçada e caímos na gargalhada!

Uns cuidavam dos filhos dos outros, minha casa vivia cheia. Tinha pipoca pelo chão e brinquedos espalhados, mas também tinha música e risadas. Muitas risadas! A Pati tem um filho, o Arthur, 6 meses mais velho que o Bê, e herdamos todo o guarda roupas. Não cabia mais no Arthur? Entrava lá em casa pela porta ou pela janela, dependia de quanto tempo nós tínhamos para prosear: roupa, sapato, casaco liiiiindo da Zara, uma infinidade de coisas. 

 Claro que tinha a parte chata. A invasão de privacidade era inevitável, e alguns, mesmo queridos, não eram muito cuidadosos. Nós, que somos tão fofos quanto reservados, nunca soubemos lidar bem com isso... Além disso a casa era pequena, e não tinha muito espaço para crescer. A gente precisava de um escritório, já que tanto eu quanto o Vi trabalhamos muito de casa e não tinha onde. Daí surgiu a ideia de mudar para um apartamento. Eu achava que seria fácil: quando quisermos silêncio e recato - casa, na hora da interação - playground. Se alguém aqui mora em prédio sabe que não é bem assim. O play, pelo menos no meu prédio, é mais frequentado nas férias e por meninos maiores. Acho que os pais não tem muita paciência de descer... E os adultos não interagem muito. Não conheço (a não ser de bom dia, boa tarde, sua obra faz sujeira) os vizinhos do meu andar!! Não sei o nome de ninguém!!  

Outro dia faltou luz no prédio. Eu sozinha... já contei que tenho medo de escuro? Então, de noite, sozinha e no escuro (o que me salvava era a luz do note, que acabaria em menos de 1 hora...). Ouvi barulho no corredor e fui até lá para ver o que acontecia. O prédio não estava totalmente sem luz, só os apartamentos. Eu não tinha como acessar meu interfone por que foi durante a obra. Minha vizinha abriu a porta, percebeu que os elevadores funcionavam, foi interfonar para a portaria. E... me deu tchau! Fechou a porta. Ficou no escuro!!! Fiquei tentando entender aquilo. Tinha luz no corredor, uma vontade enorme de puxar uma cadeira e prosear por lá. Isso aqui é impossível, corredor é local de passagem e não de convívio. Eu seria uma louca, vizinha inconveniente, se o fizesse. Entrei em casa e me recolhi à minha insignificância.

E fiquei me lembrando de uma noite de apagão, no verão de 2006, próximo à festa de 1 ano do Bê, em fevereiro, no Torino. Todos saímos, sentamos no chão ou em cadeiras e bancos e batemos papo. Não havia por que ficar trancados dentro de casa no escuro e no calor. Batemos papo, comemos biscoito. Numa certa altura a Pati teve a ideia de dar banho de mangueira nos meninos e foi uma farra! A luz só voltou no meio da madrugada, já dormíamos nesta hora. As lembranças que tenho são tão claras, tão iluminadas. Por que havia convívio, carinho, amizade.

Gosto do lugar que moro hoje. Sinto muita saudade dos amigos que lá deixei... Lá, eu não me sentia sozinha, só se eu quisesse (às vezes, nem quando eu queria...). É uma pena não ter feito amigos aqui. Quando eu me mudar, a saudade será só do espaço físico (triste, né?)

Um beijo a todos, 
Tati.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A mãe que eu fui...


A mãe que fui tirava um sábado por mês, às vezes, 15 dias, para lavar os brinquedos. Lavava um por um, com escova e detergente, lavava também a caixa de brinquedos. Deixava-os todos expostos ao sol e monitorava: extinguindo-se a última gota d´água, voltavam para dentro, para que a poeira não os atacasse! Era algo que eu fazia com grande empenho e dedicação, gostava daquilo.

A mãe que eu fui frequentava o andar de baixo da casa com filho dormindo no de cima, mas jamais conseguiu subir as escadas com filho sozinho no de baixo. Vai que alguém o roubava? Tesouro precioso!

A mãe que eu fui levava e buscava filho na escola e não abria mão do ritual. Não o delegava a ninguém. Chegava 15, mais tardar 10 minutos antes do horário da saída e o aguardava, feliz, conversando sobre o tempo frio/ quente com outras mães, até ouvir o famoso mããããeeee, comprido e surpreso, como se aquele dia fosse o primeiro, e eram todos tão únicos quanto repetitivos.

A mãe que eu fui saiu da maternidade com seu pacotinho no bebê conforto, comprado no 5º mês de gestação, curtindo o manual de instruções junto com marido. Trocou o bebê conforto pela cadeira adequada aos 7 meses do pequeno, e registrou na memória este mágico momento, de um princepezinho em seu trono, olhando o mundo do alto, pela janela do carro, pela primeira vez.

A mãe que eu fui não andava de carona. Não dava carona para mais do que duas pessoas, por que não abria mão da cadeirinha nem para ir à padaria da esquina. A mãe que eu fui não abria mão da segurança do filho. E passava por neurótica ou antipática, na certeza de fazer o melhor.

Então vendi meu carro e agora ando de carona, com filho no colo, ao lado, solto no banco de trás de alguém.
Coloquei filho na condução, sendo transportado por um desconhecido no qual tive que confiar da noite para o dia, simplesmente por que foi indicado por alguém. O transporte atrasava com frequência a buscar e a mãe que eu fui contorcia-se em casa, aguardando que chegassem, enquanto a lua chegava na frente.

A mãe que eu fui sabia o nome de cada amiguinho da turma, sabia quem era novo e os mais antigos, os mais queridos e os desafetos. A mãe que eu fui paparicava professoras, não perdia reunião de pais e adorava o convívio com a escola.

A mãe que eu sou teve que trocar filho de escola de repente, procurou pouco (e deu sorte, graças a Deus). Ainda não conhece muitos de seus amigos, não busca mais na escola, delegou a tarefa à vovó, sabe das histórias que a vovó conta ou que filhote conta "do seu jeito".


A mãe que eu fui tinha o telefone da creche registrado no celular e num imã de geladeira, mas nem precisava pois sabia o número de cor e salteado. 


A mãe que eu sou esqueceu de mandar a pasta com trabalhinho do filho e precisou procurar na internet o  telefone da escola para avisar. A mãe que eu sou ainda não anotou este número em lugar nenhum...

A mãe que eu sou concorda com a lei das cadeirinhas, mas não sabe o que fará quando precisar de caronas. Não poderei mais pegar carona com o filhote? Agora só de ônibus? A mãe que sou não acredita que ônibus é um transporte seguro. A mãe que sou precisa adaptar-se às novas situações.

A mãe que sou sente saudades da mãe que fui. Estressada? Cansada? Sobrecarregada? Sinto que estes adjetivos me afetam mais hoje do que no tempo em que podia cuidar do meu filho da maneira que acho mais adequada. Quando eu sentia que podia protegê-lo, preservá-lo. Sinto saudades de ser assim e é o que busco neste momento. Não entendam como culpa, não me sinto culpada. Sei que no momento é o que posso oferecer, mas como já estive em outra posição sei que pode ser melhor, e quero voltar a isso.

Quando estudei percepção de riscos não imaginei que minha vida daria uma volta que me colocaria em posição experimental. Agora entendo que não é apenas uma questão de perceber os riscos; que negligenciar riscos é algo muito mais profundo do que podemos explicar num trabalho científico. Que riscos e perigos só podem ser percebidos/ prevenidos a partir de determinada classe social (econômica, na verdade). Fui a campo, estudei, li tanto, escrevi tanto e a vida me ensinou muito mais. Já aprendi, agora pode fechar o capítulo, tá bem? Quero ir para o próximo.

Se não entendeu, me perdoe, é um desabafo que eu precisava fazer à vida.

Beijos a todos,

Tati.

sábado, 22 de maio de 2010

Reeditando: Normas e Diretrizes para ser espontânea

Amigos,

Fiquei com vontade de "reeditar" (repostar?) alguns textos de quando meus únicos leitores eram mãe, marido e a Alê. Quem sabe vocês gostam? Se estou colocando de novo é por que são os que eu gosto mais. E dava uma pena de deixá-los fazendo eco... eco... eco... 
Digam se vale à pena fazer esta triagem. Se valer, faço mais vezes, ok?
Este eu postei em dezembro de 2009.



"Chego à conclusão de que preciso exercitar a leveza em minha vida. Que se danem tantos compromissos e essa necessidade despropositada de ser tão certinha, esse compromisso ensandecido com o politicamente correto. Isso torna minha vida difícil, chata, enfadonha mesmo!!
Quero mais risadas, mais improviso, me permitir ser mais relaxada e feliz! Ser feliz é mais importante que estar certa. Ok, ok... mas eu sempre penso nisso quando acho que minha opinião é mais correta que a do amigo e “não pode bater no amigo”. Mas eu nunca tinha parado para pensar que eu também posso estar muito errada em querer estar certa, porque eu fico uma grande CHATA!!
É chato conviver com alguém com essa mania, quase TOC... Agora, preciso baixar uns tutoriais, manuais, fazer um curso, certificação (...) para aprender a ser mais espontânea. Como faço isso?
Como estar tranqüila em relação à agenda do Bê, os se ele está ou não levando lanche no dia de piquenique. Ou se o lanche que ele está levando é mesmo saudável... por que isso é tão importante assim?
Para quem preciso passar uma imagem de certinha, profissional, responsável, que dá conta de tudo?
Não quero mais ser assim. Claro que não quero negligenciar filho, nem largar meu trabalho de lado ou morar num ninho de mafagáfos cheio de mafagafinhos... mas eu posso deixar acontecer, né? A gente pode almoçar biscoitos num dia, só para fazer um passeio diferente, sei lá.... será que consigo tudo isso?
Como as pessoas fazem para ser espontâneas? Preciso de um check-list!"


E aí? Valeu a pena ler de novo pela primeira vez? 
Beijos a todos,
Tati