Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Se não for abusar...


Outro dia o Lynce, meu amigo do virtual disse que me sentisse em casa na sua casa (blog). Enquanto respondia pensava que aquilo dava samba (ou seria Fado?). Como não sei compor, mas sei escrever... Senta que lá vem a história:

Sabe essa coisa de se achar gentil e dizer: Sinta-se em casa na MINHA casa? O folgado só entende uma parte: Sinta-se em casa. Ele não absorve a parte do MINHA casa.

Muito cuidado ao usar esta expressão, você pode falar por simpatia, mas tem muitos por aí que a entendem no sentido literal e quando você perceber tem um (ou uma família) de soltinhos abrindo a geladeira, colocando pé no sofá, mudando canal da TV, usando seu computador e até mudando a configuração! Ah, se tem!!

Tenho certeza que só com o parágrafo acima quem leu já colocou rosto em vááárias figuras, estou certa? Pois é, mas a gente ingênua e de boa vontade continua dizendo isso por aí, para gente que parece amigo, parece tranquilo, parece ter noção... mas é sem!

Vou ilustrar: Eu e Vi somos meio matutos, achamos que todos serão amigos e ficamos felizes por cada pessoa nova que conhecemos. Quando vendemos nossa casa, o casalzinho que comprou era tão simpático, novinhos, sorriso largo...

Como estávamos na ansiedade, comprando um apartamento, cheios de expectativas, quisemos oferecer a eles o que gostaríamos que nos oferecessem e, na assinatura do contrato, ofertamos: "Fiquem à vontade para visitar a casa, afinal... hohoho... a casa é de vocês, né! hohoho E rimos com o trocadilho...

Teríamos ainda perto de três meses morando na casa. Semana seguinte o comprador liga dizendo que quer ver a casa, que tinha visto com pressa, blá blá blá... Os bobões, que somos nós, todos solícitos. Fizemos uma surpresa (hahaha Tô rindo do quanto somos patinhos). Como nossa vaga era na frente da casa, colocamos nosso carro no estacionamento de visitantes para que ele "tivesse a sensação de chegar em casa". Gente, fazem ideia? O cara entendeu mesmo que tinha chegado em casa!

Ficou até tarde. A gente com criança pequena, que dorme cedo (na época tinha 3 anos, dormia mais cedo ainda) e o cara lá, todo amigo, contando histórias, olhando tudo... enfim, uma lástima. Acabou por aí? Claro que não...

A partir deste dia, ele ligava o tempo todo e, pelo menos uma vez por semana queria ir lá em casa. Eu p. da vida, querendo falar um monte e marido: Deixa que eu resolvo. Só que meu Vicente é um São Vicente, vocês não fazem ideia. Só quem o conhece pessoalmente para confirmar o que digo (manifeste-se aí pessoal). E eu me segurando para não ferir o santo de casa, que contrariando o dito, faz muitos milagres sim!

Ele trouxe a mulher, ele trouxe as TINTAS! Ele trouxe caixas de mudança... Aí, marido já sem paciência nenhuma, deixou na varanda, do lado de fora. Dane-se se chover em cima! Tolerância tem limite, mas acho que falta de vergonha na cara não tem...

Esta invasão de privacidade tornou os dois meses e pouco que ainda ficamos lá um caos. Chegou ao cúmulo de aparecer com a família toda no dia em que estávamos empacotando nossas coisas. Neste dia dei um ultimato no marido: Ou você age ou eu vou agir. Conhecendo a mulher que tem e preocupado em manter a política de bom samaritano... neste dia, ele não deixou que eles entrassem, mas com sua polidez habitual. Voltaram da porta, nem vi ninguém. Devem ter nos achado muito sem educação, os simpáticos!!

Por isso que eu digo: Protejam-se dos folgados desde o primeiro dia, assim não terão que passar por deselegantes na hora que não der mais para tolerar os abusos!

Teria muitos outros causos para contar, mas não quero abusar do seu tempo (kkkkk Típica frase de folgado!)

Beijos a todos.
Fiquem à vontade, a casa é nossa! Mas nada de pé no sofá, hein!

Tati

21 comentários:

Taia Assunção disse...

kkkkkkkkkkkkkk...valei-me. Infelizmente nossa boa fé nas pessoas é grande e quando percebemos estamos completamente enveredado nessas situações patéticas...kkkkkkkkkkkkk. Beijocas!

chica disse...

Ri muito ...É o tal do ditado:Eu dou, mas não arregaça,srsrsr...São abusadinhos ,mesmo,né?beijos,chica

Tati disse...

Meninas, e digo, não inventei uma única linha, nem mesmo aumentei os fatos... Esta história é toda real. Apenas tornei engraçada, por que durante não teve muita graça não... heehe Beijos.

Unknown disse...

Oh my Goddddddddd!!!! Affff... eu já tinha mandado todo mundo praquele lugar e dito, em ordem alfabética, todos os palavrões que eu conheço. Pelo amor de Jesus cristinho!

agora, tem que rir! kkkkk

beijos

Lu Souza Brito disse...

Ahahahha, ai Tati, que situação. É para emputecer mesmo né?
Mas e quando a situação é contrária?
Eu estou na ponta inversa desse problema. Só para resumir, eu comprei a casa do meu cunhado, paguei 75% á vista e o combinado é que eles liberariam a casa em 3 meses. Já encerrou o prazo e só porque eu fui atrás (marido é o irmão e com isso, tolerante demais também) para saber que pé estava, pq quero reformar o cafofo todo antes da mudança, veio me dizer que neste momento não tem condiçoes de sair...s´daqui mais 3 meses. Posso???
Agor a filha,todo fim de semana tô lá fazendo medições, vistoriando o que vou precisar trocar (a casa é ao lado de onde moro). Estou sendo chata, inoportuna, minha intenção é incomodar mesmo. Porque trato é trato...e eu queria minha casa pronta até o fim do ano e neste ritmo acho que nao vai dar. Tô pensando seriamente em cobrar aluguel!

Luciana disse...

Tati, que situacão, eu não teria aguentado. Acho que os homens não são muito habilidosos em dar um chega pra lá em situacão assim não.
Menina, odeio gente folgada, não abro nem a chance da primeira entrada, se eu sentir no ar cheiro de gente folgada, já corto. Não dá pra gente ser cordial assim como vocës foram não, com ninguém.

Boa sorte para que isso nunca mais aconteca.

Anônimo disse...

kkk... Amiga, que situação! Mas o que tem de gente sem desconfômetro por aí não é mole.
Beijos na alma!

Macá disse...

Tati
Na época deve ter sido uma chatice mesmo, mas hoje, vc contando é engraçado. Eu sou assim também. Fico achando que as pessoas vão agir como eu agiria, amigo.... mas sem folga. Mas as coisas não são assim mesmo. E hoje em dia então, onde parece que a palavra FOLGADO (sem educação)está muito em moda.
Mas passou certo?
bjs

Mari disse...

Olá Tati,
Ótimo seu post...
Os folgados são terríveis, você tem toda razão!
Conheço umas peças assim rsrs; aliás...que não conhece né?
Beijos
Mari

Isadora disse...

Ai Tati a medida que lia ia rindo sozinha com a sua descrição dos "folgados".
Todo o cuidado é pouco com as gentilezas, pois o que mais vemos por aí são os que não tem noção.
Um grande beijo

. disse...

Mas tem gente que é folgado e sem limites mesmo rsrs..
já passei por experiencia semelhante..mas o seu foi bem pior..
Bjs

Glorinha L de Lion disse...

Ai tati, ninguém conta uma estoria como vc! Carcas, ri muito! como tem gente assim...eu mesma tive a última empregada que era tão folgada, mas tão folgada que uma vez viajei e minha filha quando chegou em casa, ela tava dormindo coberta com o meu edredon...qualquer dia conto essas estorias...vade retro! Beijinhos miguxa!

Carmem Tristão disse...

ai, nem me fale! eu poderia passar hoooooooras conversando com você aqui sobre o Zé Luiz. mas vou falar só sobre a situação que pra mim foi a gota d'água. a gente morava no 9o. andar, ele no 16o. no nosso aniversário de 2 anos de casamento, eu cheguei e casa e dei de cara com marido na varanda da sala, à luz ambiente, com jantarzinho japonês preparado pra gente, televisão virada pra sacada, passando show do Pink Floyd em DVD. Meia hora depois me chega o Zé, falando alto (não, ele NUNCA fala baixo). "ô parceiro! que isso? não pagou a luz não é? hehehehe que tá pegando? ah, dois anos? parabéns hein! fica à vontade aí, gente!" e acendeu as luzes, virou a televisão de volta pra sala, desligou o DVD, pegou o controle remoto, escolheu um filme e deitou no sofá sem camisa. ponte que partiu! baralho! nunca fiquei tão nervosa na minha vida! levantei e falei com todas as letras: "Zé, sai daqui! sai daqui agora! sai daqui senão termino com seu amigo e a culpa vai ser sua!!!!!". daí pra frente ele só apareceu pra pedir favor. quando ele desceu pra pedir 6 taças de vinho emprestado porque ele ia dar uma festinha na casa dele e não nos convidou, aí eu vi que não tinha jeito mesmo. paramos de atender telefone, porta e interfone.

Tati disse...

MILA: Essa era minha vontade. Se não o fiz foi em respeito ao marido, que ficaria chateado e é um Lord. Nunca faria algo sabendo que o chatearia!
Mas vontade deu!

LU: Pior é que do outro lado vivemos situação igual. Entregamos a casa na data marcada, ficamos hospedados na casa da minha mãe, nossos móveis num guarda móveis. A princípio por 17 dias, acabamos passando uma temporada de 4 meses, por que também não nos entregaram o apartamento. Sei exatamente o que está passando. É de matar!
Beijos e boa sorte!

Tati disse...

LUCIANA: Acho que do jeito que somos há grandes chances de que algo assim aconteça de novo nas nossas vidas. Não sei se vale mudarmos nossa conduta cordial por uns folgados que aparecem no caminho. Graças a Deus tem mais gente boa do que desse tipo!

MERI: Tem mesmo muita gente assim no mundo. Tenho outras histórias para contar, aos poucos vou soltando por aqui... hehehe

MACÁ: Graças a Deus passou. Hoje é só uma história engraçada que vivemos. História para contar... Aprendemos um pouco, mas não mudamos muito... Fazer o que? Hehe

Tati disse...

MARI , ISADORA e OLAVO: Folgados tem aos montes. Todos conhecemos pelo menos um. E são sempre muito espaçosos! Mas ser gentil deve ser uma meta constante, independente de como os outros agem. Pelo menos é como eu penso. Beijos.

GLORINHA e CARMINHA: Que histórias horrorosas as de vocês também. Credo! É difícil imaginar o que leva uma pessoa a se achar tão cheia de direitos. Beijos.

Luma Rosa disse...

Eu desisti de vender meu antigo apartamento por causa do entra e sai de gente 'olhando', agora esse comprador é uoh!!! Por acaso, vocês continuaram amiguinhos depois? (rs*)

Eu tinha um amigo que chegava e não ia embora! Batia uma hora, duas, três... da manhã e nada! A namorada repousava a cabeça no ombro dele e tirava o maior cochilo e ele falava, falava, mesmo que você desse indireta e nada! Um belo dia, a namorada começou a babar na camisa dele, de boca aberta, não aguentei! Foi a gota d'água! Quase perco o amigo! Apesar dessa inconveniência ele é boa pessoa! Caiu em si e pergunta sempre se não está incomodando! Fiquei sabendo depois pela sua mãe que quando ele era criança, bateu muito a cabeça!!

Beijus,

She disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk gente, como assim? Carambaaaaa eu acho que essa é a história mais folgada que já fiquei sabendo até hj...cruuuuuuuzes!
Bjo, bjo!

lynce disse...

Ó simpática, nem imaginas como fiquei contente por saber que um simples comentário te inspirou desta forma.
Beijinhos e continua assim!
:)))

Claudiene Finotti disse...

Menina, esse post é a cara de umas pessoas que conheço.
Sabe aquele tipo que faz cocô no meio da nossa sala de visitas e diz: "espero que não esteja atrapalhando, se estiver, me avisa que eu paro já já..." ... é UÓ...
Eu sou muito chata, mas prefiro sofrer do que falar. E odeio ainda mais qdo os folgados me forçam a mentir, tipo, me obrigar a mentir que não estou com talão de cheques prá não ter que emprestar, etc...

Bjão.

Beth/Lilás disse...

Ai Tati, que história escabrosa, mas tive que rir também!
Pois eu já tive uma experiência similar. Um amigão de infância de meu marido veio nos visitar com mulher e dois filhos terrrrrrééééveis.
Eu morava numa cidade de praia, mas minha casa não era de veraneio, mas as pessoas não entendem bem asism, principalmente vindo do Rio Grande do Sul e qualquer poça pra eles significava mar.
Ficaram duas semanas e foi um sufoco, pois na primeira semana, para facilitar, emprestamos um carrinho muito bem cuidado que só eu dirigia e tinha o teto todo clarinho.
As crianças, além de melecar o fusc todinho, ainda botavam os pés no teto. Minha casa pareia um redemoinho de bagunça e a mulher dele só pegando sol e lendo revistas.
Quando foram embora, meu filho que ainda era pequenino virou-se pra mim e disse: Mamãe, eles não vão voltar não né! E suspirou cansadamente.
Hoje em dia, não ofereço mais nada, tenho o maior medo de gente folgada e sem noção.
beijos cariocas