Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Vestido da sorte

Quando tivemos o verde na blogagem coletiva eu fiz "alguns" rascunhos e acabei optando pelo Minha vida é verde, na verdade, li os dois que mais gostei para marido e ele escolheu. Só que este ficou aqui, juntando poeira cósmica virtual... Agora o Colorindo a vida acabou e o texto ficou assim, sem pai nem mãe. Resolvi lançá-lo a vocês, quem sabe alguém ri um pouquinho... No fim das contas ele é apenas o detalhamento de um parágrafo da postagem verde, mas é independente, quem não leu vai entender, afinal, ele era uma postagem independente, né? Então, está aí para vocês minha boba historinha em verde:

Elegi, para contar, uma história sobre um vestido.

Meu guarda roupas é muito colorido, entretanto há um predomínio de verde e rosa (não sou mangueirense, hein. É só coincidência), mas as roupas favoritas são verdes. Meu vestido mais querido, e que por isso uso em ocasiões especiais, chegou a ser apelidado por meu chefe de "vestido da sorte"... hehehe. É a história que vou contar. 
Descobri que quase não tenho fotos com ele...

Há dois anos atrás estávamos hospedados na casa de meus pais, aguardando que os antigos moradores liberassem nosso novo apartamento. Tivemos que entregar nossa casa e nada do casal entregar o apartamento. O que era para durar 15 dias foi eternizado em 4 meses. Nem preciso detalhar nosso (des)ânimo no período, né? 

Nesta época, passando por uma vitrine, me apaixonei por um vestido. Não era hora para compras, mas eu queria me consolar. Entrei na loja e experimentei. O vestido era estilo cache coeur, verde escuro, quase musgo, vestia maravilhosamente bem. Foi amor à primeira vista. E foi correspondido. A não ser (sempre tem que ter um porém, né?)... pelo preço... Era bem caro. E sabia que teríamos grandes despesas pela frente, além daquelas decorrentes das documentações. Mas este pirulito do Dr não poderia ser deixado no consultório. A injeção estava doendo muito...

Comprei o vestido! Feliz demais. Comprei também mais duas blusas em outra loja. E voltei para casa preocupada. Coloquei uma bolsa dentro da outra... ai, ai, ai... o que o Vi vai dizer?

Cheguei na casa da minha mãe e enfiei a bolsa (neste momento já resumia-se a uma única) em um guarda-roupas de quando eu era solteira e que minha mãe usa para "coisas em geral", sabe como é? Então, meu vestido lindo ficou ali. Morou ali os meses restantes de nosso exílio. Não tive coragem de tocar no assunto com o Vi. Mostrei as blusas, usei, mas o vestido... Só pensava nele. Uma espécie de amor platônico temporário.

Então nos mudamos, e na primeira oportunidade, lá estava eu com meu vestido. Contei a história para o Vi, que achou que eu estava linda e pronto! Questão resolvida. Mas aí é que começa a história.

Este vestido, além de lindo, é muito discreto. Não é decotado, bate abaixo do joelho, tem cores sóbrias. E é extremamente feminino. Como não tenho um grande guarda-roupas, suas características me fizeram elegê-lo para traje de apresentações importantes. E este ano que passou foi riquíssimo delas. Então toda vez que surgia uma apresentação, uma aula, uma palestra, fosse no mestrado ou no trabalho, lá estava meu vestido verde exibindo os slides. Estava tudo ótimo até que no final de 2009 tivemos uma apresentação externa e, por acaso, fui de calça. 

Quando chegamos meu chefe comentou: 
- Ué, não veio com o vestido da sorte?

Fiquei com tanta vergonha... Mas achei engraçado. Meu chefe é também meu amigo, tem intimidade para brincar. Achei ótimo que ele pensasse que era superstição, mas corri comprar um novo modelito, também belo e discreto, mas agora preto. 

Ainda assim o lugar do meu amado vestido verde está garantido. No armário, no corpo e no coração. Ele é meu companheiro em memoráveis lembranças!

Beijos em verde esperança e cura,

Tati.

14 comentários:

c r i s disse...

Hahaha!! Tati, também adoro um verde e confesso que algumas vezes fico um pouco repetitiva nas cores, mas prá mim são fases, às vezes é o vermelho, muitas vezes azuis e meu guarda roupa muda de tom, mas como são raras as aquisições eles vão se transformando em fases também...rs! Vai entender?? Bjinho!!

Unknown disse...

kkkkk... Eu tive um terno da "sorte" que nunca me deu sorte! Sempre o usava nas entrevistas de emprego e ocasiões "importantes", mas ele, efetivamente, nunca me deu sorte. A cor era cinza, sei la que cor era... era uma cor entre o cinza e o bege. Aliás era bem bonito! Talvez se fosse verde, teria dado mais certo. rsrsrs.

Adorei o post!
beijocas

Isadora disse...

Tati, acho que quando você fez a postagem sobre o verde comentou rápido sobre o vestido.
Aconteceu algo parecido comigo. Amo verde e aluguei um vestido verde pois eu seria madrinha de um casamento. Quando fui devolver o vestido pensei em comprá-lo de tanto que gostei.
Não fiz como você e até hoje, me lembro com saudade do vestido. Devia ter seguido o impulso.
Um beijo

Beth/Lilás disse...

Tati,
O problema de quando compramos uma roupa cara é que, para justificar o preço, acabamos usando bastante e aí corre-se o risco de aparecer com ele em todas as fotos de eventos.
Mas, o vestido verde era bem lindo mesmo em você.
bjs cariocas

Anônimo disse...

Oi Tati,
Eu também tive um vestido assim!!! Que saudades. Ele ainda existe, mas não me serve mais, (encolheu sabe? Sim porque eu continuo esbelta, com o mesmo corpitcho, hahahaha, sonha...) bjs

josi stanger disse...

Oi Tati! Eu também gosto de usar vestidos, e compartilho os meus com a Deisi, minha sobrinha. Agora ela mora um pouco longe, mas quando vou pra lá levo uns vestidos pra ela e trago outros dela pra cá, então não consigo ter uma regularidade com minhas roupas é um troca troca sem fim! Mas tudo bem, ultimamente, como fico mais em casa, uso minhas roupas velhinhas mesmo...

~*Rebeca*~ disse...

Adorei!

disse...

Oi Tati!!! Menina isso de usar algo para dar sorte é muito engraçado e acontece muito, faço isso sempre na virada do ano, da uma dose extra de confiança. Adorei o comentário da Marli, rsrsrsr!!! Bjossss

Taia Assunção disse...

Hehehe...adorei. Os homens são tão mais simples do que nós...viu só, seu marido achou lindo e pronto...e você sofrendo sem necessidade. Mulheres!!! Minha sogra tinha um vestido que sempre estava vestida quando inventávamos de tirar foto...nós (filhos/noras e genros) o apelidamos de "vestido de tirar foto" hehehe...ela deu fim nele, mas as fotos continuam lá registradas...beijocas!

Regina Coeli disse...

Oi Minha Linda,
Ler seus posts faz um bem grandão.
O trivial fica colorido e a gente consegue ver através de sua ótica uma história carregada de sensibilidade e acaba se emocionando...
Desfrute bastante desse "VESTIDO DA SORTE"!!!
O AMIGO FRANCISCO já está em Jacarepaguá...
Mil beijinhos.
Regina Coeli

Isadora disse...

Oi Tati deixei para você um selinho/brincadeira lá nos Tantos Caminhos, mas, por favor fique muito à vontade para aceitar ou não.
Um beijinho

Renata disse...

Oi Tati, tô rindo aqui da historia do vestido...kkkk...muito legal...acho que todos nós temos assim uma roupa preferida pra ocasiões especiais...eu pelo menos tenho a minha...rsss...

Que ótimo que seu chefe tem bom humor hein?rsss

Agora falando sobre o post aí de baixo, digo que café tbm é minha digamos, não é minha cor preferida, mas é meu passa tempo preferido,tomo café a toda hora tbm, é ele que apaga todas as minhas angústias, minha ansiedade, minha pressa, e me ascende, me prepara pra cada novo dia!

Adorei os posts, parabéns!

Abraço,

meus instantes e momentos disse...

que bom conhecer teu blog.
Que bom vir aqui.
Maurizio

Bordados e Retalhos disse...

Adorei! E tenho certeza que esse vestido é lindo mesmo. Acho que vc deve usá-lo sempre que sentir vontade. A história é ótima e esse negócio de esconder dentro do armário aquilo que nao se deveria comprar agora eu faço também. Achei que era só eu que saia as vezes linda e faceira com uma roupa nova e ao marido admirado respondia: nossa comprei há tanto tempo, vc não reparou? Já usei muitas vezes. E assim ele fica quieto ou por não lembrar mesmo (e nem pode) ou pra não criar confusão. rsrsrs. Ah Nós mulheres!
Bjs