Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sábado, 14 de agosto de 2010

Os bastidores da lembrança


Quando estava montando a postagem da Quem me quer - Quem eu quis - fui ao google imagens procurar fotos da boneca. Consegui encontrar tanto a minha quanto a da minha irmã. Sim, a história é baseada em fatos reais! hehehe
  

Nas buscas acabei parando no Mercado Livre, onde descobri uma infinidade de bonecas Quem me quer, e outras tantas, sendo vendidas. Uma Quem me quer chega a custar R$ 350,00. Achou caro? Eu daria, se tivesse!! Olhando as fotos senti uma vontade tãããão forte de abraçar a minha de novo... senti até o cheirinho dela, acreditam? A textura da pele... Ai... que saudade da minha boneca favorita, gente!! hehehe

Mas nem era isso que eu queria falar não... É que na busca, quando vi estas bonecas à venda, vi que muitas ainda estavam nas caixas, algumas lacradas!! Como assim? Aí lembrei da tristeza do Pete Fedido, lembram dele? Do Toy Story 2? E sua frustração por ter sobrado, por nunca ter sido tirado da caixa... A gente repete esta frase à exaustão aqui em casa (filme preferido da família, diga-se de passagem): "Nuuunca foi abertaa..."

E aí fiquei com uma peninha delas... Daquelas bonecas que foram produzidas para serem abraçadas, queridas... para fazerem parte das histórias e lembranças de uma criança e... não foram abertas, para não estragar...

Lembrei também de umas amiguinhas de infância, que moravam na casa em frente ao nosso prédio: Márcia e Renata. Elas tinham um husky siberiano liindo, o Micha, e tinham também tantos, mas tanto brinquedos... Uma vez, brincando na casa delas, a mãe abriu um armário e havia uma infinidade de bonecas nas caixas, numa prateleira que a gente não alcançava. Acho que ela guardava para dar de presente em aniversários, sei lá. Na época não me questionei. Só registrei a imagem por que era uma visão do paraíso! Imagine o cheirinho de todas aquelas bonecas novinhas... Cabelos sedosos... Roupas que farfalhariam... Brincadeiras virgens por acontecer... Será que são estas bonecas, aquelas fadadas a morar no fundo do armário durante a infância das meninas da casa, as que vemos hoje expostas no Mercado Livre? 

E se pensassem, o que sentiriam estas bonecas? Seriam felizes por estarem ainda montadas, todas trabalhadas no estilo "não saí da caixa"? Ou estariam tristes por não terem vivido?

As nossas bonecas não sobreviveram a nós. Não tenho nenhuma para contar a história. A última, uma Susi com calça cigarrete de tecido brilhoso e casaco de pele, foi destruída por uma boxer louca que tivemos, a Chalaninha. As demais, acabaram-se em brincadeiras. Não acho ruim. Não faço questão que os brinquedos do Bê sobrevivam à passagem do tempo. Se eles resistirem às brincadeiras, ótimo, desde que as brincadeiras sejam seu porto, e não a conservação.

Minha mãe conseguiu que uma de suas bonecas resistisse ao tempo, era linda! Eu e minha irmã, duas traças de brinquedos, destruímos a coitada. Não precisamos chegar a este ponto, né? É possível um uso cuidadoso,  desde que um USO. Sei lá, é minha visão para os brinquedos. Não todos, é claro! Há aqueles que são produzidos para colecionadores. Sua energia é diferente. Eles são mais esnobes. Na verdade, se olharmos em seus olhos perceberemos que nem mesmo gostam de crianças... Eles torcem o nariz quando elas chegam perto... Não sou muito fã deles não... Uns metidos!

Lembrei também do aniversário de 1 ano do Bê. Dentre tantos e tantos presentes lindos, em suas caixas e laços de fita, um chegou numa bolsinha despretensiosa. Minha querida amiga Lilith, um daqueles tesouros que papai do céu me deu, levou um presente de loja, embrulhado como os demais, e também esta bolsinha, com "Os 7 atchins". Sabe quem eram? Os 7 anões, de borracha. Qual seu valor? Foram dela, quando criança, e ela os quis passar para meu filho. E se você acha que esta história já era encantadora aqui, não sabe o desfecho. Estes atchins tornaram-se o brinquedo favorito do Bê. Até hoje estão aqui em casa. De tempos em tempo damos uma geral nos brinquedos e separamos os que não são mais usados para doar. Quando chegamos nos atchins, ele os segura por um tempo, pensa... e diz, um tanto contrariado: "Tá beeem, mãe. Pode dar"... Na sequência, disfarça e os pega de volta! Agora já nem os incluo mais neste grupo de possíveis doações. Serão guardados, tal qual Woody, Buzz e Jessie. Quem sabe serão ainda os favoritos dos meus netos? Ou retornarão aos filhos da Lilith, quando estes forem encomendados? Isso ainda não sei... Sei que estes podem se dizer brinquedos felizes. Fazem parte de um ciclo de amor. 

Será que 1.425.569 vezes assistindo à série Toy Story me afetou? Pode ser. O mais provável é que ter este filme como predileto, dentre as animações maravilhosas que temos por aí, venha de uma grande identificação com brinquedos e brincadeiras. Tenho um arquivo maravilhoso em meu baú da memória para contar a vocês, só que aos poucos, tem que ter paciência com tantas e tantas histórias. 

Me aguardem!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Só para esclarecer: Existiam duas coleções de bonecas, ambas da estrela, uma a Bem me quer e outra, a Quem me quer. A minha era a Quem me quer, são as bonecas das fotos acima e do post anterior (a última, de cabelo arrepiado, não. É uma imitação, é que foi a única que encontrei descabelada... A Bem me quer é a boneca da foto ao lado. Pronto, acharam que eu tenho boa memória? Precisa ver a do Google!! Mais beijos.


23 comentários:

Paula Betzold disse...

Nossa, relembrar brinquedos da infancia é tudo de bom! eu me lembrei da minha coleçao da branca de neve e dos 7 anoes, e tb da casa da moranguinho. E a Lu patinadora? ehhehehe mto bom!!! beijooooos

Taia Assunção disse...

Não gostava de bonecas, meu lance eram panelinhas...rsrsrs. E até hoje é assim...rsrsrs. Beijocas!

Anônimo disse...

Honestamente não pagaria tal preço por um brinquedo. Justamente por isso que muitos não saem das caixas, pois são caros demais para deixar estragar. Eu tinha um sonho de ter um ursinho tipo o Peposo, lembra? Pois ganhei um (que nem era o Peposo) mas eu não podia brincar com ele. Por fim foi ao lixo de velho por só ficar exposto, nada mais. Aff... Brinquedo é para brincar, né?
Beijo e muita paz.

chica disse...

Viajei nas lembranças por aqui...Lindo!

Fui até minhas bonecas e bonecos, gostava deles também e fazia batizados, com chá, bolachinhas "serenata" alguém lembra?(só se for jurássico como eu,rsrsr)

Adorei e guardar brinquedos é legal!beijos,lindo fds,chica

Claudiene Finotti disse...

Ah neeeem... escrevi um comentário gigante e nostálgico. Net deu erro e apagou... snif... depois venho aqui comentar de novo o texto.

Bjos.

Mari disse...

Ah este post tem gosto de infância e nos leva a um tempo que foi um dos melhores de nossas vidas.
Uma delícia!
Beijos querida

Lúcia Soares disse...

Tati, minhas filhas tiveram a Bem-me-quer, uma era essa que você postou, de cabelinho rosa. Eu gostava mais que elas.
Tiveram também as Sorvetinho, lembra?
Eram do mesmo estilo das Bem-me-quer, menores, e traziam uma casquinha de sorvete pendurada num braço.
Amava, também.
Como contei, não tivemos muitos brinquedos, então me realizei muito nos que dava pras filhas.
Mas, sabe, não tenho a sua memória, não! lembro-me vagamente de pouquíssimos fatos da minha vida.
Na revista Cláudia deste mês, tem uma reportagem que fala sobre a memória. Você vai gostar de ler.
Beijos!

disse...

Fiz uma viagem junto com você. Eu lembro de algumas bonecas nsa caixas, não poderiam ser retiradas pelo simples fato de que ficariam sujas. Como assim? Um brinquedo sem poder brincar? Presenciei isso na vida, rsrsr. Bjosss

Açuti disse...

Oiii Tati,

ler seu texto me trouxe boas lembranças...de minha infância, as brincadeiras...
A Bem me Quer foi minha boneca sonhada, pois não a ganhei...mas eu era tão moleque na infância, gostava mesmo era de bola, futebol de botão, pipa e carrinho de rolimã...
Tinha poucas bonecas por esse gosto...uma delas resistiu aquele período...e um belo dia, olhei bem para ela e ela me pediu que a deixasse ir para outra criança, eu, obedeci e a doei...fiz um bem ao meu coração enorme!!
Ai, ai, boas lembranças!!!

bjksss e tenha um excelente domingo.

Irene Moreira disse...

Tati
Você me levou a viajar no tempo e a recordar todos os meus brinquedos, as minhas bonecas de pano, a boneca AMIGA e assim vai. Linda a sua história e muito verdadeiro quanto as bonecas que ficaram na caixa até hoje. Por que será que o Mercado Livre vende tão caro assim? Será que seus donos querem mantêlas na caixa eternamente? Será que um alma bondosa, com condições financeiras, não poderia arrematar todas e doar a uma instituição onde faria um monte de crianças felizes?
Comecei a disparar tantas perguuntas porque não consigo aceitar isso.

Beijos e bom domingo

Nutrição & Cia disse...

Tati juro que postei antes de passar por aqui. Fiquei até pensando como e porque a gente perde uma parte da nossa infância nos brinquedos. Da um pulinho lá no meu e vê o post. Não é da minha infância não é da minha filha. Bjs

Regina Coeli disse...

Olá minha Menina Linda,
Não é a toa que gosto do MUNDO DO FAZ DE CONTA...
Quer melhor que essas doces lembranças??
Beijos no BÊ no Vi e um cafuné para você nesse final de domingo.
Regina Coeli

Mimirabolante disse...

A minha filha tinha uma......e ela a chamava de :Pem me quer!!!Ela adorava........acabou dando,nestas arrumações de coisas para doar a quem não tem!!!!350.00????se tivesse tbm daria....srsrsrssr

She disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
muito bom!!!!
Queridaaaaaa sensacional o seu post! Parabéns!
Beijo, beijo!!! ;)

Denise disse...

Sabe Tati, os brinquedos que brincam sozinhos, eu evitava comprar, quer para os meus, quer para presentear. Aqueles de corda/pilha, que a criança liga e...olha. Prefiro os educativos, que a criança manipula - adorei "as brincadeiras virgens por acontecer", desde que não durmam nos armários e gavetas fundas, mas sejam o mistério desbravado pelos sentidos infantis...

Guardei algumas coisas dos meus filhos, não só pela lembrança como para uso dos netos. Terão brinquedos que (quase) ninguém terá (se vão mais de 20 anos da caçula, imagina...). Ela teve as bonequinhas da coleção - moranguinho, uvinha, liminha...a Tipy e a mãezinha, que estão inteiras, apesar das brincadeiras com as primas...saudade que me deu esse teu post, ainda mais em contato com o primeiro "herdeiro" dessas relíquias...

A cada post, mais gosto de estar aqui, te lendo e me emocionando...beijo querida, uma ótima semana pra vc!

Beth/Lilás disse...

Oi, Tati!
Legal estas lembranças da gente, nossa infância, brinquedinhos e brincadeiras.
Eu adorava a Amiguinha, mas não tive era carézima, mas tive outras que lembro como se fosse hoje, inclusive uma que tinha um pompom na cabeça e rodava aparecendo três carinhas diferentes. Era da Estrela.
Gostava também de panelinhas e jogos. Eu e minha irmã brincamos muito juntas.
beijinhos cariocas

DeCoração com Fatinha Estrela disse...

Olá Tati adorei seu blog e adorei sua postagem ...Nossa lembrei direitinho daquela boneca bem me quer de cabelos loirinhos rsss e outras q tive . Ohhhhhhh saudade gostosa. Tô seguindo esse lindo blog tá ?!
Bjssssssssss

Katia Bonfadini disse...

Que nostalgia, Tati!!!!! Eu tive essas bonecas também e adorava a coleção Moranguinho! Mas os bonecos que eu mais gostava mesmo eram os da coleção Sorvetinho, vc lembra? Eles vinham com um sorvete pendurado no percoço, cada um de um sabor diferente! Lembro que eu tinha o de pistache!!!!!!! Muito bom relembrar esses momentos felizes da infância, né? Bjs!

Nilce disse...

Oi, Tati

Sensacional seu post.
Concordo com vc, brinquedo é para brincar, mesmo. Minha filha teve todas as bonecas possíveis em sua época. E como ela sabia brincar com elas...
Eu me deliciava e brincava com ela. ela tem muitas lembranças boas.
Sabe que esses dias ela me perguntou, pois em nossas mudanças, depois que ela cresceu, ficaram guardadas em uma enorme caixa, e as maiores em suas prórpias. Foram poucas as que foram doadas. Umas estão sem cabelo, outras de cabelos espetados, rsrs, outras com cortes que ela achava na moda...Muito bom! Muitas lembranças boas...altos papos com elas quando as amigas iam embora.
Já eu, tive só duas e quando bem pequena. Não era muito de bonecas e nem as exigia. Gostava mais de brincadeiras de meninos, kkk. Bolinha de gude, patinete, rolimã, pipas...
Eu fui terrível, admito!

Bjs no coração!

Nilce

Michelle Siqueira disse...

Oi, Tati.

Ainda não tinha lido o seu texto da coletiva. Nossa, gostei demais! Nostalgia total! Senti mesmo o cheirinho das bonecas só de vc falar...

A minha inveja, nessa época, era de quem tinha o boneco Ken (lembra?) pra fazer par com a Barbie (nem lembro se tive mesmo uma Barbie, mas tive a Susi e a Moranguinho - adorei a foto! Ela era tão perfumada, né?! Ai que delícia!). Enfim, eu queria mesmo o Ken pra poder beijar a Susi, era assim que eu sonhava brincar. Passou, não tive. Mas isso me revelou uma identidade romântica com a qual me vejo até hoje.

Um abraço,
Michelle

Unknown disse...

Eu tenho aqui na minha frente, em cima do monitor, uma Blythe que comprei depois de véia...rs...com uma arara de roupinhas e tuso...adorei entrar no seu post e viajar nele!

Hadassa disse...

Pessoal,
Tenho minha boneca "Quem me quer" até hoje!!!
E guardo com todo o carinho do mundo...
Um beijo,

Dritorres disse...

Adorei o que vc escreveu.
Olhando as fotos das bonecas Quem-me-quer me interessei pela foto das suas. Eu tenho 3 e não me separo delas de jeito nenhum. Tenho um gurizinho, mas se um dia tiver uma filha quero deixar pra ela, por isso vão ficar bem guardadinhas aqui.