Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Reunião de escola


Gente, eu AMO reunião de pais na escola. Adoro participar, me preparo para o momento. E na escola do meu filho as reuniões são maravilhosas! Hoje foi a primeira do ano, professoras e coordenadora a postos, um momento bem preparado por elas, duas perguntas no quadro: As duas versavam sobre os cuidados com nossos filhos, e sobre o que podíamos fazer para educar melhor. Vou dizer que as questões mexeram comigo. Ao final destas dinâmicas elas sempre leem algum texto selecionado, que hoje foi fortíssimo (pelo menos para mim), e transcrevo na íntegra, para que possamos pensar juntos sobre isso. Então lá vem:

SE EU FOSSE CRIAR MEU FILHO DE NOVO


"Se eu fosse criar meu filho de novo,cuidaria da auto-estima primeiro,e da casa depois.
Faria mais pinturas com dedo,e apontaria menos o dedo.
Disciplinaria menos,e acalentaria mais.
Olharia menos para o relógio,e mais para ele.
Daria mais passeios e empinaria mais pipas.
Pararia de ser séria ,e brincaria seriamente.
Correria através de campos,e olharia para mais estrelas.
Daria menos safanões e mais abraços.
Veria mais frequentemente o carvalho em seu fruto.
Falaria menos,e diria mais.
Tomaria para modelo menos o amor ao poder e mais o poder de amar."
(Diane Loomans)



Quais as questões? O principal é que vesti a carapuça. Eu sou rígida demais e com isso perco ótimas oportunidades de curtir momentos especiais. Conversando com outra mãe, uma amiga querida, chegamos à conclusão que o medo de estarmos criando mais um "sem limites" para o mundo faz, muitas vezes, que sejamos duras demais, sérias demais. E isso tira a beleza, inibe o lúdico, cria barreiras. Já percebi que deixo o Bê muito ansioso, ele não aceita errar, quer fazer tudo certo de primeira ou então nem quer tentar... E sei que boa parte da responsabilidade é minha, que exijo muito e sempre! 

Continuando a reunião (não saí do assunto porque todas estas questões me rondavam durante ela), após a leitura deste texto retiramos pequenas tiras de papel de um saco plástico. Nelas, perguntas. A minha:


 "O que posso fazer diferente na criação do meu filho este ano?" 


NOSSAA!! Tantas coisas... Posso brigar menos, elogiar mais. Posso ouvi-lo mais, posso (será que consigo?) diferenciar o estresse do trabalho do estresse do convívio/ rotina/ educação. Posso tantas coisas... algumas eu faço ideia do que fazer para mudar, outras nem a mais remota... A reunião transcorreu leve, com as professoras detalhando a proposta pedagógica para o ano, para o bimestre, etc. Mas minha cabeça estava enlouquecida. E milhares de questões borbulhavam. Meu vulcão cerebral entrou em erupção... Fiz tantas perguntas, tantos comentários... já estava com medo de estar sendo chata. Sou chata! Mas não preciso deixar isso tão explícito, né? 



Enfim, tenho milhares de questões na cabeça. Quero ser uma boa mãe. Não preciso ser a melhor mãe que já esteve na face da Terra, nem exemplo para ninguém (a não ser para o Bê - coitado...), mas quero me sentir fazendo um bom trabalho. Acreditando, com convicção, naquilo que venho praticando com ele. Eu acredito que tenho dado o meu melhor, mas talvez o meu melhor esteja sendo demais. Talvez esteja na hora de relaxar um pouco e dançar o rebolation com ele na sala, ao invés de esperar que ele goste de MPB e Bach...  Deixar ele seguir para a escola com uniforme amarrotado por que não deu tempo de passar, e bochechas mais amarrotadas ainda, de tantos beijos que pude dar no tempo que sobrou! É, será que sou capaz?

E aí? O que posso fazer para ser uma mãe melhor este ano? Conto com vocês!!!

Beijos,

Tati.

16 comentários:

Fernanda disse...

Oi Tati!Acabei de ver que você incluiu seu nome no meu blog! Fui logo rapidinho olhar seu blog e olha que legal: Esse texto de escola que você escreveu eu li alto para minha irmã poder saber também. Adivinha? Ela é professora! E gostou de saber o que se passa na cabeça das mães! enfim, acho que ela vai poder colaborar com você também!!!!Parece que você tem dois filhinhos, é isso mesmo? Depois você me diz, pra minha irmã aqui já ir pensando! rs...fiquei muito feliz com sua presença, e espero que cultivemos em Cristo, uma bela amizade!!! Um abraço, e muito prazer em "conhecê-la",
Fernanda.

Tati disse...

Nanda, legal sua resposta. Eu tenho um filho só. As fotos são de épocas diferentes. Acho ótima a participação de sua irmã. Acho que ser mãe a gente vai aprendendo aos tropeções... Eu tenho tentado com todas as minhas forças, ou pelo menos penso que sim. Um beijo e obrigada!

Anônimo disse...

Ser mãe é um aprender constante.
Aff... Tbm vesti a carapuça...
O tempo passa as oportunidades são únicas...
Bjos na alma!

Fabiana disse...

Olá Tati, tudo bem? É bom saber que gostou lá do blog e estou aprendendo muito com o seu.
Ser mãe e ser presente em tempo integral, é interagir, é ajudar, é compartilhar! Fico feliz que existam ainda mães como vc, que dão a mão e ajudam em tudo. Mães presentes.
Bjs!

Fernanda disse...

Obrigada pela vistinhaaaaa!!! tá no pique aí? putz1 então somos duas!!!
contando as horas pra noite! rs...bj

Anônimo disse...

Ai amiga, forte é pouco! vou prender na parede do quarto e ler diariamente. Também quero fazer tudo novamente, enquanto eles são pequenos.

Renata Peixoto disse...

Tati, primeiro, obrigada pelas visitas e comentários no meu blog. E segundo, os conselhos que posso te dar como mãe são os seguintes: Converse muito com seu filho. Diálogo é fundamental. Escute sempre o que ele tem a dizer. Respeite suas posições e aproveite enquanto ele é pequeno...o tempo passa muito rápido.
Sempre fiz tudo isso e não me arrependo. Meu filho tem 17 anos hoje, é responsável, educado, seguro de si e tem muita personalidade (corujices à parte...rs).
Ah! E ame muito! Amor nunca é demais!
Beijão

Paty disse...

Carapuça sob medida!!! A definição que você deu sobre o medo de criar mais um "sem limites" foi tudo! É extamente baseado nesta máxima que às vezes me pego sendo rígida por várias vezes, dizendo muitos nãos e me questionando depois se não poderia ter dito sim... Fico confusa sob esta linha tênue entre o que pode e o que não pode. Será que jogar video game em plena terça feira (amanhã tem escola!) faria tanto mal?? Será que beber suco ao invés de água tem problema? Por que não pode comer uma balinha antes do jantar?? O texto faz com que a gente reflita (como se não fizéssemos isso o tempo todo!) e procure relaxar mais um pouquinho e curtir mais momentos prazerosos com nossos pequenos, afinal, passa muito rápido!! j.!

Ná! disse...

Tati,
Passei para retribuir a visita, sinta-se a vontade para voltar sempre.

Menina, que post...hein?
Vesti a carapuça completamente. Lendo o que você escreveu eu parei para pensar e percebi que tenho sido rígida demais, exigo demais e como você disse se fazem algo errado não querem tentar novamente. Vou ter que me reavaliar e tentar mudar o máximo possivel, eu sei que tudo que faço é para o bem deles, mas agora irei tentar fazer de uma forma mais divertida, sem cobrar muito, sem exigir muito.

Tati disse...

Meri, é bom vestir a carapuça, assim a gente pode refletir e fazer mudanças. Acho isso bárbaro!

Oi Fabiana, acho que não só eu, como a grande maioria das mães, estão empenhadas em dar o seu melhor para os filhos, mas como é difícil saber o que é o melhor? Não?
Já sou sua seguidora. Depois retribuo a visita. Beijos.

Alê (anônima) tive a mesma ideia quando me entregaram o texto - prender na parede do quarto... pode ser uma boa, né? hehe

Renata, obrigada pelos conselhos, achei ótimo. Também acho que diálogo é fundamental!

Pati, acho ótimo quando usamos um assunto para repensar nossas ações!

Ná! Obrigada pela visita, vamos continuar trocando figurinhas!!

Beijos a todas. Obrigada pelo carinho!!!!

Anônimo disse...

Bom dia, linda!

Tem selo p vc aqui:

http://sopassandopradizer.blogspot.com/2010/03/sabado-de-selinhos.html

Bjooo....

Silvia Cristina disse...

Olá Tati...
É a primeira vez que passo por aqui...
Também tenho um filho de tres anos, e muitas vezes me peguei questionando a mesma coisa. Cometi os mesmos "erros", antes de mais nada, digo, que se cobre menos, o fato de refletir já é um bom começo, agora é praticar paciência, coisa que também estou aprendendo e obtendo ótimo retorno...
Beijos, e bom fim de semana, à vc e sua família! ;)

Anônimo disse...

Olá Tati, muito oportuno esse post, as mães correm tanto, tem tantas preocupações que acabam esquecendo o principal. E o tempo passa e daí, passou! Saiba, ninguém está imune a isso, todos nós, se pudessemos voltar atrás, tenho certeza que fariamos alguma coisa diferente, nesse aspecto.
Beijão. Adoro teus comentários no meu blog.

Lou disse...

Sabe, eu admiro muito as mães. Elas estão sempre lá, apoiando os filhos, e os amando sem esperar nada em troca. É difícil acreditar que metade da populacão pode ser mãe um dia. Ser mãe é tão complicado - não sei se eu teria cuidado e responsabilidade sufisciente. Sou maternal, gosto de fazer os outros pararem de chorar.
É o bastante?

Como se pode ser uma mãe melhor? Não sei. Não sou mãe. Mas se fosse, acho que perceberia se estou fazendo algo errado. Auto-controle e um pouco de loucura. Pra ser mãe, tem que ser meio louca. E saber rir
Mãe felizes fazem filhos felizes. E vice-versa.

Fernanda disse...

Eu pensei na floresta da Tijuca! Tenho um pouco de medo, mas eu quero saber a sensação de voar....rs...Bjão!!!

Na Mira da Rima disse...

minha querida, que mãe amorosa não se preocuparia em dar a melhor criação e exemplos para seu filho? transformar perguntas em respostas é uma de trabalhar essas informações todas. Delicia teu escrever, li emocionada seu relato nesse post. Pois é, também não sabia que tinhas blog. Pronto, agora ligadas por mais um ponto ;-) Liguemos os pontinhos pois... beijos, clauky