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sábado, 21 de agosto de 2010

A véspera do Natal da minha vida


Ontem, em meio às visitas aos blogs amigos, li o texto da Meru Sâmi. Ele juntou-se ao mundo de informações que me atingem neste momento. Ótimas informações, diga-se de passagem.

Nesta fase está difícil me concentrar em outra coisa. A votação vai alta. Eu, online, votando, votando, votando. Recebia comentários dos amigos dizendo: Votei! Ía lá e lá estava(m) o(s) voto(s) dos amigos. Meu coração já não cabia em mim.

A Regina Coeli fez um texto lindo. Mais uma vez chorei. Esta semana foi repleta de choro, choro de alegria. De criança em véspera de Natal, vendo um lindo e grande pacote com seu nome, um laço de fita vermelho, caprichado... É esta a sensação... 

O texto da Meru Sami dizia assim: 

"A melhor forma de você saber se uma coisa é boa e certa, é você refletir se nela está todo o seu amor e, veja se ela preenche o seu coração a ponto de você não querer mais nada. Se assim for, essa coisa é boa e certa.
Quando você escolhe fazer aquilo que lhe preenche de tal forma, você se sente segura e sua auto-estima cresce. Você é feliz."
( Pai Tomé - da Meru Sâmi

Isso para ela contar o momento em que abriu mão de seu trabalho regular, estável, para seguir seu sonho, por uma mensagem recebida de seu sábio Pai Preto Velho. 


Esta semana meu sonho se desdobrou como nunca. A caixa já está sob a árvore, e tem meu nome na etiqueta... 

Não sei em que momento me perdi da minha verdadeira vocação, em que momento de minha vida passei a acreditar que era somente um hobby, um lazerEscrever é minha forma de interagir com o mundo, não sei quem eu seria sem palavras e letras. Por que não escolhi isso na hora de optar por uma profissão? Não sei, tenho outros talentos também que, de alguma forma, prevaleceram naquele momento. Ainda está em tempo de mudar o rumo da minha vida. E me realizar.

Lembro de algum tempo atrás, eu sempre cansada. Trabalhando 6-8 horas no computador e dizendo, estou tão cansada... E o Vi falando: "Não te entendo. Quando estou trabalhando eu nem sinto o tempo passar. Eu não fico assim, cansado como você. Para você, algumas horas de trabalho são tão desgastantes... Você precisa ir ao médico, tomar umas vitaminas..."

Hoje eu sei, o Vi teve a sorte de encontrar o que gosta. Um anjo-amigo um dia deu o chacoalhão, falou: "Cara, você faz todos esses cursos, vive grudado num computador... O que está fazendo aqui? Você tem que trabalhar com isso". Ele se deu conta, correu atrás e faz o que gosta. Acorda às 3h da manhã, quando tem um projeto extra, para não se atrasar para o trabalho. Faz uma viagem de duas horas para ir, mais duas para voltar. Está cansado, mas ama o que faz. E faz bem!

Eu amo escrever. Eu passo um dia inteiro em meio a palavras, entre ler e escrever, e não me canso. Este é meu lazer favorito. É também minha válvula de escape. É o talento que as pessoas descobrem em mim assim que me conhecem. Sou a escritora de cartas e cartões oficial da família. Tem um evento? Tati, escreve para mim? E eu escrevo, as pessoas se encantam. Sempre se encantaram... Como não vi antes que este era meu caminho? Que isso podia ser profissão?

Agora a chance está muito perto. Preciso de votos, muitos votos. Não tenho mais vergonha de pedir, por que pode mudar o rumo da minha história. Meus pedidos podem estar sendo atendidos neste momento. E eu preciso de você, preciso sim!

Obrigada Denise, Macá, IsaLúcia, Tati, Fefa e todos os amigos que passaram por aqui, deixaram recados de estímulo, votaram, colocaram recadinhos em seus computadores para não esquecer de votar todo dia (né, Eliane?)... Vocês não existem, e me fazem muito feliz.

Meus pais estabeleceram metas diárias de votos. Ontem, antes de dormir, via o velocímetro marcando mais e mais votos... Que bálsamo, que alegria me invadiu. Sei que concorro com blogs maiores, mais visitados e mais antigos do que o meu. Vejo também uma movimentação, um cuidado comigo que me comove. 

Então é isso, peço mais uma vez que votem. Espero não me tornar chata ao pedi-lo, entendam a ansiedade de uma crianças vendo brigadeiros ao alcance das mãos. Se puderem, divulguem aos amigos, levem o selo, enfim... o carinho que acharem que dá, já é uma ajuda que se soma...

Um grande beijo a todos,
Ótimo final de semana e...

QUE NOSSOS SONHOS SE REALIZEM! 

Tati.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Hoje eu chorei...

... foi de felicidade. Daquelas impalpáveis, sabe?
É que hoje o primeiro comentário que li, antes das 7h da manhã, na minha caixa de e-mails, dizia assim:
Salvador Dali
"Tati, quando sai o livro de contos, crônicas ou romance???
Não pode desperdiçar esse talento, por favor!!!
De verdade, fui lendo e, completamente envolvida, ri de mansinho, antecipando o que viria, ri alto e gostoso, reli algumas frases pq a-do-rei...e depois, reli TUDO, simplesmente pq é delicioso "ler vc"!! 
Uma ótima quinta pra vc, adorável escritora!
Bjossss ".


Quem escreveu foi a Denise, do Tecendo Idéias. Uma amiga encantadora, que eu conheci aqui e amo por ser toda esta doçura em forma de pessoa. Ela sempre me joga lá para cima, e pega de volta (não me deixa cair no chão...). 

Por que eu chorei? Emoção. Ela tocou no fundo do fundo do mais fundo em mim. Enquanto eu lia suas palavras fui na sala de aula do meu colégio mais querido e revi os olhos satisfeitos de minha professora de literatura (que é uma escritora e uma professora que admiro) ao ler minhas redações; Revi textos elogiados pela família, as cartas que escrevi em nome de amigas, a pedido delas, para namorados, pais, outros amigos... E fui revendo tantos momentos em que a escrita foi meu norte e me definiu. As situações em que fui afagada por escrever bem. Lembrei da homenagem pelos 90 anos do meu avô e o quanto meu texto emocionou os convidados, e que depois soube pela minha tia, meu avô pedia a ela que lesse sempre, e naquele momento saboreava e perguntava: "É isso mesmo que pensam de mim? Nossa!". E foi nesta hora que eu soube que ele não morreu sem que tivesse a oportunidade de dizer o quanto me era importante.

A escrita sou eu. Na primeira série, com 6 ou 7 anos, escrevi meu primeiro livro. Chamava-se 7 vidas, e eu ainda espelhava o 7. Era um calhamaço de folhas A4 dobradas ao meio, na forma de livrinho, e grampeada no meio, escrito com lápis ou caneta, com desenhos de garrancho (esta arte eu não domino...). Contava a história de um gatinho. Não o tenho mais, não sei que fim levou. Sonho ser escritora desde sempre.


Amo cada livro que passou por minha vida, e que muitos ainda passem. E que alguns sejam escritos por mim,  publicados por alguém e lidos por mais alguns...

Hoje a Denise mexeu num gigante sonolento, no sonho que mais me inspira, no trabalho que eu faria como lazer. Escrever, para mim, é divertido, agradável, feliz. Este sonho é sempre empurrado com a barriga. Ainda não sei como colocá-lo em prática. Como os escritores chegam lá? Já enviei meu primeiro original (só as cópias, claro! heheh) para muitas editoras, todas o recusaram. Tiveram a gentileza de devolvê-lo ou, ao menos, de avisar que não o publicariam. É um livro infantil. Amo este universo. Não desisti, estou apenas me fortalecendo, me inspirando para novas incursões. Dói receber a carta recusando...

A generosa e sábia Sandra Ronca me deu uma mãozinha e as sugestões dela foram ótimas. Eu a chamei de minha Rilke (por causa do Cartas a um jovem poeta)! Estou maturando.É que escrever, para mim, é como produzir vinho, precisa de longos tempos no barril... Algumas coisas não, sento aqui e saem, como esta sopa de letrinhas que agora produzo para vocês. Sei que conforme for lendo, algumas coisas vão sendo mudadas. Quem lê primeiro lê um pouco (ou bem) diferente do último... 

O que quero é apenas agradecer. Por que sinto que está acontecendo, ainda que não tenha a ação concreta em minhas mãos. Sinto-a sendo desenhada em nuvens, o campo sendo preparado. A jornada já começou. E eu choro, com as palavras da Denise, que me dizem exatamente isso. Obrigada, minha amiga. 

Quero depois contar aqui sobre a Sandra Ronca, uma ilustradora e autora de livros infantis, há um post sendo produzido sobre ela, na verdade, sobre meu carinho por ela. Em breve, na sua programação bloguística!! hehe


Que nossos sonhos, aqueles que nos tornam nós, sejam realizados.


Atualizando: Ainda conectada, recebo uma mensagem da Cris França, para que visite seu Canto de Contar Conto. E ela dedica uma canção, que sou eu em essência (apesar de não ter narizinho nada arrebitado fisicamente). Disse a ela que me leu nas entrelinhas. Minha mãe já cantou esta música para mim. Sempre soube que eu era assim e Reinações de Narizinho já foi meu livro de cabeceira quando era uma menina-fada-sonhadora... Obrigada querida Cris França. 


Aos demais amigos, por favor, se quiserem me agradar, deixem para amanhã, tá bem? É que não estou sendo acompanhada pelo cardiologista! hehehehe


Um beijo a todos,





Tati.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

A linda Espatódea

Bom dia!!

Minha vontade de criar um blog é bem antiga. A primeira ideia foi de um blog contando a história das músicas. Sou apaixonada por letras de música. Muitas vezes elas nos traduzem melhor que 1000 palavras. A melodia ajuda bastante, e sou louca por música de qualquer jeito (música, entendam bem! Daquelas de qualidade!), ainda assim, minha paixão são mesmo as letras. A poesia que se consegue colocar ali. E quando sabemos que por trás daquela letra há uma história... Ouço, ouço, ouço e não canso de imaginar as situações experienciadas. É que sou louca por histórias!

Daí a ideia do primeiro blog era isso, um blog com as letras das músicas e a história de sua composição. Tipo: Flor de Lis do Djavan; Tears in heaven do Eric Clapton, Canção para você viver mais, do Pato Fu... entre outras. Algumas são tristes, há também as felizes. A maioria que a gente conhece tem a ver com nascimento de filhos, como Gabriel, do Beto Guedes. Assim é, para mim, Espatódea.

A Zoé é a lindinha de blusa vermelha
Na verdade, quando o Nando Reis compôs, a Zoé já estava maiorzinha. Segundo ele conta, ela que pediu uma música. E é tão linda!! Dá vontade de ter uma filha chamada Zoé, só para cantar esta música para ela, que não seria ela, por que a letra é tão dos dois... Já li entrevistas dele contando o porque da letra, que merece ser lida com cuidado.Daí encontro este clipe do Nando Reis, numa praia, e olha a maneira apaixonada como ele fala da música. Dá até irritação do cinegrafista não segurar no carão na hora que ele fala o nome da filha. Lindo demais de ver! E como história boa tem imagem, fui em busca de uma imagem da família. Ele também tem uma música para o filho Sebastião e para a filha Sofia. Nenhuma é tão linda quanto Espatódea!

E para quem tem dúvidas de por que espatódea, segue a foto. Conta que ela é a única ruiva como ele, dentre seus 6 filhos. Essa é uma das mágicas da música!

Assim deixo o dia, para que todos possamos sonhar com nossas obras primas, se puder ser música, ótimo. Que tenha uma bela história por trás. Que inspire outras pessoas a sonhar. E que nos deixe com este brilho nos olhos, e com o sorriso bobo de quem visualiza tantas lembranças de grandes e doces momentos.



Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O seu desejo é sempre o meu desejo...

Hoje a proposta da Glorinha para a Blogagem Coletiva é DESEJOS.

Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça. Começo pelo apelo óbvio, do desejo carnal, sexual, físico. Passo por todos aqueles outros desejos materiais, as vontades que nos assolam, as coisas que ainda quero ter. Em seguida revejo passagens de minha vida, o desejo de ser mãe, meus anseios profissionais - todos desejos. 

Os desejos da gravidez (eu tive um só). E o maior de todos, talvez, o desejo de entender o mundo, de que as coisas façam sentido, no meu sentido, claro! O desejo de respostas, de clareza, de verdade, uma verdade que possa ser compartilhada, mas...

Acabei me decidindo por contar uma história que muitos podem não acreditar. Certas coisas só são críveis quando acontecem conosco. E foi esse o meu caso! O desejo não é meu. Ou não era...

Quando eu fui morar com o Vi, uma coisa estranha começou a acontecer comigo. Uma vontade de ser mãe. Estranhissima para alguém que dizia não querer casar nem ter filhos... Mas, a vontade chegou. Com força total! Eu dizia para o Vi: "O útero grita". Quem conhece esta sensação sabe do que estou falando. Tem amigas aqui que sei que andam com o útero aos berros. Só que não parecia a hora. A grana tava curta (agora não tá mais... kkkkk), eu estava em um emprego instável e desgastante, andava demais, me expunha muito, não parecia a hora. Mas o útero... o útero não queria saber de nada disso. 

Foi nesta época que fiquei mal no trabalho e pedi demissão. Queria mudar de vida (é, estes repentes SEMPRE me assolam). Fui fazer curso de editoração eletrônica, queria trabalhar com computador, esquecer que um dia fui veterinária, um blá, blá, blá sem fim. 

O Vi trabalhava como médium em um grupo de apometria. Não vou explicar o que é, senão o texto ficará mais gigante do que já promete, mas o google tem a maior paciência para explicar, tá bem? Pergunta a ele. Neste trabalho, uma vez por mês os médius passavam, como pacientes, para reequilibrarem forças. Foi quando o Vi passou. E quem veio falar com ele? Um filho muito chateado, sentindo-se rejeitado, por que queria chegar e não deixávamos. O Vi voltou para casa neste dia angustiado... Conversamos e entendemos na hora que era o momento de acolher aquele que precisava nascer. E foi neste dia, uma terça-feira, que o Bê foi feito. Na quarta eu hesitei, tive medo, dúvidas... Eu estava desempregada. Sem rumo, sem lenço, documento e reais na carteira. Como assim, um filho? 

Na semana seguinte já era. Eu conheço bem meu ciclo, sabia, na sexta, que o período fértil havia passado. E como estávamos determinados (?), pensei que agora só no mês seguinte. Fiquei aguardando a menstruação descer, para novas tentativas. A cólica chegou, os seios incharam, o mal humor veio... mas a dita não chegava. Passa o tempo, começo a me sentir mal, passar mal todos os dias, um enjôo, tonteiras, cansaço absurdo, uma falta de concentração (e de cérebro!), como eu não percebi de cara? Pois é, não percebi, ou não queria perceber.

Fomos à clínica, e eu disse à médica, ou estou com labirintite ou grávida. Beta-aga-cê-gê.... Uma hora de espera. uma hora angustiada. A pergunta de um casal ansioso era: somos dois ou três? Resultado: positivo! Ele estava ali. Ele queria mesmo chegar! Ele chegou no dia exato, não podia mais aguardar. Seu desejo era intenso. E eu fiquei emocionada demais. Tão emocionada que fiquei parva, lerda. Não sabia muito bem como comemorar. Na saída da clínica o Vi sugeriu: Se for menino, o que acha de Bernardo? Amei! Nunca tinha pensado em Bernardo, mas achei lindo. Os 4 meses seguintes nos confundimos em nomes de meninas, mas nunca tivemos dúvidas que se fosse menino, Bernardo seria. E é! 

Faltava uma semana para o dia dos pais, e quisemos guardar segredo. Era a ocasião perfeita para contar às duas famílias de origem, nos dois almoços do dia (almoços onde eu não comi nada, diga-se de passagem... mega enjoada). Contar foi emocionante, nosso Bê já era amado antes mesmo de ter uma imagem. Ele desejou vir à nossa casa, e foi recebido de braços abertos.

Na sessão seguinte da apometria (seguinte à descoberta da gravidez) fui convidada a participar. E ouvi, pela primeira vez, na voz de uma médium grande e loira que incorporou meu filhote, sua gargalhada. Que emoção! Ele não disse nada, ele só ria! E vocês podem dizer que eu fantasio, que é uma auto-indução ou qualquer coisa, mas eu sei o que vi e ouvi. E até hoje, quando o Bê dá aquela gargalhada, eu me lembro do som que a médium emitiu, e sei que era ELE: O menininho que nos desejou, e a quem desejo, de todo meu coração. 

Desejo que seja feliz, que saiba-se amado, que seja digno e bom. Que tenha força de caráter, mais do que de músculos. Que viva uma vida plena, que faça a diferença, mesmo que para poucos, pois são pequenos gestos que mudam a direção da vida.

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os tesouros prometidos

ÊÊÊ, você voltou!! ... Curioso!!! hahaha


Ontem eu fiz um texto que era um devaneio... Uma vontade de mudar alguma coisa... Sei lá... Eu queria expor meus pensamentos, aqueles que vem me avassalando, me consumindo... Enfim, já falei demais.


Apesar de ter adorado os comentários, percebi que gerou pouca interação. Ainda assim, eram intensos, como meus sentimentos. Daí, saí e só voltei de noite. E levei um susto!! Apesar de não muito comentado, ele gerou uma manifestação que me deixou feliz, ele inspirou duas pessoas que adoro e admiro em seus textos. E na introdução das postagens elas ainda falavam com tanto carinho de mim... Fiquei toda boba!


Então, quero agradecer à Beth, do Mãe Gaia e à Giovana, do Bordados e Retalhos, a gentileza. Fico muito feliz quando alguém diz que um texto que eu escrevi fez pensar. Esta é minha meta sempre, pensar, fazer pensar (ou fazer rir, às vezes.... hehehe). 

Isso era uma coisa. A outra coisa, que também me deixou muito feliz, e que quero agradecer, foi a promoção de dia dos pais da Bonfa (Kátia Bonfadini)  e da Mari Azevedo,  que eu ganhei!!

Nossa, vocês não sabem minha emoção hoje ao abrir o blog da Mari e ver meu nome!! 
A frase-parágrafo-capítulo-testamento que postei foi essa:

3- Tatiana Pastorello
Quando viajamos para um hotel fazenda com meus pais, presente deles, meu pai sofreu uma queda assim que chegamos. Para não estragar o final de semana do neto de 5 anos, que nunca tinha vivido aquela experiência e estava mais feliz do que nunca, ele passou o final de semana no quarto, entre bolsas de gelo, analgésicos e paparicos. A única foto em que saiu é muito representativa para nós, um momento de doçura: Avô, abnegado, recebendo carinho e gratidão do neto. Esta foto merece um porta retrato, para que os gestos nunca sejam esquecidos. Como o vovô é diabético, o doce será saboreado pelo neto amado (é seu doce favorito!) e nós celebraremos este dia, pelo que de mais nobre se há para comemorar: amor de pai, amplificado em avô!


Eu ganhei em terceiro, mas como era uma só e elas aumentaram para 3, acho que estou bem na fita!! hehehe
O prêmio é este da foto: dois potinhos de brigadeiro, que já estou sabendo que é da melhor qualidade, e um porta-retrato, que já vem recheado com a foto que escolhi, óbvio que é a que conto na frase-parágrafo-capítulo-testamento, e que vocês já viram na postagem sobre a recuperação das fotos. Acreditam que esta era uma das fotos perdidas? Coisas que ninguém explica... hehehe


Deu para perceber que o prêmio não é bem meu, né? Desta vez eu vou terceirizar, senão minha frase-parágrafo-capítulo-testamento vira propaganda enganosa... ai, ai, ai!!


Mas do brigadeiro eu vou provar, vou sim!! E indico a vocês conhecerem o Atelier da Mari, e suas invenções, tem cada coisas mais linda e gostosa, tudo tão caprichado...


Hoje, quando eu mostrava para a Alê (minha espelho) ela disse:
 - Com tanto amor assim, ela só podia trabalhar com chocolate, né?


Concordei! Em tudo!!!! Mari e Kátia, muitíssimo obrigada, vocês fizeram feliz uma mulher no auge de sua TPM!!!


Beijos adoçados,
Tati.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Por que sou brasileira e não desisto nunca!!

Isso faz com que eu tenha muitas histórias ilustradas para contar, um sorriso mega no rosto e um link para um download fundamental (nunca se sabe quando um marido resolverá por a mão na cumbuca, né?).

Então, senta que lá vem a história (as histórias!). As fotos aumentam se clicar nelas.

Eu fiz a postagem sobre as fotos derramadas sofrendo, mas não querendo me entregar. Ao invés de chorar sobre o leite fui catar um canudinho para sorvê-lo (ô palavra chique, sô) diretamente do solo... (novela mexicana perde fácil).

Começaram a chegar os comentários, muitos diziam ter passado por coisas semelhantes. Fiquei pensando: "não é possível que seja tão comum e ninguém faça nada a respeito". São google, busquei programinhas de recuperação. Passei o dia quase inteiro fazendo isso. Almocei em meio a downloads e testes. A maioria não funcionou bem, alguns eu não soube usar direito, mesmo nos fóruns dizendo que eram intuitivos... minha intuição não entende linguagem de máquina... Mas, enfim, agora, depois das 16h, consegui!!! Não consegui todas ainda, nem o vídeo do Bê com o touro Bondido (só as fotos), por que quando estava em 98% a bateria da máquina acabou... mas já sei que é possível e estou muito, muito, muito feliz!!!

Daí que vem as muitas histórias, por que quando tudo foi deletado eu não perdi apenas os registros da viagem, eu perdi as fotos que tiramos com o presente lindo que ganhei da Taia e as fotos do meu almoço com a She, quando entreguei o presente dela.

Agora que recuperei quero contar tudo para vocês. Estão dispostos?

1- O Presente da Taia


O Blog da Taia - Zambia meu lar, Brasil meu jardim, está de aniversário. E para comemorar a Taia fez uma promoção. Eu, que nunca tinha dado sorte, GANHEI!! Acho que foi por que desde sua viagem para o Egito eu estava sonhando com tudo aquilo, achei maravilhosa, viajei junto, li apaixonadamente tudo que ela ía contando. Você conhece o blog dela? É ótimo e eu tenho aprendido muitas coisas, além de ter feito uma amiga querida. Ah, o presente! Então, ela trouxe do Egito uns papiros que não são papiros, são feitos de bananeira, e sorteou 5 que acabaram virando 6 (vai lá conferir que vale à pena e algumas risadas). Eu ganhei o segundo e pulei igual criança pela casa. Mostrei vídeo para marido que adorou também. E passamos os dias seguinte (no meio da obra) planejando lugar para o quadro. Eu, culta como sou, pensei: "Vou colocar perto da mesa de jantar, já que representa uma refeição". Então a Taia corrigiu a tempo: "Tati, não é um jantar, é uma oferenda para o anjo da guarda". Quem disse que eu não comia doce de Cosme e Damião? Pipoca de despacho nunca comi, não...

Semana passada, naquela semana que fiquei sem internet, chegou o presente pelo correio. A casa estava um caos e a internet foi-se. Eu não tive como postar, adiei e... Hoje estou me redimindo! Achei que tinha perdido as fotos, mas estas dava para fotografar novamente, só não teriam a emoção do momento. Vejam então, nossa imagem da oferenda Egipsia, em nosso acampamento doméstico, no local onde hoje há uma geladeira, semana que vem haverá uma mesa de jantar, e atrás dela... tcham, tcham, tcham, tcham...
Ou será melhor colocar em uma parede mais à altura de um anjo da guarda Egípsio? Sei não...  

2- O Almoço com a She

Quinta-feira me encontrei com a She, do Cantinho She no centro da cidade para um almoço delicioso. O local ainda é segredo, por que será o cenário de nossa desvirtualização e contaremos assim que ela acontecer.  Mas posso dizer que foi tudo ótimo, ela é simpática , fofa, animada e divertida, assim como é em seu blog ou nos comentários beijo-beijo que nos envia. hehehe E se você, amigo que visita do outro lado, tem medo de conhecer seus amigos virtuais, não perca mais tempo. É muito bom!!!

Se já adorava esta carica antes, gosto mais agora que ela tem perfume (muito bom, por sinal) e voz. O almoço foi ótimo, o papo idem, e entreguei seu presente. O papo foi tão bom que quase esqueço e volto com o presente dentro da bolsa... heheheh Já pensou? 





3- A viagem

Recuperei a maior parte das fotos e pretendo postá-las amanhã, para não deixar este post mais gigantesco do que ele já está. E ainda falta o 4...

4 - O Download 

Para que histórias assim não sejam tão sofridas. Mas... por via das dúvidas, faça um trato como o que fiz com marido (pena que tardiamente): Nunca apagaremos fotos, a não ser no computador, depois de nos certificarmos que baixamos todas! 

Pelo sim, pelo não, segue o link para o programinha, que receberá um altar aqui em casa. Perdeu suas fotos e não sabe como recuperar? PC Inspector Smart Recovery 4.5  neles!! O processo é demorado, but... who cares? Segue o link. É tranquilo, sem vírus, grátis e baixa rapidinho. As fotos perderam um pouquinho de definição, nem liguei. Estou tããão feliz!!!

Aguardem que tem muito mais. E lembrem-se de nunca entregar o jogo, para tudo da-se um jeito!

Beijos a todos, 
Tati.


Como não chorar pelas fotos derramadas?

Sabe o presente dos sonhos? Meus pais nos deram: um final de semana delicioso em um Hotel Fazenda. Fomos os 5 (meus pais e nós três) na sexta e retornamos ontem, sob protestos do Bê, que queria morar lá. Já chamava nosso quarto de casa... hehehe

Para falar a verdade, eu não acharia nada ruim morar assim... Ah, não mesmo... mas, já não posso sonhar da mesma maneira ingênua do Bê. O que posso fazer é pensar em maneiras de colocar este plano em prática. Com o aval do terceiro membro do grupo, ficou mais fácil planejar.

Na chegada ao hotel meu pai sofreu uma queda (quando caminhava para o check in) e machucou mão, joelho e costela. Machucou mesmo, está, neste momento, com minha irmã, na clínica, para RX, com suspeita de fraturas... Mas guerreiro do jeito que é, passou o final de semana no quarto, entre bolsas de gelo, analgésicos e paparicos, para não estragar o fim de semana do neto, que estava mais feliz do que nunca.

No sábado ele amanheceu um pouco melhor, apesar da mão muito inchada, e circulou um pouco, mas não aproveitou tanto quanto poderia. E num acordo com o gerente do hotel, ganhou um novo pacote de hospedagem, que ele agendará em breve!

Nós aproveitamos tudo o que dá para se aproveitar: aproveitamos sorrisos e gargalhadas do Bê, que desconheceu, nestes 2 dias e meio, a existência do objeto sapato e circulou, livre e descalço, por todos os ambientes. Nunca em sua vidinha de 5 anos este menino viveu dias tão livres, e no dia dos avós estou mais grata do que nunca a este casal que se desdobra em carinhos explícitos. Eu adoraria ter tido avós assim, mas sou mais feliz por que meu filho os tem. 

Mas, até agora o título deste post não fez o menor sentido? Pois é... queria não lembrar, ou melhor, terei que ser forte, para nunca esquecer. Para não esquecer as imagens gravadas e deletadas.

Já contei alguma vez o quanto eu amo fotos? Sou enlouquecida por elas, que decoram todos os cantos de minha casa, lotam pastas de computador, e recheiam caixinhas no meu quarto. Tudo é motivo para cliques. Após a máquina digital a maioria mora no computador, mesmo que eu ainda sinta a forte necessidade de imprimi-las e distribuí-las por locais onde os olhos alcancem muitas vezes no circular pela casa. Só que a gente fica meio louco e fotografa de tudo um pouco. Filma de tudo um pouco, e muitas das fotos que tenho no computador não valeriam revelações. São interessantes por não custarem nada, nem mesmo espaço. 

Lá, no Hotel Fazenda, estavamos tirando as fotos mais lindas. Momentos gloriosos e simples demais. Cenas de carinho, de identificação, de contato com a natureza, brincadeiras de mãe, filho, pai, avós. Bê acarinhando meu pai machucado, Bê conhecendo e fazendo carinho em um Touro Bondido (como ele chama), nós cheios de dengo na piscina, na ponte do lago, dando pão aos patos, Bê em seus saltos acrobáticos de uma raiz de árvore exposta, enfim, uma infinidade de momentos lindos e fofos, que saíram lindos nas imagens, como nem sempre consigo. 

Daí que fui ao banheiro, e no retorno, olhos tensos do Vi: "Tati, fiz uma besteira". Gelei! Cadê o Bê? Ok, está no parquinho, inteiro, sem choro... Qual será a besteira? "Apaguei TODAS as fotos". Como assim, apagou? 

Sim, meu marido, que tem mania de mexer onde não deve, e ainda enfia a mão em cumbuca, achou que uma foto não tinha ficado boa e resolveu apagar. E neste processo, errou uma teclinha e APAGOU TODAS AS FOTOS!!! Naquele momento eu queria pedir o divórcio, eu queria gritar e sair correndo, eu me arrependi de não ter levado a máquina ao banheiro comigo... Por que diabos alguém precisa apagar uma foto de um cartão com mais de um giga de memória? Por que alguém se expõe a este tipo de risco?

Peguei a máquina e tentei de todas as formas um botão que restaurasse. Não existe, pelo menos na minha máquina, um espaço como o do Windows, uma pasta lixeira que possa ser restaurada. Eu quis chorar... Eu fiquei algum tempo (e nisso acabei com o estoque de bateria que ainda restava) tentado trazer os momentos vividos de volta. O filme do Bê com o touro Bondido. Eu não tinha mais energia... Então, olhei para o Vi, arrasado ao meu lado, levantei, sacudi a poeira e falei: Vamos tentar viver novas histórias. Que bom que temos estas na memória. Que bom que, pelo menos, vivemos o momento. Fiz isso tranquila? Não! É uma espécie de um luto, e quem já perdeu uma máquina, um HD, um computador, sabe do que estou falando. Não é frescura não... E como no luto, como quem perde um ente querido e assim fica com medo de amar, eu também tive dificuldade para novas fotos, então as que vocês vêem por aqui foram as poucas tiradas após o fatídico acidente, e por falta de inspiração, não ficaram tão legais...

A princípio tentei reproduzir momentos já vividos, mas há um ditado que eles não retornam, assim como a flecha lançada e a palavra dita, não tem? Pois é, descobri que não dá. Alguns poucos novos momentos foram fotografados, os demais, apenas vividos (a melhor parte da coisa, diga-se de passagem). E voltei para casa com aquela esperança vã, dos que não se conformam com certas dores. Eu tinha em mim a esperança de localizar, em algum ponto oculto da câmera, as fotos apenas escondidas, como nas brincadeiras do Bê, que me deixam aflita, quando ele se esconde bem escondido sob um edredom ou atrás de algum móvel e não dá um sorrisinho ou grunhido que seja. Mas elas não estavam lá. Foram perdidas. Podem estar num arquivo de memória, que pesquisarei se é possível recuperar. Tenho que pesquisar.

Aproveitamos o fim de tarde de sábado, a noite e todo o dia seguinte, mas meu sonho nesta madrugada, foi com as fotos. Me diz, como não chorar pelas fotos derramadas? Pela perda de um auxiliar de memória tão intenso como fotos e vídeos podem ser? Ainda não sei responder a estas perguntas... Ah, não sei... 

Alguém conhece um técnico destas coisas, de recuperar memórias (de HD, máquinas, etc)? Alguém, por favor, pode me dizer que há luz no fim do meu túnel? 

Mas para encerrar de forma leve, a certeza é de que novos passeios como este serão vividos, que, com ou sem foto, o Bê merece mais momentos assim. Foi um final de semana inesquecível, fotografado com o coração. Obrigada, pai e mãe, vocês são sem igual!! Amo, amo, amo!!

E com o marido está tudo bem, caso alguém fique curioso. Errar é humano, eu sei que ele também está sofrendo com o que aconteceu, e espero, não faça NUNCA MAIS algo assim... (Será?)

Beijos a todos,

Tati.

sábado, 17 de julho de 2010

Arando a terra para entregar a colheita

Amigos queridos,

Hoje encerramos a primeira promoção do Perguntas em resposta. Agradeço aos amigos que vieram prestigiar esta comemoração. Me senti muito feliz com a presença de vocês!

Já temos um(a) vencedor(a) e espero que o quadro faça muito sucesso em sua casa. 

A nossa está uma loucura, como já comentei a casa inteira está hospedada na sala. No vídeo dá para ver a cortina de isolamento da porta da cozinha, o microondas (sobre o fogão) e a geladeira, que estão funcionando, além da lixeira, que sim, tem que estar aqui, né? Queria recebê-los após a obra, mas ela foi prorrogada e a partir de hoje à tarde estaremos sem internet, até resolvermos o problema com a oi-velox, como podem ver aqui.  Tudo acabou mais improvisado do que eu gostaria, mas foi feito com carinho. Quem sorteou foi o figura do Bê e eu deixei a gravura ao lado, para mostrar no vídeo, mas a vergonha de ser filmada me fez esquecer esta parte... Hehehe

Bem, é isso! Acho que nossos contatos darão uma rareada. Diz a Anatel que eles tem 5 dias para resolver o problema. Não sei se 5 dias úteis ou corridos, mas até lá, internet só quando estiver na casa da minha mãe e o computador estiver disponível (coisa raríssima). Volto na próxima semana, tá bem?

Parabéns!! (quero manter o suspense...). Mande seu endereço para o meu e-mail, ou me ligue!




Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hoje devia ser feriado!

Hoje é um dia especial para mim. É aniversário do meu anjo gigante, o São Vicente que faz de minha vida um milagre. Um sonho bom de viver, uma realidade boa de sonhar.

Antes de conhecê-lo eu pensava que a vida era dedicar-se ao trabalho, a causas sociais, a grandes missões. Encontrá-lo foi simplificar, foi descobrir que a vida é leve, doce, colorida. Que ser feliz está ao alcance das mãos. Ao lado dele, no seu abraço, entendi que casamento podia ser algo bom, e desejei. Casada, me realizei. Descobri que um casal pode ser companheiro, que pequenos gestos podem mudar um destino, e com ele, quis um filho! Assim, um casal feliz virou uma família.

O Vi me ensina a ver a vida com outros olhos, a amar de uma forma suave, a esperar com paciência, a entender momentos sutis, como se a brisa da vida morasse em nossa casa, mesmo que muitas vezes eu seja uma grande tempestade!!

Posso ouvir uma chuva de críticas pelo que vou dizer, não ligo. Ele é minha fortaleza! Quando tudo parece fugir ao controle a única coisa que penso é em seu olhar, em seus braços, em sua voz. Muitas vezes, quando me perco em angústias, pego o telefone e ligo no meio do dia. Seu alô é um bálsamo, uma luz. Pura energia de cura.

Hoje, no seu aniversário, quero passar o dia em prece. Pedir que Deus o acompanhe, o apoie. Que São Francisco, nosso amigo, mantenha-nos em contato com a natureza, unidos, sólidos. Que sejamos sempre alegria e paz na vida um do outro. E que os bons espíritos me inspirem caminhos para fazê-lo feliz. 


Esta música faz parte de um presente que ganhei no início de nosso namoro. Ele resolveu gravar as músicas que o faziam lembrar-se de mim. Acabou montando um CD duplo... hehehe E esta música diz muito do que vai em meu coração neste momento e não sei como transcrever. Há emoções demais envolvidas. Nestas horas o melhor a fazer é calar. Contemplar o amanhecer, lembrar que este é seu horário favorito no dia. Desejar-lhe muitos e muitos amanheceres, numa paisagem de luz, flores, amor materializado. 
"Anjo, te amo como nem imaginava ser possível sentir. E cada dia mais. Que sua vida seja canção de amor, num acorde perfeito, em sinfonia de pássaros. Beijos aos milhares"
Entendam que não faço a menor ideia de quem são essas pessoas no clipe. Era a música que eu queria, na gravação que eu queria, no youtube. A única que tinha... Foi isso! rsrs
Um lindo dia a todos,
Tati

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Rebelando


Hoje estou ferida de morte!
Posso ouvir de muita gente que não devo me abalar, que não devo levar a sério ou em consideração, mas quer saber? O dia em que uma coisa dita pelo Bê não me afetar, nada mais afetará. Por que não há no mundo uma pessoa que eu ame tanto e que eu queira tanto fazer feliz. Por que o abraço de ninguém faz por mim o que o dele faz, e não há covinhas de sorriso capazes de aquecer meu coração como as dele me aquecem. Quando digo que ele tem um sorriso que ilumina o mundo, quero dizer que ilumina meu mundo, e não importa se o dia esta nublado ou com chuva torrencial... 

Então, quando ele me destrata de alguma forma, quando me recusa, me rejeita, isso acaba comigo sim! E nestas horas não sei como agir. Dá vontade de ter uma atitude bem madura: arrumar a mochilinha e fugir de casa! Dá vontade de me trancar no quarto e me acabar de chorar, de ficar de mal, de dizer "não sou mais sua amiga" e cortar dedinhos. Mas sou mãe e estas atitudes não são possíveis, não são permitidas no meu mundo-adulto-que-deve-agir-sempre-com-firmeza

Tá, então me explica, na prática, como a gente age com um garotinho de 5 anos que decide que você não é mais o brigadeiro da festa? Que diz que é chato morar com você, e que fica triste quando o busca na escola? Que faz as coisas simplesmente para afrontar. Eu sei que o motivo é este, mas não sei como fingir que ele não atingiu a meta. Ele sempre atinge! Não estou dizendo daqueles dias esporádicos em que prefere dormir com o pai. Não, não é destes dias que falo.

Já haviam me contado que tinha uma tal de adolescência da infância, nesta fase entre 5 e 6 anos, que era difícil, que contestava. Achei que entenderia, afinal, sou adulta, né? Cadê?

Podem ainda me dizer que é normal, mas não foi assim que eu vi no comercial de margarina, nem em nenhum daqueles comerciais de dia das mães, com mulheres lindas, cabelos ao vento, e múltiplos sorrisos felizes. O encantamento. Ah, saudade do olhar encantado, da certeza de ser a mãe-centro-do-mundo...

Estou aqui, com o coração apertado, questionando se tudo o que fiz até hoje foi válido. E na certeza que ser tia é muito melhor! Tia é tudo de bom: dá presente, brinca, se joga no chão, transgride regras e coloca o indicador na frente da boca em bico, numa atitude cúmplice que diz "não conte prá mamãe que a gente fez isso, tá bem?" E a tia é um barato! Tia não manda comer legume, tia não briga para fazer lição, tia oferece sorvete, dança tchutchucão na frente da TV de uma forma engraçada, cria umas brincadeiras só dela, mas não manda pro banho no melhor da festa, não tira o direito ao computador. Tia se preocupa com o futuro do sobrinho, mas não precisa pensar no preço da mensalidade e se sobra algo para abrir uma poupança. Tia não manda dormir, aliás, tia dorme a noite toda, come comida quente com suco gelado, se serve do melhor pedaço da torta sem culpa. Tia não tem culpa! Tia viaja e traz presentes legais, tia leva ao cinema e é uma curtição, não há cobranças nem represálias ao comportamento, mesmo que não muito adequado. Ah, quero ser tia do meu filho, isso sim. Alguém quer adotá-lo nestas condições? 

Hoje eu queria sumir e só voltar na próxima fase. Hoje eu queria ouvi-lo dizer algo simpático, só para amenizar os últimos dias. Hoje eu queria acreditar que estou no caminho certo e que vai passar, passar para melhor. 

Será?

Beijos,
Tati.