Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sem nome por falta de ideia


Desinspirei! Nao falei que eu sou assim? Meu mundo é um moinho e hoje as águas estão em baixa...
Então lembrei de algo bem bobo, só para dizer que passei por aqui. Vou visitando também, mas não esperem muito de mim hoje, ok? Estou vazia, vazia...
Vendo um programa bobo qualquer na TV (já faz um tempinho) o entrevistador perguntou: "Qual seu maior medo?"
Eu respondi imediantamente (não, eu não era a entrevistada, sou apenas intrometida): "Barata!"
Então a entrevistada de verdade respondeu: "Perder aqueles que eu amo".
Gente, me senti menor que a barata que eu tenho pânico...
Como assim?! Ela foi profunda e eu piscininha Toni... Fui ao chão.
Mas de verdade, eu não deixo de ir a lugar algum ou de fazer qualquer coisa por medo de perder quem amo. Mas eu evito lugares que podem ter barata, eu não gosto de andar na rua de noite pelo mesmo motivo, eu adoro morar em apartamento alto por que na casa elas apareciam... E quando é verão e elas podem aparecer voando enquanto eu durmo: janela fechada e ar condicionado, mesmo que não esteja muito quente!
Então o medo é esse e não vou ficar fazendo tipo, ok?
Espero estar mais inspirada amanhã.
Beijos.

P.S.: Sabem que a Sorveteria Sem Nome (cariocas com mais de 30 conhecem, né?) teve este nome por falta de inspiração dos proprietários? Então... copiei!

domingo, 2 de maio de 2010

O amor em gomos alaranjados

Esta semana a Glorinha do Café com bolo sugeriu a cor alaranjada para nossa brincadeira da Blogagem coletiva - Colorindo a vida (ou Seria Blogagem Colorida - Coletivando a Vida?).

Na própria terça-feira eu já sabia que meu tema seria minha fruta favorita, que não é laranja, mas alaranjada. E estamos na época: Eu sou louca por tangerinas.!!

Minha mãe também adora e conta que quando estava grávida de mim frequentava a casa de uns amigos que, sabendo de sua paixão, compravam uma quantidade enorme e eles ficavam batendo papo e comendo tangerinas até tarde. Vai ver vem daí minha paixão, por que quando como tangerinas não é só sabor, eu me sinto amada! Dá para entender isso?

Quando como tangerinas não gosto de dividir. Se tem mais alguém na casa eu levo uma para mim e outra para outra pessoa. Não é SÓ egoísmo, é que sou leerda para comer... tiro cada fiozinho, mordo no meio, tiro os caroços... levo uma eternidade em cada gomo. Aproveito o momento... Se divido, não chego no terceiro gomo e a tangerina já acabou! Por isso eu faço deste jeito.

Marido sabe o quanto amo esta fruta e, apesar de não ser chegado a arroubos românticos, gosta de me paparicar. Uma forma que ele tem de dizer que me ama é, a partir de abril (às vezes já em março) trazer uma sacola cheia delas para mim. Passa no hortifruti perto do trabalho e chega de noite com esta jóia. E lá se vão duas, três de uma só vez. Dispenso sorvete, chocolate e até o jantar. Tangerina é o que há! E dura tão pouco tempo... Não deveria ser fruta de estação. Por mim, seria o ano todo, mas talvez aí não tivesse tanta graça, né? Faz parte do ritual esperar "a época das tangerinas".

Então chegou o filhote em nossas vidas, e tangerina também é uma de suas frutas favoritas, mas sua maneira de lidar com elas é bem diferente. Ele não tira pelinhas dos gomos, devora vorazmente. Quando vamos comer juntos eu descasco a dele e entrego na mão, então descasco a minha e dou inicio ao ritual... Não chego na metade e já tenho companhia. E eu cedo, feliz por compartilharmos este gosto! Ser mãe nos ensina a ser menos egoístas, e só por isso já valeria!

As imagens são do google que aqui em casa tangerina ou se come ou se fotografa (adivinha o que escolhemos?)

Beijos com cheiro de tangerina,

Tati.

sábado, 1 de maio de 2010

Atirei no que vi...


Quando decidi montar este blog minha intenção era muito diferente.
Como já citei diversas vezes, sou muito tímida e reservada. Quem me conhece um pouquinho pode pensar que não sou, por que brinco, falo, tenho o riso frouxo, mas na verdade esta é uma das minhas maiores estratégias para driblar a timidez absurda que mora em mim.

Sempre escrevi muito. Na escola era elogiada pelas minhas redações e reza a lenda que uma professora xerocava as ditas e guardava, "caso eu me tornasse escritora". Não sei se por estímulo ou por ideia própria, esta  vontade passou a me rondar.

Escrever, para mim, é necessidade. Se tenho um problema e não sei o que fazer, eu... (pensaram na Pink Dink Doo) escrevo. Só sei resolver problemas assim. Percebem meu descompasso com a matemática?

Mas o que escrevo é só meu. Não compartilho com ninguém. Ou não compartilhava! Guardava em cadernos e mais cadernos, com a "modernidade" (salve a natureza!) passei a guardar em arquivos .doc, com nomes que não levantassem suspeitas ou curiosidade. Às vezes lia para algum amigo, mas de modo geral, não conseguia.

O blog foi o exercício que me impus. Precisava desbloquear este canal, liberar meus sentimentos. Aprender a compartilhar. Sabia que isso faria alguma diferença na minha vida, mas não tinha noção do que seria. Minha ideia óbvia era, se quero escrever um livro, um dia, tenho que ser capaz de deixar lerem o texto...

Criei o blog há mais de um ano. E deixei quietinho, com um poeminha de Fernando Pessoa que eu amo e recito com frequência. Era mais fácil expor as ideias dele do que as minhas.

Esqueci do blog por alguns meses. Quando meu avô morreu escrevi um texto que coloquei no meu perfil do orkut. Minha família amou e alguns copiaram para seus perfis também. Resolvi jogar no blog (secreto) para que ninguém lesse (dãã). E esqueci mais uma vez.

Então em dezembro o mestrado e os desentendimentos com meu orientador começaram a machucar muito. E minha válvula de escape é escrever, lembra? Pois é, larguei o dedo. Pensa que escrevi coisas para o blog? Que nada. Quando pensava que iria postar, travava. Vai que alguém lê... Comecei fazendo uma triagem dos meus antigos escritos. Este é legal e não me compromete... este pode. Este nãããão, este nem pensar! Este... Ãh... deixa para depois...

Nesta fase amigos e familiares que liam e, às vezes, comentavam. Nunca vou esquecer o dia em que li um comentário da minha mãe dizendo assim: "Adoro ler seus pensamentos". Era um trocadilho, mas me apavorou! Sou escorpiana!! Como assim, ler meus pensamentos?!

Aos poucos (em fevereiro deste ano) fui me soltando. Fui visitando outros blogs, conhecendo gente... Percebi que comentários me deixavam feliz, então passei a comentar nos blogs que visitava. Dali a pouco tinha gente me visitando, e deixando comentários!

Fui me permitindo escrever algumas coisas, muitos rascunhos guardados ainda nas postagens, mas já não tenho mais aquela trava. Agora penso menos se vai agradar, se vão entender, se serei criticada...

No momento mais crítico (há poucas semanas atrás), o blog foi o suporte que precisava. Minha prancha numa tsunami. Foi assim que expliquei para meu marido. É como terapia, por que tenho a oportunidade de dizer o que penso, o que sinto. E amigos vem em socorro e dão apoio, dizem palavras que nos animam. De verdade, nunca imaginei encontrar isso aqui. Não era esta a minha busca, mas hoje agradeço a cada amigo que vem me fazendo tão feliz.

Há duas semanas meu marido comentou (para mim, não no blog): você percebeu que mudou sua maneira de escrever? Na mesma época minha mãe comentou (no blog) que estava me reconhecendo na escrita, por que sou bobona, brinco, faço piadinhas infames... Sabe o que isso significa? Que estou à vontade. Que cheguei em casa. Que me senti aceita na blogosfera. É assim que eu funciono na vida.

Vocês não podem imaginar o quanto tem sido importantes em minha vida!

A ideia era deixar meu coração para vocês, mas apareceu um presepeiro na história e deixo a critério, cada amigo escolhe o coração que mais lhe apetecer (não há limites de escolha, ok?).
 

Esta é apenas uma postagem agradecida, por tudo que tenho recebido por aqui.

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Entrando no clima




Hoje é dia de encontro do círculo do ECC aqui em casa. Receberemos pessoas queridas, com quem nos encontramos (teoricamente) a cada 15 dias, num revezamento de casas. Desta vez será aqui, pela primeira vez!

Quando o coordenador do círculo pediu que fosse na nossa casa, quase dei para trás. Não que eu não goste de receber. Adoooro, mas minha casa está "em obras" com o chão da sala quebrado, parede estufada e eu queria que fosse aqui depois que consertássemos tudo, "para melhor atendê-los", além disso, não se esqueçam (nem que quisessem, por que eu lembro disso o tempo todo, né?) está chegando a data da minha defesa e estou "focada em resultados"... 

Quando pensei em negar, senti que não podia. Entendi que havia um convidado querendo muito uma festa em minha casa. Ele quer deixar boas emoções, bons sentimentos. Quer que estejam mais de dois reunidos em Seu nome na nossa casa. E deixei. Desde este dia, podem dizer que é auto-sugestão que eu não ligo, estou mais calma. Tenho me sentido muito amparada e quem acompanha este blog já deve ter percebido isso. É real, não apenas no espaço virtual. Ele se faz presente em mim neste momento e me acalma. Sei que sou amada, que estou protegida. Que ele quer o melhor para mim (para nós).

Para entrar no clima, estava ouvindo uma música do Fábio Jr, de um CD que minha irmã ganhou de um Mac Dia Feliz ou qualquer coisa assim e que quando me casei trouxe para minha casa (oi, Nãna... hihihi). A música chama-se Obrigado e eu uso-a na intenção de oração.

Segue, para deixá-los tão felizes e gratos por tudo como estou agora. Amanhã nos encontraremos de novo, se der um tempinho passo aqui, ok?

Fiquem com Deus,

Tati

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Conversando com o espelho

Tenho a sorte de ter feito grandes amigas na vida. Tem uma em especial que já não considero uma amiga. Nós dizemos que somos espelhos. Não somos idênticas (só em algumas coisas), mas nos entendemos plenamente, na verdade essa definição tem mais a ver com outra coisa. Sabe aquelas coisas que só contamos para o espelho? Sabe aquelas nossas pequenas falhas de caráter que escondemos até de nós mesmos se pudermos? Então, estas coisas nós podemos confiar uma à outra, e confiamos com frequência. A gente se entende no olhar, na voz, no pensamento.

A gente pode dizer tudo, e qualquer coisa, sem medo do julgamento da outra. Que pode nos criticar e aceitamos sem milindres (só quando é entre nós - não tente fazer o mesmo em casa), por que sabemos que é pelo bem.



Eu sei que já mudei o rumo da história dela algumas vezes e ela muda a minha vida o tempo inteiro, e já até tirei postagem do ar só por que ela achou que eu estava me expondo demais. Ela é escorpiana como eu!!

Mais sorte do que tê-la como espelho é tê-la como colega de trabalho. Assim, eu faço o que gosto e com quem gosto! Apesar de, neste momento, trabalhar mais de casa do que em nossa sala, a gente se fala todo dia, faz reuniões pelo msn ou google talk e nos ligamos muitas vezes. Sinto uma falta imeeeensa do contato, da rotina, da presença física, dos almoços no melhor restaurante que se pode imaginar (o Laboratório Culinário merece post. Podem cobrar!), dos nossos cafés com desabafos e risadas, dos dias de estresse por que nosso chefe está cobrando mil coisas, dos dias divertidos por que nosso chefe está de ótimo humor e também é grande amigo...

Ontem eu telefonei para ela no meio de um trabalho que fazíamos e um dos filhotes dela atendeu (sim, a louca tem dois... kkkk). Falar com o Fred, que está prestes a fazer 6 anos, foi tão legal. Eu disse:

- Olááá, é o Fred?

E ele repetiu um olá igual ao meu. Eu continuei conversando com ele, deixando claro que sabia que era ele do outro lado. Ele deu uma gargalhada tão gostosa, tão feliz por que a ligação era para ele! E quando a Alê pegou o telefone a única coisa que eu consegui dizer, sob forte emoção, foi: "Eu amo seus filhos"!

- Também amo o seu. É como se fosse um pouco filho também.
(não são lindos?)

A resposta dela não poderia ser outra, não por média, mas por sentimentos recíprocos e verdadeiros.

E fiquei pensando, que somos mesmo um pouco leoas ou leitoas. Não me entenda mal sobre isso É que como estas fêmeas, somos capazes de amamentar e proteger as crias daquelas que fazem parte de nossa matilha (? Ih... qual o coletivo de leitão e de leão?). E fazemos isso com muito amor e desprendimento. Mas no caso da Alê é diferente, não é como pensar no filho da amiga, é como pensar no reflexo do meu filho no espelho!

Eu sei que o momento que relatei pareceu bobo, e foi, mas a emoção que senti... nem sei explicar...

A Alê é aquele encontro que não poderia deixar de acontecer em uma vida, sabe? Ela da novo significado à minha com frequência. E eu sei que faço o mesmo por ela. E entendendo o que disse Djavan,  "se tivesse mais alma para dar, eu daria".

Hoje não fiz rir, né? Mas escrevi com muita emoção mesmo... Para compensar, contarei uma piada depois, tá?

Beijos a todos,

Nós podemos mudar o mundo!


Gente! Acho que a Faber Castell lê meu blog... ou pelo menos leu a postagem da novela em roxo...
Terça feira de manhã o telefone tocou. Era a mesma atendente que falou comigo da última vez, perguntando se o derradeiro já tinha chegado (e não chegou), e ela falou sem nenhum gerúndio!!

Ela foi muito simpática e se espantou pela não chegada do Sedex (dãã). Eu aproveitei "o ensejo" e rasguei o verbo. Contei toda aquela novela que contei para vocês, mas de uma maneira mais séria, que se ela risse eu ficaria desmoralizada, né?

Então ela me perguntou o que poderiam fazer diferente... Ah... para quê? Dei aquela sugestão que já tinha pensado. Falei no quanto eles economizariam se na primeira vez tivessem mandado uma caixa de presente com uma bela carta de desculpas. Evitariam novos erros e trocariam o gosto amargo por um mais doce. Eu pensaria: "Ok, eles erraram, mas errar é humano e reparar o erro é para empresas com responsabilidade social"... hohoho.

Então ela disse que levaria minhas sugestões para o departamento de marketing. E me retornou ontem, dizendo que o departamento de marketing gostou da minha ideia e quer me contratar e que eu receberia um estojo novo e a tal carta.

Agora eu aguardo a chegada do lápis roxo, do estojo novo e da carta (espero que o papel de carta seja cheiroso, com a Hello Kitty e envelope combinando... hehehe

Eles foram generosos? Claro que não. Eles seriam mais espertos se já tivessem feito isso de cara. E não é preciso fazer parte de um departamento de marketing para saber disso, afinal, o que eles ficam decidindo no "departamento"?


Eu agradeci e respondi que eles deveriam estender isso aos demais clientes insatisfeitos, não restringindo o gesto a mim. E sabe o que ouvi? Que era isso que eles fariam. Que eles entenderam minha sugestão.

Gente, fala sério? Eu não sou um gênio, não tive uma ideia brilhante nem um insight daqueles que merecem patente... Eu sugeri uma prática corrente de empresas bem menores... De artesãs... de fundo de quintal... Como assim?

Então foi assim que eu, exercendo minha cidadania de maneira gratuita (0800) mudei a política de atendimento ao cliente de uma multi nacional como a Faber Castell. Puro luxo do absurdo!

A moral da história é: Nós temos o poder de mudar o mundo. Isso já dizia nosso querido Betinho há anos atrás. Basta assumirmos que temos direitos (e lembrem-se que o nosso acaba onde começa o do outro, não atropelemos ninguém) e exercê-los.

Se estamos grávidas, temos mais de 65 anos ou demais necessidades especiais temos o DIREITO a atendimento preferencial, a sentar em transportes públicos, a comer a sobremesa duas vezes... Enfim, coisas básicas.

Transporte público é outro item da minha lista, este eu gostaria não só de mudar o SAC mas sim toda a política, a começar pelo próprio ônibus, e neste caso minha frase é: "Não há dignidade no ônibus" e eu sei por que preciso fazer uso dele, sempre que não dá para ir a pé (por que se der, mesmo que leve meia hora, eu prefiro), mas isso é assunto para outra postagem... não vamos atropelar...

Com o blog nós temos mais voz ativa do que imaginamos. E podemos sim fazer a diferença. Precisamos querer. Precisamos fugir da futilidade, da banalidade, do Rebolation e usar nossa voz. Fazer graça sim, por que rir faz diferença na energia que move o mundo, mas falar do que importa TAMBÉM!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Nenhuma destas imagens são minhas e muitas podem ter direitos autorais. Desculpe se ofender alguém por não dar créditos, mas peguei via google imagens e fiquei com preguiça de anotar todos os endereços. Dia desses vou fazer assim, ok?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nova Reforma Nada Ortográfica

Análise sintática sempre foi uma coisa complicada para mim. Esse negócio de verbos intransitivos nunca fizeram muito sentido.

Sou curiosa, então quando a professora falava "quem fala, fala", na minha cabeça era: "Quem fala, fala alguma coisa sobre algo ou alguém". Ah, conta aí, vai... Por que esse negócio de alguém falando e falando sem nada para dizer é chato demais, não é? Então, se é para falar, que tenha assunto: insere aí alguns adjuntos adverbiais...

"Quem chega, chega". Ah, mas se está chegando, aí é que se tem muito o que perguntar: De onde vem? Quem encontrou? O que foi fazer lá? O que veio fazer aqui? Este então é verbo transitivo mais do que perfeito, por assim dizer...

Para mim, todos os verbos são transitivos, para todos eu tenho, pelo menos, uma pergunta a fazer. Não me venha com essa de verbo intransitivo que isso é coisa de gente rabugenta que não gosta de uma boa prosa!


"Quem pensa, pensa" [em alguma coisa]. Pode ser diferente? Dizem que quando a gente pensa em nada atinge o nirvana ou coisas assim, mas basta lembrar que não pensava em nada que já voltou a pensar. Em que? Pode ser até pensar que está pensando... Já é alguma coisa. Então, exige complemento, certo? O único ser que pode usar o verbo pensar como verbo intransitivo é a estátua de Rodin, e só. Todos os demais pensadores tem cérebro e pensamentos.

Dessa confusão sintática o verbo transitivo que gostaria de ver intransitivo (e não pelas razões de Mario de Andrade) é amar.
"Quem ama, ama". E se o verbo se tornasse intransitivo poderia dizer que tudo o mais seria transitivo direto, todos transitariam no planeta. As palavras transitariam diretamente, sem medo de má interpretação. Se amar fosse intransitivo não haveria a má interpretação. Toda interpretação seria sã.
Na intransitividade do verbo amar o impositivo perderia sua razão de ser, não seria mais desejável. E o presente, a única forma de conjugação possível. Não amei nem amarei, não amaria ou amava, por que "quem ama, ama"!
Não haveria o risco de expor-se por dizer a verdade. A verdade seria a única palavra. Neste caso, teríamos atingido o estado das coisas. Apenas seríamos!

Beijos a todos,

Tati.