Já contei em algum lugar do carinho que temos por Francisco de Assis. Ele é quase um quarto morador da casa. Tem vaga cativa! Só não tem a chave por que não precisa disso para entrar.
De certa forma atuou como cupido entre a gente. O Vi levou um livro contando a história dele de presente quando eu estava doente, conversávamos sobre nossa simpatia por sua história (é o protetor dos animais, não se esqueçam!) e conversa vai, conversa vem fomos para outros temas menos sacros e... casamos! hehehe
Quando estávamos grávidos ganhamos da minha irmã uma pintura linda para o quarto do Bê (não, minha irmã não pinta. Ela contratou a pintora). Assim conhecemos a Dettinha, uma pessoa que apenas reencontramos nesta vida e hoje é uma amiga querida e profissional de primeira.
Dettinha, querida, no primeiro dia, dando formas ao sonho
O quarto todo foi pintado em dois dias. Só vi o primeiro, entrei em trabalho de parto nesta madrugada e só vi o quarto pronto com o Bê nos meus braços (acho que ele quis ver com os próprios olhinhos o que me fazia sentir aquela emoção que chegava a ele pelo cordão umbilical). Isso fez com que ele chegasse beeeem antes da hora - 33 semanas! Mas isso é outra história...
Bê, desfrutando de seu cantinho
Tudo o que desejávamos para o Bê era um cantinho de paz, tranquilidade, onde ele soubesse o quanto era amado e desejado. Fazendinha? Mar? Zoo? Não era bem isso... queríamos algo diferente. Então a ideia que passamos para a Dettinha foi: Queremos um quarto inspirado em Francisco de Assis, mas não no santo. Queremos "Nosso amigo Francisco" em meio à natureza que o representa. E assim foi feito!Muitos animais e natureza, a água e os peixes tão queridos por ele e o próprio, rodeado por pássaros e coelhinhos (tinha ainda cavalinho, porquinho, borboletas e muitos pássaros, mas não dá para por todas as fotos).
O quarto ficou meio psicodélico, sem seguir muito uma escala de tamanhos para os animais, mas eu gostei demais. Tinha também um trenzinho, que apesar de fugir da proposta "ambiente natural" foi uma homenagem que quis fazer ao Vi, que é Ferroviário (filho, neto, irmão e cunhado de ferroviários, entendeu? - Não maquinistas, hein!)
Quando nos mudamos da casa foi uma das coisas mais difíceis de deixar para trás. Deu vontade de serrar as paredes e trazer junto. Juro que cheguei a pensar em desistir de vender a casa para não me desfazer das paredes. Este quarto tinha uma aura especial. Era um lugar para onde gostava de ir para me tranquilizar. A luz era diferente e todas aquelas figuras... Não tinha como não se sentir feliz naquele espaço. Ele tinha um sol particular! De verdade (ou de pintura).
Uma curiosidade foi este gato, com o rabo na tomada. A ideia não era maltratar um animal, mas deixar claro para o Bê, desde os primeiros momentos de berço, que dava choque. Eita mãe neurótica!!! Acabou que o gato virou uma brincadeira e tanto que fazíamos entre os três. Ai, que saudade!!!! Mas não recomendo, teve uma fase, perto dos três anos, que ele ficou com medo daqueles olhos esbugalhados (mãe de primeira viagem... aff!)
Fui falar sobre isso com a Regina Coeli e lembrei do quarto que deixamos para trás. Antes de entregarmos a casa tirei MILHARES de fotos das paredes. Tirei fotos da paisagem e de cada detalhe. Posto algumas partes para vocês. Se eu não consegui expressar a magia deste quarto as fotos o farão. Mostro ainda o dono do quarto, aproveitando-o da melhor forma que podia, melhorando ainda mais uma energia que já era boa!
Por que falo nisso agora? Então, já disse, tem a ver com uma conversa com a doce e querida Regina Coeli. Aguardem a surpresa! Eu estou na maior expectativa!!!
Beijos com carinho,
Tati.