Gente! Acho que a Faber Castell lê meu blog... ou pelo menos leu a postagem da
novela em roxo...
Terça feira de manhã o telefone tocou. Era a mesma atendente que falou comigo da última vez, perguntando se o derradeiro já tinha chegado (e não chegou), e ela falou sem nenhum gerúndio!!
Ela foi muito simpática e se espantou pela não chegada do Sedex (dãã). Eu aproveitei "o ensejo" e rasguei o verbo. Contei toda aquela novela que contei para vocês, mas de uma maneira mais séria, que se ela risse eu ficaria desmoralizada, né?
Então ela me perguntou o que poderiam fazer diferente... Ah... para quê? Dei aquela sugestão que já tinha pensado. Falei no quanto eles economizariam se na primeira vez tivessem mandado uma caixa de presente com uma bela carta de desculpas. Evitariam novos erros e trocariam o gosto amargo por um mais doce. Eu pensaria: "Ok, eles erraram, mas errar é humano e reparar o erro é para empresas com responsabilidade social"... hohoho.
Então ela disse que levaria minhas sugestões para o departamento de marketing. E me retornou ontem, dizendo que o departamento de marketing gostou da minha ideia
e quer me contratar e que eu receberia um estojo novo e a tal carta.
Agora eu aguardo a chegada do lápis roxo, do estojo novo e da carta (espero que o papel de carta seja cheiroso, com a Hello Kitty e envelope combinando... hehehe
Eles foram generosos? Claro que não. Eles seriam mais espertos se já tivessem feito isso de cara. E não é preciso fazer parte de um departamento de marketing para saber disso, afinal, o que eles ficam decidindo no "departamento"?
Eu agradeci e respondi que eles deveriam estender isso aos demais clientes insatisfeitos, não restringindo o gesto a mim. E sabe o que ouvi? Que era isso que eles fariam. Que eles entenderam minha sugestão.
Gente, fala sério? Eu não sou um gênio, não tive uma ideia brilhante nem um insight daqueles que merecem patente... Eu sugeri uma prática corrente de empresas bem menores... De artesãs... de fundo de quintal... Como assim?
Então foi assim que eu, exercendo minha cidadania de maneira gratuita (0800) mudei a política de atendimento ao cliente de uma multi nacional como a Faber Castell. Puro luxo do absurdo!
A moral da história é: Nós temos o poder de mudar o mundo. Isso já dizia nosso querido Betinho há anos atrás. Basta assumirmos que temos direitos (e lembrem-se que o nosso acaba onde começa o do outro, não atropelemos ninguém) e exercê-los.
Se estamos grávidas, temos mais de 65 anos ou demais necessidades especiais temos o DIREITO a atendimento preferencial, a sentar em transportes públicos, a comer a sobremesa duas vezes... Enfim, coisas básicas.
Transporte público é outro item da minha lista, este eu gostaria não só de mudar o SAC mas sim toda a política, a começar pelo próprio ônibus, e neste caso minha frase é: "Não há dignidade no ônibus" e eu sei por que preciso fazer uso dele, sempre que não dá para ir a pé (por que se der, mesmo que leve meia hora, eu prefiro), mas isso é assunto para outra postagem... não vamos atropelar...
Com o blog nós temos mais voz ativa do que imaginamos. E podemos sim fazer a diferença. Precisamos querer. Precisamos fugir da futilidade, da banalidade, do Rebolation e usar nossa voz. Fazer graça sim, por que rir faz diferença na energia que move o mundo, mas falar do que importa TAMBÉM!
Beijos a todos,
Tati.
P.S.: Nenhuma destas imagens são minhas e muitas podem ter direitos autorais. Desculpe se ofender alguém por não dar créditos, mas peguei via google imagens e fiquei com preguiça de anotar todos os endereços. Dia desses vou fazer assim, ok?