Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

terça-feira, 20 de abril de 2010

As oportunidades que não agradecemos


Sabe aquelas coisas que acontecem em nossas vidas e parecem problemas? Muitas vezes elas estão nos salvando. Quase nunca temos a oportunidade de descobrir isso. Poucos são aqueles que não embarcam no avião que irá cair, ou que são poupados de situações que vão virar notícias e aí sim, saberão que foram agraciados.
Nem sempre são situações tão graves assim, mas elas ocorrem aos montes em nosso dia a dia e nem nos damos conta. E reclamamos delas ainda!
Vou contar uma que tem data certa. Não há como esquecer.
Estávamos na casa de minha mãe. Tivemos uma reunião e buscávamos o Bê. Era uma terça-feira, quase 10h da noite. Então, quando já no portão, a fechadura caiu na mão de meu marido. Como deixar a casa de minha mãe com o portão escancarado a noite inteira? À luz de lanterna, com muito custo, meu marido conseguiu recolocar a fechadura. Eu, que sou uma mal-humorada e detesto contratempos, fiquei dali, reclamando da sorte. Louca para chegar em casa, carregada de bolsa, mochila, criança dormindo no colo...
Tarefa cumprida, fomos para casa, que é relativamente perto. Quando estávamos na entrada de nosso prédio, faltou luz. Tivemos que subir 9 lances de escada. Que azar, né?
Era o dia 10 de novembro do ano passado. Dia do apagão que deixou nosso país às escuras por mais de 6 horas.
E onde está a oportunidade a se agradecer? Se não fosse a fechadura caindo nas mãos de meu marido teríamos ficado presos no elevador. É ou não é para agradecer?
Agora tento me lembrar desta história, e de tantas que nos contam, e reagir positivamente aos imprevistos. Tem dias que esqueço disso, é bom estar sempre me lembrando!
Um beijo a todos,
Que o acaso continue nos protegendo enquanto andamos distraídos...
Tati.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Blogagem Coletiva - Vermelho

OBAA!! Desta vez estou mais entusiasmada do que nunca, a cor escolhida pela Glorinha, do Café com bolo foi o vermelho e estão passando por minha cabeça milhares de coisas vermelhas que eu amo! Aliás, amo vermelho Cor repleta de energia, de força, vibrante, apaixonada, quente, linda! Cor da vida e de muitas coisas de comer que eu adoro, como melancia, morango, maçã, tomate ...

E já que minha postagem azul foi o pássaro azul, nada mais justo que falar, na blogagem vermelha, de outro filme da minha vida: Moulin Rouge!

Amo este filme pela fotografia, por umas posições de câmera incríveis que faziam as danças parecerem caleidoscópios humanos, também pela trilha sonora, que não me lembro de outro filme que eu ame mais, mas acima de tudo pela busca do personagem de Ewan McGregor (Christian) que deseja "amar e ser amado em retribuição". Dá para sentir a profundidade disso? Ele inverteu a ordem do que pedimos geralmente, e fez toda a diferença. Ele não diz que deseja alguém que o ame. Ele deseja AMAR! O retorno virá em retribuição.

Ok, deveríamos amar e pronto, sem esperar recompensas, mas quantos de nós somos capazes disso? De verdade? No filme esta máxima refere-se ao amor romântico, entre um casal. Mas eu quero estendê-lo ao amor puro e simples. Amar amigos, amar ao próximo. Amar primeiro. Estender a mão a quem precisa, mesmo que este alguém não a tenha estendido para nós quando precisamos. É a isso que esta frase me remete.

Agora outro fator que me faz amar este filme, e aí, não diz respeito diretamente ao filme, foi a situação em que o assisti pela primeira vez (Ah, esse eu já vi muuuuuuitas e verei mais mil!)

A primeira vez que vi Moulin Rouge foi no cinema. Eu estava com uma das minhas melhores amigas. Aquela que é para sempre, na alegria e na tristeza. Hoje ela mora na Costa Rica e eu mooorro de saudades. Na época eu tinha acabado de terminar um relacionamento importante e acabado de me formar. Estava naquela fase em que tinha todas as possibilidades à minha frente e absolutamente nada para o dia seguinte. Uma fase  vulnerável, em órbita, sem chão. Esta amiga esteve ao meu lado o tempo inteiro, me deu o apoio que eu precisava por um long período. E neste dia, voltei a me sentir feliz!

É claro que não foi a Martha que me fez sentir feliz, eu sei que isso só eu posso fazer por mim, mas se ela não estivesse ao meu lado este dia demoraria mais a chegar.

Então o que amo em Moulin Rouge é o Moulin Rouge, com toda sua super produção, e a presença da Martha em minha vida! Que agradeço todos os dias, mesmo ela estando tão longe estará sempre pertinho, e torço por ela que foi viver a grande aventura de sua vida - se encontrar!

Se o pássaro azul foi a felicidade, para mim, Moulin Rouge é a amizade (amar e ser amado em retribuição, ou fazer o bem, sem olhar a quem) e a Martha é um símbolo desta verdade dentro de mim. No dia em que nos conhecemos - e já se vão mais de 10 anos... nos tornamos amigas (como se essências se reconhecessem) e isso não é nada fácil para mim, que sou desconfiada, reservada. E não é que ela é igual? Mas já nos conhecemos, compramos água de coco e trocamos confidências de uma vida inteira em pouco tempo, enquanto os outros estagiários da fazenda faziam outra atividade (sim, éramos universitárias...). Neste dia, nos tornamos irmãs. Amigas para o que der e vier. Ela me deu grandes provas de amizade, sem que isso se fizesse necessário. Uma vez, morando no Humaitá e indo para Copacabana (bairro vizinho) fez a rota por Jacarepaguá (?!) só para me trazer um pedaço de bolo, por que eu estava doente. E eu? Ah, para ela eu dei uma jóia de presente: Meu filhote em batismo!

Nossa amizade é assim: um rubi que nos enriquece!
Um beijo vermelho a todos. E vamos conhecer as postagens dos amigos! Ah, Glorinha, você fez as segundas-feiras serem ansiadas!!!


Tati.

domingo, 18 de abril de 2010

Soltando os bichos


Sabe aqueles dias em que você quer colo, e quando te dão colo, sente-se presa?
E então precisa de silêncio e quando te permitem, sente-se solitária?
Hoje estou assim. Hoje nada parece me bastar. Marido sabe que estou tensa e é todo cuidados. Nestes dias, vira quase mãe do Bê, e me deixa de folga.
Ontem estávamos brincando com o Bê: um jogo ótimo chamado "A corrida dos bichos". O Bê SEMPRE é o coelho, mesmo a regra mandando nossos bichos serem ao acaso e mantidos em segredo. Eu era a girafa. Claro que no meio da partida a gente começa a desconfiar dos bichos dos outros e o Bê descobriu que o pai era a tartaruga. Pronto, estava instaurada a confusão.
Então, os meninos que eu amo e que formam meu esteio resolveram brincar comigo. E sabe qual foi a brincadeira? Formaram um complô contra a girafa. Os dois se favoreciam e favoreciam inclusive bichos que não representavam ninguém, e deixavam a girafa para trás. Era brincadeira e eles davam muitas risadas, gargalhadas até. Eu não soube brincar.
Quando terminou a partida fui para a cozinha e chorei... Sim, CHOREI! Por causa de uma brincadeira em um jogo em família!!
Marido foi atrás e me pegou chorando. Não sabia o que fazia, me abraçou e aí eu aproveitei para abrir a torneirinha. Chorei tantas coisas que não estavam no tabuleiro, que nem aqui em casa estão. Chorei tristezas da rua, da vida... E chorei mais ainda!
Marido não entendeu. Achou que meu problema era o jogo e disse que não brinca mais.
Ah, não faz assim... Como vou poder extravasar tanta emoção se não tiver motivos mais fáceis de explicar do que toda a dor que há em mim?
E foi assim...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quem tem amigos tem o mundo


Amigos queridos,

Antes de ontem escrevi um desabafo que vocês não podem precisar o quanto foi sofrido. Aliás, este momento está sendo mesmo duro de enfrentar, mas não tenho escolha. Recuar é abrir mão de tudo pelo que venho lutando em minha vida profissional. Graças a Deus em família está tudo bem.

Este é provavelmente o último mês deste martírio, que se seguir o cronograma planejado encerra-se dia 19 de maio e aí detalho melhor para vocês minha batalha.

Mas o que tudo isso está fazendo aqui? Vou explicar, peraí...
Escrevi com a certeza de que ninguém entenderia e portanto, não teria comentários. Escrevi por que queria gritar e como moro em apartamento, chamariam os porteiros, o síndico, a polícia, os bombeiros...
Qual não foi minha surpresa com as manifestações de apoio e carinho que recebi? Amei cada uma. Alguns de gente que está sempre por perto e justamente por isso acabam tornando-se mais íntimos. Outros mais discretos, não costumam manifestar-se, mas fizeram-no!

Quero agradecer a Giovanna, que estava num dia nublado, mas não permitiu que as nuvens de sua alma a impedissem de me dar apoio, a Meri, que é muito querida e está sempre disposta a estender sua mão, a Ana Cristina que é cada dia mais importante para mim e que espero, também encare seus fantasmas, a Silvia que me estimulou a acreditar que sou corajosa, mesmo eu não acreditando muito nisso... a Kátia que me conheceu naquele momento e fez-se amiga, a Josi com quem tenho trocado ótimas impressões sobre a vida, ao Olavo, que tem um blog que eu adoro e que eu nem imaginava que me lia... A Yoyo que a cada dia é uma amiga mais e mais querida e a Carmem, uma das primeiras blogueiras que passei a seguir e que me orgulho de ter no meu roll de relações na blogosfera.

Mas preciso destacar a Marli. Sabe por que? Por que desde quando nos conhecemos parece haver uma sintonia fina entre a gente. Já fizemos postagens que se complementam (sem querer) duas vezes: Aqui  e aqui.
E ontem, ela foi um anjo em minha vida, daqueles que podem ter aceitado o chamado sem saber, por que ela disse exatamente o que eu precisava ouvir. Depois que li suas palavras eu tomei coragem e mergulhei na água fria. Agora vou encerrar esta página nada agradável de minha vida. E sabe o que fiz depois de ler o que ela me disse? Parei de olhar o dia da conclusão (algo que vem me aterrorizando, pela certeza de que não terá o resultado esperado), e comecei a imaginar o dia seguinte. Quando este peso terá saído de minhas costas, não importa a cara que ele tenha (o resultado). Ah! Este dia está mais perto agora. Obrigada queridos amigos. Obrigada querida Marli!

E como não poderia deixar de falar, uma amiga que não é virtual (apesar de passar por aqui de vez em quando), mas que é muito mais do que um anjo em minha vida. É meu espelho, é assim que gostamos de nos identificar. Obrigada Alê querida. Nem sei mais pensar o que seria de minha vida sem você. Te amo, viu!

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um selinho cheio de Efeitos e Conceitos




Olá a todos!
Enfim vim postar o selinho que ganhei da Yoyo do blog Efeitos e Conceitos, vale a visita. Além da Yoyo ser uma fofa, daquelas que você já se encanta pelo sorriso da foto, o blog dela é leve, inteligente, agradável, repleto de informações, pensamentos, poesia. Dá vontade de puxar o banquinho e ficar, sabe? Passa lá...

Vou contar que este selinho (e suas regrinhas) me fizeram repensar algumas atitudes, ou a falta delas, na minha alimentação. Há algum tempo venho cuidando pouco deste aspecto. Quero fazer coisas rápidas e acabo não me preocupando tanto com a saúde. Quando almoço fora procuro escolher alimentos mais saudáveis, mas preparar... Agora, depois do selinho, vou me policiar para cuidar um pouco melhor. Demorar mais um tantinho na cozinha, mas sair de lá com pratos mais elaborados e, principalmente, mais saudáveis.
Aceito sugestões de receitas, ok?

Vamos às regras:

Repassar o selinho para 12 amigos. Lá vai:

Glorinha do Café com Bolo
Giovanna do Bordados e Retalhos
Cris do Miscelânia
Luci do Vida
Marli do Blog da Marli
Laely do Sala da La
Josi do Josi Stanger
Ana Cristina do Incongruente Lisura
Chelle do Chelle´s Stuff

Mais regras - Responder as seguintes perguntas:

1)Quais os cinco alimentos/bebidas que você incorporou à sua dieta?
R - A ração humana está nos planos, mas mais pela neura de perder uns quilinhos. Funcionou para uma amiga e quero testar. Sempre comemos muitas frutas aqui em casa. AMO abacate, tangerina, melancia, caqui, laranja,manga,  lichia, amora, morangos, ... E a bebida é suco, refresco ou mate. Amo saladas, mas morro de preguiça de prepará-las.

2) Quais os cinco alimentos/ bebidas que você evita comer/beber?
R- Tenho sorte de não gostar de refrigerante e bala; evito biscoitos e amendoins; Também não gosto de frituras.

É isso. Quem gosta de selinho fique à vontade para postá-lo, quem não gosta entenda na minha escolha uma oportunidade de fazer carinho em quem eu gosto. Um beijo a todos e até a próxima.

Ah! E obrigada, Yoyo, pelo presente. Eu me senti especial neste dia!

Beijos a todos,

Tati.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O bilhete de loteria...


Alguma vez já teve a sensação de conferir os números sorteados, a certeza do prêmio máximo e se lembrar que não jogou? Estou vivendo isso agora. Um gosto do que poderia ter sido e não foi. E preciso finalizar ainda assim, meu projeto dos sonhos que não chegou aonde eu queria...

Me lembrei do ano passado quando tivemos um problema com a tubulação da água quente aqui de casa e passamos 15 dias tomando banho frio, no inverno(!). Vou te dizer, foi duro. Eu entrava no chuveiro e ficava uns minutos ensaiando a entrada. Sabia que aquela água gelada iria arder na pele e que era inevitável. Lavar os cabelos... Era inevitável! Então eu ficava ali do cantinho do box, tentando entrar e fugindo... o quanto podia... mas não podia. E entrava.

Estou neste momento. Eu sei que vai arder, mas não tenho como evitar. Minha vida profissional e todos os passos que planejei para o meu futuro dependem desta ação. Pode não ser mais o prêmio máximo, o prêmio prometido, desejado, que poderia ter sido... Mas é alguma coisa, e eu preciso enfrentar.

Ai... Onde se encontra coragem para enfrentar o que nos fere? Encerrar uma etapa e seguir em frente?

Desculpem o desabafo sem pé nem cabeça, mas pode ter certeza, foi importante para mim.

Um beijo a todos. Que semana que vem eu esteja com melhor ânimo após encerrar este trabalho que me aflige.

Tati.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Blogagem Coletiva - O pássaro azul

Esta postagem faz parte da blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo. Serão 8 segundas-feiras, cada uma com uma cor. Já foram o rosa e o amarelo. Esta semana é o azul.

Quando era criança assisti este filme numa sessão da tarde qualquer, mas não foi um filme qualquer. Ele deixou um gosto em mim que não saberia explicar. Partes deste filme ainda vivem em mim.


Meu avô morreu ano passado e o Bê questiona muito a falta do biso. Numa destas oportunidades ele perguntou: "O biso nunca mais vai viver?" E minha resposta foi: "Ele estará vivo sempre que você se lembrar dele". Esta frase é deste filme, quando as crianças encontram os avós já falecidos. Na hora não me dei conta, percebi quando pensava no tema para esta postagem e decidi falar do azul mais importante que já vivi. Tem uma outra passagem linda, quando encontram o irmãozinho que ainda vai nascer, num céu que prepara as crianças para este momento. Na foto abaixo, o cachorro, a menina e a gata. Lembrem-se que eu era criança e a ideia dos animais de estimação virarem gente e conversarem conosco era maravilhosa!


O filme é de 1940 e apresenta Shirley Temple em seu primeiro papel. Eu vi colorido, portanto, depois do technicolor. O pássaro azul que dá nome ao filme é a felicidade e, se não me engano, a lição final é que deve ser mantido livre, que estará sempre por perto. Não tenho certeza. Nunca mais vi este filme. Durante muito tempo sonhei vê-lo novamente na T.V., não aconteceu.


Hoje ele existe em DVD, custa mais de R$ 180,00. É caro, eu sei, mas amo tanto que seria capaz de pagar. Sabe por que não o faço? Tenho receio de vê-lo e perder o encanto. Tem uma frase do Bentinho de Machado de Assis que adoro, quando ele descreve alguma cena com exagero e diz: "(...) se entendermos que a audiência aqui não é das orelhas, senão da memória, chegaremos à exata verdade". Então é isso. Eu fotografei com o coração. Hoje aquela menina romântica e sonhadora ainda habita em mim, mas de forma diferente, com novas vivências. Pode ser que o encantamento se perca caso eu me permita assistir novamente. É como aquela comida da infância que tentamos e tentamos e nunca mais sentimos o gosto, por mais que se repita a receita. O momento passou!


O pássaro azul talvez seja o filme da minha infância, um dos filmes da minha vida. Associa o azul com a felicidade, o que acho bárbaro e tenho certeza, muitos concordarão. Pode ser que ele já tenha me dado o que preciso, quando assisti da primeira vez. Pode ser que daqui há alguns anos eu queira mostrá-lo para o Bê, e pode ser ainda que ele não ache a menor graça, afinal os recursos de 1940 ficaram há muito ultrapassados.


De qualquer forma o pássaro azul me fez feliz. E não era esta sua proposta? Então entendo o recado e sei que não preciso correr atrás dele, que sempre estará ao meu lado! Quem sabe não me animo a usar mais o Twitter?


Um beijo azul, de muita felicidade,
Tati.