Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Onde está minha inscrição da OAB?


Esta é minha participação na blogagem coletiva proposta pela Glorinha, do Café com bolo. O tema hoje é perdão, e não podia ser mais oportuno para mim. Aproveito a ocasião para um mea culpa

Vocês conhecem esta historinha? Eu já conhecia e já até a li algumas vezes para os assistidos de um trabalho que eu participava. A gente lia e interpretava, claro! 

Que fofo, né? Leia e depois conversamos:



Havia um menino que tinha um temperamento difícil.
Seu pai deu-lhe um saco de pregos e disse-lhe que, a cada vez que perdesse a paciência, pregasse um prego na cerca dos fundos de sua casa. 
No primeiro dia o menino pregou 37 pregos na cerca. 
Então foi diminuindo gradualmente. Ele descobriu que era mais fácil conter seu temperamento do que bater pregos na cerca. 
Finalmente chegou o dia em que o menino não perdeu mais a  paciência.
Ele contou isso ao seu pai, que sugeriu que agora o menino  tirasse um prego da cerca para cada dia que ele conseguisse conter seu temperamento.
Os dias foram passando e o menino pôde, finalmente,  contar a seu pai que não havia mais pregos na cerca.
O pai pegou o filho pela mão, levou-o até a cerca e disse:
-"Você fez bem, meu filho, mas veja os buracos na cerca. A cerca  nunca mais será a mesma. Quando você fala coisas ruins, ofende, elas  deixam uma cicatriz como estas. Você pode enfiar uma faca em um homem e tira-la. Não importa quantas vezes você diga que sente muito, a  ferida continuara lá. Uma ferida verbal é tão ruim quanto uma física".


Pois é. Li e reli tantas vezes... Pensa que eu aprendi? Coisa nenhuma...

Ontem eu magoei uma pessoa. E me sinto péssima por isso. Magoei por que julguei, por que interpretei tão mal uma situação... Criei um bicho, fui contra o bom senso. Se eu prestasse mais atenção ao que esta pessoa demonstra, jamais a colocaria em xeque. 

Eu não tenho a menor dificuldade em pedir desculpas. Este tipo de orgulho besta não me assola. No entanto eu me exponho muitas vezes ao expor as pessoas a isso. Se desse um tempo às questões, se as colocasse em perspectiva, poderia evitar muitos aborrecimentos.  Existe um exercício, que eu conheço, apesar de não ter feito, de pensar no que um fato afetaria sua vida daqui há uma semana, um mês, um ano. Era algo que não afetaria minha vida depois de poucos dias. Em uma semana seria passado, pior do que isso, nem era verdade!

Minha atitude foi mesmo mesquinha e desnecessária. A mesma conversa poderia ter acontecido de outra forma se eu partisse do melhor. Eu optei por partir do pior, do julgamento. Do MAU julgamento. Não à toa para ser juíz é necessário muitos anos de estudo, de dedicação. Ainda assim, há acusação e defesa,  testemunhas, provas, às vezes juri... Tantas e tantas coisas antes de se condenar alguém. Quem sou eu para dizer isso ou aquilo de outra pessoa, seja ela quem for? E se a pessoa em questão sempre foi doce e generosa, não apenas comigo, mas com as pessoas em geral, ao seu redor? É, ontem me senti pequena por que estava mesmo pequena. E hoje vou me perdoar, por que preciso, mas preciso, mais que isso, aprender.

É a primeira vez que erro feio assim? Não, nem a segunda. Eu tenho um instinto impulsivo que me irrita. Achei que estava sob controle, dei bobeira e ele se manifestou. Que vergonha senti de mim mesma quando percebi o quanto estava equivocada. 

Um antigo chefe meu dizia que, quando apontamos um dedo para alguém estamos, de forma simultânea, apontando 3 para nós mesmos, e um para o chão (baixando o nível ou o padrão). Ouvi está frase há muitos anos. Guardei, só não apliquei. Disfarcei de "quero entender" quando na verdade estava julgando. Está lá, por escrito. Eu reli e percebi que me sentiria mal se lesse algo assim. Agora já foi, e me arrependo. Tirei o prego e deixei o furo na madeira. Se tivermos oportunidade, podemos tratá-la, lixar, polir, envernizar... Isso o tempo mostrará. Por enquanto sinto que perdi um amigo, e que a responsabilidade está comigo. Ou eu cresço ou mais situações como estas acontecerão.

Para não terminar tão entregue e derrotista, lembrei de uma frase do Emmanuel, dita por Chico  Xavier em uma situação pior do que esta (quando descobriu que seu sobrinho estava cobrando por lugares na fila para o atendimento): 

"Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Com erros e acertos, nossa história continua. É isso, hoje não sei como encerrar. Ainda estou triste comigo.

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Obrigada é pouco...

Amigos queridos,

Eu pensei em ficar quietinha, e aguardar, com paciência, o dia 24, quando saberemos se deu ou não para virar livro. Só que me dei conta que estar entre os 10 não é uma vitória minha, não apenas. Sinto que é nossa... E se não virar livro? Provavelmente estarei tão triste dia 24 que não conseguiria agradecer o empenho. Então o dia de agradecer é hoje!

Agora não depende mais de nós. É com eles, equipe de editores da ediouro e o vencedor do ano passado: Pergunte ao Urso.

O que preciso dizer é que vocês me emocionaram demais. Me fizeram acreditar que é mesmo possível, está sendo. Não importa o resultado (avaliador, se você passar por aqui, esta frase não é para você, ok? Desconsidere este depoimento nos autos!) nós conseguimos! É, nós sim!! Por que foram tantos amigos comprando meu sonho. Quando eu entrava em um blog amigo e encontrava o link para a votação com o "Vote na Tati" eu me derretia. Vocês não fazem ideia da gratidão que habita em mim.

Ontem passei o dia em alta expectativa, coitados dos meninos... hehehe Só deram o resultado de noite, e como eu sabia que hoje tinha a blogagem da Cíntia deixei esta comunicação para o inicio da noite de hoje. 

Vou agradecer nominalmente, de novo, à Fran (Diário de Bordo- Lund/Suécia); Gi (Bordados e Retalhos); Nilce (A vida de uma guerreira); Lúcia  (De amor e de...); Denise (Tecendo Ideias); Regina (Faz de Conta); Tati (Vida Bicultural); Fefa (Fefa na holanda); Nika (Falações); Macá (Agenda Ilustrada); Cê (Cantinho da Cê); Manú (Light), Leci Irene (Vida: histórias, glórias...) por que além de força, colocaram links de votação em seus blogs. Vocês não fazem ideia do que é entrar, despretensiosamente para ler uma postagem e encontrar um "vote na Tati", ou outros dizeres tão ou mais fofos. Eu sei que já disse isso lá em cima, é que é emocionante demais para mim mesmo... Nossa quantidade de votos foi expressiva. Os organizadores optaram por não divulgar os resultados e respeitarei as regras, mas posso afirmar, com tranquilidade em função do resultado final, que vocês participaram ativamente, e que ficamos bem colocados! 

Comecei uma lista enorme de amigos a agradecer e apaguei. Tenho medo de ser injusta, o risco de esquecer de citar um nome neste momento é imensa. Então manterei apenas os dos links, mas os agradecimentos são muito maiores. São tantos a agradecer... não quero ser injusta com ninguém. Senti muitas pessoas ao meu lado, me apoiando. Aqueles que votavam, e até "ferraram a vota", né She?, aqueles que passavam para dar uma força, para dizer que acreditam no meu talento... Cada momento destes foi marcante e alimentou o sonho. Pode ser dia 24, pode ser um pouco depois, sei que vai acontecer. E devo muito desta confiança a vocês.

Obrigada! Obrigada! Obrigada! Infinitas vezes. 

Eu estou ensaiando este texto desde ontem e não consigo encontrar palavras que representem o que me vai por dentro.

Aproveitando o tema da Cintia: Vocês me deixaram repleta de amor!!!

Um beijo a todos,
Tati.

Amar nem sempre é fácil

Quando meu pai operou o coração, seja pelo desgaste, seja pela medicação, ele entrou num processo de depressão. Meu pai é aquela pessoa com uma energia intensa: Se está bem, a energia da casa inteira flui, em contrapartida, se está mal, afunda com toda a família. Ele tem um magnetismo muito forte. Sendo assim, esta foi uma fase muito dura para todos nós.

Tínhamos passado por um período tenso com a doença do coração, cuidados intensivos em casa, tanto antes como depois da cirurgia. Ele inspirava atenção e estávamos ali, disponíveis. Quando a depressão instaurou-se a coisa ficou bem mais difícil. Não é nada fácil lidar com um depressivo. Ele ficava ali, prostrado, amuado, sem vontade para nada. Era estranho, chato, desgastante... Por um tempo nos empenhamos; sem ver melhoras, vai dando uma vontade de entregar os pontos. Chega uma hora que você sente raiva da pessoa! 

Nesta fase eu li em uma revista a seguinte frase: "Me ame quando menos mereço, é quando mais preciso".

Estes dizeres tocaram fundo em mim. Foi a partir disto que escrevi o texto que agora transcrevo. Ainda acho que um anjinho soprou cada uma dessas palavras ao meu ouvido. Deixei-o sobre a cama de meus pais, para que minha mãe e minha irmã lessem. Para que entendessemos que ele não estava bem e precisava, mais que nunca, de nós. Pensar sobre isso foi fundamental neste período. Agora compartilho com quem as quiser ler. Que possa ajudar outros que passam pelo mesmo drama. E saiba, tudo passa!

Me ame quando menos mereço, é quando mais preciso.
Família não é um aglomerado de pessoas reunidas numa casa. É um grupo, composto por pessoas que se amam, se respeitam e se admiram. Que se conhecem ou, pelo menos, tentam. Que quando não conhecem buscam compreender, aceitar.
Tolerância, carinho, diálogo, cooperação. São palavras-chave para a convivência feliz, na busca da harmonia.
Não devemos estar unidos apenas quando a doença se exterioriza no corpo. A doença da alma deve ser vista com maior atenção.
Unir forças para tentar detê-la. Visitas diárias ao coração machucado, à alma ferida.
Alimentar o espírito fraco com palavras e gestos nutritivos e saborosos.
Juntos tudo ficará mais fácil. A crise existe, está aí. Todos conhecemos, apesar de não sabermos lidar com ela. Também sabemos do grande amor que sempre reinou neste lar.
Cabe a nós consertar. É uma prova, um teste. Vamos passar por ele, de mãos dadas, mentes fortes e confiantes.
Estejamos juntos, em amor, e nada pode abalar um lar.
Beijos, Tati.  (ago, 2000).

Na minha família, prima é irmã!
Este foi um primeiro passo. As coisas não são simples, e não foram. Hoje meu pai está bem, é um homem ativo. Apesar de aposentado, trabalha e é reconhecido no que faz. Se dá muito bem com minha mãe, com quem está casado há quase 36 anos, numa relação de cumplicidade e carinho. Depois disso meu sobrinho JP nasceu, trazendo muita alegria. Acho até hoje que foi ele que salvou me pai, foi seu grande anti-depressivo, tomado em grandes goles, já que moram juntos, e sem contra-indicações. Nossa família se fortaleceu. Outras crises já nos acometeram, superamos todas! Juntos! Por que há muito amor entre nós!

Esta foi minha participação na blogagem coletiva proposta pela florzinha Cintia do Meu Cantinho, em comemoração aos 2 anos do seu blog. Parabéns, querida!

Beijos a todos,
Tati.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Do seu tamanho

Olhou para as sapatilhas: Lindas, vermelhas. As fivelas, delicadas, tinham o formato de joaninha. Era sem sombra de dúvidas seu par de sapatos favorito. Tentou mais uma vez... como doía apertar-lhes contra os dedos, mesmo com estes encolhidos, não estava fácil entrar. Por fim, conseguiu! Doía um pouco, andaria menos... Não importava, não poderia abrir mão destes sapatos.

Com eles foi, pela primeira vez, ao grande teatro, levada pelas mãos de sua tia. Combinavam com as roupas mais bonitas, ficavam lindos com seus jeans da moda, e também com os vestidos, inclusive o branco rendado, que usara em sua festa de aniversário. Estavam presentes, emoldurando seus pés, em tantas e tantas fotos, fotos de tantos e tantos momentos felizes. Não podia se desfazer assim desta sapatilha, justo desta? Lembrou de sentir-se leve usando-a, correndo, fingindo-se bailarina, nas pontas dos pés...

Olhou o solado, tamanho 32. Calçava ela agora 33/34. Chorou! A mãe, vendo Sofia tão sofrida, tentou ajudar. Procuraremos outra sapatilha igual. Foram às lojas, entraram em contato com o fabricante... nada! Até encontraram novos pares em vitrines, só que a numeração encerrava-se no 32. Não havia tamanho maior para aquele modelo.

Sofia chorou, sofreu. Por que abdicar de seus sapatos favoritos? A vida não era justa...

Quantas vezes agimos como Sofia em nossas vidas? E não falo do jeans 38 quando agora usamos 42... Falo de ideias, de pessoas, de situações. Quantas vezes crescemos, não cabemos mais naquele antigo pensamento, e ainda assim fazemos questão de desfilar, com dedos apertados, em nome do "eu sou assim"?

Crescer dói. É necessário refletir e perceber o que deve caminhar conosco e o que deve ficar para trás. Nunca somos os mesmos. Às vezes precisamos passar por grandes provações para mudarmos, outras vezes basta um livro, uma conversa, e uma nova percepção sobre o mundo se abre para nós. Quando isso acontece, é hora de ir em frente. Abandonar as velhas crenças, velhas ideias, sem medo. Sem crises de consciência. Sem apegos vãos. Por que insistir em ideias ou rotinas que já não nos acrescentam? Se você já não se sente feliz numa tarefa, executa por simples ação do hábito, é hora de trocar seus sapatos. Estes, estão menores que seus pés.

Com amigos dá-se o mesmo. Não falo de sermos ingratos, frívolos, nada disso. Há amigos que nos são vitais em certos pontos de nossas vidas. Em determinado momento, entretanto, seguimos caminhos diversos. Isso é natural. As experiências são individuais. Cada um as processa a seu modo. Quando tudo o que conseguimos com um amigo é "relembrar os bons tempos", sem criar novos tempos, é hora de seguir. Encontrá-lo de vez em quando, trocar e-mails ou mensagens de orkut, facebook, twitter ou seja lá qual nova moda surgir. Agora, por que forçar o convívio se nada mais se acrescenta? Vocês cresceram, e foram para lados opostos.

Se Sofia insistir em manter-se nos sapatos que não lhe servem, caminhará cada vez menos, novos passos serão tão dolorosos... Se aceitar o inevitável, entender que seu sapato vermelho ainda é especial, mantido onde deve permanecer, nas lembranças e nas fotografias, estará pronta para novos desafios. Em breve poderá experimentar seu primeiro par de salto alto, e desfilará como uma mocinha. Poderá descobrir o prazer, que só uma mulher é capaz de entender, de entrar em uma sapataria, de admirar uma bela vitrine onde os mais variados modelos exibem-se, majestosos ou despojados. E desejá-los!

Pense em sua vida. Quais as ideias ultrapassadas que insiste em arrastar, como correntes, atrasando sua caminhada? Que tal uma bela faxina nos gaveteiros de sua mente? Há tanto por se renovar, não acha?

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A visita do Censo

A recenceadora passou aqui em casa. Por duas semanas vi sua foto no elevador. Fui me afeiçoando a ela nas chegadas e saídas, no passeio entre os andares. Já conhecia seu sorriso e seu nome. Aguardei, com expectativa que meu dia chegasse.
Eis que toca o interfone, o porteiro me perguntando se poderia atendê-la. Mas é claro! Se já não podia mais esperar!

Enquanto aguardava a campainha, coloquei a água no fogo. Um café cairia bem neste meio de tarde, na conversa intima e informal. Íntima sim, vinha ensaiando tantas coisas para que ela soubesse quem eu era, quem era minha família. Só assim podemos conhecer um país, conhecendo seus cidadãos, não é isso?

Estava ansiosa, será que saberia responder a tudo? Quantos pares de sapato há em meu guarda-roupas? Quantas colheres de arroz por refeição? Qual a última vez que fiz meu preventivo? Me sinto satisfeita com os serviços públicos? Tenho satisfação pessoal? Como me sinto em relação à minha colocação profissional? Acho que meu salário é justo? Para onde fui nas últimas férias? Qual meu signo? Combina com o do marido?O que não pode faltar em minha bolsa? Enfim, coisas fundamentais de relatar.

Então entrou a Selma aqui em casa, uma simpatia, recebi com sorriso. Ela chegou rápido demais e só tive tempo de desligar o fogo. Nada de café fresquinho... Não podia chamá-la para a cozinha por que aprendi no Feng Shui que na cozinha e na área de serviço só pessoas com muita intimidade (é que naquela época não devia haver empregadas domésticas e, muito menos, faxineiras semanais na China, como é até hoje, pelo que sei). Nada de cozinha para a recenceadora. Ela deveria acreditar quando eu dissesse que meu fogão era de 4 bocas e quando relatasse o que comi na minha última refeição.

Sentou-se em uma cadeira, na sala. Sentei em frente. Tirou um palm top e conferiu o endereço. Fez meia dúzia de perguntas que não diziam quase nada sobre mim e minha família, não dizia nada sobre quem somos. Quantos banheiros nós temos? Quantas pessoas moram na casa, mas não quem são estas pessoas, ou o que representamos uns para os outros... Eu perguntei:  "Mas já?" E ela: "É, você não foi sorteada para o expandido."
Tentei disfarçar a decepção... Como assim?

Ela sabe que a coleta de lixo, no meu prédio, é seletiva. Isso por que eu gosto de conversar e ela se interessa pelo assunto. Esta informação jamais chegará ao IBGE. Morre na recenceadora, que me contou coisas sobre ela também. Informações que não estão incluídas nas perguntas do palm, portanto não estarão nas estatísticas...

Tanto alarde da FEB se nos indicaríamos espíritas ou kardecistas e ela nem mesmo quis saber se acredito em Deus!!!

Minha nova amiga foi embora, sem sequer tornar-se uma conhecida. Hoje, se nos cruzarmos na rua, serei cordial. Quando receber o resultado do Censo, saberei que não estou ali retratada. Você está? Será que ficar tanto tempo sozinha neste apartamento está me deixando carente? hehehe

Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Isso é coisa que se diga?!

As votações estão encerradas. Dia 15 saberemos se estou entre os 10 mais votados, e então, dia 24 conheceremos o vencedor. Agora eu relaxei e entreguei, seja o que Deus quiser (e os avaliadores, claro!), não posso fazer mais nada. Então, vamos mudar de assunto?

Ah... posso contar só mais uma coisa deste assunto? É que prometi contar à She uma gracinha do Bê, e tem a ver com a votação. Posso? Eba, sabia que você entenderia... hehehe
No dia que sairam os 25 mais votados eu fiz uma chamada aqui que deu muito resuldado. Animou os amigos que votaram mais que em qualquer outro dia. Eu tenho acesso ao meu placar, então acompanhava de perto os votos que iam entrando. Fiquei eufórica em ver mais de 300 votos em uma única tarde. Liguei toda animada para o Vi, contando. Bê, sorridente, fingindo que assistia DVD, com toda a atenção na conversa. Vi queria saber se era eu votando. Não! São os amigos!! Finda a conversa, desliguei. Seguimos o dia.

De noite, Bê lança: - Mãe, você precisa pedir desculpas à sua amiga. Você falou coisa feia dela.
Eu: - Falei coisa feia? De que amiga, filho? (nossa! Será que falo mal de tantas amigas? kkkk). Não falei mal de ninguém, de quem?
- Ah, não lembro o nome, mas você falou coisa feia dela. Tem que pedir desculpas...

Fiquei com aquilo na cabeça. Certeza que ele tinha entendido algo errado, só não fazia ideia do que.

Dia seguinte ele foi para a casa da minha mãe após a escola. Então, toca o telefone e Bê do outro lado:
- Lembrei, mãe. Lembrei de quem você falou mal. Foi da She! Você disse que ela ferrou a vota!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aí a explicação - She, querida, não falei mal de você em absoluto!- Quando o Vi me perguntou quem estava votando, eu contei que eram os amigos e arrematei: "A She danou a votar!" Isso por que ela tinha me mandado um comentário de que tinha lançado uns 50 votos! kkkkkkkkkkkkkkkk

Danou= ferrou. E ferrou é ruim! Logo: falei mal.

Aí expliquei para a criança, né. Já pensou se eu tivesse mesmo o hábito de falar mal dos outros? Olha como damos exemplos exatamente quando não estamos educando! É nestas horas que eles mais aprendem... ou desaprendem, vai depender do que oferecemos. 

Eu me acabei em gargalhadas!! Satisfeita a curiosidade amiga She? 

Beijos a todos,
Tati.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Orgulho de ser quem se é

Esta é minha participação na Blogagem Coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo, Emoções e sentimentos.

Prato do dia: Orgulho

Então, na realidade, hoje ainda vale a postagem de ontem! É que estou muito orgulhosa de estar entre os 25 mais da minha categoria no BlogBooks. Se isso vai dar em livro ou não, não me importa neste momento (mentira, importa sim!). Claro que eu quero ser a vencedora, quem não? Ainda assim, um blog iniciante, que chegou há pouco, fico feliz demais de estar ali, entre os grandes. Fico feliz em ver meus textos agradando, as pessoas se identificando, se aproximando.  
Tudo isso é motivo de orgulho. Devemos nos orgulhar de ser quem somos, independente de realizações. E isso nos remete ao amor próprio. O orgulho verdadeiro, aquele tal sentimento de satisfação pela capacidade ou realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal. Este está intimamente ligado à autoestima, à autoaceitação. E isso é pessoal e intransferível. 

Se você não se orgulha de ser quem é, quando não teve grandes feitos, infelizmente não se orgulhará quando os realizar. Daí se origina aquele mal orgulho, quando classificamos uma pessoa de arrogante... Isto vem desta não aceitação. Eu sou orgulhosa, no mal sentido, quando acho que não devo aceitar um carinho, como se aceitar algo fosse esmola, ou outras coisas que dizemos quando entramos nesta vibração. Não vale à pena. Se alguém te faz um convite, temos que partir do princípio que gosta de nossa companhia. Se nos oferece algo, é por que ficará satisfeita em que aceitemos.  Até que me provem o contrário, todo tímido é um orgulhoso por excelência.  E digo isso por ser tímida. A timidez vem do medo de errar, de falhar, de não ser bom o bastante, de não agradar. 

Quando nossa autoestima está presente, o orgulho se manifesta da melhor forma. E temos orgulho de ser quem somos, mesmo que sejamos apenas... ! Pois é, não precisamos ser Bindchen ou Brunet, não temos que ter uma inteligência Jobs ou Einstein... Podemos ser simplesmente nós, e nos orgulharmos disso. Ter orgulho de nossa cordialidade, de nosso sorriso, do abraço acolhedor que sabemos dar, de ter disponibilidade para atender um amigo ao telefone, por sermos corretos, verdadeiros, sensíveis. Por termos a capacidade de governar nossa própria vida e fazê-la feliz. Posso me orgulhar de tratar bem os animais, de dizer palavras que agradem, de lavar a louça com capricho, de fazer um bom arroz com feijão. Pequenos feitos nos ensinam a nos orgulhar de ser quem somos. Daí, se coisas grandes acontecerem em nossas histórias, estaremos preparados para elas, e nosso orgulho não se parecerá, em nada, com arrogância. Treine hoje!

Encontrei este clipe e achei que ela sabe ensinar isso melhor que eu. Lembram que contei que esta semana a inspiração... "ui, cadê? Su-miiiiu"... Pois é, ainda não encontrei. Se conseguir um texto melhor sobre o orgulho, trago para vocês durante a semana. Ainda não consegui interiorizar para escrever. Acho que tenho dormido pouco e isso se reflete nas ideias. 

De qualquer forma, com sotaque português, que acho muito lindo, a vaca vai explicar o que é o  ORGULHO!





Uma Tati muito orgulhosa se despede e agradece o apoio e os votos, ontem o placar bombou! Espero que hoje continue assim, quem sabe domingo saberemos que estou entre os 10 mais? Motivo de grande orgulho para mim!!! Obrigada, obrigada, obrigada!


E se quiser votar mais um pouco, a urna é aqui!

Beijos a todos,
Tati.