Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um café e o dia seguinte, por favor!

Hoje o dia está daqueles...
Já contei aqui, há algum tempo, minha dependência química e emocional de café, lembram? Pois é, hoje tive que encarar. Não havia como fazer café. Meu apartamento está em obras. Estamos trocando piso da cozinha e área. Neste momento a geladeira e o microondas estão funcionando na sala, os demais - fogão, máquina de lavar, tanque, armários, além de prateleiras, computador e todos os livros e demais materiais de escritório-  estão hospedados na sala, que Graças a Deus é grande! Isso por que a obra começou no ex-quarto de empregada, atual home office (para ser mais chique e moderna).

É motivo para chateação? Não, estou muito feliz! Aguardo por esta obra há quase 2 anos, tempo em que convivi com um buraco sob minha pia (buraco mesmo, com terra e tudo). Então, com poeira e barulho o momento é de alegria. Mas hoje...

Logo de manhã recebi uma ligação de um call center. A atendente começou dizendo que meu sinal da velox estava liberado, eu toda feliz. Então ela pede confirmação de alguns dados, que ela tinha e eu só dizia se estava certo: meu nome completo, endereço, CPF. Daí me diz meu login e senha na UOL. Pera-lá. Não contratei UOL nenhuma... Perguntei para quem ela trabalhava, ela engasgou... acabou escapando dizendo que é do call center. Trabalha para a OI, mas também para UOL. Sei... Ops, já entendeu? Sim, a tal da venda casada, QUE É CRIME! Quase caí no golpe. Foi mais de uma hora no telefone com a atendente. Briga feia! Ameaças de cortar minha linha e etc. Desliguei, na marra, e liguei para Anatel. A moça escolheu a pessoa errada, no dia mais errado ainda. Enquanto eu falava com a Anatel, me liga outro atendente, agora um rapaz, identifica-se como da Velox e começa novo calvário de ameaças de corte, de pagamento disso e daquilo, blá, blá blá. Eu com a anatel no celular e o call center-multiuso no tel fixo, brincando de telefone sem fio. Vários protocolos depois, desliguei. UFA!!! Mega irritada, claro! Vamos seguir o dia.

Então, como teremos uso de maquita numa soleira que liga cozinha à sala, resolvi fazer um isolamento de lona entre os cômodos. Se tivesse um outro ser humano no local poderia ter me filmado para vídeo cassetada, por que eu sou o ser mais atrapalhado da face da terra e derrubava o plasticão, derrubava a fita gomada, às vezes quem caía era a tesoura e eu mesma quase rolei escada abaixo algumas tantas outras. Quer dizer, se tivesse outro ser humano por aqui melhor seria se me ajudasse, né? 

Neste momento glamour, o Sr Jonas Pedreiro me avisa que as placas de piso estão acabando. O outro pedreiro calculou mal e não dava, precisávamos de mais uma caixa... Putz! Marido, help-me!!!

E vem meu São Vicente correndo do trabalho, para comprar nova caixa de piso... E a maratona dele não foi diferente da minha e envolve uma rua de terra batida, cheia de buracos e lotada de lama neste dia chuvoso. Ou seja, eu me acabando de trabalhar na obra e marido brincando de rally... fazer o que?

Ao mesmo tempo me chamam na administração do condomínio. Como não dava para atender o interfone sem um processo de escavação desci até o play. Lá uma vizinha super simpática, que me dá bom dia, boa tarde, boa noite olha para mim e diz, toda gentil e sorridente: eu vim fazer queixa da sua obra... É que está fazendo muita poeira... Eu limpei minha casa ontem e está entrando pó... Cara, eu não tinha o que dizer... O que se diz numa hora dessas? Desculpe, quer que eu limpe? Ou, vou interromper a obra, então, já que te incomoda? Eu sei que incomoda, é chato à beça, mas se moramos em prédio temos que ter um pouco de paciência, tolerância. Hoje sou eu, amanhã é ela. E terei que aceitar... Nem sabia o que falar. Fiquei muito chateada e a cabeça que já latejava, ardeu! Hoje, nem a Neusa resolveu meus problemas...

Marido chegou, eu quase chorando. Ele conta sua história triste e as emoções do paris-dakar sem paris, cansado e desgastado.

Aí, chega o Administrador do meu condomínio, todo bonzinho, para dizer que, semana que vem precisarão quebrar minha cozinha para a troca de uma tubulação da obra do vizinho de baixo (toda a obra da minha casa começou por este motivo - a obra do vizinho de baixo...). Tudo bem que é o condomínio que paga, mas significa que, semana que vem, quebrarão pelo menos 3 das pedras que colocamos hoje, e estas, nós pagamos! 

Seria interessante ver uma foto de nossas caras de pastel neste momento... A gente se olhava, sem acreditar no dia que estávamos vivendo e eu repeti uma frase que o Bê usou ontem antes de chorar até dormir: "Acho que hoje não é o meu dia...".

Então resolvemos pedir a conta: Fomos até a casa de minha mãe, tomar um café e descontrair um pouco, enquanto Sr Jonas Pedreiro terminava a colocação do piso. E a única coisa que eu podia pedir ao garçon da vida é: um café e o dia seguinte, por favor!

Que amanhã seja só alegria, um dia de batuques, barulhos e sujeiras, mas na certeza de um espaço para testar novas receitas, conviver, cuidar. Claro que só até terça, quando começará a nova obra...

Beijos empoeirados,

Tati.

Desvirtualização Carioca - O Grande Encontro

Olá amigos!
É com grande alegria que fazemos o post de hoje. Alguns podem não entender o título, mas vamos explicar:

Semana passada começamos a conversar sobre uma vontade já dividida com outras pessoas: compartilharmos no mundo real, um pouco do tanto que compartilhamos, aqui, na blogosfera.

Claro que a ideia causou alvoroço e algumas pessoas já manifestaram interesse em participar desse Grande Encontro. A história vem ganhando corpo e para colocar ordem na casa, e transformar esse encontro em um momento que guardaremos para sempre em nossas memórias, achamos por bem criarmos uma comissão organizadora composta pela Tati (Perguntas em Resposta), Sheila (Cantinho She) e Isadora (Tantos Caminhos). Para que aconteça o evento nos autoconvocamos, esperamos que aprovem!

Após algumas trocas de emails chegamos a um consenso sobre data e horário.
Data: 14/08 (sábado posterior ao final de semana do Dia dos Pais)
Horário: a partir de 14h                                                 
Local: a definir.

Para essa primeira convocação contamos com a ajuda de todos que queiram participar e precisamos que vocês nos encaminhem um email com nome e blog. Não é necessário ser amigo das três para participar, mas se quiserem se apresentar às demais será um prazer!

O encontro é aberto a homens e mulheres blogueiros. E também aos amigos de outros estados, mas ocorrerá no Rio. Basta que estejam dispostos a viajar.

Os nossos emails são:

Isadora: isadoranardy@gmail.com
Tati: tatiana.pastorello@gmail.com
She: cantinhoshe@gmail.com

À medida que recebermos os emails e tivermos ideia do número de pessoas que participarão entraremos em contato com dois lugares bem agradáveis, já no radar, para vermos custo. A vida não está fácil para ninguém e nos valeremos da máxima: Bom, Bonito e Barato. E assim que fecharmos passaremos todas as informações, por email.

Esperamos que todos gostem da ideia e fiquem tão empolgados como nós estamos! Aguardaremos ansiosas, o email confirmação de vocês.

 Um beijo e até breve,

 Tati, She e Isadora


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Rebelando


Hoje estou ferida de morte!
Posso ouvir de muita gente que não devo me abalar, que não devo levar a sério ou em consideração, mas quer saber? O dia em que uma coisa dita pelo Bê não me afetar, nada mais afetará. Por que não há no mundo uma pessoa que eu ame tanto e que eu queira tanto fazer feliz. Por que o abraço de ninguém faz por mim o que o dele faz, e não há covinhas de sorriso capazes de aquecer meu coração como as dele me aquecem. Quando digo que ele tem um sorriso que ilumina o mundo, quero dizer que ilumina meu mundo, e não importa se o dia esta nublado ou com chuva torrencial... 

Então, quando ele me destrata de alguma forma, quando me recusa, me rejeita, isso acaba comigo sim! E nestas horas não sei como agir. Dá vontade de ter uma atitude bem madura: arrumar a mochilinha e fugir de casa! Dá vontade de me trancar no quarto e me acabar de chorar, de ficar de mal, de dizer "não sou mais sua amiga" e cortar dedinhos. Mas sou mãe e estas atitudes não são possíveis, não são permitidas no meu mundo-adulto-que-deve-agir-sempre-com-firmeza

Tá, então me explica, na prática, como a gente age com um garotinho de 5 anos que decide que você não é mais o brigadeiro da festa? Que diz que é chato morar com você, e que fica triste quando o busca na escola? Que faz as coisas simplesmente para afrontar. Eu sei que o motivo é este, mas não sei como fingir que ele não atingiu a meta. Ele sempre atinge! Não estou dizendo daqueles dias esporádicos em que prefere dormir com o pai. Não, não é destes dias que falo.

Já haviam me contado que tinha uma tal de adolescência da infância, nesta fase entre 5 e 6 anos, que era difícil, que contestava. Achei que entenderia, afinal, sou adulta, né? Cadê?

Podem ainda me dizer que é normal, mas não foi assim que eu vi no comercial de margarina, nem em nenhum daqueles comerciais de dia das mães, com mulheres lindas, cabelos ao vento, e múltiplos sorrisos felizes. O encantamento. Ah, saudade do olhar encantado, da certeza de ser a mãe-centro-do-mundo...

Estou aqui, com o coração apertado, questionando se tudo o que fiz até hoje foi válido. E na certeza que ser tia é muito melhor! Tia é tudo de bom: dá presente, brinca, se joga no chão, transgride regras e coloca o indicador na frente da boca em bico, numa atitude cúmplice que diz "não conte prá mamãe que a gente fez isso, tá bem?" E a tia é um barato! Tia não manda comer legume, tia não briga para fazer lição, tia oferece sorvete, dança tchutchucão na frente da TV de uma forma engraçada, cria umas brincadeiras só dela, mas não manda pro banho no melhor da festa, não tira o direito ao computador. Tia se preocupa com o futuro do sobrinho, mas não precisa pensar no preço da mensalidade e se sobra algo para abrir uma poupança. Tia não manda dormir, aliás, tia dorme a noite toda, come comida quente com suco gelado, se serve do melhor pedaço da torta sem culpa. Tia não tem culpa! Tia viaja e traz presentes legais, tia leva ao cinema e é uma curtição, não há cobranças nem represálias ao comportamento, mesmo que não muito adequado. Ah, quero ser tia do meu filho, isso sim. Alguém quer adotá-lo nestas condições? 

Hoje eu queria sumir e só voltar na próxima fase. Hoje eu queria ouvi-lo dizer algo simpático, só para amenizar os últimos dias. Hoje eu queria acreditar que estou no caminho certo e que vai passar, passar para melhor. 

Será?

Beijos,
Tati.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quero dar tchau para a OI!


Grrrrrrrrrrrr
Preciso dizer, na verdade a vontade é de gritar! A OI É A PIOR EMPRESA COM QUE JÁ TIVE QUE LIDAR EM MINHA VIDA!
Espero que a Glorinha esteja tendo melhor sorte com a NET. Eu, até agora, aguardo a instalação do Velox que foi prometido para dia 09, adiado para dia 12 e hoje, quando liguei para saber, fui informada que - automaticamente- passaram para dia 19. Sim! Eles são muito modernos...

E hoje, com menos de 15 dias de telefone ligado, ele ficou mudo.MU-DO!! Liguei muito irritada, com tanta raiva que tremia. A atendente, bem treinada para ser simpática, mas sem qualquer treinamento para prestação de serviços, me informa que terão até as 20h de amanhã para consertar. Fala sério!!!!Liguei para cancelar! Claro que ficaram fazendo aquela ciranda já conhecida pelos assinantes desta idônea empresa. E, pasmem. Não posso cancelar por que a instalação não foi feita! Preciso "desbloquear" o serviço para, então, poder cancelar. É ou não é surreal!

Agora estou em busca da Anatel. E como tenho muitos e muitos protocolos colecionados nestes 15 dias como "cliente", vou também em busca de um advogado. Está na hora de devolver o nariz redondo para os verdadeiros palhaços!

Estou cansada!

Beijos a todos,
Tati.

Saudade da Flor


A Flor era minha gatinha de estimação. Na verdade acho que eu era bem mais humana de estimação dela... De qualquer modo, nos estimávamos muito.

Há pouco tempo ela despediu-se de nós, mas há bem mais tempo já tínhamos nos despedido. Desde que ela foi morar na casa de minha sogra nossa relação deixou de ser tão próxima. E eu me sentia em dívida com ela.

De qualquer modo a saudade existe. Foram 15 anos, desde que ela era um bebezinho pouco maior que minha mão, até a fase em que ela era uma senhora gorda, de abdomen flácido que balançava quando ela corria, encerando-se com uma senhorinha miúda, tão sem carnes quanto sem energias, minada pela idade, pela falência renal e por desordens que eu não investiguei.

Mas hoje, com muita saudade, quero contar fatos engraçados de nossa história. A Flor era uma figura! Quando fui morar com o Vi avisei que só iria se ela fosse, ele torceu um pouco o nariz, mas aceitou, por que queria que eu fosse. No final, os dois estavam tão unidos que eu sobrava nas brincadeiras.

Um dia foi a faxineira lá em casa. E eu Vi, despojados, nem aí para a arrumação. Trabalhávamos a semana toda, mas a faxineira só podia ir sábado. Um dia que era nosso, de regalo, acabava perdido. Eu nunca fui, nem nunca serei, do tipo que passa os dedinhos no móvel para ver se não restou poeira. Não tenho tempo a perder com este tipo de coisas. Olhei, parece limpo, está limpo!

Umas 5h da tarde a faxineira terminou e partiu. Eu e Vi, felizes, naquele "enfim sós", nos jogamos no sofá, sorridentes. Então, do segundo andar desce a Flor, com aquele olhar investigativo apertadinho, orelhinhas para trás, muito desconfiada... Entrou na cozinha, que era grande, em formato quadrado, sentou-se no centro e iniciou a inspeção. Isso mesmo! Levantamos do sofá, incrédulos, e fomos até a porta da cozinha.

Ela olhava móvel por móvel, cantinho por cantinho. Caímos na gargalhada, por que era a cara da Florzinha fazer isso! Mal humorada, controladora, cri-cri!

Hoje eu queria aquela bola pesada, zangada, carinhosa, no meu colo. Esfregando na minha mão aquele canino que me machucava, mas sabia que era carinho. Pura demonstração de afeto (e de posse), da minha dona Flor.

Um beijo a todos,
Tati.

Ainda sobre o mesmo


Pois é, tenho andado em círculos. Na verdade vejo que minha vida foi sempre vivida em espirais. Passa um tempo, vejo o mesmo cenário, de uma rotação diferente, como se andasse sobre uma hélice (uma fita de DNA?). A certeza é de estar sempre subindo. Há aprendizados em todas as coisas. Muitas vezes me dou conta que dei uma volta enorme para chegar ao mesmo ponto, só que chego diferente de quem eu era da primeira vez, e o desenrolar da história, claro, é diferente. Por que eu sou outra, mesmo sendo a mesma. 

Percebi isso há anos, e vejo que continua acontecendo. Pode ser por que meus sonhos são os mesmos, ainda que amadurecidos. Pode ser por que sou ansiosa e atropelo alguns passos, tendo que retornar para corrigi-los, não importa. Eu retorno! E retorno! E vivo algumas sensações novamente, só que tudo diferente.

Estou vivendo as mesmas emoções de pouco mais de 2 anos atrás, numa posição bem diferente e estranhamente, tudo igual. Não mudei o que queria mudar, em alguns aspectos, mas mudei tudo. Até de casa, em outros. E retorno aos sonhos desta época, por que não os esqueci, apenas guardei para mais tarde. Sei que preciso realizá-los, colocar em prática, para que não precise retornar a eles daqui a mais alguns anos. Também sei que não preciso me angustiar, se não acontecer agora, seja pelo que for, eles ficarão latentes e virão a mim em outro momento, e em outro e outro, nas suas ondas, nas circunvoluções da minha escada, até que seja o momento ideal e eu possa alcança-los. Basta saber domar a ansiedade. Basta confiar, acreditar, que vai acontecer. Sempre acontece!

Tenho a sensação de que tudo que eu peço me chega. Às vezes um pedido, às vezes uma resposta. Mas vem rápido, tão rápido que não dá tempo de esquecer. Em algumas situações, como uma grande bofetada, que me coloca no lugar certo. Mas não é bem bofetada, é como uma conversa de pai, alguém que me coloca de frente para o espelho e põe as coisas em perspectiva. E para que entendam vou relatar duas situações bizarras, mas marcantes, de minha vida.

Eu sou pequena para o tamanho que já quis ter. Hoje gosto, mas teve fase de querer ter uns centímetros a mais. Então estava num ônibus, olhando minhas pernas na calça jeans, e projetando meus joelhos na posicão em que estariam se eu tivesse os tais centímetros. Imaginava minha perna alongada, o quanto aquilo me deixaria mais proporcional e tal. E já visualizava aquela pernona, em sonhos de Ana Hickmann . Eis que entra um passageiro e senta no banco da minha frente. Ao sentar, forte e pesado, o banco moveu-se um tanto para trás. Sorte ter meus 1,63 e estar onde estava. Se meus joelhos estivessem na posição imaginada, estaria eu vendo estrelinhas, teria batido em mim e poderia me machucar. Entendi o recado na hora e agradeci meu tamanho ideal! 

Na outra situação, estava em casa, dentro de meu quarto de solteira, que era equipado com aparelho de som, computador, TV e cama de casal, além de um belo guarda-roupas embutido e ar condicionado. Tudo fofo, amplo, confortável, do meu jeito, mas... meu computador era velhinho e minha impressora estava com problemas, manchava o papel, deixava tudo borrado! E eu tinha um trabalho importante para entregar no dia seguinte. Imprimia, tentava resolver, manchava... tentava limpar, imprimia de novo, puxava torto, manchava e amassava... um horror! Comecei a chorar (sou tããão dramática sempre...), maldizer o computador, que como eu poderia progredir se não tinha os equipamentos certos, que aquilo não era vida e choros, suspiros, resmungos, auto piedade... Então, do nada, no Jornal da Globo (aquele, antes do Jô Soares), uma reportagem que nunca mais encontrei: Dizia que um menino tinha ganho um computador num concurso e pedia para trocar por uma cama! Sim, isso mesmo!!! 

Olhei ao meu redor e comecei a agradecer: agradeci pelo teto, pelo edredom, pela cama espaçosa, com lençois limpos e travesseiro fofo, pelo computador, que mesmo velhinho, funcionava, ... e assim foi!
Sentei na cadeira, imprimi torto e manchado, grampeei e entreguei, na manhã seguinte, o trabalho bem escrito mas mal impresso. Tive uma boa nota. Não foi um 10, mas foi boa. Onde perdi ponto? Certamente não foi nas manchas do papel... 

E assim acontece sempre comigo. E agora um momento que deixei passar aparece como nova opção de vida. Faltam poucas coisas para que se encaixe, eu preciso me acalmar para aguardar por elas. Não posso ficar parada, de braços cruzados, ou vivendo o que ainda está na prateleira. Tenho que viver os pacotes abertos que já me rodeiam. E viver feliz, em paz, por que sei que estou acalentada. Que tudo vem na hora certa, e nunca deixa de vir! Estarei atenta apenas para não perder a oportunidade, por que ouvi uma vez que oportunidades nunca são perdidas, sempre há alguém que vai aproveitá-las se você deixou passar!

É isso. Um texto longo e confuso, mas que deixou minha mente mais leve e organizada. Uma reciclagem das  ideias que se esparramam sem nexo, sem normas dentro de mim. 

Um beijo a todos,

Tati.

A bonequinha é daqui

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um pedido ao Universo

Olá amigos,

Hoje, navegando pelos blogs queridos, passei por uma postagem da Macá, em sua Agenda Ilustrada, com uma música do Toquinho que eu não conhecia. Ouvi, re-ouvi, ouvi de novo, e outra vez... e digitei no youtube, e ouvi mais uma vez. Por que esta fascinação? Por que ela diz tudo o que quero dizer neste momento.

Calma, está tudo ótimo no meu casamento. Amor não é apenas romântico. E no intuito de repeti-la como oração, como um mantra, pedindo por aquilo que vem em meu coração, toco de novo e outra vez. E choro, choro sem parar, mas não posso deixar de ouvir. Não é um choro triste, é um choro de mudanças. Mudanças podem ser boas, elas nos levam à realização de sonhos. A um lugar onde podemos ter uma vida mais calma, mais próximos, como gostamos de ser:

- Almoços juntinhos, em meio a conversas e risadas;
- Quintal com cachorro, gato, passarinho e muitas plantas. Árvores e frutas? Por que não? Se der...
- Cheiro de mato, de terra, de vaca.
- Criança solta, pés vermelhos no barro. A chance de ser inocente por mais tempo.
- Bicicleta, bola na rua, empinar papagaio;
-  Produtores rurais, café fresquinho, pão caseiro, alunos, aprender e ensinar;
- Meu anjo despojado e leve, simples e natural, como é sua maneira mais charmosa de ser;
- Nós, juntos, com mais tempo para sermos felizes.

Um dia, há alguns anos atrás, eu ouvia outra música e pedia a abertura de meus caminhos para aquilo que me faria feliz, e me faz! Tudo aconteceu como eu pedi. O que não aconteceu foi por que esqueci de incluir no pedido! Mas tudo tem sua validade, seu tempo.

Coisas novas, e boas, insinuam-se. Quero seguir minha jornada a caminho do caminho, por que nada mais há além da caminhada!

Beijos a todos,

Tati.