Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Nós podemos mudar o mundo!


Gente! Acho que a Faber Castell lê meu blog... ou pelo menos leu a postagem da novela em roxo...
Terça feira de manhã o telefone tocou. Era a mesma atendente que falou comigo da última vez, perguntando se o derradeiro já tinha chegado (e não chegou), e ela falou sem nenhum gerúndio!!

Ela foi muito simpática e se espantou pela não chegada do Sedex (dãã). Eu aproveitei "o ensejo" e rasguei o verbo. Contei toda aquela novela que contei para vocês, mas de uma maneira mais séria, que se ela risse eu ficaria desmoralizada, né?

Então ela me perguntou o que poderiam fazer diferente... Ah... para quê? Dei aquela sugestão que já tinha pensado. Falei no quanto eles economizariam se na primeira vez tivessem mandado uma caixa de presente com uma bela carta de desculpas. Evitariam novos erros e trocariam o gosto amargo por um mais doce. Eu pensaria: "Ok, eles erraram, mas errar é humano e reparar o erro é para empresas com responsabilidade social"... hohoho.

Então ela disse que levaria minhas sugestões para o departamento de marketing. E me retornou ontem, dizendo que o departamento de marketing gostou da minha ideia e quer me contratar e que eu receberia um estojo novo e a tal carta.

Agora eu aguardo a chegada do lápis roxo, do estojo novo e da carta (espero que o papel de carta seja cheiroso, com a Hello Kitty e envelope combinando... hehehe

Eles foram generosos? Claro que não. Eles seriam mais espertos se já tivessem feito isso de cara. E não é preciso fazer parte de um departamento de marketing para saber disso, afinal, o que eles ficam decidindo no "departamento"?


Eu agradeci e respondi que eles deveriam estender isso aos demais clientes insatisfeitos, não restringindo o gesto a mim. E sabe o que ouvi? Que era isso que eles fariam. Que eles entenderam minha sugestão.

Gente, fala sério? Eu não sou um gênio, não tive uma ideia brilhante nem um insight daqueles que merecem patente... Eu sugeri uma prática corrente de empresas bem menores... De artesãs... de fundo de quintal... Como assim?

Então foi assim que eu, exercendo minha cidadania de maneira gratuita (0800) mudei a política de atendimento ao cliente de uma multi nacional como a Faber Castell. Puro luxo do absurdo!

A moral da história é: Nós temos o poder de mudar o mundo. Isso já dizia nosso querido Betinho há anos atrás. Basta assumirmos que temos direitos (e lembrem-se que o nosso acaba onde começa o do outro, não atropelemos ninguém) e exercê-los.

Se estamos grávidas, temos mais de 65 anos ou demais necessidades especiais temos o DIREITO a atendimento preferencial, a sentar em transportes públicos, a comer a sobremesa duas vezes... Enfim, coisas básicas.

Transporte público é outro item da minha lista, este eu gostaria não só de mudar o SAC mas sim toda a política, a começar pelo próprio ônibus, e neste caso minha frase é: "Não há dignidade no ônibus" e eu sei por que preciso fazer uso dele, sempre que não dá para ir a pé (por que se der, mesmo que leve meia hora, eu prefiro), mas isso é assunto para outra postagem... não vamos atropelar...

Com o blog nós temos mais voz ativa do que imaginamos. E podemos sim fazer a diferença. Precisamos querer. Precisamos fugir da futilidade, da banalidade, do Rebolation e usar nossa voz. Fazer graça sim, por que rir faz diferença na energia que move o mundo, mas falar do que importa TAMBÉM!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Nenhuma destas imagens são minhas e muitas podem ter direitos autorais. Desculpe se ofender alguém por não dar créditos, mas peguei via google imagens e fiquei com preguiça de anotar todos os endereços. Dia desses vou fazer assim, ok?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nova Reforma Nada Ortográfica

Análise sintática sempre foi uma coisa complicada para mim. Esse negócio de verbos intransitivos nunca fizeram muito sentido.

Sou curiosa, então quando a professora falava "quem fala, fala", na minha cabeça era: "Quem fala, fala alguma coisa sobre algo ou alguém". Ah, conta aí, vai... Por que esse negócio de alguém falando e falando sem nada para dizer é chato demais, não é? Então, se é para falar, que tenha assunto: insere aí alguns adjuntos adverbiais...

"Quem chega, chega". Ah, mas se está chegando, aí é que se tem muito o que perguntar: De onde vem? Quem encontrou? O que foi fazer lá? O que veio fazer aqui? Este então é verbo transitivo mais do que perfeito, por assim dizer...

Para mim, todos os verbos são transitivos, para todos eu tenho, pelo menos, uma pergunta a fazer. Não me venha com essa de verbo intransitivo que isso é coisa de gente rabugenta que não gosta de uma boa prosa!


"Quem pensa, pensa" [em alguma coisa]. Pode ser diferente? Dizem que quando a gente pensa em nada atinge o nirvana ou coisas assim, mas basta lembrar que não pensava em nada que já voltou a pensar. Em que? Pode ser até pensar que está pensando... Já é alguma coisa. Então, exige complemento, certo? O único ser que pode usar o verbo pensar como verbo intransitivo é a estátua de Rodin, e só. Todos os demais pensadores tem cérebro e pensamentos.

Dessa confusão sintática o verbo transitivo que gostaria de ver intransitivo (e não pelas razões de Mario de Andrade) é amar.
"Quem ama, ama". E se o verbo se tornasse intransitivo poderia dizer que tudo o mais seria transitivo direto, todos transitariam no planeta. As palavras transitariam diretamente, sem medo de má interpretação. Se amar fosse intransitivo não haveria a má interpretação. Toda interpretação seria sã.
Na intransitividade do verbo amar o impositivo perderia sua razão de ser, não seria mais desejável. E o presente, a única forma de conjugação possível. Não amei nem amarei, não amaria ou amava, por que "quem ama, ama"!
Não haveria o risco de expor-se por dizer a verdade. A verdade seria a única palavra. Neste caso, teríamos atingido o estado das coisas. Apenas seríamos!

Beijos a todos,

Tati.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma caverna Wireless, por favor.


Estou muito determinada a manter esta visão positiva da vida. Estou confiante, alegre, decidida, entusiasmada! As adversidades não são mais capazes de me derrubar.

Claro que isso dura até a próxima TPM... quando o mundo deixará de me amar, os carrascos me perseguirão, minha vida não funcionará e nada dará certo para mim...

Como pode? Sou uma mulher moderna, bem resolvida, produtiva, inteligente, um cérebro pensante. Ou quase, por que na verdade quem manda neste ser são os hormônios... Eles conseguem me definir. Eu posso tomar a resolução que for, quando vai chegando aquela semana... Não tem reza forte que mude meus pensamentos...

Que horror!! Ao me dar conta disso, percebo que eu posso usar muito bem um computador, posso dividir tarefas domésticas com marido, posso engrossar o mercado de trabalho em uma função antes masculina, ou qualquer coisa que me defina como mulher do século XXI. Quando vou menstruar descubro que não há diferença daquela mulhosapiens de origem ... Sou guiada por "instintos" primitivos...

Então, já sabendo disso, tento marcar reuniões importantes e outras coisas para a semana boa, evitando a semana má. Sim, a vida se processa deste jeito: semana boa, semana mais ou menos, semana mais para menos e semana MÁ. Como não tenho toda essa autonomia sobre minha vida profissional (manda quem pode, obedece quem tem juízo, mesmo que de TPM), nem sempre consigo. Aliás, acho que há uma conspiração astral que coloca o calendário de eventos tensos e inadiáveis para esta semana. Adivinha quando cairá minha defesa?!

Sou apenas uma mulher das cavernas habitando um apartamento... moderníííssimo, por sinal!

Beijos felizes da semana mais feliz do mês!
Tati.

domingo, 25 de abril de 2010

Uma novela em ROXO


Coincidências: Esta história estava na prateleira para ser contada, esperava apenas o desfecho, que ainda não aconteceu, mas já era postagem certa. Por desabafo e por graça... Só que quando a Glorinha do Café com bolo sugeriu a cor Roxa percebi que era chegada a hora. Então, senta que lá vem a história...



Algumas empresas devem ter seu Atendimento ao Cliente dirigido por profissionais de circo (e não é dos malabaristas que estou falando...).


Pois bem. Material escolar do filhote este ano mudou. Ele já é um rapazinho e agora tem caixa de lápis de cor no estojo. Querendo colaborar com bons trabalhos, caprichamos! Compramos uma caixa dos ecolápis Faber Castell apagáveis. Sim, nos achamos... Puro luxo, eu achei! E a caixinha foi morar no ultra mega Power estojo do Ben 10.

Na semana das chuvas, quando ficamos ilhados em casa, Bê resolveu pintar com seus lindos lápis poderosos. – Ih, mãe, este está com problema... conserta? – o lápis em questão estava com o grafite solto em seu interior, como se fosse uma lapiseira sem ponto de aperto, então, quando ele tentava pintar, a ponta subia.





Liguei para o 0800. – Senhora, pode me informar qual a cor do lápis 
Roxo
Mas qual o número? 
Ué, não tem número
Senhora, vou estar procurando e... Ih, é... estes apagáveis não tem número, mas a senhora pode me informar a cor?
- Roxo
Compreendo, Senhora. Estaremos enviando este lápis para a senhora por sedex, junto com uma carta pré-paga, estaremos pedindo que nos retorne o lápis com defeito, para verificação.


Uma semana depois chega o sedex. Finalmente o lápis roxo voltará a habitar sua caixinha, tão tristonha e vazia nestes dias... mas...




Surpresa! O lápis que veio na caixa era ROSA!! Como assim?! Rosa nós já temos, o que nos falta é o roxo... Toca ligar novamente para 0800:





- Senhora, estaremos enviando novamente o lápis roxo. Peço que retorne, no envelope, o lápis com defeito e o rosa, por favor.


Desliguei dando risada. Nossa!! Eles estão fazendo questão do lápis rosa de volta. Ao invés de pedirem desculpas pela falha, agem como se eu estivesse roubando os lápis deles... Que desaforo da Faber Castell! Quase comprei caixinha nova, completa, para não causar mais prejuízos à sofrida empresa!

Mais uma semana e nova caixinha de sedex. Fui até a administração do condomínio com filhote, todo feliz, buscar seu lápis roxo. Abrimos a caixa e... Sim! Um lápis roxo! Mas... ops... Não era apagável! Não fazia parte da caixinha do meu filho!



Seta vermelha no lápis com defeito

Ai, não acredito, ligar mais uma vez para 0800! Que grande trapalhada!
- Senhora, nem sei como estar te pedindo desculpas. Estou com a caixa nas minhas mãos e vejo que tem apenas UM lápis roxo (dãh...), estarei enviando neste momento e, para nos desculpar do problema a senhora não precisa mandar estes lápis de volta. Mande apenas o com defeito, fique com os demais!

Liguei para o marido aflita: - Marido, acho que causamos a falência da Faber Castell!! E agora? Como conviverei com a culpa de desfalcá-los em 3 lápis?


E não falo isso pelo custo não. Nunca quis me favorecer de situação nenhuma, 0800 é direito e só é procurado (ou só deve ser) quando há falha no controle de qualidade da empresa. Ainda assim, o atendimento ao cliente perdeu uma grande oportunidade de melhorar o relacionamento com uma consumidora insatisfeita, que estava diante de uma falha técnica. Ao invés disso o que fazem? Me deixam mais chateada... mais descrente na empresa e em sua política de atendimento. Não sei se vale à pena pagar mais caro por uma caixa de lápis deles do que por uma baratinha que vende em qualquer lugar. Afinal, se falhar, você já esperava isso... 

Estou realmente muito decepcionada. Sairia mais barato, e mais simpático para eles, me mandar uma caixinha, com um belo pedido de desculpas por escrito, logo na primeira vez. Ou exigir o retorno dos dois lápis fora de contexto ainda assim... Afinal, que tipo de compensação é essa?

Vou te dizer... é muito despreparo! Fiquei ROXA de raiva!!!! E continuo aguardando o fim da novela...


Beijos a todos. 
Tati

sábado, 24 de abril de 2010

“Tudo que não me mata, me fortalece”


Como bem disse Nietzsche um dia e experimento eu agora.
Vinha numa fase angustiada, sentindo-me atropelada por um rolo compressor pilotado por alguém que deveria me estender a mão, me orientar.
Demorei a entender que a frase deveria ser construída de forma diferente: "Eu estava permitindo que ele me atropelasse".
Pronto: sofri, não morri, estou mais forte. Muito mais forte! Entendi que quando me posiciono a reação indelicada de outros não me afeta. É bom? Claro que não. Mas não estou mais me sentindo "mal tratada". Agora, ele está sendo grosseiro. E eu não aceito este tipo de tratamento. Simples assim.
Agora não estou mais cedendo, abaixando a cabeça e chorando, sofrendo. Estou me impondo. Dizendo o que aceito e o que não aceito. E ele tem que aceitar, goste ou não, esperneie ou não.
Sei, agora, que falta pouco. Que em breve poderei dar o rumo que desejo à minha vida, que não terei mais que conviver (nunca tive mesmo), nem que prestar conta a alguém em quem não confio.
De qualquer forma não preciso esperar chegar este dia (que falta muito pouco, graças a Deus!) para ser feliz, para me sentir plena.
Salve Nietzsche em toda sua sabedoria.
Não me matou, agora suporto qualquer barreira! E vamos para a realização de sonhos, acompanhada por quem realmente vale à pena: família e amigos. Mês que vem teremos muito o que comemorar!
Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sobre a rebeldia

Meus pensamentos andam tão confusos que nem meus cabelos querem mais morar em minha cabeça e andam preferindo a escuridão do saco do aspirador de pó.
Ou eu me acalmo e melhoro ou andarei sem a companhia da cabeleira que amo e que me caracteriza desde que me entendo por gente.
Como irei ocultar minha fragilidade e enorme timidez sem o véu há anos cultivado?
Será que algum soldado capilar sobrevive até 19 de maio?
Até lá: coque neles!
Beijos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O casamento da Susi

Quando era pequena tinha uma Susi linda e querida. A gente não tinha tantos brinquedos quanto nossos filhos tem hoje, e essa boneca era especial!

Eu morava, com meus pais e minha irmã, em um prédio pequeno, com 2 apartamentos por andar. Nós no 301, nossa melhor amiga no 302 (e somos amigas até hoje, mas agora a distância não é de um corredor, e sim da ponte-aérea). Nem é preciso dizer que três meninas entre 6 e 8 anos não se desgrudavam, né? Quando não estávamos na casa de uma, estávamos na da outra. As portas viviam abertas.

Um dia, no meio da brincadeira, nem sei quem teve a "brilhante" ideia, minha Susi foi pedida em casamento pelo Feijãozinho da minha melhor amiga. Lisonjeada, a Susi aceitou e começaram os preparativos para o grande evento, com participação de nossas mães. Minha mãe costurou um vestido de noiva para minha boneca!! (não se fazem mais mães como antigamente...). Tia Ima, mãe da Rê, fez o bolo. Foi um longo período de noivado, até por que o vestido precisava ficar pronto. Enquanto isso, o feijãozinho original morreu (perdeu o enchimento) e tivemos que trocar por outro, que eu achava até mais fofo, mas era careca. Quer dizer, se tirasse o chapéu, ficava careca.

Este período do noivado foi importante para avaliar se o amor era verdadeiro. Eu olhava para o noivo e pensava: "Como minha filha tão bem criada e educada poderia ter escolhido este traste para marido?" "Que noivo mais molenga" E outros pensamentos que passam pela cabeça de uma sogra.

Até que, na data marcada, a sogra da noiva (que não tinha uma Susi para chamar de sua) resolve fazer um adendo ao contrato de casamento: "Depois de casados não poderemos separá-los. Um dia ele dormirá na sua casa e no outro dia ela dormirá aqui!". Peralá! Como assim?! Você quer dizer que minha boneca favorita não será mais minha? Ah, não... Aquela pequena que sofri as dores de tirar as travas de segurança da caixa? Quem ira pentear seus cabelos dourados? Quem dormirá com ela aos pés da cama? Quem experimentará roupinhas de croché feitas pela vovó? Quem irá alimentá-la com as delícias de vento servidas em pratos de plástico da China? Ah, não...

E foi assim que uma brincadeira de criança inspirou Holywood, quando minha Susi tornou-se a "Noiva em fuga".

Claro que comemos o bolo, mas desta vez, não houve casamento! Este aconteceu apenas anos mais tarde, quando a linda boneca apaixonou-se perdidamente por um moreno alto, bonito e sensual. Sarado, como  diríamos hoje, com um abraço protetor e acolhedor. E o melhor, era da minha irmã, assim, continuariam morando no mesmo armário de brinquedos, só mudariam de prateleira! O príncipe consorte desta vez era o Peposo, um lindo ursão de pelúcia!

E viveram felizes para sempre.




Um beijo a todos.

* As imagens são do Google. Fotos eram artigo de luxo! Estariam restritas à cerimônia, que não chegou a acontecer...