Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sobre a rebeldia

Meus pensamentos andam tão confusos que nem meus cabelos querem mais morar em minha cabeça e andam preferindo a escuridão do saco do aspirador de pó.
Ou eu me acalmo e melhoro ou andarei sem a companhia da cabeleira que amo e que me caracteriza desde que me entendo por gente.
Como irei ocultar minha fragilidade e enorme timidez sem o véu há anos cultivado?
Será que algum soldado capilar sobrevive até 19 de maio?
Até lá: coque neles!
Beijos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O casamento da Susi

Quando era pequena tinha uma Susi linda e querida. A gente não tinha tantos brinquedos quanto nossos filhos tem hoje, e essa boneca era especial!

Eu morava, com meus pais e minha irmã, em um prédio pequeno, com 2 apartamentos por andar. Nós no 301, nossa melhor amiga no 302 (e somos amigas até hoje, mas agora a distância não é de um corredor, e sim da ponte-aérea). Nem é preciso dizer que três meninas entre 6 e 8 anos não se desgrudavam, né? Quando não estávamos na casa de uma, estávamos na da outra. As portas viviam abertas.

Um dia, no meio da brincadeira, nem sei quem teve a "brilhante" ideia, minha Susi foi pedida em casamento pelo Feijãozinho da minha melhor amiga. Lisonjeada, a Susi aceitou e começaram os preparativos para o grande evento, com participação de nossas mães. Minha mãe costurou um vestido de noiva para minha boneca!! (não se fazem mais mães como antigamente...). Tia Ima, mãe da Rê, fez o bolo. Foi um longo período de noivado, até por que o vestido precisava ficar pronto. Enquanto isso, o feijãozinho original morreu (perdeu o enchimento) e tivemos que trocar por outro, que eu achava até mais fofo, mas era careca. Quer dizer, se tirasse o chapéu, ficava careca.

Este período do noivado foi importante para avaliar se o amor era verdadeiro. Eu olhava para o noivo e pensava: "Como minha filha tão bem criada e educada poderia ter escolhido este traste para marido?" "Que noivo mais molenga" E outros pensamentos que passam pela cabeça de uma sogra.

Até que, na data marcada, a sogra da noiva (que não tinha uma Susi para chamar de sua) resolve fazer um adendo ao contrato de casamento: "Depois de casados não poderemos separá-los. Um dia ele dormirá na sua casa e no outro dia ela dormirá aqui!". Peralá! Como assim?! Você quer dizer que minha boneca favorita não será mais minha? Ah, não... Aquela pequena que sofri as dores de tirar as travas de segurança da caixa? Quem ira pentear seus cabelos dourados? Quem dormirá com ela aos pés da cama? Quem experimentará roupinhas de croché feitas pela vovó? Quem irá alimentá-la com as delícias de vento servidas em pratos de plástico da China? Ah, não...

E foi assim que uma brincadeira de criança inspirou Holywood, quando minha Susi tornou-se a "Noiva em fuga".

Claro que comemos o bolo, mas desta vez, não houve casamento! Este aconteceu apenas anos mais tarde, quando a linda boneca apaixonou-se perdidamente por um moreno alto, bonito e sensual. Sarado, como  diríamos hoje, com um abraço protetor e acolhedor. E o melhor, era da minha irmã, assim, continuariam morando no mesmo armário de brinquedos, só mudariam de prateleira! O príncipe consorte desta vez era o Peposo, um lindo ursão de pelúcia!

E viveram felizes para sempre.




Um beijo a todos.

* As imagens são do Google. Fotos eram artigo de luxo! Estariam restritas à cerimônia, que não chegou a acontecer...

terça-feira, 20 de abril de 2010

As oportunidades que não agradecemos


Sabe aquelas coisas que acontecem em nossas vidas e parecem problemas? Muitas vezes elas estão nos salvando. Quase nunca temos a oportunidade de descobrir isso. Poucos são aqueles que não embarcam no avião que irá cair, ou que são poupados de situações que vão virar notícias e aí sim, saberão que foram agraciados.
Nem sempre são situações tão graves assim, mas elas ocorrem aos montes em nosso dia a dia e nem nos damos conta. E reclamamos delas ainda!
Vou contar uma que tem data certa. Não há como esquecer.
Estávamos na casa de minha mãe. Tivemos uma reunião e buscávamos o Bê. Era uma terça-feira, quase 10h da noite. Então, quando já no portão, a fechadura caiu na mão de meu marido. Como deixar a casa de minha mãe com o portão escancarado a noite inteira? À luz de lanterna, com muito custo, meu marido conseguiu recolocar a fechadura. Eu, que sou uma mal-humorada e detesto contratempos, fiquei dali, reclamando da sorte. Louca para chegar em casa, carregada de bolsa, mochila, criança dormindo no colo...
Tarefa cumprida, fomos para casa, que é relativamente perto. Quando estávamos na entrada de nosso prédio, faltou luz. Tivemos que subir 9 lances de escada. Que azar, né?
Era o dia 10 de novembro do ano passado. Dia do apagão que deixou nosso país às escuras por mais de 6 horas.
E onde está a oportunidade a se agradecer? Se não fosse a fechadura caindo nas mãos de meu marido teríamos ficado presos no elevador. É ou não é para agradecer?
Agora tento me lembrar desta história, e de tantas que nos contam, e reagir positivamente aos imprevistos. Tem dias que esqueço disso, é bom estar sempre me lembrando!
Um beijo a todos,
Que o acaso continue nos protegendo enquanto andamos distraídos...
Tati.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Blogagem Coletiva - Vermelho

OBAA!! Desta vez estou mais entusiasmada do que nunca, a cor escolhida pela Glorinha, do Café com bolo foi o vermelho e estão passando por minha cabeça milhares de coisas vermelhas que eu amo! Aliás, amo vermelho Cor repleta de energia, de força, vibrante, apaixonada, quente, linda! Cor da vida e de muitas coisas de comer que eu adoro, como melancia, morango, maçã, tomate ...

E já que minha postagem azul foi o pássaro azul, nada mais justo que falar, na blogagem vermelha, de outro filme da minha vida: Moulin Rouge!

Amo este filme pela fotografia, por umas posições de câmera incríveis que faziam as danças parecerem caleidoscópios humanos, também pela trilha sonora, que não me lembro de outro filme que eu ame mais, mas acima de tudo pela busca do personagem de Ewan McGregor (Christian) que deseja "amar e ser amado em retribuição". Dá para sentir a profundidade disso? Ele inverteu a ordem do que pedimos geralmente, e fez toda a diferença. Ele não diz que deseja alguém que o ame. Ele deseja AMAR! O retorno virá em retribuição.

Ok, deveríamos amar e pronto, sem esperar recompensas, mas quantos de nós somos capazes disso? De verdade? No filme esta máxima refere-se ao amor romântico, entre um casal. Mas eu quero estendê-lo ao amor puro e simples. Amar amigos, amar ao próximo. Amar primeiro. Estender a mão a quem precisa, mesmo que este alguém não a tenha estendido para nós quando precisamos. É a isso que esta frase me remete.

Agora outro fator que me faz amar este filme, e aí, não diz respeito diretamente ao filme, foi a situação em que o assisti pela primeira vez (Ah, esse eu já vi muuuuuuitas e verei mais mil!)

A primeira vez que vi Moulin Rouge foi no cinema. Eu estava com uma das minhas melhores amigas. Aquela que é para sempre, na alegria e na tristeza. Hoje ela mora na Costa Rica e eu mooorro de saudades. Na época eu tinha acabado de terminar um relacionamento importante e acabado de me formar. Estava naquela fase em que tinha todas as possibilidades à minha frente e absolutamente nada para o dia seguinte. Uma fase  vulnerável, em órbita, sem chão. Esta amiga esteve ao meu lado o tempo inteiro, me deu o apoio que eu precisava por um long período. E neste dia, voltei a me sentir feliz!

É claro que não foi a Martha que me fez sentir feliz, eu sei que isso só eu posso fazer por mim, mas se ela não estivesse ao meu lado este dia demoraria mais a chegar.

Então o que amo em Moulin Rouge é o Moulin Rouge, com toda sua super produção, e a presença da Martha em minha vida! Que agradeço todos os dias, mesmo ela estando tão longe estará sempre pertinho, e torço por ela que foi viver a grande aventura de sua vida - se encontrar!

Se o pássaro azul foi a felicidade, para mim, Moulin Rouge é a amizade (amar e ser amado em retribuição, ou fazer o bem, sem olhar a quem) e a Martha é um símbolo desta verdade dentro de mim. No dia em que nos conhecemos - e já se vão mais de 10 anos... nos tornamos amigas (como se essências se reconhecessem) e isso não é nada fácil para mim, que sou desconfiada, reservada. E não é que ela é igual? Mas já nos conhecemos, compramos água de coco e trocamos confidências de uma vida inteira em pouco tempo, enquanto os outros estagiários da fazenda faziam outra atividade (sim, éramos universitárias...). Neste dia, nos tornamos irmãs. Amigas para o que der e vier. Ela me deu grandes provas de amizade, sem que isso se fizesse necessário. Uma vez, morando no Humaitá e indo para Copacabana (bairro vizinho) fez a rota por Jacarepaguá (?!) só para me trazer um pedaço de bolo, por que eu estava doente. E eu? Ah, para ela eu dei uma jóia de presente: Meu filhote em batismo!

Nossa amizade é assim: um rubi que nos enriquece!
Um beijo vermelho a todos. E vamos conhecer as postagens dos amigos! Ah, Glorinha, você fez as segundas-feiras serem ansiadas!!!


Tati.

domingo, 18 de abril de 2010

Soltando os bichos


Sabe aqueles dias em que você quer colo, e quando te dão colo, sente-se presa?
E então precisa de silêncio e quando te permitem, sente-se solitária?
Hoje estou assim. Hoje nada parece me bastar. Marido sabe que estou tensa e é todo cuidados. Nestes dias, vira quase mãe do Bê, e me deixa de folga.
Ontem estávamos brincando com o Bê: um jogo ótimo chamado "A corrida dos bichos". O Bê SEMPRE é o coelho, mesmo a regra mandando nossos bichos serem ao acaso e mantidos em segredo. Eu era a girafa. Claro que no meio da partida a gente começa a desconfiar dos bichos dos outros e o Bê descobriu que o pai era a tartaruga. Pronto, estava instaurada a confusão.
Então, os meninos que eu amo e que formam meu esteio resolveram brincar comigo. E sabe qual foi a brincadeira? Formaram um complô contra a girafa. Os dois se favoreciam e favoreciam inclusive bichos que não representavam ninguém, e deixavam a girafa para trás. Era brincadeira e eles davam muitas risadas, gargalhadas até. Eu não soube brincar.
Quando terminou a partida fui para a cozinha e chorei... Sim, CHOREI! Por causa de uma brincadeira em um jogo em família!!
Marido foi atrás e me pegou chorando. Não sabia o que fazia, me abraçou e aí eu aproveitei para abrir a torneirinha. Chorei tantas coisas que não estavam no tabuleiro, que nem aqui em casa estão. Chorei tristezas da rua, da vida... E chorei mais ainda!
Marido não entendeu. Achou que meu problema era o jogo e disse que não brinca mais.
Ah, não faz assim... Como vou poder extravasar tanta emoção se não tiver motivos mais fáceis de explicar do que toda a dor que há em mim?
E foi assim...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quem tem amigos tem o mundo


Amigos queridos,

Antes de ontem escrevi um desabafo que vocês não podem precisar o quanto foi sofrido. Aliás, este momento está sendo mesmo duro de enfrentar, mas não tenho escolha. Recuar é abrir mão de tudo pelo que venho lutando em minha vida profissional. Graças a Deus em família está tudo bem.

Este é provavelmente o último mês deste martírio, que se seguir o cronograma planejado encerra-se dia 19 de maio e aí detalho melhor para vocês minha batalha.

Mas o que tudo isso está fazendo aqui? Vou explicar, peraí...
Escrevi com a certeza de que ninguém entenderia e portanto, não teria comentários. Escrevi por que queria gritar e como moro em apartamento, chamariam os porteiros, o síndico, a polícia, os bombeiros...
Qual não foi minha surpresa com as manifestações de apoio e carinho que recebi? Amei cada uma. Alguns de gente que está sempre por perto e justamente por isso acabam tornando-se mais íntimos. Outros mais discretos, não costumam manifestar-se, mas fizeram-no!

Quero agradecer a Giovanna, que estava num dia nublado, mas não permitiu que as nuvens de sua alma a impedissem de me dar apoio, a Meri, que é muito querida e está sempre disposta a estender sua mão, a Ana Cristina que é cada dia mais importante para mim e que espero, também encare seus fantasmas, a Silvia que me estimulou a acreditar que sou corajosa, mesmo eu não acreditando muito nisso... a Kátia que me conheceu naquele momento e fez-se amiga, a Josi com quem tenho trocado ótimas impressões sobre a vida, ao Olavo, que tem um blog que eu adoro e que eu nem imaginava que me lia... A Yoyo que a cada dia é uma amiga mais e mais querida e a Carmem, uma das primeiras blogueiras que passei a seguir e que me orgulho de ter no meu roll de relações na blogosfera.

Mas preciso destacar a Marli. Sabe por que? Por que desde quando nos conhecemos parece haver uma sintonia fina entre a gente. Já fizemos postagens que se complementam (sem querer) duas vezes: Aqui  e aqui.
E ontem, ela foi um anjo em minha vida, daqueles que podem ter aceitado o chamado sem saber, por que ela disse exatamente o que eu precisava ouvir. Depois que li suas palavras eu tomei coragem e mergulhei na água fria. Agora vou encerrar esta página nada agradável de minha vida. E sabe o que fiz depois de ler o que ela me disse? Parei de olhar o dia da conclusão (algo que vem me aterrorizando, pela certeza de que não terá o resultado esperado), e comecei a imaginar o dia seguinte. Quando este peso terá saído de minhas costas, não importa a cara que ele tenha (o resultado). Ah! Este dia está mais perto agora. Obrigada queridos amigos. Obrigada querida Marli!

E como não poderia deixar de falar, uma amiga que não é virtual (apesar de passar por aqui de vez em quando), mas que é muito mais do que um anjo em minha vida. É meu espelho, é assim que gostamos de nos identificar. Obrigada Alê querida. Nem sei mais pensar o que seria de minha vida sem você. Te amo, viu!

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um selinho cheio de Efeitos e Conceitos




Olá a todos!
Enfim vim postar o selinho que ganhei da Yoyo do blog Efeitos e Conceitos, vale a visita. Além da Yoyo ser uma fofa, daquelas que você já se encanta pelo sorriso da foto, o blog dela é leve, inteligente, agradável, repleto de informações, pensamentos, poesia. Dá vontade de puxar o banquinho e ficar, sabe? Passa lá...

Vou contar que este selinho (e suas regrinhas) me fizeram repensar algumas atitudes, ou a falta delas, na minha alimentação. Há algum tempo venho cuidando pouco deste aspecto. Quero fazer coisas rápidas e acabo não me preocupando tanto com a saúde. Quando almoço fora procuro escolher alimentos mais saudáveis, mas preparar... Agora, depois do selinho, vou me policiar para cuidar um pouco melhor. Demorar mais um tantinho na cozinha, mas sair de lá com pratos mais elaborados e, principalmente, mais saudáveis.
Aceito sugestões de receitas, ok?

Vamos às regras:

Repassar o selinho para 12 amigos. Lá vai:

Glorinha do Café com Bolo
Giovanna do Bordados e Retalhos
Cris do Miscelânia
Luci do Vida
Marli do Blog da Marli
Laely do Sala da La
Josi do Josi Stanger
Ana Cristina do Incongruente Lisura
Chelle do Chelle´s Stuff

Mais regras - Responder as seguintes perguntas:

1)Quais os cinco alimentos/bebidas que você incorporou à sua dieta?
R - A ração humana está nos planos, mas mais pela neura de perder uns quilinhos. Funcionou para uma amiga e quero testar. Sempre comemos muitas frutas aqui em casa. AMO abacate, tangerina, melancia, caqui, laranja,manga,  lichia, amora, morangos, ... E a bebida é suco, refresco ou mate. Amo saladas, mas morro de preguiça de prepará-las.

2) Quais os cinco alimentos/ bebidas que você evita comer/beber?
R- Tenho sorte de não gostar de refrigerante e bala; evito biscoitos e amendoins; Também não gosto de frituras.

É isso. Quem gosta de selinho fique à vontade para postá-lo, quem não gosta entenda na minha escolha uma oportunidade de fazer carinho em quem eu gosto. Um beijo a todos e até a próxima.

Ah! E obrigada, Yoyo, pelo presente. Eu me senti especial neste dia!

Beijos a todos,

Tati.