Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Que meu pai não me ouça, mas sou de direita!!



            Esta semana eu assisti uma entrevista muito interessante com uma neurocientista chamada Jill Taylor. Ela sofreu um derrame e passou 8 anos recuperando seu próprio cérebro. A entrevista veio a calhar, já que estou vivendo uma sensação nunca antes experimentada, num período de estresse que está comprometendo minha capacidade cognitiva. Sim, tenho esquecido nomes, datas, lugares, assuntos.  
      Domingo eu não conseguia estabelecer conversa. Achei que a Imbasa iria se oferecer para colocar meu cérebro num copinho... Foi uma sensação bem ruim. As pessoas fazem perguntas simples e as palavras não vem. Hoje estou um pouco mais tranqüila. Dei uma pesquisada no são Google e encontrei muitas coisas sobre esta cientista, inclusive um livro, que comprarei em breve: “A cientista que curou seu próprio cérebro”.
            Uma das coisas que ela destacou na entrevista foi a importância de dormir bem e bastante (o que me impediu de ver a entrevista até o final, já que era quase meia noite. Quando ela falou isso eu desliguei a TV e fui dormir.). Esse, com certeza, um dos fatores que estava me levando a este quadro de esquecimentos. Esta semana estamos ligando dois ar condicionados, a noite transcorre mais calma com Bê no seu próprio quarto. Quando ele dorme no nosso, levanta algumas vezes, pula para nossa cama, fala dormindo, ou seja, a noite não é repositora. Com isso já dei uma melhorada.
            Mas a melhor parte de tudo foi pensar que posso desenvolver mais e melhor o meu cérebro. Esta neurocientista tinha o lado esquerdo bem desenvolvido, quando este foi afetado pelo derrame o lado direito desenvolveu-se de forma compensatória. Aos poucos ela foi retomando o lado esquerdo e, após 8 anos, ficou sem qualquer seqüela. Hoje ela tem um bom domínio dos dois hemisférios cerebrais.
            Por que estou postando tudo isso? Por que meu lado esquerdo é preguiçoso. Ele é o responsável pela capacidade lógica, matemática, de organização... entendeu? Exatamente o que não tenho. Eu não tenho noção espacial, eu me atrapalho em equações simples, sou muuuito bagunceira, interpretar gráficos é um problema... Mas quero melhorar como pessoa e este é um dos caminhos necessários. 
            O hemisfério direito, que eu uso mais, é o responsável pela linguagem, pela criatividade, facilidade de memorização... estas características eu sempre me orgulhei de ter, mas está na hora de ampliar capacidades e estou buscando exercícios para desenvolver o outro lado. Escrever não é um problema, mas calcular... Enfim, quero ficar “cabeçuda”!
            Em breve retornarei com diagramas, tabelas, planilhas... e mapeio para vocês os avanços que consegui! Vou dominar o Ábaco!!! 
            Um beijo a todos. Que sejam de paz seus pensamentos.
Tati.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Tati,
Adorei o que escreveu e veio no momento certo para mim.
As vezes penso que só eu tenho essa dificuldade...rs
Agora,percebo que não estou sozinha no "mundo do cérebro preguiçoso"....NECESSITO aumentar meu raciocínio lógico,organizacional etc.
Conto com você!
Estou no aguardo de novas experiências.
Beijos.
Mônica.

Anônimo disse...

Tati querida,
Não acho você nem direita nem de esquerda. Na verdade, acho você muito de centro, ou pelo menos alguém que procura muito este lugar. Pelo que observei, e sempre observo, todos tentamos alucinadamente atingir esse inatingível. Embora alucinadamente, centro e inatingível não devessem ocupar a mesma frase, pelo menos não sem uma pontuação muito específica. De qualquer forma, o que achei é que você é cheia de amor. Isso, querida, é na verdade o que move esse mundão de Deus. A ponte a que você se referiu nesse texto, ou em outro (já nem sei mais porque meus hemisférios nunca se encontram..rs), é formada pelo amor, eu acho. É o que faz com que sejamos um pouco "exatos" e um pouco "completamente fora de controle"..rs Adoro que sejamos todos assim. Uns cozinham a beterraba no feijão, e outros explicam cada mínima coisa, nos seus mínimos detalhes, não é mesmo? Mas todos (ou pelo menos nós duas) somos movidos pelo amor a tudo e a todos.
Beijos muito grandes de alguém que admira você profundamente.
Teca