Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O amor por quem eu sou

Este texto é parte da Blogagem Coletiva proposta pela Glorinha, do Café com Bolo
Prato do dia: Auto-estima/ Amor próprio

Quem sou eu?

Lembro da primeira vez que me deparei com esta pergunta, assim, à queima roupa, quando me inscrevi no orkut. Como assim? É possível responder "quem se é?"

Eu estava grávida, numa fase em que tudo são incertezas. Hoje entendo quando amigas grávidas ou recém mães definem-se como "a mãe do fulano". Chega uma hora que não sabemos mais mesmo... Tudo é tão diferente. Sonhos mudam, ideias então, nem se fala. As prioridades são outras... É um novo eu emergindo, menos eu do que o anterior, por que o outro ser torna-se maior que o EU.

Via meus amigos entrando no orkut, definindo todos aqueles campos, com suas preferências de filme, comida, atividades, paixões... O que gosta nisso e naquilo? E pior, as comunidades. Pessoas cheias de preferências, de comunidades do tipo amo, adoro, odeio, faço... E eu? Quem era eu naquele momento? 

Entendam a fase: Eu era uma veterinária em crise profissional, que tinha acabado de pedir demissão e fui fazer curso de editoração eletrônica. Estagiava numa produtora de vídeo, onde meu chefe me colocou no atendimento... e grávida! 

E esta não foi minha primeira grande crise não. Nesta eu já estava escolada. A primeira foi na época em que eu me formava. Já se vão mais de 10 anos... Até aquele momento eu era cheia de mim, cheia de certezas e convicções. Se me perguntassem quem eu era eu diria: Uma veterinária muito bonita, com muitos amigos, um futuro profissional brilhante pela frente e um namorado que me amava muito. Tudo muito, tudo ótimo, tudo estável e agradável. Vida fácil e boa. Ainda nem tinha me formado e o dono da empresa onde eu estagiava me ofereceu emprego. Eu pedi que ele aguardasse dois meses, o que faltava para eu me formar, e então assumiria o cargo. Estava radiante, achando que eu já colheria TUDO o que tinha semeado... Eu não sabia nada sobre semeadura... hehehe

Então de repente, o namoro acabou e meu ex começou a namorar outra na própria faculdade (acho que mesmo antes da gente terminar); a proposta de emprego desapareceu, por que formada eu ganharia mais do que como estagiária. Nesta crise toda eu tive um distúrbio hormonal e fiquei gordinha e cheia de espinhas. As espinhas que não tive na adolescência, chegaram aos 25 anos. 

Eu não suportava me olhar no espelho. Minhas roupas não cabiam em mim. Meu pai me cobrava emprego, já que tinha me formado. Minhas amigas, a maior parte delas ainda não tinha se formado, saíam e eu não podia mais acompanhar. Algumas vezes elas decidiam me bancar, para que eu pudesse ir. Hoje consigo me sentir querida pelo gesto, na época, sentia-me péssima, eu não tinha como retribuir na outra semana ou no outro mês... 

Acabei optando por ficar em casa. Os primeiros finais de semana foram péssimos. Eu estava impedida de sair. Aos poucos fui aprendendo a aproveitar minha companhia. Ficava no meu quarto, ouvia música, lia e escrevia. Descobri novas faces em mim, e gostei! 

Gostei da minha escrita, das minhas reflexões. Nesta fase busquei o Centro Espírita, onde conheci o Vi. Me amei naquele trabalho, fiz novos amigos, que me achavam doce, suave. E amei esta nova Tati. Ainda gordinha, ainda com espinhas... Fui me tratando.

Trabalhei com coisas que não gostava muito. Até vendedora de produtos veterinários eu fui, representando laboratórios. Nesta função descobri outras coisas boas em mim, outras características desconhecidas. E também muitos dos meus defeitos apareceram, fui aprendendo a lidar com eles...

Fui percebendo que quanto mais faces e talentos descobrimos que temos, melhor lidamos com as fases de transição, de mudança. Por que há em que se identificar. Quando somos rígidos demais, focados demais, do tipo: "Sou uma pessoa que..." a chance de frustração, de deprimir, de arriar, são maiores. A vida não é estável, é mudança. E temos que ser cíclicos e mutáveis.


Demorei a chegar nesta definição:




Esta foto faz parte de um presente
que o Vi fez para mim. E amo!
 "Venho tentando responder esta pergunta há muito tempo. Às vezes sou calma e tranquila, muitas vezes uma tempestade! Sou alegre e animada, em certos momentos tensa, ansiosa, deprimida... busco respostas às minhas questões, e nisso sou incansável. A cada dia uma nova Tati emerge em mim, e quanto mais Tatis eu me torno, mais eu gosto de ser quem sou!"

E quando descobrimos, e aceitamos nossas novas faces, fica mais fácil se amar. Com qualidades e defeitos. Como posso ter certeza? Não posso. Sei que nesta nova guinada, a transição está sendo menos sofrida. É só a experiência de uma menina, que sonha e busca se conhecer.


Ainda quero chegar ao proposto por Renato Russo: "provar para todo mundo, que eu não precisava provar nada para ninguém". Estou bem longe ainda. Desde que soube que este era o tema da blogagem desta semana, não parei de cantar esta música. A letra fala muito sobre auto-estima e amor próprio. Quer ver? Por que a auto estima e o amor próprio passam, invariavelmente, pelo auto conhecimento (pelo menos para mim!)



Beijos a todos,
Tati.



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu livro depende de NÓS!!

Só para atualizar: Chorei, chorei mais e ainda estou chorando... Nem vi quantos votos tenho ainda. São 18h30, acabei de chegar em casa e li, na sequencia, as manifestações de carinho de todos. Não deu para segurar. Muito choro... Não fotografo por que me acho ridícula chorando... Obrigada demais a todos!
Mil beijos,
Tati.

Amigos,

Segui a dica da Macá e me inscrevi no concurso da Ediouro Seu blog pode virar um livro. Não sei se já tenho conteúdo aqui para tanto, mas peço, encarecidamente o seu voto. Em época de eleição, quando tanta palhaçada é veiculada em horário eleitoral gratuito, e três ou quatro propostas sérias seguem no bolo, venho até vocês dizer: eu podia estar roubando, eu podia estar escondendo dolares na cueca, mas quero apenas que votem em mim e ajudem uma menina com cabeça nas nuvens a realizar seu maior sonho. Eu acredito que tenho vocação para isso, só preciso de um empurrãzinho... Me ajudem? 

Vocês podem:

1-  Votar, neste link, quantas vezes quiserem;
2- Postar o selo em seus blogs (código disponível na sidebar. É só copiar, abrir um gadget HTML e colar. 
3- Divulgar para os amigos.

Prometo coisas muito gostosas na noite de autógrafos, tá bem? E um sorriso como jamais se viu em meu rosto!

Beijos a todos,
Tati.

Hoje eu chorei...

... foi de felicidade. Daquelas impalpáveis, sabe?
É que hoje o primeiro comentário que li, antes das 7h da manhã, na minha caixa de e-mails, dizia assim:
Salvador Dali
"Tati, quando sai o livro de contos, crônicas ou romance???
Não pode desperdiçar esse talento, por favor!!!
De verdade, fui lendo e, completamente envolvida, ri de mansinho, antecipando o que viria, ri alto e gostoso, reli algumas frases pq a-do-rei...e depois, reli TUDO, simplesmente pq é delicioso "ler vc"!! 
Uma ótima quinta pra vc, adorável escritora!
Bjossss ".


Quem escreveu foi a Denise, do Tecendo Idéias. Uma amiga encantadora, que eu conheci aqui e amo por ser toda esta doçura em forma de pessoa. Ela sempre me joga lá para cima, e pega de volta (não me deixa cair no chão...). 

Por que eu chorei? Emoção. Ela tocou no fundo do fundo do mais fundo em mim. Enquanto eu lia suas palavras fui na sala de aula do meu colégio mais querido e revi os olhos satisfeitos de minha professora de literatura (que é uma escritora e uma professora que admiro) ao ler minhas redações; Revi textos elogiados pela família, as cartas que escrevi em nome de amigas, a pedido delas, para namorados, pais, outros amigos... E fui revendo tantos momentos em que a escrita foi meu norte e me definiu. As situações em que fui afagada por escrever bem. Lembrei da homenagem pelos 90 anos do meu avô e o quanto meu texto emocionou os convidados, e que depois soube pela minha tia, meu avô pedia a ela que lesse sempre, e naquele momento saboreava e perguntava: "É isso mesmo que pensam de mim? Nossa!". E foi nesta hora que eu soube que ele não morreu sem que tivesse a oportunidade de dizer o quanto me era importante.

A escrita sou eu. Na primeira série, com 6 ou 7 anos, escrevi meu primeiro livro. Chamava-se 7 vidas, e eu ainda espelhava o 7. Era um calhamaço de folhas A4 dobradas ao meio, na forma de livrinho, e grampeada no meio, escrito com lápis ou caneta, com desenhos de garrancho (esta arte eu não domino...). Contava a história de um gatinho. Não o tenho mais, não sei que fim levou. Sonho ser escritora desde sempre.


Amo cada livro que passou por minha vida, e que muitos ainda passem. E que alguns sejam escritos por mim,  publicados por alguém e lidos por mais alguns...

Hoje a Denise mexeu num gigante sonolento, no sonho que mais me inspira, no trabalho que eu faria como lazer. Escrever, para mim, é divertido, agradável, feliz. Este sonho é sempre empurrado com a barriga. Ainda não sei como colocá-lo em prática. Como os escritores chegam lá? Já enviei meu primeiro original (só as cópias, claro! heheh) para muitas editoras, todas o recusaram. Tiveram a gentileza de devolvê-lo ou, ao menos, de avisar que não o publicariam. É um livro infantil. Amo este universo. Não desisti, estou apenas me fortalecendo, me inspirando para novas incursões. Dói receber a carta recusando...

A generosa e sábia Sandra Ronca me deu uma mãozinha e as sugestões dela foram ótimas. Eu a chamei de minha Rilke (por causa do Cartas a um jovem poeta)! Estou maturando.É que escrever, para mim, é como produzir vinho, precisa de longos tempos no barril... Algumas coisas não, sento aqui e saem, como esta sopa de letrinhas que agora produzo para vocês. Sei que conforme for lendo, algumas coisas vão sendo mudadas. Quem lê primeiro lê um pouco (ou bem) diferente do último... 

O que quero é apenas agradecer. Por que sinto que está acontecendo, ainda que não tenha a ação concreta em minhas mãos. Sinto-a sendo desenhada em nuvens, o campo sendo preparado. A jornada já começou. E eu choro, com as palavras da Denise, que me dizem exatamente isso. Obrigada, minha amiga. 

Quero depois contar aqui sobre a Sandra Ronca, uma ilustradora e autora de livros infantis, há um post sendo produzido sobre ela, na verdade, sobre meu carinho por ela. Em breve, na sua programação bloguística!! hehe


Que nossos sonhos, aqueles que nos tornam nós, sejam realizados.


Atualizando: Ainda conectada, recebo uma mensagem da Cris França, para que visite seu Canto de Contar Conto. E ela dedica uma canção, que sou eu em essência (apesar de não ter narizinho nada arrebitado fisicamente). Disse a ela que me leu nas entrelinhas. Minha mãe já cantou esta música para mim. Sempre soube que eu era assim e Reinações de Narizinho já foi meu livro de cabeceira quando era uma menina-fada-sonhadora... Obrigada querida Cris França. 


Aos demais amigos, por favor, se quiserem me agradar, deixem para amanhã, tá bem? É que não estou sendo acompanhada pelo cardiologista! hehehehe


Um beijo a todos,





Tati.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Macaquices e Macacadas

Lembra daquele papo sobre rasgar dinheiro... maluca... coisa e tal? Então, para variar: Senta que lá vem... Ah, você já sabe...hehehe

Sábado foi a festa da família na escola do Bê. O tema era África (por causa da Copa) e a turma dele se fantasiou de bichinhos. Podia escolher qualquer um, desde que dá África, claro. Qualquer lugar da África, entendeu? O Bê, a princípio, queria ser uma Centopéia. Agora, preciso perguntar à Taia: Há centopéias na África? ehhehehe

Após grandes negociações, passamos por leão, jacaré e chegou-se ao macaco. Perfeito! Vamos aos preparativos.

Estava fazendo contato com a costureira indicada pela escola, desde julho. Ela é mãe de aluno e disse que preferia esperar o retorno às aulas para tirar as medidas, e me tranquilizou sobre o tempo de confecção. O mês passou, os desencontros aconteceram e no sábado anterior à festa insisti e fui até a casa dela. Vimos uma das fantasias, de leão, ela tirou as medidas e me disse que entregaria o macaco na sexta. Daí, quando fui acertar a compra ela me diz: RS 120,00. Isso mesmo!! Faz sentido? Pagar 120 dinheiros numa fantasia que seria usada uma única vez? Na hora, ainda sob o choque, disse ok e fomos embora, só que aquilo me deixou descompensada. Por que outra mãe disse para minha mãe que pagou 75,00 por que era de pelúcia, e que não sendo, seria mais barato. 75 já é bastante, mas ainda vá lá... Agora, como assim? Tanto dinheiro numa fantasia? 

Quantas peças eu posso comprar para o Bê, que serão usadas mais vezes, com este dinheiro? Dá para nós 3 irmos ao cinema 2 vezes e comermos pizza depois... Dá para um monte de coisas... Passei o restante do sábado contabilizando. E olha que passamos no shopping (véspera de dia dos pais, ninguém merece...). Cada coisa que eu via e achava legal, pensava: Com o dinheiro da fantasia eu comprava 2, 3... 10!

No domingo liguei para a costureira e cancelei. Daí fiquei com uma batata quente nas mãos, ou melhor, fiquei sem nada nelas... e a festa ali, na semana seguinte. O Bê deixou claro que queria muito participar. Ainda encontramos a professora de música no restaurante, no sábado, e ela elogiou tanto a festa, que estava tudo lindo! Que seria um encanto... Por que cheguei mesmo a pensar em nem ir... Mas adooooro!!!

Este capuz é de uma artesã de Porto Alegre. Amei!
Aí surgiram as opções. Minha amiga Alê me ofereceu uma fantasia de Taz, dos filhos dela. É um macacão marrom. Ok, roupa pronta. Ela me autorizou a costurar um rabo maior, que podia ser um boá bem comprido e peludo. Mas e a cabeça? Entra meu amado e imprescindível google (como a gente vivia sem ele?)
O arco de 6,50

Encontrei uma tiara em uma loja de São Paulo. Custava 6,50. Legal! Fiz o cadastro e já partia para a compra, quando, no cálculo do frete, passava para 46,50. Ri! E continuei na busca.

Importante arrematar que não temos máquina de costura (ainda, viu, mãe?), resolverei esta questão em breve. Por enquanto, não temos. Segui nas buscas do google. A sugestão que me deram foi correr para o Saara, ok, fica na África, né gente? Só que este fica no Rio. Minha semana passada estava toda tomada. Não tinha dia livre antes de quinta, e correr o risco de chegar lá, andar em meio aos beduínos cariocas, chineses e coreanos, não encontrar nada e ter que pensar em alternativa... não era uma alternativa válida. Saí em busca de sites de aluguel de fantasia. Liguei para váááários em busca de um adorno-macacal-de-cabeça. Ninguém tinha. Quando tinha era de macaca... Imagens? Muitas! Já estava pensando em escanear o Bê e fazer no photoshop...

Foi quando encontrei Dna Ítala. Que mora do outro lado do mundo da minha cidade. Ela aluga fantasias de criança. Só a cabeça, 20. Fantasia completa, 50!

Marido ficou de buscar a tal fantasia. Tinha que deixar cheque calção. Marido esqueceu de levar talão de cheques (só não esqueceu o calção por que está preso na cabeça... ops, misturei ditados...). Tudo bem, amanhã. No final já era mesmo a quinta-feira. Rezei para o santo das fantasias glamourosas e aguardei com fé.

Marido deu a sugestão: Tati, alugar só a cabeça... e se destoar do macacão? Ok, então alugamos a fantasia toda. Bê é vaidoso até a alma, não usaria uma fantasia tosca mesmo, a gente sabe! E na festa teriam crianças vestindo mantos sagrados de 120 moedas de ouro!

Fantasia a postos! O macacão era lindo! A cabeça, mais ou menos, por isso ela mandou 2 opções: máscara e chapéu. O Bê gostou mais da máscara, só que não queria esconder o rosto, eu também não. Tudo pronto para o grande dia e...

Bê ficou doente na sexta. Caiu de tal maneira que até brincar com o cachorro doía... Final de semana de molho. O tempo também não ajudou muito. Um friiiiio...

Não tinha jeito, a fantasia precisava ser devolvida ontem (segunda). Então, vamos brincar, colocar a roupa, pelo menos para tirar fotos, para reduzir a sensação de perda... A vovó Nininha veio visitá-lo. Vi inventou uma história, que ele se disfarçaria de macaco, ela acharia que ele não estava e que tinha deixado um macaco no lugar... História surreal, que ele a-do-rou! Enquanto o Vi buscava a mãe, eu arrumava o neto. Que quando se viu com aquela roupa e um rabo enoooorme, esclamou: Eu estou ridículo! Quero tirar! (Ai, que ódio!!)

Se nem a avó viu a roupa... muito menos a máquina fotográfica. Ontem, a fantasia voltou tristonha para uma arara lotada de outras fantasias. E deve ter ouvido risinhos debochados das fantasias antipáticas que abarrotam uma sala de aluguéis... Pobrezinha da fantasia desprezada.

E minha conta no banco também ficou com vergonha... tanta vergonha que, dizem, está de bochechas vermelhas... Ué? Conta bancária tem bochechas? Ah, é... Então ficou apenas vermelhinha, a coitada! Mas foi só de vergonha, gente...

O Bê? Ah, está bem melhor. Já foi até para a escola, está com ótimo apetite... Ainda tossindo e espirrando, mas nada que homeopatia, colo e dengo não deem jeito.

E eu? Bem... eu estou com fama de louca, daquelas que rasgam dinheiro. Antes tivesse rasgado o cheque! kkkkkk Quanta macaquice!!!

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A linda Espatódea

Bom dia!!

Minha vontade de criar um blog é bem antiga. A primeira ideia foi de um blog contando a história das músicas. Sou apaixonada por letras de música. Muitas vezes elas nos traduzem melhor que 1000 palavras. A melodia ajuda bastante, e sou louca por música de qualquer jeito (música, entendam bem! Daquelas de qualidade!), ainda assim, minha paixão são mesmo as letras. A poesia que se consegue colocar ali. E quando sabemos que por trás daquela letra há uma história... Ouço, ouço, ouço e não canso de imaginar as situações experienciadas. É que sou louca por histórias!

Daí a ideia do primeiro blog era isso, um blog com as letras das músicas e a história de sua composição. Tipo: Flor de Lis do Djavan; Tears in heaven do Eric Clapton, Canção para você viver mais, do Pato Fu... entre outras. Algumas são tristes, há também as felizes. A maioria que a gente conhece tem a ver com nascimento de filhos, como Gabriel, do Beto Guedes. Assim é, para mim, Espatódea.

A Zoé é a lindinha de blusa vermelha
Na verdade, quando o Nando Reis compôs, a Zoé já estava maiorzinha. Segundo ele conta, ela que pediu uma música. E é tão linda!! Dá vontade de ter uma filha chamada Zoé, só para cantar esta música para ela, que não seria ela, por que a letra é tão dos dois... Já li entrevistas dele contando o porque da letra, que merece ser lida com cuidado.Daí encontro este clipe do Nando Reis, numa praia, e olha a maneira apaixonada como ele fala da música. Dá até irritação do cinegrafista não segurar no carão na hora que ele fala o nome da filha. Lindo demais de ver! E como história boa tem imagem, fui em busca de uma imagem da família. Ele também tem uma música para o filho Sebastião e para a filha Sofia. Nenhuma é tão linda quanto Espatódea!

E para quem tem dúvidas de por que espatódea, segue a foto. Conta que ela é a única ruiva como ele, dentre seus 6 filhos. Essa é uma das mágicas da música!

Assim deixo o dia, para que todos possamos sonhar com nossas obras primas, se puder ser música, ótimo. Que tenha uma bela história por trás. Que inspire outras pessoas a sonhar. E que nos deixe com este brilho nos olhos, e com o sorriso bobo de quem visualiza tantas lembranças de grandes e doces momentos.



Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tem fantasma no Censo


Hoje recebi um e-mail de uma amiga, que o recebeu da FEB (Federação Espirita Brasileira). O Vi já havia comentado o assunto comigo. Diz que quando o recenceador perguntar por religião devemos dizer Kardecista, e não Espírita, por que eles esqueceram de incluir este item. Eu não sei o que responderei... Por que já não sei se hoje sou espírita.

Católica tenho certeza que não sou, apesar de ter feito encontro de casais - e adorado!!- ter trabalhado numa igreja aqui de perto, e ter sido muito bem recebida por eles. Nunca nos sentimos um deles... E não é preconceito, é só uma sensação, de ser convidados numa casa querida, e não moradores, entendeu? Também já não ando me sentindo mais apenas Espírita... E também não me sinto sem religião... Só que não é este o assunto de agora O tema hoje é outro.

Ainda assim, a espírita que fui explica: É que espíritas não gostam de ser chamados de Kardecistas. E a explicação é simples. Somos (somos?)  espíritas cristãos. Acreditamos em Deus, em Cristo. Seguimos o evangelho (novo testamento). Kardec é considerado o decodificador da doutrina. Ou seja, é como um evangelista (não tomem ao pé da letra, ok?). Ninguém é considerado Mateusista, Luquista, Marquista, certo? É a mesma coisa. É assim que os espíritas cristãos pensam!

Só que as pessoas envolvidas no censo não sabiam. Também não perguntaram (nem mesmo ao google). Devem ser homens, homens detestam pedir informação!!

Só para esclarecer, no espiritismo há um estudo das manifestações espirituais sim, mas esta não é a base do espiritismo (a brincadeira lá do título/ figurinha é só brincadeira, viu?). O que é mais pregado, estudado, defendido é a reforma íntima, ou seja, nossa modificação pessoal. Aceitarmos que cometemos erros, e buscar melhorar como pessoas. E aceitar a caminhada individual, aceitando que isso é feito em várias etapas, para isso a reencarnação. E outras coisas que não é intenção deste post esclarecer. Para isso há sites e mais sites especializados e muitos livros. Saibam ainda que espíritas não são caça-fantasmas... Incrível como ainda tem gente que pensa assim...

Onde sinto que já não me enquadro? São várias coisas. Uma que me incomodava, pelo menos no centro que eu frequentava, é a mania que alguns (NÃO TODOS) tem de achar que A VERDADE está com o espiritismo, e que UM DIA os nossos irmãozinhos menores descobrirão isso. Que o espírita está acima, mais esclarecido, e que por isso tem que ter paciência e compreensão com os demais. Ok, encontrei isso também na igreja católica... E antes que alguém que não gosta de religião replique, eu gosto muito! Também sei que é administrada por pessoas, e por isso, tem falhas. Mas acredito muito em Deus, em energia, em sua força. 

A ideia inicial era um pequeno esclarecimento do termo kardecista x espírita cristão e avisar aos amigos espíritas sobre a nota da FEB. Coloquei-a aqui, caso queiram lê-la na íntegra (é curta!).

Para encerrar e esclarecer quero dizer que não me sinto melhor do que ninguém. E que nenhuma religião pode fazer isso por quem quer que seja. Quanto mais segregamos, menos somos... Também não me sinto pior. Sou igual. Tão filha de Deus quanto um católico, um evangélico, um espírita, um muçulmano, e até que um ateu...hehehe (esta foi prá Glorinha!!! kkkk).


É isso, não pretendo me alongar no assunto. É cedo para alguns, mas o dia, hoje, já vai longe para mim. Mais tarde, se der, volto com novas histórias. Tem uma macaquice que quero contar. Louco é quem rasga dinheiro? Aguardem a maluca aqui!!

Beijos a todos,
Tati.

sábado, 14 de agosto de 2010

Os bastidores da lembrança


Quando estava montando a postagem da Quem me quer - Quem eu quis - fui ao google imagens procurar fotos da boneca. Consegui encontrar tanto a minha quanto a da minha irmã. Sim, a história é baseada em fatos reais! hehehe
  

Nas buscas acabei parando no Mercado Livre, onde descobri uma infinidade de bonecas Quem me quer, e outras tantas, sendo vendidas. Uma Quem me quer chega a custar R$ 350,00. Achou caro? Eu daria, se tivesse!! Olhando as fotos senti uma vontade tãããão forte de abraçar a minha de novo... senti até o cheirinho dela, acreditam? A textura da pele... Ai... que saudade da minha boneca favorita, gente!! hehehe

Mas nem era isso que eu queria falar não... É que na busca, quando vi estas bonecas à venda, vi que muitas ainda estavam nas caixas, algumas lacradas!! Como assim? Aí lembrei da tristeza do Pete Fedido, lembram dele? Do Toy Story 2? E sua frustração por ter sobrado, por nunca ter sido tirado da caixa... A gente repete esta frase à exaustão aqui em casa (filme preferido da família, diga-se de passagem): "Nuuunca foi abertaa..."

E aí fiquei com uma peninha delas... Daquelas bonecas que foram produzidas para serem abraçadas, queridas... para fazerem parte das histórias e lembranças de uma criança e... não foram abertas, para não estragar...

Lembrei também de umas amiguinhas de infância, que moravam na casa em frente ao nosso prédio: Márcia e Renata. Elas tinham um husky siberiano liindo, o Micha, e tinham também tantos, mas tanto brinquedos... Uma vez, brincando na casa delas, a mãe abriu um armário e havia uma infinidade de bonecas nas caixas, numa prateleira que a gente não alcançava. Acho que ela guardava para dar de presente em aniversários, sei lá. Na época não me questionei. Só registrei a imagem por que era uma visão do paraíso! Imagine o cheirinho de todas aquelas bonecas novinhas... Cabelos sedosos... Roupas que farfalhariam... Brincadeiras virgens por acontecer... Será que são estas bonecas, aquelas fadadas a morar no fundo do armário durante a infância das meninas da casa, as que vemos hoje expostas no Mercado Livre? 

E se pensassem, o que sentiriam estas bonecas? Seriam felizes por estarem ainda montadas, todas trabalhadas no estilo "não saí da caixa"? Ou estariam tristes por não terem vivido?

As nossas bonecas não sobreviveram a nós. Não tenho nenhuma para contar a história. A última, uma Susi com calça cigarrete de tecido brilhoso e casaco de pele, foi destruída por uma boxer louca que tivemos, a Chalaninha. As demais, acabaram-se em brincadeiras. Não acho ruim. Não faço questão que os brinquedos do Bê sobrevivam à passagem do tempo. Se eles resistirem às brincadeiras, ótimo, desde que as brincadeiras sejam seu porto, e não a conservação.

Minha mãe conseguiu que uma de suas bonecas resistisse ao tempo, era linda! Eu e minha irmã, duas traças de brinquedos, destruímos a coitada. Não precisamos chegar a este ponto, né? É possível um uso cuidadoso,  desde que um USO. Sei lá, é minha visão para os brinquedos. Não todos, é claro! Há aqueles que são produzidos para colecionadores. Sua energia é diferente. Eles são mais esnobes. Na verdade, se olharmos em seus olhos perceberemos que nem mesmo gostam de crianças... Eles torcem o nariz quando elas chegam perto... Não sou muito fã deles não... Uns metidos!

Lembrei também do aniversário de 1 ano do Bê. Dentre tantos e tantos presentes lindos, em suas caixas e laços de fita, um chegou numa bolsinha despretensiosa. Minha querida amiga Lilith, um daqueles tesouros que papai do céu me deu, levou um presente de loja, embrulhado como os demais, e também esta bolsinha, com "Os 7 atchins". Sabe quem eram? Os 7 anões, de borracha. Qual seu valor? Foram dela, quando criança, e ela os quis passar para meu filho. E se você acha que esta história já era encantadora aqui, não sabe o desfecho. Estes atchins tornaram-se o brinquedo favorito do Bê. Até hoje estão aqui em casa. De tempos em tempo damos uma geral nos brinquedos e separamos os que não são mais usados para doar. Quando chegamos nos atchins, ele os segura por um tempo, pensa... e diz, um tanto contrariado: "Tá beeem, mãe. Pode dar"... Na sequência, disfarça e os pega de volta! Agora já nem os incluo mais neste grupo de possíveis doações. Serão guardados, tal qual Woody, Buzz e Jessie. Quem sabe serão ainda os favoritos dos meus netos? Ou retornarão aos filhos da Lilith, quando estes forem encomendados? Isso ainda não sei... Sei que estes podem se dizer brinquedos felizes. Fazem parte de um ciclo de amor. 

Será que 1.425.569 vezes assistindo à série Toy Story me afetou? Pode ser. O mais provável é que ter este filme como predileto, dentre as animações maravilhosas que temos por aí, venha de uma grande identificação com brinquedos e brincadeiras. Tenho um arquivo maravilhoso em meu baú da memória para contar a vocês, só que aos poucos, tem que ter paciência com tantas e tantas histórias. 

Me aguardem!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Só para esclarecer: Existiam duas coleções de bonecas, ambas da estrela, uma a Bem me quer e outra, a Quem me quer. A minha era a Quem me quer, são as bonecas das fotos acima e do post anterior (a última, de cabelo arrepiado, não. É uma imitação, é que foi a única que encontrei descabelada... A Bem me quer é a boneca da foto ao lado. Pronto, acharam que eu tenho boa memória? Precisa ver a do Google!! Mais beijos.