Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A luz do convívio


Hoje, minha querida-amiga-espelho Alê veio trabalhar aqui em casa. Foi ótimo e reduziu aquela sensação horrível de solidão. Caprichei no cardápio, que ela disse que é comida de festa. Fiz com muito, muito carinho! E ela acha até que é receita para postar aqui, só tem um porém, não sei dar receita, por que coloco um pouco disso, o tanto que tem na casa daquilo, e assim vai... Fica difícil desse jeito, né? Outro dia pego a receita original e conto para vocês, tá bem?

O que quero contar é de onde vem todo este vazio que me acompanha... Querem saber? Senta que lá vem a história...

Então, antes eu morava em um condomínio que parecia uma vila, onde fiz amigos muito queridos, uma delas, a Mônica, me ensinou a receita que fiz hoje. Lá era uma delícia. Resolveu preparar um prato e falta uma cebola? Pega na Pati. Outro dia a Ana aparece precisando de um limão, e assim vai.Tantas festas surpresa nós fizemos que um dia deixou de ser surpresa e já era festa esperada! E para cada festa, pelo menos 2 enterros dos ossos.

Certa vez, acordei, desci as escadas e recebi bom dia da minha vizinha, que tirou a cabeça de minha geladeira para isso! É que ela estava descongelando a própria geladeira e pediu ao Vi para usar a nossa. A cena foi engraçada e caímos na gargalhada!

Uns cuidavam dos filhos dos outros, minha casa vivia cheia. Tinha pipoca pelo chão e brinquedos espalhados, mas também tinha música e risadas. Muitas risadas! A Pati tem um filho, o Arthur, 6 meses mais velho que o Bê, e herdamos todo o guarda roupas. Não cabia mais no Arthur? Entrava lá em casa pela porta ou pela janela, dependia de quanto tempo nós tínhamos para prosear: roupa, sapato, casaco liiiiindo da Zara, uma infinidade de coisas. 

 Claro que tinha a parte chata. A invasão de privacidade era inevitável, e alguns, mesmo queridos, não eram muito cuidadosos. Nós, que somos tão fofos quanto reservados, nunca soubemos lidar bem com isso... Além disso a casa era pequena, e não tinha muito espaço para crescer. A gente precisava de um escritório, já que tanto eu quanto o Vi trabalhamos muito de casa e não tinha onde. Daí surgiu a ideia de mudar para um apartamento. Eu achava que seria fácil: quando quisermos silêncio e recato - casa, na hora da interação - playground. Se alguém aqui mora em prédio sabe que não é bem assim. O play, pelo menos no meu prédio, é mais frequentado nas férias e por meninos maiores. Acho que os pais não tem muita paciência de descer... E os adultos não interagem muito. Não conheço (a não ser de bom dia, boa tarde, sua obra faz sujeira) os vizinhos do meu andar!! Não sei o nome de ninguém!!  

Outro dia faltou luz no prédio. Eu sozinha... já contei que tenho medo de escuro? Então, de noite, sozinha e no escuro (o que me salvava era a luz do note, que acabaria em menos de 1 hora...). Ouvi barulho no corredor e fui até lá para ver o que acontecia. O prédio não estava totalmente sem luz, só os apartamentos. Eu não tinha como acessar meu interfone por que foi durante a obra. Minha vizinha abriu a porta, percebeu que os elevadores funcionavam, foi interfonar para a portaria. E... me deu tchau! Fechou a porta. Ficou no escuro!!! Fiquei tentando entender aquilo. Tinha luz no corredor, uma vontade enorme de puxar uma cadeira e prosear por lá. Isso aqui é impossível, corredor é local de passagem e não de convívio. Eu seria uma louca, vizinha inconveniente, se o fizesse. Entrei em casa e me recolhi à minha insignificância.

E fiquei me lembrando de uma noite de apagão, no verão de 2006, próximo à festa de 1 ano do Bê, em fevereiro, no Torino. Todos saímos, sentamos no chão ou em cadeiras e bancos e batemos papo. Não havia por que ficar trancados dentro de casa no escuro e no calor. Batemos papo, comemos biscoito. Numa certa altura a Pati teve a ideia de dar banho de mangueira nos meninos e foi uma farra! A luz só voltou no meio da madrugada, já dormíamos nesta hora. As lembranças que tenho são tão claras, tão iluminadas. Por que havia convívio, carinho, amizade.

Gosto do lugar que moro hoje. Sinto muita saudade dos amigos que lá deixei... Lá, eu não me sentia sozinha, só se eu quisesse (às vezes, nem quando eu queria...). É uma pena não ter feito amigos aqui. Quando eu me mudar, a saudade será só do espaço físico (triste, né?)

Um beijo a todos, 
Tati.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Amor ao silêncio

Este texto está escrito há bastante tempo. Comecei a atualizar as datas, mas o descaracterizaria demais, então, apenas explico aqui e mantenho-o como estava. Acho que foi escrito em abril ou maio... nem sei... mas ele traduz tão bem meu estado de espírito (menos a enxaqueca, que Gracias, não me acompanha hoje):
No centro onde trabalhávamos havia uma frase em um mural: "Se suas palavras não forem mais bonitas que o silêncio, prefira o silêncio". Achava-a maravilhosa. E olha que sou uma tagarela! Mas sou uma tagarela em reabilitação, tentando silenciar não apenas a boca, principalmente a mente.

Hoje é domingo e fiquei em casa por que acordei com enxaqueca (aliás, estou em crise desde sexta-feira). Marido e filhote foram curtir o dia na casa da sogra e eu fiquei. Não pense que me dei bem, longe disso! Adoro a casa da minha sogra. Ela nos recebe muito bem, é muito carinhosa, e como a família é grande, a reunião de cunhados e sobrinhos é sempre uma festa. Hoje perdi de curtir um momento gostoso em família.

Fiquei em busca de silêncio e tranquilidade, mas em pleno domingo algum vizinho sentiu-se no direito de escolher a trilha sonora do quarteirão. Então, com o pouco de capacidade que resta a alguém com dor de cabeça e no meio de uma boate arbitrária, fiquei pensando no medo que as pessoas tem do silêncio.

Por que temos tanto medo de silenciar? Por que, quando estamos entre amigos, há a necessidade de emitirmos palavras o tempo inteiro? Com quantos amigos somos capazes de nos sentar em silêncio e ainda assim estar em sintonia?

Se estamos em casa sozinhos ligamos a TV ou o rádio, nem que seja apenas para "fazer barulho". O silêncio está relacionado à solidão? Sei que não existe solidão maior do que aquela que sentimos em meio à multidão.

Será que o medo maior é da nossa consciência? Não aquela consciência clássica, juíza do certo e errado, mas a consciência pura e simples: nossa capacidade de estar consciente da realidade? É este o momento em que as grandes questões nos invadem? As temíveis questões: "O que você está fazendo da sua vida?" "Você é feliz?" "Por que está aqui?" "Qual seu compromisso com a vida?"

Estar em silêncio nos permite um íntimo contato com quem somos de verdade. E isso é assustador! Neste estado somos capazes de enxergar aquilo que ocultamos de diversas formas. Temos medo do ruim em nós, de enfrentar nossas falhas, com isso perdemos de nos conhecer um pouco mais. 

Vivi momentos inesquecíveis, sem que uma unica palavra fosse emitida. Para certos momentos, qualquer palavra é menor. Não há palavras capazes de traduzir determinadas emoções e situações. Um abraço, um encostar nos ombros. Olhos nos olhos sob as estrelas... Que palavra pode ser dita?

Eu também tenho medo do meu silêncio, e de qualquer silêncio. Amo momentos assim, mas ligo, no mínimo, o computador. Preciso de companhia. Neste período que tenho trabalhado muito de casa e passo o dia inteirinho sozinha... Tem horas que dá angústia. Achava que adoraria esta situação. Sempre quis um pouco mais de solidão. Adoro estar comigo mesma, mas nesta fase estou assim tempo demais, e sinto falta do compartilhar. Os dias ficam longos demais. Não há interação, troca. A energia fica estagnada, e água parada, apodrece. 

Sem silêncio e solidão a escrita não acontece (pelo menos para mim). Só que solidão demais começa a me deprimir em algum ponto. Eu vou fechando a concha de tal forma que chega uma hora, mesmo que eu queira, não consigo abrir. Acho que é o que está acontecendo agora. Tenho ficado tempo demais só, comigo mesma. Gosto da companhia, mas sinto falta dos demais, do convívio, e quando tenho a oportunidade... esqueci como interagir. Fico quieta, distante. Não gosto quando estou assim. E sei que é hora de retornar à superfície. 

Este texto estava guardado nos rascunhos e o encontrei agora, numa semana que começo com muito a dizer, mas com conchas cerradas, o esforço para abri-la é intenso, não só por que eu acho que preciso, mas por que quero! Quero estar com as pessoas, participar do mundo. Solidão e silêncio são bons, mas quando são voluntários. Neste momento já não é mais assim para mim. Nestas horas penso em Cecília Meireles, não me comparando à sua escrita, entendam bem, mas à sua solidão profunda, e sei que não quero chegar tão longe. Os textos podem ser ótimos e inspiradores, podem traduzir nossa alma, mas este mergulho em apnéia é doloroso demais. Acho que não estou disposta a arriscar. Tenho muito a perder!

Um grande beijo,
Tati.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Se continuar assim, vou fazer leis em Brasília


A campanha não morreu... Está só começando... CALA A BOCA JÁ MORREU!!

A Isa, do Tantos Caminhos,  teve ótimas ideias e resolvi aderir. Combinamos na semana passada uma postagem nossa, comentando o assunto, falando sobre a resolução 23.191/2009 e as formas de censura explicitas de forma sutil (entendeu?) que contém. Além disso ela propôs uma ação no Twitter, que eu tenho (quem quiser, follow-me), mas não sei usar direito... Ela até deu uma aula num EAD particular, com ilustrações e tudo... mas eu continuo achando o Twitter um hospício virtual. A campanha eu achei bárbara, me senti Trend, mas... Estou pedindo mais uma vez socorro à Isa, por que não consegui fazer a segunda parte do plano.  

E se estou escrevendo este texto agora é por que não consegui nem fazer a primeira parte do plano. Na verdade, ando precisando comer uns tubérculos, andar com pé na terra, sei lá. Preciso aterrar, tenho andado nas nuvens demais, não é só a cabeça não, está tudo nas nuvens... Olha só a falta de linearidade. O assunto é a campanha contra censura.

Então, a ideia era o texto e postar este selo, para o qual tem link aí em cima do blog, para os textos anteriores, quando eu chamava quem tivesse ideias para se juntar. A Isa teveee!!! E tuitar, em especial para os candidatos à Presidência, um texto que ela planejou para não passar dos 140 caracteres, e que faz parte da campanha. Tudo fácil e rápido. Convoquem seus amigos para a campanha!

Como hoje nada que preste sai da minha cabeça, peço que leiam o texto no Tantos Caminhos e farei minhas as palavras dela (tudo bem, Isa?). E que tuitem os 3, já que muito provavelmente um deles será nosso próximo presidente... Valei-me... (aqui eu faço o sinal da cruz...).

É isso. Hoje estou com uma prisão que não é de ventre, é de mente. De-mente? Ops... 

Ah, não esperem muito mais, tá bem? A coisa está ficando feia e vou procurar um capacete de glicerina para ver se as ideias escorregam melhor. Espero voltar amanhã, com a programação normal, por que se continuar assim, serei convocada para atuar na política, em Brasília... Cruzes!!!

Beijos a todos,
Tati.



Perguntinhas em resposta

Por que filho de peixe...
Nada pode me deixar mais orgulhosa! Meu filho é um menininho curioso, que quer saber o mundo e busca respostas às suas indagações, às vezes para suas indagracinhas.... Mas algumas são de uma profundidade, que me deixam perplexa. Como assim?! Isso é pergunta para um menino de 5 anos?
Então lá vai uma das últimas...

-Mãe, o universo não tem fim?
Minha resposta:
- Não sei. Até onde a gente consegue ver, não tem.


Ele aceitou bem, por que quando desconfia, pergunta ao próximo da fila, e vai neste processo até encontrar uma resposta que o satisfaça.

Agora eu que te pergunto: Você fazia perguntas desta natureza aos 5 anos? Eu, com 5 anos, queria saber o que tinha para a merenda... hehehe
Morro de orgulho!

E já que é para falar do Bê, e das coisas gostosas que ele diz, não quero perder esta.

Ele assistindo um desenho, eu e Vi batendo papo. Ele, querendo atenção, congela a imagem, me puxa pela mão e diz:
- Mãe, vem ver isso. É de rir de rir (morrer de rir)!

Não é de rir de rir? Ai... delícia este pequeno filósofo ...

Beijos a todos,
Tati.

domingo, 8 de agosto de 2010

O pai completo



Meu pai é um pai querido e fofo, e até ganhei promoção por que falei dele. Mas hoje eu quero falar sobre outro pai: o pai do Bê. Um pai que também devia ganhar presente no dia das mães! Um pai presente, carinhoso, amigo, companheiro, gentil.

Agora vocês já sabem que antes do Bê entrar em contato comigo (gravidez), ele entrou em contato com o Vi. Durante toda a gestação, às terças (dia do evangelho no lar, na época) o Vi chegava do trabalho com uma rosa branca, que ia para o vaso e passava o estudo conosco, representando o pequeno que chegava. E encerrávamos lendo um livro que contava a gravidez semana a semana: como estava o bebê, como estava a mãe e como estava o pai. 

Quando o Bê nasceu eu tive problemas para amamentar, e este é um assunto que ainda não me sinto pronta para compartilhar com vocês, basta dizer que o Vi assumiu a mamadeira da madrugada, e com isso, amamentou nosso filho. O que aumentou ainda mais a intimidade entre os dois.

Ele trocava fralda. Levanta de madrugada, dá banho, arruma, brinca, participa. Não é um pai do tipo provedor, ainda que nada deixe faltar! É um pai que se envolve em tudo, sabe tudo, conhece o filho a fundo, abre mão, com leveza, sem sentir, sem reclamar. 

Algumas vezes, boba que sou, penso que se eu faltar (todo mundo tem medo disso, né?), sei que o Bê estará bem amparado. Quando viajo, vou tranquila, sei que nada faltará a ele, que está em ótimas mãos. Volto ansiosa, a saudade é maior ainda. 


Por isso, hoje, o pai que preciso prestigiar, é aquele que me mostrou um lado sensível e doce da paternidade. Alguém que admiro, amo, confio. Com quem aprendo a cada dia. Um grande exemplo para mim.


Neste dia dos pais, desejo parabéns ao meu pai, ao meu sogro, a todos os pais, mas em especial, agradeço e parabenizo o Vi, por ser o que chamam de PÃE, um pai moderno, o pai completo!

TE AMOOOOOO!!!

Beijos a todos,
Tati

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O seu desejo é sempre o meu desejo...

Hoje a proposta da Glorinha para a Blogagem Coletiva é DESEJOS.

Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça. Começo pelo apelo óbvio, do desejo carnal, sexual, físico. Passo por todos aqueles outros desejos materiais, as vontades que nos assolam, as coisas que ainda quero ter. Em seguida revejo passagens de minha vida, o desejo de ser mãe, meus anseios profissionais - todos desejos. 

Os desejos da gravidez (eu tive um só). E o maior de todos, talvez, o desejo de entender o mundo, de que as coisas façam sentido, no meu sentido, claro! O desejo de respostas, de clareza, de verdade, uma verdade que possa ser compartilhada, mas...

Acabei me decidindo por contar uma história que muitos podem não acreditar. Certas coisas só são críveis quando acontecem conosco. E foi esse o meu caso! O desejo não é meu. Ou não era...

Quando eu fui morar com o Vi, uma coisa estranha começou a acontecer comigo. Uma vontade de ser mãe. Estranhissima para alguém que dizia não querer casar nem ter filhos... Mas, a vontade chegou. Com força total! Eu dizia para o Vi: "O útero grita". Quem conhece esta sensação sabe do que estou falando. Tem amigas aqui que sei que andam com o útero aos berros. Só que não parecia a hora. A grana tava curta (agora não tá mais... kkkkk), eu estava em um emprego instável e desgastante, andava demais, me expunha muito, não parecia a hora. Mas o útero... o útero não queria saber de nada disso. 

Foi nesta época que fiquei mal no trabalho e pedi demissão. Queria mudar de vida (é, estes repentes SEMPRE me assolam). Fui fazer curso de editoração eletrônica, queria trabalhar com computador, esquecer que um dia fui veterinária, um blá, blá, blá sem fim. 

O Vi trabalhava como médium em um grupo de apometria. Não vou explicar o que é, senão o texto ficará mais gigante do que já promete, mas o google tem a maior paciência para explicar, tá bem? Pergunta a ele. Neste trabalho, uma vez por mês os médius passavam, como pacientes, para reequilibrarem forças. Foi quando o Vi passou. E quem veio falar com ele? Um filho muito chateado, sentindo-se rejeitado, por que queria chegar e não deixávamos. O Vi voltou para casa neste dia angustiado... Conversamos e entendemos na hora que era o momento de acolher aquele que precisava nascer. E foi neste dia, uma terça-feira, que o Bê foi feito. Na quarta eu hesitei, tive medo, dúvidas... Eu estava desempregada. Sem rumo, sem lenço, documento e reais na carteira. Como assim, um filho? 

Na semana seguinte já era. Eu conheço bem meu ciclo, sabia, na sexta, que o período fértil havia passado. E como estávamos determinados (?), pensei que agora só no mês seguinte. Fiquei aguardando a menstruação descer, para novas tentativas. A cólica chegou, os seios incharam, o mal humor veio... mas a dita não chegava. Passa o tempo, começo a me sentir mal, passar mal todos os dias, um enjôo, tonteiras, cansaço absurdo, uma falta de concentração (e de cérebro!), como eu não percebi de cara? Pois é, não percebi, ou não queria perceber.

Fomos à clínica, e eu disse à médica, ou estou com labirintite ou grávida. Beta-aga-cê-gê.... Uma hora de espera. uma hora angustiada. A pergunta de um casal ansioso era: somos dois ou três? Resultado: positivo! Ele estava ali. Ele queria mesmo chegar! Ele chegou no dia exato, não podia mais aguardar. Seu desejo era intenso. E eu fiquei emocionada demais. Tão emocionada que fiquei parva, lerda. Não sabia muito bem como comemorar. Na saída da clínica o Vi sugeriu: Se for menino, o que acha de Bernardo? Amei! Nunca tinha pensado em Bernardo, mas achei lindo. Os 4 meses seguintes nos confundimos em nomes de meninas, mas nunca tivemos dúvidas que se fosse menino, Bernardo seria. E é! 

Faltava uma semana para o dia dos pais, e quisemos guardar segredo. Era a ocasião perfeita para contar às duas famílias de origem, nos dois almoços do dia (almoços onde eu não comi nada, diga-se de passagem... mega enjoada). Contar foi emocionante, nosso Bê já era amado antes mesmo de ter uma imagem. Ele desejou vir à nossa casa, e foi recebido de braços abertos.

Na sessão seguinte da apometria (seguinte à descoberta da gravidez) fui convidada a participar. E ouvi, pela primeira vez, na voz de uma médium grande e loira que incorporou meu filhote, sua gargalhada. Que emoção! Ele não disse nada, ele só ria! E vocês podem dizer que eu fantasio, que é uma auto-indução ou qualquer coisa, mas eu sei o que vi e ouvi. E até hoje, quando o Bê dá aquela gargalhada, eu me lembro do som que a médium emitiu, e sei que era ELE: O menininho que nos desejou, e a quem desejo, de todo meu coração. 

Desejo que seja feliz, que saiba-se amado, que seja digno e bom. Que tenha força de caráter, mais do que de músculos. Que viva uma vida plena, que faça a diferença, mesmo que para poucos, pois são pequenos gestos que mudam a direção da vida.

Um beijo a todos,
Tati.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os tesouros prometidos

ÊÊÊ, você voltou!! ... Curioso!!! hahaha


Ontem eu fiz um texto que era um devaneio... Uma vontade de mudar alguma coisa... Sei lá... Eu queria expor meus pensamentos, aqueles que vem me avassalando, me consumindo... Enfim, já falei demais.


Apesar de ter adorado os comentários, percebi que gerou pouca interação. Ainda assim, eram intensos, como meus sentimentos. Daí, saí e só voltei de noite. E levei um susto!! Apesar de não muito comentado, ele gerou uma manifestação que me deixou feliz, ele inspirou duas pessoas que adoro e admiro em seus textos. E na introdução das postagens elas ainda falavam com tanto carinho de mim... Fiquei toda boba!


Então, quero agradecer à Beth, do Mãe Gaia e à Giovana, do Bordados e Retalhos, a gentileza. Fico muito feliz quando alguém diz que um texto que eu escrevi fez pensar. Esta é minha meta sempre, pensar, fazer pensar (ou fazer rir, às vezes.... hehehe). 

Isso era uma coisa. A outra coisa, que também me deixou muito feliz, e que quero agradecer, foi a promoção de dia dos pais da Bonfa (Kátia Bonfadini)  e da Mari Azevedo,  que eu ganhei!!

Nossa, vocês não sabem minha emoção hoje ao abrir o blog da Mari e ver meu nome!! 
A frase-parágrafo-capítulo-testamento que postei foi essa:

3- Tatiana Pastorello
Quando viajamos para um hotel fazenda com meus pais, presente deles, meu pai sofreu uma queda assim que chegamos. Para não estragar o final de semana do neto de 5 anos, que nunca tinha vivido aquela experiência e estava mais feliz do que nunca, ele passou o final de semana no quarto, entre bolsas de gelo, analgésicos e paparicos. A única foto em que saiu é muito representativa para nós, um momento de doçura: Avô, abnegado, recebendo carinho e gratidão do neto. Esta foto merece um porta retrato, para que os gestos nunca sejam esquecidos. Como o vovô é diabético, o doce será saboreado pelo neto amado (é seu doce favorito!) e nós celebraremos este dia, pelo que de mais nobre se há para comemorar: amor de pai, amplificado em avô!


Eu ganhei em terceiro, mas como era uma só e elas aumentaram para 3, acho que estou bem na fita!! hehehe
O prêmio é este da foto: dois potinhos de brigadeiro, que já estou sabendo que é da melhor qualidade, e um porta-retrato, que já vem recheado com a foto que escolhi, óbvio que é a que conto na frase-parágrafo-capítulo-testamento, e que vocês já viram na postagem sobre a recuperação das fotos. Acreditam que esta era uma das fotos perdidas? Coisas que ninguém explica... hehehe


Deu para perceber que o prêmio não é bem meu, né? Desta vez eu vou terceirizar, senão minha frase-parágrafo-capítulo-testamento vira propaganda enganosa... ai, ai, ai!!


Mas do brigadeiro eu vou provar, vou sim!! E indico a vocês conhecerem o Atelier da Mari, e suas invenções, tem cada coisas mais linda e gostosa, tudo tão caprichado...


Hoje, quando eu mostrava para a Alê (minha espelho) ela disse:
 - Com tanto amor assim, ela só podia trabalhar com chocolate, né?


Concordei! Em tudo!!!! Mari e Kátia, muitíssimo obrigada, vocês fizeram feliz uma mulher no auge de sua TPM!!!


Beijos adoçados,
Tati.