Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Filha de Deus (parte 1)

       Como eu sou prolixa!!! Tentei escrever resumidamente, mas aí não sou eu... fazer o que. Então a alternativa que encontrei foi desmembrar o texto em vários textos menores. Tenham paciência (mãe, Alê, "Clara, Ana e quem mais chegar"...), aos poucos eu vou postando. É bom que vocês tem a garantia de novas postagens em breve... Olha a humildade da pessoa!!! Segue o inicio de tudo:

          Estou planejando escrever sobre isso há um tempão. É que queria falar de uma forma clara (vai que alguém resolve ler...). Enfim, o assunto pode ser polêmico, caso caia em mãos erradas, mas não é essa a intenção.
            Para quem não sabe (olha o sonho de ser lida por mais pessoas do que minha mãe e Ale...), eu sou/era espírita. Sim, trabalhava como médium em uma casa espírita, estudava o livro dos espíritos e o Evangelho segundo o espiritismo, e não vou dizer que li todo o Pentateuco, pq não li,mas sei do que se trata cada livro. Aliás, foi trabalhando lá que conheci o Vi, então, já valeu por tudo, certo? Claro que não só por isso (o que já seria muito), valeu por muitas coisas. Foi um período muito bom. Meu trabalho favorito não era o de médium, apesar de adorar trabalhar na Cura. Eu AMAVA trabalhar na Cesta Básica (aqui que conheci o Vi). É um trabalho maravilhoso, para quem nunca fez, eu recomendo. A gente lida com pessoas que, muitas vezes, são invisíveis para nós. Antes de estar com elas, visitar suas casas, ouvir suas histórias, era fácil dizer que não daria moedinhas no sinal, "pq essas pessoas tem que trabalhar". Fala sério, a pessoa não tem nem endereço para preencher na ficha, mal sabe falar, tem poucos dentes na boca, no mínimo 5 filhos para criar, nenhum real no bolso para pagar um ônibus... Ta fácil, não?
            Bem, não era sobre isso o post, mas fica difícil falar no assunto sem essas introduções. Para finalizar, foram anos numa casa espírita que eu gostava muito, mas tinha diferenças incríveis com o casal presidente. Eu procurava não me envolver e pensava: “tenho que ser grata e aproveitar o espaço que eles nos apresentaram para trabalhar”. Só que chegou uma hora que isso ficou pesado. Há pouco tempo atrás tentei voltar para o trabalho na Cesta Básica, percebi que não dava mais. O grupo era ótimo, pessoas comprometidas, bem intencionadas, mas minhas diferenças mais atrapalhavam que ajudavam. Eu podia estar como força de trabalho, só que a energia (e eu acredito muito nela) estava jogando contra. Então me afastei. Triste, por que queria continuar trabalhando nisso.
            Aí entra minha conversa franca com Deus. A gente bate altos papos e eu comecei a conversar, e pedir que ele me apresentasse um caminho. Queria continuar o trabalho, queria fazer isso em um lugar organizado, mas onde o trabalho pudesse fluir com amor. Onde as pessoas não tivessem que entrar pela porta dos fundos só porque não tem recursos financeiros. Queria um lugar que os aceitasse como filhos de Deus, por que eles são iguais a nós perante o Pai, ou não são?
(continua no próximo post)

Um comentário:

Anônimo disse...

É prolixa sim! Mas é tão igual que nem sinto... A vida é tão generosa conosco que temos essa necessidade de compartilhar, de doar... E isso você faz muito bem minha amiguinha, desde os nossos cafés terapeuticos até o trabalho que você desenvolve nessas instituições. O que você escolhe e faz é com o coração. Então, pode ter certeza que o Universo devolve tudo isso com muita generosidade. Luz e estrelas na sua vida!!!!!