Esta postagem faz parte da blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo. Serão 8 segundas-feiras, cada uma com uma cor. Já foram o rosa e o amarelo. Esta semana é o azul.
Quando era criança assisti este filme numa sessão da tarde qualquer, mas não foi um filme qualquer. Ele deixou um gosto em mim que não saberia explicar. Partes deste filme ainda vivem em mim.
Meu avô morreu ano passado e o Bê questiona muito a falta do biso. Numa destas oportunidades ele perguntou: "O biso nunca mais vai viver?" E minha resposta foi: "Ele estará vivo sempre que você se lembrar dele". Esta frase é deste filme, quando as crianças encontram os avós já falecidos. Na hora não me dei conta, percebi quando pensava no tema para esta postagem e decidi falar do azul mais importante que já vivi. Tem uma outra passagem linda, quando encontram o irmãozinho que ainda vai nascer, num céu que prepara as crianças para este momento. Na foto abaixo, o cachorro, a menina e a gata. Lembrem-se que eu era criança e a ideia dos animais de estimação virarem gente e conversarem conosco era maravilhosa!
O filme é de 1940 e apresenta Shirley Temple em seu primeiro papel. Eu vi colorido, portanto, depois do technicolor. O pássaro azul que dá nome ao filme é a felicidade e, se não me engano, a lição final é que deve ser mantido livre, que estará sempre por perto. Não tenho certeza. Nunca mais vi este filme. Durante muito tempo sonhei vê-lo novamente na T.V., não aconteceu.
Hoje ele existe em DVD, custa mais de R$ 180,00. É caro, eu sei, mas amo tanto que seria capaz de pagar. Sabe por que não o faço? Tenho receio de vê-lo e perder o encanto. Tem uma frase do Bentinho de Machado de Assis que adoro, quando ele descreve alguma cena com exagero e diz: "(...) se entendermos que a audiência aqui não é das orelhas, senão da memória, chegaremos à exata verdade". Então é isso. Eu fotografei com o coração. Hoje aquela menina romântica e sonhadora ainda habita em mim, mas de forma diferente, com novas vivências. Pode ser que o encantamento se perca caso eu me permita assistir novamente. É como aquela comida da infância que tentamos e tentamos e nunca mais sentimos o gosto, por mais que se repita a receita. O momento passou!
O pássaro azul talvez seja o filme da minha infância, um dos filmes da minha vida. Associa o azul com a felicidade, o que acho bárbaro e tenho certeza, muitos concordarão. Pode ser que ele já tenha me dado o que preciso, quando assisti da primeira vez. Pode ser que daqui há alguns anos eu queira mostrá-lo para o Bê, e pode ser ainda que ele não ache a menor graça, afinal os recursos de 1940 ficaram há muito ultrapassados.
De qualquer forma o pássaro azul me fez feliz. E não era esta sua proposta? Então entendo o recado e sei que não preciso correr atrás dele, que sempre estará ao meu lado! Quem sabe não me animo a usar mais o Twitter?
Um beijo azul, de muita felicidade,
Tati.
18 comentários:
Olá Tati,
Adorei teu post, complementa o meu! Parece que combinamos guria!!! Eu também adoro essa história, no meu blog tem um link pra umas palhinhas do filme. Beijos amiga!
O Tati!
Também vi esse filme quando era pequena e ele deixou sua marca em mim também. Justamnete na cena do céu onde as crianças eram preparada para nascer... tanta poesia na dose certa para o coração dos pequenos... como nós.
Um beijinho pra vc e que seu pássaro azul esteja sempre na sua janela a espera de um sorriso.
beijinho
e boa semana
Josi
Hoje, muitos nos recordámos deste filme.
Abraço azul.
Tati, que graça seu post...vc tem toda a razão, a memória que temos das coisas, certamente perderá seu encanto ao vê-las novamente, agora com olhos de gente grande!Linda mensagem.
Beijos.
Olá TATI,
Quanta sensibilidade!!
Que coração precioso o seu!!Que você sempre possa ver o PÁSSARO AZUL e dar o seu melhor sorriso para ele...
Com 61 anos eu voltei ao MUNDO DO FAZ DE CONTAS e resgato com maior carinho tudo de bom que meu coração, olhos e ouvidos infantis puderam captar e sentir...
Com isso minha vida tem se tornado bem mais colorida!!!
Que delícia ter descoberto você!!!
Beijinho carinhoso cá das Minas Gerais
Oi Tati,
Obrigada pela visita. É a segunda vez que leio sobre este filme hoje (nao o conhecia)e deve ser mesmo interessante.
Mas o que disse a respeito das memorias e recordações é verdade. Se assistir o mesmo hoje, que já nao temos mais a pureza da infancia e sim olhos críticos, perde-se o encanto que estes filmes de infancia deixam impressos em nossas almas.
Grande beijo!
Oi Tati obrigado pela visita!! Eu tambem vi esse filme quando criança, e sinto o mesmo que vc tenho vontade de revelo mas cade a coragem!!! Um dia quem sabe. um feliz dia Azul pra vc. Eliane.
Oi Tati obrigado pela visita!! Eu tambem vi esse filme quando criança, e sinto o mesmo que vc tenho vontade de revelo mas cade a coragem!!! Um dia quem sabe. um feliz dia Azul pra vc. Eliane.
Tati,
A sua postagem me fez refletir sobre um livro que li em uma fase muito dolorosa da minha vida e que marcou demais aquele momento.
De uns tempos para cá pensei em reler o tal livro para ver seu eu iria achar tudo aquilo que achei em tempos idos.
Agora, como o seu post fico pensando....E se eu perder aquele encantamento...Talvez seja melhor não reler o mesmo...Rs
Bjos
Yoyo
Tati,
estava te devendo minha visita no rosa! Vc me foi tão gentil.
Obrigada!
Li com muita atenção seu post, e me senti como você... já tive momentos assim, de não reviver alguma situação, pois a lembrança que ficou foi tão boa, que na memória se torna um cristal.
E nós mudamos, sim...mudadmos. De repnete, imagina, o encanto da Flor Azul se perde. Aí fica com menos ...
Amei querida, seu post e sua sensibilidade.
Que delícia de leitura!
outro obrigada, então! :))
beijinhos no seu coração!
Não assisti o filme e já peguei o link do youtube para assistir. Percebe que em geral, o que marca a nossa infância, só tomamos consciência depois de passado um tempo, daí vemos a importância do momento. São ensinamentos que se associam e que utilizamos na hora certa para vencermos obstáculos. São alicerces construídos!! Uma noite blue pra você! Beijus,
Querida, vc me transportou para minha infância longínqua... Como amava (e amo) esse filme... Sempre que via um pássaro dessa cor, me recordava do filme... Mas nessa vida corrida mal tenho tempo para essas lembranças fofinhas.
Bj
Dani
Tatiiiii, só te falando tu não vai acreditar...
Bem, este fim de semana estava conversando com minha sogra do http://marliborges.blogspot.com/ sobre o que escrevíamos de post azul para a blogagem. E ela começou a falar que achava que iria escrever sobre o Pássaro azul e tals e ainda comentou sobre o twitter. Mas até aí tudo bem porque são coisas bem comuns de se pensar escrever quando o tema é o azul, mas a maneira que ela estava me descrevendo o que talvéz fosse escrever é muito parecido com que tu escreveu. Até as palavras semelhantes.
Coincidências...
Adorei o post! Vou acompanhando tuas novidades.
Bjão!
http://chelleschons.blogspot.com/
Eu vi esse filme,e amei!Foi o filme da minha infância, tb!A mensagem dele é linda.Agente procura a felicidade em tantos lugares distantes,e, ela está do nosso lado.Adorei seu post!
Bjs,Rozani
Tati, adorei sua colocação do azul e acho que você tem razão quando diz que fotografamos com o coração, também tenho isso, medo de perder o encanto...mas, também pode acontecer o contrário, o filme pode trazer aquela sensação de aquecer o coração, adorei sua sensibilidade, me vejo em muitas coisas que você relatou!!
Adoro azul, é minha cor predileta...Bjos!!
Ei Tati. vim retribuir sua visita. Suas palavras foram direto para o meu coração. Deve ser preocupação de mãe mesmo. pq eu sinto que a bicha gosta de mim. ela me confidencia coisas que marido nem pode sonhar em saber. prometo que a partir de agora vou tentar olhar sob a perspectiva. que você apresentou pra mim.
:)
Esse filme passava muitas vezes na Sessão da tarde quando era criança!
Nunca atentei para o fato de que era com Shirley Temple.
Nossa, quando ela encontrava o irmãozinho (ou irmazinha, não lembro)no céu, e ele dizia que nasceria, mas só ficaria um tempo com eles e voltaria para o ceu novamente eu me acabava de chorar!
Tenho o Passaro Azul em livro aqui em casa.
A história é a mesma, mas sem as muitas lições do filme.
Beijo
Esse filme assisti uma vez a tarde, não sei por que razão nunca saiu da minha mente, acho que me impressionou muito na época. De fato é um filme muito diferente pra época. O que sinto quando lembro do filme é de medo e fascinação. Foi o que senti na época. Hj to com 40 anos.
Postar um comentário