Oi amigos,
Hoje o
Cantinho She, da amiga e mosqueteira She, está fazendo 3 anos. E para comemorar a She propôs este tema para a blogagem coletiva. Nossas vidas são repletas de histórias de amor, não é mesmo? E aqui estou eu, sem conseguir pensar no que escrever...
Então olho para o sofá, onde um menininho toca sua guitarra de brinquedo enquanto assiste um desenho na TV. Naquele garotinho de quase 6 anos há tantas e tantas histórias de amor... E fico pensando o quanto somos um quebra-cabeças, com peças de amor. Já se imaginaram assim? Há amor em cada célula de nosso corpo, há amor nos nossos pensamentos, há amor pelo simples fato de sermos vida. Não dá para olhar para nosso filho e pensar em sentimento diferente. O amor está ali, mesmo quando nos zangamos, quando perdemos a paciência. Basta olhar e deixar o coração bater. Se ele sorrir, então... Já é o amor que faz nossas células vibrarem, jorrarem cores, luzes. Dá para ouvir a música da alma, que é uma música que toca em silêncio.

Não sei se estou conseguindo explicar, neste momento da minha vida estou mais introspectiva e as palavras não ficam tão claras. É mais fácil sentir do que dizer. Só sei que ele é minha história de amor mais bonita. Ele veio para me ensinar aquilo que eu PRECISO aprender, e por ser tão difícil, vem no filho, que assim não temos como fugir!
Filhos nos ensinam resignação, persistência, paciência, nos ensinam a doar sem saber se haverá retribuição. Nos ensinam a vivenciar a felicidade em outro corpo.
Hoje o Bê é minha história de amor, e não é singular, é plural. Naquele pequeno menino há muitas histórias de amor. Me lembro do dia em que contamos para nossas famílias, num dia dos pais mais do que especial. E de todos os sorrisos, abraços, olhares amorosos que recebemos. Me lembro do olhar simpático que recebia, apenas por estar grávida, de estranhos na rua. No carinho dos amigos, na minha melhor festa de aniversário, com a presença de todos, com presentes que já não se restringiam a mim, mas eram para ele - o pequeno que chegava! Sabia que as grávidas recebem amor espontâneo? Comigo foi assim.
Então ele chegou, e o amor se ampliou em nós. Em cada conquista, no reconhecer os pés, levantar a cabeça, virar, sentar, primeiras palavras, primeiros passos, primeiras letras... Também em cada susto, nas febres, nos choros, no refluxo, nos machucados. Em cada exame, consulta, vacina e injeção. Nossa cumplicidade como casal amadureceu com a chegada do Bê. E só se reafirma, se fortalece.
Hoje eu sei o que é amor. E ele é muito maior do que o palpitar descompassado quando o telefone toca e "é ele" do outro lado, embora não exclua esta parte. É intenso, mas muito mais calmo que aquele sentimento de paixão. É aconchego, conforto, uma alegria sem euforia. Nosso amor é lar e não hotel cinco estrelas.
Suas gracinhas são gargalhadas, são olhares cúmplices de um casal que se ama, e que vê a mútua admiração se expandir na presença de um filho. A confiança se amplia no superar revezes, no saber que pode contar. No perdoar quando não deu.
Hoje minha história de amor, para a festa da She, é o Bê. Um garotinho que veio ao mundo para viver sua história, sei que um dia seguirá seu caminho, espero fazer parte dele, mas não espero sê-lo. Que ele seja um homem correto, justo, amoroso, que reconheça o valor da família, mas que seja confiante e indepentente para seguir sua jornada, fazer suas próprias escolhas, sem precisar de minha opinião, de minha aprovação para suas dicisões. Um dia quero que ele seja livre e feliz, e que possa entender que não há legado maior do que plantar amor, espalhar pequenas sementes, por onde passar. Grandes feitos não os únicos importantes, os pequenos gestos, feitos com entrega, com a alma, também fazem diferença. Mudam o mundo, por que mudam o nosso mundo. Nos mudam por dentro.

O Bê é a melhor parte de mim, unida à melhor parte do homem que eu amo. E nesta mistura, uma alquimia perfeita, há a melhor parte dele, que não vem de ninguém, e que nos faz admirá-lo, reconhece-lo. Se prestarmos atenção, percebemos o quanto há para aprender. Desde que o Bê chegou eu me sinto crescendo como ser humano. Eu entendo a divindade em mim, não de uma forma esotérica, mística, religiosa. Não é nada disso. É apenas a certeza que somos divinos quando somos capazes de dar a vida a alguém, de deixar o amor, que há ali, manifestar-se, fermentar, expandir-se. Ensinar a superar dificuldades e frustrações enquanto aprendemos a mesma coisa. Isso só pode ser divino.
O Bê, sem dúvida, é minha história de amor mais bonita!
E vida longa ao Cantinho She!!!
Beijos,