As palavras a seguir não são minhas. Copiei do site do deputado Chico Alencar, em quem voto há muitos anos, o que me faz sentir aliviada por minha escolha, apesar de não reduzir a sensação de abuso que sinto quando coisas assim acontecem. Precisamos aprender a votar. Se apenas 35 deputados votaram contra, significa que a maior parte dos nossos eleitos (e me incluo nesta por que faço parte do Brasil) mentiu nas campanhas. Dããã, a gente já sabia... Mas por que votaram? Segue um texto ótimo e o nome dos 35. Guarde e, daqui a 4 anos, lembrem-se deles. Esqueçam os demais! Depende mais de nós que deles. Eles estão defendendo seus próprios interesses, e nós, quando votamos neles? O que passou em nossas cabeças?
Chama-los de ladrão não faz cosquinha, por que para isso eles precisavam ter consciência, e basta olhar o Maluf dando "entrevistas" para o CQC para ter certeza que não há nem gotas de ética, cidadania ou verdade naquilo, mas ele foi reeleito! Voto popular...
Recebi da Flávia Mergulhão o link para um abaixo assinado online contra o aumento ABUSIVO dos parlamentares. Lembrem-se que é por tantas manifestações que Sakineh está viva e que o Ficha Limpa "quase" existiu. Não se omita! Votei, é rapidinho. Neste endereço.
Segue o texto:
O Céu é o limite?
A maioria de deputados e partidos – só o PSOL encaminhou contra, e apenas 35 deputados votaram ‘não’ – aprovou, em urgência urgentíssima, aumento da remuneração de congressistas (62%), presidente da República e ministros (mais de 100%). Esta ‘equiparação’ com o STF é elitista e indefensável. Nesses parâmetros, jamais foi apresentada na recente campanha eleitoral por nenhum dos milhares de candidatos.
Trata-se de um soco na boca do estômago dos servidores públicos das atividades fins, que lidam com o cotidiano sofrido da maioria da sociedade, e com aposentados e pensionistas. Uma insensibilidade total em um país onde apenas 1,5% da população aufere renda mensal familiar de R$ 10.200,00.
A autoridade pública da cúpula do Executivo, do Legislativo e do Judiciário deve, sim, ter subsídio digno e ter plenas condições materiais de exercer seu mandato.
No Parlamento essas condições já estão dadas, por isso o PSOL apresentou, em projetos (desde 2003, até hoje não apreciados) e votos, sua posição: reajuste só de acordo com a inflação do período precedente, ou na média do concedido, em igual período, ao servidor público federal.
Ao Senado caberia corrigir esse abuso, essa votação terminal que só aprofunda o abismo entre a representação política e a sociedade. Mas a ‘Câmara alta’, também com suas exceções, confirmou em tempo recorde essa demasia.
No início da próxima legislatura apresentaremos uma PEC para corrigir todas essas distorções, inclusive seu devastador efeito cascata etambém estabelecer limites para os gastos das instâncias máximas dos Três Poderes.
35 deputados que votaram contra o aumento de salários
Alfredo Kaefer (PSDB-PR)
Assis do Couto (PT-PR)
Augusto Carvalho (PPS-DF)
Capitão Assumção (PSB-ES)
Chico Alencar (PSOL-RJ)
Cida Diogo (PT-RS)
Décio Lima (PT-SC)
Dr. Talmir (PV-SP)
Eduardo Valverde (PT-RO)
Emanuel Fernandes (PSDB-SP)
Ernandes Amorim (PTB-RO)
Fernando Chiarelli (PDT-SP)
Fernando Gabeira (PV-RJ)
Gustavo Fruet (PSDB-PR)
Henrique Afonso (PV-AC)
Iran Barbosa (PT-SE)
Ivan Valente (PSOL-SP)
José C. Stangarlini (PSDB-SP)
Lelo Coimbra (PMDB-ES)
Luciana Genro (PSOL-RS)
Luiz Bassuma (PV-BA)
Luiz Couto (PT-PB)
Luiza Erundina (PSB-SP)
Magela (PT-SP)
Major Fábio (DEM-PB)
Marcelo Almeida (PMDB-PR)
Mauro Nazif (PSB-RO)
Paes de Lira (PTC-SP)
Paulo Pimenta (PT-RS)
Raul Jungmann (PPS-PE)
Regis de Oliveira (PSC-SP)
Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
Sueli Vidigal (PDT-ES)
Takayama (PSC-PR)
Vander Loubet (PT-MS)