Amigos, essa promoção eu vi no blog da Carmen, e quem criou foi a Luci. Trata-se de uma blogagem coletiva, e o tema é: "A vida é melhor quando...". Pode ser uma frase ou um texto. Tanto faz. O sorteio acontece no dia 13 de março. A vencedora vai ganhar o livro "O Silêncio dos Amantes", de Lia Luft. No blog da Luci você conhece as regras para participar. É a primeira vez que participo de algo assim!
A vida é melhor quando temos ao nosso lado aqueles que amamos.
Fui uma criança diferente. Daquelas meninas que brincavam de bonecas, sim, mas eu dizia com freqüência que nunca me casaria ou teria filhos “porque eles atrapalhavam a carreira”. Possivelmente alguma baboseira que ouvi em algum seriado de TV e assumi como verdade. Levei esta máxima a sério por grande parte da minha história. Eu realmente acreditava nisso!! Tive alguns namorados, amei alguns deles, mas casamento e filhos não eram ideias que me agradavam. Não tinha aquele sonho mágico do casar, de branco, dividir uma casa... essas coisas.
Então me formei achando que estava preparada para o que viria a seguir; não estava. Imaginei que só porque fui dedicada durante os anos de faculdade já era uma profissional... como eu era ingênua... Bati cabeça por aí, currículos espalhados em muitos lugares, mais nãos do que sins, uma incerteza sobre o que o futuro me reservava. Algumas oportunidades surgiram, muitas não faziam sentido para mim, mas não era hora de questionar. A tal vida profissional que imaginei me daria tudo não estava sequer acontecendo... Foi nesta fase que conheci o Vicente. Eu fazia um trabalho que gostava, e pelo qual não era remunerada. Além de fazer uns bicos no que não gostava, e ser mal paga por isso.
Então entrou o príncipe encantado em minha vida. E despertou emoções em mim que sequer supunha existir. Nunca me achei capaz deste amor romântico, mas mais que isso, nunca imaginei que sentiria tanta vontade de compartilhar, de ceder, de fazer concessões. Com ele, tudo isso aconteceu. E a vontade que não me habitava surgiu: eu queria me casar. Casar com ele!
A sorte que o Vicente trouxe para minha vida foi ainda maior. Nosso início de namoro foi marcado por minha contratação, naquele trabalho que eu amava. A partir daquele momento eu comecei a receber bem para fazer o que gostava! Que delícia! A vida não podia ser melhor, eu estava apaixonada, tinha o emprego que amava e era capaz de conciliar as coisas.
Em seis meses estávamos casados. Felizes!! Tínhamos uma casa linda, com vizinhos muito queridos. E a vontade chegou: eu queria ser mãe! Queria solidificar o que construímos, queria compartilhar aquele lar de amor. Tinha medo, é verdade. Será que eu podia ser uma boa mãe? Como seria nossa vida dali para frente? Coragem, enfrentamos. Imaginei que levaríamos algum tempo tentando, mas ele queria chegar logo. No mês seguinte veio a confirmação, agora éramos três.
O Bê chegou apressado, antes da hora, mas com muita saúde. Trouxe lições importantes, veio para somar. Há 5 anos somos uma família feliz. A vida é corrida, trabalhamos, estudamos, corremos atrás... muitas vezes sobra pouco tempo para estarmos juntos. Tem momentos em que preciso resolver trabalhos importantes, reuniões marcadas, prazos esgotados, e o Bê precisa de mim, solicita, fica doente... não é fácil, mas hoje sei que tomei a decisão mais acertada. Minha carreira me dá satisfação pessoal, mas faz muito mais sentido agora, por que não vivo só para mim. A vida é melhor quando temos ao nosso lado aqueles que amamos, e por eles nos empenhamos.
11 comentários:
É legal como você fala da sua vida. daria um filme dos bons. Daqueles que nos faz sair questionando e refletindo sobre os vários conceitos que temos daquilo que entendemos como padrão de relacionamento, do que certo ou não. De todos nós. Você deveria exercitar mais este lado.
Beijos,
Vicente.
a vida é bem melhor quando encontramos amigos que nem vocês. morei seis anos no Torino e só saí de lá porque queria realizar um sonho e para isso precisava vender a casa. fiz alguns amigos que considero muito. são selecionados. e você e o Vicente estão nessa seleção. beijos.
Néa
Menina, sei exatamente como foi esse seu processo. Às vezes até me assusto vendo o quanto você é parecida comigo...parece que olho um espelho. É bom, mas assusta um pouco. Só espero que você tenha o bom senso de aproveitar o exemplo e evitar repetir erros...Hoje me sinto de certa forma realizada como mãe. Pelo menos, tenho muito orgulho de minhas filhas. São pessoas lindas, ótimas mães, verdadeiras, humanas, políticamente corretas, enfim, acho que fiz a minha parte. Só que acabei me descuidando do meu lado profissional, sempre adiando..."ah, quando elas forem prá escola eu volto"...!ah, esperarei passar essa fase da adolescência..." ,"ah, espera,espera espera...e esperando o tempo passou. Esse lado leu ficou vazio...será que consigo preenchê-lo ainda???
Aaah que bom vc participando e que linda postagem! Obrigada e parabéns!
beijos e ótimo final de semana!!
É legal como você fala da sua vida. daria um filme dos bons. Daqueles que nos faz sair questionando e refletindo sobre os vários conceitos que temos daquilo que entendemos como padrão de relacionamento, do que certo ou não. De todos nós. Você deveria exercitar mais este lado.
Beijos,
Vicente.
Tati, que coisa mais linda a sua história! fiquei apaixonada! conheço uma pessoa que tardiamente descobriu que fizera a escolha errada. infância pobre, decidiu "subir" na vida, pra depois constituir família. hoje ele ocupa alto cargo numa empresa de nível nacional, responsável por toda a região sudeste. aos 42 anos, finalmente alcançou o padrão (financeiro) de vida que almejou, e enfim se viu "apto" a procurar alguém para constituir um lar. infelizmente, mulher nenuma quer ficar com ele. aos 42 anos, ele não sabe como conversar com uma mulher, quisá como tratá-la. é um camarada que não mede esforços para agradar. no entanto, a gentileza é dentro do egoísmo dele. uma pessoa que viveu para si a vida toda, não sabe agora como viver acompanhado. triste... mas ele é especial e torço por ele.
amei o seu blog. vou puxar o meu banquinho e ficar por aqui, viu? beijo!!!!
Tem selinho prá vc lá no Vida!
beijo e boa semana :)
Tati, creio que como vc há várias pessoas no mundo, eu sou uma delas, optei por uma família mesmo não tendo me fixado no mercado de trabalho, te confesso que até hoje não me encontrei direito, ainda "bato cabeça" aqui e acolá. Por vezes chego a pensar em desistir, em dar um basta e jogar tudo para o alto, mas aí olho para a minha princesa, tão frágil, tão incente e tão puro e isso me faz renascer e tentar mais uma vez. Sei que com vc também deve ser assim, então que nós tenhamos forças para renascer todos os dias que não seja por nós algumas vezes mas que seja sempre por eles. Um grande BJO.
Luci, obrigada!! É o meu primeiro... muito especial! Mil beijos.
As múltiplas tarefas da mulher moderna nos fazem acreditar por algum momento que somos auto suficientes, que não precisamos de marido, filhos, que nós nos bastamos, que conseguimos ser felizes se a vida profissional for bem. De repente, surge alguém na nossa vida que nos faz rever nossos conceitos e acreditar que a felicidade está aonde há uma família que se ama. Quando era mais jovem pensava em casar tarde (casei aos 32!)após conquistar bom emprego, carro e casa própria! Filhos?? Mais tarde ainda (tive aos 34!). Acredito que tudo foi no momento em que deveria ser, não me arrependo de ter esperado alguns anos para ter ao meu lado um marido que amo e que me propiciou a delícia que é ser mãe do Arthur! Bjs.!
Adorei essa postagem e saiba que em todas as vezes em que precisei escolher -escolhi estar com quem amo, com minha família, com minhas filhas.
A carreira é extremamente importante, desde que se esteja em paz com nossa consciencia e em equilíbrio com os reais valores da vida!
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
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