Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os tesouros prometidos

ÊÊÊ, você voltou!! ... Curioso!!! hahaha


Ontem eu fiz um texto que era um devaneio... Uma vontade de mudar alguma coisa... Sei lá... Eu queria expor meus pensamentos, aqueles que vem me avassalando, me consumindo... Enfim, já falei demais.


Apesar de ter adorado os comentários, percebi que gerou pouca interação. Ainda assim, eram intensos, como meus sentimentos. Daí, saí e só voltei de noite. E levei um susto!! Apesar de não muito comentado, ele gerou uma manifestação que me deixou feliz, ele inspirou duas pessoas que adoro e admiro em seus textos. E na introdução das postagens elas ainda falavam com tanto carinho de mim... Fiquei toda boba!


Então, quero agradecer à Beth, do Mãe Gaia e à Giovana, do Bordados e Retalhos, a gentileza. Fico muito feliz quando alguém diz que um texto que eu escrevi fez pensar. Esta é minha meta sempre, pensar, fazer pensar (ou fazer rir, às vezes.... hehehe). 

Isso era uma coisa. A outra coisa, que também me deixou muito feliz, e que quero agradecer, foi a promoção de dia dos pais da Bonfa (Kátia Bonfadini)  e da Mari Azevedo,  que eu ganhei!!

Nossa, vocês não sabem minha emoção hoje ao abrir o blog da Mari e ver meu nome!! 
A frase-parágrafo-capítulo-testamento que postei foi essa:

3- Tatiana Pastorello
Quando viajamos para um hotel fazenda com meus pais, presente deles, meu pai sofreu uma queda assim que chegamos. Para não estragar o final de semana do neto de 5 anos, que nunca tinha vivido aquela experiência e estava mais feliz do que nunca, ele passou o final de semana no quarto, entre bolsas de gelo, analgésicos e paparicos. A única foto em que saiu é muito representativa para nós, um momento de doçura: Avô, abnegado, recebendo carinho e gratidão do neto. Esta foto merece um porta retrato, para que os gestos nunca sejam esquecidos. Como o vovô é diabético, o doce será saboreado pelo neto amado (é seu doce favorito!) e nós celebraremos este dia, pelo que de mais nobre se há para comemorar: amor de pai, amplificado em avô!


Eu ganhei em terceiro, mas como era uma só e elas aumentaram para 3, acho que estou bem na fita!! hehehe
O prêmio é este da foto: dois potinhos de brigadeiro, que já estou sabendo que é da melhor qualidade, e um porta-retrato, que já vem recheado com a foto que escolhi, óbvio que é a que conto na frase-parágrafo-capítulo-testamento, e que vocês já viram na postagem sobre a recuperação das fotos. Acreditam que esta era uma das fotos perdidas? Coisas que ninguém explica... hehehe


Deu para perceber que o prêmio não é bem meu, né? Desta vez eu vou terceirizar, senão minha frase-parágrafo-capítulo-testamento vira propaganda enganosa... ai, ai, ai!!


Mas do brigadeiro eu vou provar, vou sim!! E indico a vocês conhecerem o Atelier da Mari, e suas invenções, tem cada coisas mais linda e gostosa, tudo tão caprichado...


Hoje, quando eu mostrava para a Alê (minha espelho) ela disse:
 - Com tanto amor assim, ela só podia trabalhar com chocolate, né?


Concordei! Em tudo!!!! Mari e Kátia, muitíssimo obrigada, vocês fizeram feliz uma mulher no auge de sua TPM!!!


Beijos adoçados,
Tati.

Eu que fiz

... O bordado da toalha? Nãããão, esta é a arte da minha mãe!

A minha é a gostosura de baixo. Por motivos óbvios não tenho como postar PAP (passo-a-passo) para vocês, mas ah... vocês já sabem como fazer, né? Escolham um bom parceiro e mãos à obra. Recomendo treinar bastante antes. É necessário? Não, mas é bom!! hehehe

Quem disse que eu não sou arteira? E hoje em dia o gatinho está mais apurado, posto videozinho outro dia.

Tenho boas novas para contar, mas hoje faltou tempo. Conto mais tarde. Vocês prometem que voltam? Meu muito obrigada mais do que especial, hoje, para Beth/ Lilás, Giovana, Kátia Bonfadini e Mari Azevedo. A explicação vem com o tempo.. (curiosos? Passem lá e vejam com os próprios olhos... Ou aguardem!

Beijos e um ótimo dia a todos,
Tati.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ri melhor quem ri... mais tempo


Ano passado participei de um Congresso em Recife, num período que incluiu o feriado de finados. Cidade lotada!!! Não conhecia e aproveitei para visitá-la. Um dia fomos a Olinda. Que é lindíssima!! Pegamos um taxi até o alto da Sé e fomos descendo, caminhando. Era este dia, 2 de novembro. 

O governo de Pernambuco está fazendo um ótimo trabalho de estímulo ao turismo na cidade, que é muito pobre. Meninos são treinados para atuarem como guias, e conhecem todos os pontos turisticos. Fomos alertadas para tomar cuidado, por que eles se valem da esperteza e te guiam sem você pedir, depois cobram! Ai... jeitinho brasileiro... quando você vai acabar?

Muitas casas antigas, tombadas, são transformadas em atelies, com belos artesanatos da terra. Vimos coisas lindas! Outros tornaram-se restaurantes. Em muitos a sala é o ateliê e atrás é residência. Umas amigas contaram que foram comprar algum souvenir e, enquanto a mulher as atendia, um homem, atrás, sentado no sofá cortava as unhas... cena bizarra!! kkk

Mas o que quero contar, e que me faz pensar até hoje, quase um ano depois, foi uma situação experimentada lá. Muitos dos atelies estavam fechados neste dia, vários restaurantes também. Inclusive o melhor, aquele que nos fora ultra recomendado. Andamos até ele, pelas ladeiras e... fechado!! Acabamos almoçando em outro, bem gostoso também. Uma casa simples, aconchegante, limpa, decorada com arte local. Super agradável.

Andávamos muito, e tantas coisas fechadas... Existe uma casa que é de apoio ao turista. Fomos até lá, rindo, na dúvida se estaria aberta ou não. Chegando lá (estava aberta!), perguntei à atendente por que tantas casas fechadas e ela, com uma voz que dizia o óbvio:
É que hoje é fÉriado... 
- Ah, é... como não pensei nisso antes

hahaha
Dei risada por longo tempo daquela situação. Quer dizer que as casas que vendem para turistas fecham no feriado? kkkkk

Estes momentos tem cor, cheiro e som
Agora, outro dia, brincando com o Vi, tornei a falar neste assunto. E... um clique!
Peraí! Quem será que está errado? Será mesmo que a melhor forma de pensar é esta nossa, de cidade grande, de gente estressada, sem tempo para curtir família e casa, sempre lotados de tarefas, sem espaço na agenda para o que realmente importa? Como se aquela frase "o trabalho enobrece o homem" fizesse mesmo tanto sentido...

Quem enobrece o homem são os laços de amor que constrói, suas relações, a sua capacidade de distribuir alegria, de ser solidário, generoso... E quando vivemos contra o relógio nada disso é possível! A maneira como lidamos com o trabalho é atrasada, resquicios de um discurso pela riqueza do país. Como assim? Quem disse que quero acabar com minha vida para enriquecer o Brasil? Para encher os bolsos e as cuecas daqueles que viajam e aproveitam o que EU produzo de riquezas? Esse discurso precisa ser repensado. Quem o proferiu? E para quem foi proferido?

Me lembrei de quantas vezes vi alguém que gosto, relativamente próximo em uma rua, e passei direto, com medo de ser vista, por que estava atrasada. Atrasada para quê? Vou viver quando? Esperar ter 70-80 anos e dias à espera do fim? Como assim? Perder a oportunidade do abraço em uma amiga querida, da risada, do bate papo alegre... por tarefas enfadonhas?

Quantas vezes recusei encontros com amigos por estar lotada de coisas a fazer? Cadê estas tarefas? Por que elas não me deixam assim, tão repleta? Quando penso em coisas que me fazem sorrir, não penso nas tarefas. Penso nos momentos com amigos e família, nos sorvetes no fim de tarde, na água gelada do mar molhando meus pés... E por que sempre negligencio esta parte por aquelas de urgência e emergência, que descem no ralo da mente? 

Ontem eu não vi o Bê. Ele saiu dormindo para a escola, fiquei em casa, muito trabalho para fazer, só parei na hora de preparar o jantar. Quando os meninos chegaram, Bê chegou dormindo. E foi até hoje de manhã... Estou arrasada daqui. Tive pesadelos com ele que nem quero contar, por que dói só de pensar... E pelo que? Onde este trabalho todo se reverterá em boas lembranças?

Ops... De repente, o jeito de pensar daquela gente simples fez sentido em mim. Hoje, eu prefiro curtir o fÉriado. Aproveitar o tempo com aqueles que eu amo, que fazem diferença em minha vida e me fazem uma pessoa feliz! Ainda não consegui achar o ponto de equilibrio, mas estou em busca dele...

E você? Como tem vivido sua vida?

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que é uma frase fora de contexto...


Este texto estava todo empoeirado, cheio de teias de aranha, esquecido no fundo do baú dos rascunhos... Aguardava uma oportunidade de chegar. Hoje, meio sem tempo e inspiração, encontrei-o e entrego-o a vocês. Não sem antes passar uma flanelinha... hehehe

Dia do jogo do Brasil, para mim, tinha uma grande comemoração, e não era a estréia do Brasil na copa não, que não gosto de futebol (nem na Copa). Era a presença do Vi em casa, minha família reunida, coisa que tenho sentido muita saudade... É que desde que o Vi foi transferido para Copa (cabana), e leva, pelo menos, 4 horas no trajeto, nosso tempo junto rareou. Pois é, o tempo que tínhamos juntos virou tempo de viagem... Agora ele sai mais cedo e volta muito mais tarde... E com a mudança de escola do Bê, ele também sai mais cedo, por que agora estuda de manhã, e também volta mais tarde, por que o Vi passa para buscá-lo, na minha mãe, quando chega do trabalho.

Portanto, dia de jogo... expediente reduzido tem suas vantagens!!! E combinei com o Bê que iría buscá-lo na escola e que viríamos para nossa casa, ficar juntinhos. Só que tive um contratempo no trabalho e tive que ir até lá. Claaaro que não estava liberada a tempo, e minha mãe que o buscou na escola.

Liguei para a casa dela e ele atendeu (meu cotoco está virando um rapaz!). Quando percebeu que era eu falou: "Você não está aqui". Expliquei e disse que o papai iria buscá-lo e que ficaríamos juntinhos, nós 3 e blá, blá, blá... falei um monte de brincadeiras e carinhos que temos entre nós. De repente ele desligou. Ok, nem tentei ligar de novo.

Nesta hora minha mãe entrava na sala e perguntou quem era.
Bê: - Minha mãe.
Vovó- E o que ela queria?
Bê- Fazer triângulo amoroso!

Claaaaro que minha mãe caiu na gargalhada!!! Imagina esta frase assim, solta!
É que nós dizemos que somos um triângulo amoroso, que um ama o outro, que ama o outro que ama o um, entendeu? E damos um beijo assim, um beija o outro que... tá, já sabe, né? Pois é, isto é triângulo amoroso aqui em casa... Mas já pensou se ele diz na escola, ou em qualquer lugar, por que o Bê puxa papo com qualquer ser vivo que cruze seu caminho... Dá-lhe conselho tutelar na minha casa!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Meu filhote é uma figura!!!!

Beijos a todos,

Tati.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um programa de índio, com muito amor



Dentro da Barca. Dia de muita luz!
Quem já passou por aqui, uma vez que seja, sabe o quanto sou apaixonada por família. E não tenho nenhum astro em Câncer (a não ser o astro-rei-marido...), mas tirando os elementos mais próximos: pai, mãe, marido, filho, posso dizer que tenho paixão pelos primos! Tenho ótimas tias, não tive muita ligação com avós, mas meus primos... Ainda bem que são muitos! Amo-os com amor de irmã!

No sábado uma de minhas primas me ligou fazendo um convite interessante: - Vamos a Paquetá?
Os sapecas de farra, na Barca
Num final de semana de sol lindíssimo, sem grandes compromissos, topamos! Legal! Só fui a Paquetá quando era muito pequena e já nem me lembrava mais. Animamos o Bê. E eu corri para cá, fui pesquisar a ilha e suas atrações. Vi que o tempo de Barca era de 70 minutos, e que lá, podíamos andar de Charrete, bicicleta, pedalinho, que tinha lindas árvores, lindas paisagens. Neste processo de busca encontrei o blog da Chris - Inventando com a mamãe, pelo qual me encantei, por que ela dá ótimas dicas de passeios e brincadeiras para fazer com as crianças. E é amiga da minha querida Ingrid (Desconstruindo a Mãe), então já é minha amiga!! Anotei as dicas do dia maravilhoso que ela passou por lá, organizamos o farnel com biscoitos, sucos, roupas extras, repelentes e livrinhos (lembrem-se, 70 minutos de barca!), dormimos cedo e... Dia seguinte!

As barcas tem uns horários muito espaçados: de 7h10 passa para 10h30. Morando na roça, para estar lá às 7, tinha que dormir na Praça XV, e não acho que é uma boa opção. Então, pegamos esta barca das 10h30. As crianças encantadas! Bê nunca tinha estado no Centro do Rio. Fomos de ônibus comum, e foi super tranquilo, tanto que já planejamos novas incursões ao Centro, para visitas a museus. 
A Barca estava lotada!!! E por mais que eu possa dizer que amo o povo brasileiro, prefiro dizer isso sem estar numa situação sovaco a sovaco. É, essa parte da viagem não foi bonita não... E não me julguem elitista (o que até assumo que sou) sem ter passado por uma experiência "exótica" como essa. Hahaha

Parece até que os primos são eles!
Quando descemos da Barca, segundo palavras do meu primo in law (como eu chamo o marido da minha prima?): "Era a visão do inferno". Ah, se existe um inferno, ele deve ser parecido mesmo. Paisagem? Onde? Só dava para ver gente de todo tipo, com seus frangos e farofas, andando, amontoando-se... Um horror! Vontade de pegar a própria Barca em retorno! Mas... vamos dar mais uma chance. Circulamos por ali uns minutinhos, o grupo dispersou e deu para ver que a paisagem é mesmo linda! Precisa de cuidados, mas é lindíssima!! 

Enquanto decidíamos o que fazer o Bê definiu: "Quero andar no cavalo". Ok, charrete foi a escolha. Aliás, o passeio todo pode ser visto como uma aula de meios de transportes. Só faltou o aéreo! Subimos na Charrete, com cavalos bem tratados (nem todas são) e fomos conhecer a ilha, parando onde queríamos. Na primeira parada o Bê não quis descer. O medo que a charrete fosse embora... mas depois que viu que íamos e voltávamos, desceu, fez pose, pediu para tirarmos foto dele sozinho... hehehe Aí aproveitou tudo!
  

A parte mais divertida foi a visita ao Baobá, uma árvore que, segundo o condutor da charrete, foi plantada em 1600 e bolinha. Tem uma placa dizendo que quem beija e cuida terá sorte. Li para o Bê que quis levar o amor à natureza à risca e abraçou e beijou o Baobá. A receptividade da mamãe foi tanta que ele resolveu sair abraçando e beijando TODAS as árvores que via pelo caminho. E olha que tem muitas!! heheh Só parou quando eu expliquei que algumas são usadas como banheiro por homens porquinhos... Aí acalmou... Mas foi fofo!!!
Como tudo estava muito cheio não deu para cumprir toda a agenda. Após o passeio de charrete fomos procurar lugar para almoçar. Todos famintos, apesar dos biscoitos. Essa, para mim, é a maior deficiência da ilha. Tem muitos botecos, uns locais que servem refeições com cara de sujinha, mas poucos restaurantes. Se higiene de alimentos é minha área, fica difícil comer assim. Não consigo e nem quero! Então circulamos procurando algum lugar. Achamos um restauranta ajeitadinho, com cara de limpinho, e... aguardamos na fila, claro!! Até vagar mesa, um tempão, mas tudo bem. O chato foi a comida. Não era gostosa nem bem servida, e o preço é meio salgado (pela qualidade), mas era limpa! De bebidas só refrigerante ou cerveja, não tinha uma opção de suco ou qualquer outra coisa. Bebemos água - fonte da vida!

E... Hora de voltar. Por que a barca saía 15h. O passeio foi relativamente rápido, mas chegamos bem cansados. Felizes, como podem ver nas fotos, eu reclamei por aqui, mas gostei. A oportunidade de levar o Bê numa Barca, de ver as gaivotas tão pertinho, mergulhando em busca de peixes, o passeio de charrete, o Baobá... e em especial a companhia da Sani, do Henrique e da Sofia! Sem preço!! 

Cheguei tão cansada que nem entrei no computador. Só banho, jantar e dormir. 

Hoje, quando entrei para escrever para vocês, o comentário da Chris:


Oi Tati,




adorei o seu blog. (...) E como foi em Paquetá? O dia estava lindo, né? Acho que eu não comentei no blog que eu fui durante a semana e aí as coisas são mais tranquilas.


Ok... Quem manda se informar de véspera... kkkkk Mas valeu muito! Eu iria de novo (nunca mais num domingo, é claro!!!), até por que ficou faltando o passeio de pedalinho... 

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Voltando à ordem ... ou quase!


A reforma acabou (ou quase). Falta o revestimento (que é de fórmica) da área de serviço, onde trocaram os canos. Como é coisa do condomínio eles marcaram orçamento com o marceneiro na terça, a troca deve ser feita na outra semana.  E depois acaba. Acaba?

Mas na quarta voltamos o fogão e o tanque para a cozinha e quinta, a geladeira e máquina de lavar (mais pesadas, precisavam de reforço). Lavei, assim que marido terminou de engatar o registro da máquina, a primeira leva de roupas das últimas três semanas (as emergências estavam sendo supridas pela minha mãe).

Na quarta, para comemorar os avanços, falei para o Vi, de noite.
- Está com fome? Um ovinho mexido com pão até que já dá para fazer...
- Ah, legal! Quero sim! 
(...) tempo que se segue... tempo de profunda reflexão...
-Tá, eu faço, mas... onde será que está a frigideira?

E comemos maçã e um bolo que minha mãe tinha mandado kkkkkkkkkk

Daí ontem:
- Tem uma pizza congelada, o que acha?
- Ah, que bom! Vamos fazer?
- Claro!!
(...) passou um tempo... e eu:
- Mas onde está mesmo o tabuleiro redondo?
hehehe
Pelo menos este nós encontramos e a pizza saiu!

Aos poucos tudo volta ao seu eixo, menos a minha mente, mas acho que esta nunca teve mesmo um eixo para chamar de seu! heheh


Beijos a todos,
Tati.

O medo de calarem nossa voz

Tenho medo do futuro do meu país, pátria amada, Brasil...

Tenho medo do rumo que estamos tomando, do que sabemos por notícias, por histórias contadas por conhecidos ou por experiências próprias.

Tenho medo de ver nosso dinheiro diminuindo enquanto as coisas vão aumentando, e de que algo falte à minha família; tenho medo (e raiva) de não ver reconhecimento a meus estudos, e de ver que um bocó qualquer ganha 10 ou até 100 vezes mais que eu por que rebola ou joga futebol. Tenho medo de ver patrulhinha ou qualquer ser fardado. Neste caso, morro de medo! Eu me sinto em situação de insegurança e vulnerabilidade cada vez que vejo um policial, e abaixo os olhos, desvio o rosto, passo bem rapidinho.

Tenho medo de entrar, e também de sair de casa. Do que posso encontrar, e também do que vejo pelo caminho. Tenho medo do que reserva o futuro de meu filho. 

Mas mais que tudo isso, meu medo paralisante, é do que acontece na política de meu país. Meu pai foi preso político, e ficou viúvo antes dos 30 anos de idade, viveu experiências que eu não gostaria de experimentar jamais. Tem até hoje sequelas daquele tempo, graças a Deus não tantas quanto muitos de seus amigos, aqueles que sobreviveram...

Uma de minhas melhores amigas nasceu na Costa Rica, por que seus pais estavam exilados. Seus crimes? Gostarem de cantar e de poesia. Isso mesmo! Você não entendeu errado... Movimentos culturais eram suspeitos, e quem gostava deles, criminosos procurados, com fotos em jornais e revistas muitas vezes. Eram transgressores da ordem, eram denunciados por vizinhos e até por parentes. 

Tenho medo de todo e qualquer tipo de violência, mas não há medo que me aterrorise mais do que o da volta da ditadura, da censura. E não voltaram? Me diga, se você mora no Brasil, quando foi a última vez que se sentiu representado em suas necessidades, nas necessidades de sua comunidade? Quando teve a certeza de seu direito de ir e vir respeitado? Quando sentiu seu direito à cidadania de forma concreta? 

Ainda tenho a sensação da liberdade de expressão. De que posso vir a meu blog e falar de tudo o que me der na telha, doa a quem doer. Cada vez eu posso menos, já sabemos. Mas ainda posso! Agora, se isso está mudando... Se uma resolução recente é capaz de proibir a manifestação de ideias, o retorno está acontecendo. Ainda podemos conversas sobre qualquer assunto em rodas de amigos, e uma reunião, em festa, não é interpretada como complô, como organização de rebeldes. Ainda não é punida.

Manifestações culturais ainda não estão sofrendo cortes, não precisam passar por equipes de censura, mas já recebem restrições por forma da lei. E isso muda tudo!! Isso nos obriga a buscar informação. A lutar pelo país que sustentamos. Por que nossos impostos deveriam ser revertidos em benefícios, e apesar de pagá-los todos, nós também pagamos escola, plano de saúde, pedágio e etc. E o fazemos cordatos e subservientes. 

Está na hora de romper a barreira do medo, de dizer que não dá mais. Isso se faz nas urnas, claro, só que não apenas. Se faz na cobrança também, na vigilância, no movimento por justiça. 

Por que nos comovemos e nos mobilizamos, fazemos faixas de ódio, quando um maluco mata sua própria filha, jogando-a pela janela do apartamento, ou quando um maníaco mata a ex-namorada e bota a perder tudo o que conquistou com seu futebol, mas assistimos calados quando um deputado vota seu novo aumento de salário e reduz a aposentadoria, para que não haja crise na previdência... É, aquela pela qual você trabalhou e pagou a vida inteira, e ele, não!

Que a gente sinta medo. E que este medo nos movimente à mudança! Não dá mais para continuar assim!

Este texto é minha participação na nova blogagem coletiva proposta pela Glorinha do Café com bolo: Emoções e Sentimentos. E também uma bandeira que ergo, em prol de mudanças, seguindo uma idéia da Crica Viegas e da Beth/Lilás. Se quiser, fique à vontade para começar este movimento comigo. Ainda não há nada, apenas muita vontade de fazer a diferença e uma ideia de um selo.

Beijos,
Tati.