Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Um mar revolto - Um mar de gente
Este é apenas um relato de sonho. Ou, esta noite tive um sonho...
Sonho longo, complexo, cheio de histórias e significados. De tudo, uma parte me marcou mais. E era numa praia, ou próximo a uma praia, algum lugar distante, que não consigo reconhecer.
Alexandre e eu, ele caminhando ao meu lado, de mãos dadas, entre os carros, a caminho do mar.
Ah, o mar. Mar revolto, ondas enormes! Ficamos do calçadão assistindo aquele exuberante espetáculo de ondas gigantes, brutas, fortes. Não havia medo em nós, havia admiração, respeito e até uma certa entrega. Assistimos e nos alimentamos daquela visão maravilhosa da força e potência da natureza. Sem necessidade ou intenção de controle. Apenas contemplação e amor.
Dali resolvemos voltar, num caminho conturbado de carros que iam em todas as direções, buzinavam, se espremiam, nos oprimiam. Diferente do padrão, era-nos possível ver os motoristas. Pessoas irritadas, estressadas, disputando espaços milimétricos. Foi necessário pegar Alexandre no colo. Estava perigoso para ele. O mar de gente revolto, descontrolado, agressivo, desrespeitoso.
Acordei. Vicente e Bernardo não estavam neste sonho. Era sobre Alexandre e eu. Fiquei pensando no quanto confio na natureza em relação a ele, mesmo sendo gigantesca, avassaladora. Mas o quanto as pessoas me assustam, acuam. O quanto desejo me isolar, nos preservar e proteger.
Há amor no mundo, há pessoas amorosas no mundo. Clareza de que não resolvi esta questão. Sigo neste processo de isolamento da concha. Apenas uma certeza, não é (mais) uma necessidade de controle. Sou capaz e segura de deixar o fluxo da vida de manifestar. Não confio nas pessoas. Não confio na "sociedade". Um bom exercício tenho pela frente.
Mãos à obra!!
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Alergia e angústia
Preciso falar sobre isso ainda que ninguém leia. Preciso por que está me sufocando.
Ainda me sinto entorpecida, um tanto anestesiada, e mais impaciente e intolerante que o normal. Ainda assim tentando refletir e me situar após a tormenta.
Alexandre - 1a9m - teve uma reação alérgica após um acidente. Em meio a uma viagem deliciosa para Búzios roubou um croissant no cesto de pães do café da manhã. Nem chegou a comer. Tiramos da boca, enlouquecidos como só pais de alérgicos sabem ser. Mas algo ficou. E naquela madrugada ele começou a passar mal. Um broncoespasmo que não estabilizava com a medicação e medidas de suporte. Antecipamos o retorno em meio a muito estresse e tensão. Da frente do mar para uma uti pediátrica. Foi assim... De um domingo ao outro.
Poderia relatar muito desta experiência, mas não é esta a questão que me consome.
Eu confiava na cura. Eu tinha certeza que até os 2 anos ele estaria curado. E por confiar que a alergia iria embora, jamais a encarei de frente. Não fiz as mudanças e adaptações que poderia ter feito. Era só uma questão de tempo até os queijos e manteigas retornarem à nossa casa. Era só faltar umas festinhas... Era só mantê-lo seguro, numa semi-redoma, por mais alguns meses. E então poderíamos viver nossa liberdade em plenitude. Mas e essa agora?
Agora é mergulhar neste mundo APLV que me aflige, que me a-pa-vo-ra! Agora é encontrar caminhos alternativos em paralelo aos convencionais, em busca da cura. Agora é aceitar a presença de médicos e intervenções em nossas vidas por mais um tempo. Agora é aprender receitas novas, não mais apenas substituir leite de vaca por de coco.
Quando embarco no estudo da psicossomática o mundo se abre em outras frentes, e é preciso cautela para não escorregar para a culpa, ainda que seja necessário assumir responsabilidades e encarar a mudança.
Enxergando bem agora eu pedi por inclusão quando eu não incluí. Apenas coloquei meu filho em suspenso enquanto aguardava pela cura. Isso por que viver esta alergia ainda me soa como grande privação, quando, se estivermos dispostos, pode ser uma excelente oportunidade de mudar. E talvez essa mudança de vida pela qual tanto ansiamos esteja aí, se exibindo para nós, a gente só não tenha percebido por estarmos vibrando na falta- na ausência- quando tudo é fartura, oportunidade, grandeza.
Não sei como terminar este texto. Ainda há conflitos internos embaçados, embaralhados, que se insinuam. A neblina tende a ceder.
Sejamos gratos!
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Sobre Amar
Amor é via de mão dupla, ou não. Amor é sentimento, também é ação. Como medir? Como graduar? Por que medir? Por que testar?
O que exatamente é amar? Em que momento sabemos que amamos?
É possível amar uma pessoa, um ser, um alguém, e negar tudo ao redor? Será isso amor? Sendo mais óbvia e franca: Se amo de forma avassaladora os meus filhos, mas não me perturbo com crianças outras em situações de conflito, dificuldades, fome, frio. Será isso amor real?
Um dia para pensar em Holly, em Chicory. Quem é este amor que te habita? O que te faz crer que é amor? Quais as sensações?
Existe amor com aflição? Rima, na prática, com dor? É ainda assim amor?
Amor acolhe. Amor pode ser abandono?
Por que acreditar em rejeição quando dentro de nós somos compostos de amor? Cada célula de nossos corpos existe por amor, para amar. Assim sendo, como pode alguém ser rejeitado? Lembre-se de reconectar-se à essência. Naquele lugar intangível onde somos nossa fonte e esta fonte é amor. Lá não há abandono, não há rejeição, não há dúvida.
Amor expande sem invadir.
Amor inspira. Amor pode julgar?
Sendo luz, pode cegar?
Hoje são apenas perguntas o que tenho a oferecer em resposta.
Quem nos diz o que é amar?
Dizem que quando definimos, então não é amor.
Que se faça presente em todos nós, nos envolva e preencha, que se propague. Amor estagnado estraga. Há tanta vida no amor que, quando podre, contamina.
Exercite amor, amor é movimento. É força na suavidade, delicadeza combativa,
Amor alimenta, preenche, aquece, conforta.
Seja amor ao seu redor, sem olhar a quem. Com alegria e gratidão, e então saberá que é AMADA/O!
O que exatamente é amar? Em que momento sabemos que amamos?
É possível amar uma pessoa, um ser, um alguém, e negar tudo ao redor? Será isso amor? Sendo mais óbvia e franca: Se amo de forma avassaladora os meus filhos, mas não me perturbo com crianças outras em situações de conflito, dificuldades, fome, frio. Será isso amor real?
Um dia para pensar em Holly, em Chicory. Quem é este amor que te habita? O que te faz crer que é amor? Quais as sensações?
Existe amor com aflição? Rima, na prática, com dor? É ainda assim amor?
Amor acolhe. Amor pode ser abandono?
Por que acreditar em rejeição quando dentro de nós somos compostos de amor? Cada célula de nossos corpos existe por amor, para amar. Assim sendo, como pode alguém ser rejeitado? Lembre-se de reconectar-se à essência. Naquele lugar intangível onde somos nossa fonte e esta fonte é amor. Lá não há abandono, não há rejeição, não há dúvida.
Amor expande sem invadir.
Amor inspira. Amor pode julgar?
Sendo luz, pode cegar?
Hoje são apenas perguntas o que tenho a oferecer em resposta.
Quem nos diz o que é amar?
Dizem que quando definimos, então não é amor.
Que se faça presente em todos nós, nos envolva e preencha, que se propague. Amor estagnado estraga. Há tanta vida no amor que, quando podre, contamina.
Exercite amor, amor é movimento. É força na suavidade, delicadeza combativa,
Amor alimenta, preenche, aquece, conforta.
Seja amor ao seu redor, sem olhar a quem. Com alegria e gratidão, e então saberá que é AMADA/O!
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Somos todas, somos uma - Noções pessoais sobre o feminismo
Imagino que, sendo mulher, as questões feministas te avassalam de alguma forma.
Sim, já fui daquelas que temiam o feminismo. E não entendia por que. Claro, há as questões sobre a forma como o feminismo é mistificado na sociedade machista e patriarcal, entretanto sendo uma pessoa questionadora seria simplista e ingênuo achar que era só este o fator. Eis que agora me percebo e quanto mais assumo a vida e a liberdade, mais me dou conta.
O feminismo me diz que sou livre, que posso ser o que eu quiser, que toda mulher tem os mesmos direitos que os homens. Isso contraria as noções sobre mim que me foram passadas quando criança, quando fui criada dentro de uma redoma de cuidados, com estigmas de frágil e delicada representando a feminilidade. A força da mulher relacionada à dedicação aos demais, aos pais, marido, filhos. Como romper com estas amarras que me libertam da responsabilidade por minhas próprias escolhas?
É preciso estar muito determinada para assumir-se feminista. É preciso ter raça, é preciso ter gana sempre!
Numa época convivi com um grupo de feministas, elas (sim, elas) se articulavam em um grande grupo de trabalho ao qual eu jamais fui incorporada. As participações estavam relacionadas à representação de organizações ou experiências. Eu não fazia parte. A experiência de ser mulher simplesmente não me habilitava a estar lá. E olha, se há uma coisa que representa a experiência de ser mulher é a dificuldade em participar das organizações e experiências. Em tempos de crise somos as primeiras a serem cortadas. Não nego que eram mulheres poderosas, porretas! Queria muito ter tido a oportunidade do convívio. Naquela época não me reconhecia naquele espaço. Eu era feminista, só não sabia disso. Se soubesse o que sei hoje teria batalhado por meu espaço. Agora teria bons argumentos.
Foi durante a gravidez do meu segundo filho que comecei a despertar para esta potência. E entendi a expressão que diz que certas portas só se abrem por dentro. Foi exatamente assim! Ouvindo, refletindo e... de repente... um clique. A porta estava aberta, escancarou-se aos poucos. Fui entendendo, me apropriando e sim, SOU FEMINISTA! COM ORGULHO E ARDOR! COM ÔNUS E BÔNUS! Quanto ônus... Fica difícil tolerar aquelas famosas "só uma piada", "só uma brincadeira". Perceber as correntes que nos prendem não é tarefa leve, mas é necessário nos movimentarmos ainda assim, ou principalmente por isso. Salve Rosa Luxemburgo!
Nesta caminhada um pequeno grupo de mulheres se juntou, se reconheceu. Juntas temos trilhado um caminho tão bonito, que diria utópico se não o estivesse vivenciando na prática. Somos quase 20, apoiamos as dores e conquistas umas das outras. Somos uma aldeia! Não há disputas, não há hierarquia (há algo mais patriarcal do que a noção de hierarquia?). Somos acolhedoras, presentes, há delicadeza e verdade no convívio, no apoio. Com elas tenho vivenciado a experiência da empatia, da sororidade. Não são abstrações teóricas. São a práxis.
Há muito a absorver, entender e incorporar melhor as noções de feminismo interseccional, que grupo de mulheres brancas que somos, ainda que nos sensibilize e também seja assunto de pauta, segue nas aspirações teóricas. Cadê representatividade?
Quero finalizar dizendo que estas mulheres tem me dado suporte, e eu a elas. Tenho aprendido a amar aquilo que entendia como fraquezas femininas como parte do que sou, e muitas vezes, minhas fortalezas inexploradas. A maternidade é uma vivência plena com nossas reflexões em conjunto. Com o acolher dos prantos e risos.
Toda mulher é feminista, algumas não sabem ou não estão dispostas a arcar com a força de sua própria liberdade. Suas asas estão podadas. E não é possível empoderar ninguém. Cada mulher empodera a si mesma. O que podemos é mostrar, pelo exemplo, que é possível viver um outro padrão. Aos poucos, cada uma no seu tempo e do seu jeito, vão se chegando.
We can do it!
Tati
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Hotel Fazenda
Em tese um final de semana para
quebrar a rotina, nos aproximar e gerar boas lembranças enquanto família, dar
descanso e liberdade às crianças com experiências ao ar livre. Estes objetivos
foram alcançados. Mas... Em meio ao planejamento (por que classe média precisa
planejar com antecedência estas coisas) eis que surge uma greve. Uma greve
muito necessária! Por que surge assim? Por que resolveram colocar em votação
uma mudança absurda nas leis trabalhistas. A tal da reforma trabalhista, sem falar na temida reforma da previdência, que
significam retrocesso e enormes perdas para a classe trabalhadora. Sim, classe
média também está incluída aí, mesmo que não queira se enxergar neste lugar. E não é só isso. Somos parte de um todo. Ainda que não afetados diretamente há muitas pessoas que serão. Como ficar alheia a isso?
Muita ponderação entre ir ou não
ir. Vamos aderir à greve. Isso é certo! Mas como aderir e viajar para um hotel
fazenda? Como não ir quando já está reservado e pago? Que difícil decisão...
Fomos! Não sem dor na consciência. Liberamos nossa faxineira, com o dia pago.
Hoje é dia de greve! As crianças não foram à escola. Hoje é greve! Nós não
trabalhamos, estamos em greve. Mas... Demos trabalho aos funcionários do Hotel.
Incoerências humanas.
E não sei se por que estamos mais
sensíveis a estas questões, mas o final de semana foi bom e ao mesmo tempo de
extremo desconforto. Ok, da outra vez que fomos já havíamos sentido isso, só
que de forma mais branda. Desta vez o incômodo foi real, quase palpável.
O hotel é ótimo, comida
deliciosa, atrações agradáveis, funcionários extremamente gentis, atenciosos,
disponíveis, mas... EPA! Café da manhã servido a partir das 7h30 e equipe já a
postos no trabalho. Seguem no almoço e no jantar, que vai até 21h. Quem está
lá? Trabalhando, sorrindo, nos servindo? Os mesmos! As mesmas encantadoras e
gentis pessoas. Mais de 14 horas, todos os dias. De sexta a segunda. Enquanto
ficamos cansados de brincar e nos divertir eles trabalham sorrindo. Não há
revezamento, não há turnos. Há uma equipe sempre a postos. Como dormem? Como
comem? Quando descansam? Quando estão com suas famílias? O pior é perceber que a greve é para que não haja perda de direitos que parecem sequer ter chegado a este lugar! *
Fiz então um exercício que recomendo a todos, que é necessário ainda que não agradável: O
teste do pescoço (conhece? clica aqui para mais). E quer saber? 90% (sem cálculos, só estimativa pelo olhar)
dos hóspedes são brancos. 99% dos funcionários são negros. Sim, região do Vale
do Paraíba. Herança do ciclo do café. Que difícil encarar meu privilégio
branco, meu privilégio classe média. E agora? O que fazer com isso?
Daí vem a maior questão. A gente
consegue perceber nosso privilégio. E dói na pele. Não tanto quanto deve doer
não ter privilégios, nem sequer ter tido oportunidade de se questionar sobre
não ter. Mas o que fazer com isso? Estamos dispostos a abrir mão dele em prol
da equidade e justiça social?
Voltei com a ferida aberta. Ser simpática
e respeitosa com estas pessoas que ali estavam a nosso serviço, mais de 12h por
dia não é ser empática. Não há empatia se aceito que elas vivam assim, há? E o que
fazer a respeito? Como mudar isso? Simplesmente não indo? Boicotando este tipo
de turismo? Seria este o caminho? O que a gente conseguiria desta forma? Como
mudar as leis trabalhistas? Não piorando o que já não era bom, o que questiono é como
batalhar por leis mais justas, com a necessária reparação?
Sei que o que parecia um final de
semana de relaxamento tornou-se um período de mergulho interno e intensa
reflexão. Considero este desconforto bastante salutar. Queria estendê-lo aos
demais hóspedes de alguma forma. Queria estendê-lo aos demais brasileiros de alguma forma.
Então me lembrei desta ferramenta
há tanto tempo esquecida e empoeirada. E pensei que talvez seja um ponto
inicial. Abrir o espaço para conversa. Repensar quem nós somos, e o que
pretendemos como sociedade. De igual para igual. De alguém que não tem este
aprofundamento político nem esta leitura sociológica complexa, mas que sonha em
mudar o mundo. E que pretende sair da utopia fútil, da ilusão classe média de
“mais amor por favor dançando ciranda com comida orgânica na mesa do meu
apartamento”.
Alguém mais quer conversar sobre
isso?
O nome deste blog nunca fez tanto
sentido para mim: Perguntas em resposta. É tudo o que tenho neste momento e
quero explorar mais isso na intenção de questionar e desconstruir.
Sejam bem vindas de volta! Sejam
bem vindas as novas pessoas que se chegarem. Vamos juntas!
Tati
*A não identificação do Hotel foi proposital. Não pretendo apontar um lugar específico quando imagino que esta seja uma prática comum a este tipo de ambiente. E que permeia nossa sociedade como um todo. Somos nós!
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Por que a gente vai, mas um dia a gente volta. E então, tudo é novo!
Um dia a fonte secou. E as palavras já não saiam da mesma forma.
"Por que para a nova planta brotar a semente precisa se romper..."
Minha mente estava tão tumultuada, hora de buscar mudanças intensas, que as frases não se consolidavam, nem mesmo para mim faziam sentido.
E a folha ficou branca! Por longos períodos, folha branca!
No papel, listas de compras e afazeres, nada mais.
E as mudanças se somando. Tantas que poderia dizer que uma nova vida começou, mas ainda nesta vida, rodeada pelos mesmos, de uma forma completamente diferente. Incrível!
Então ontem, no trabalho, que faz parte do novo em minha vida, eu não conseguia escrever um texto. Era simples, mas o vocabulário me faltava. E me senti desconfortável, com a sensação de perder uma habilidade que poderia até me definir: facilidade com as palavras.
Cheguei à conclusão que estava na hora de voltar.
Daí abri o blog, abandonado, esquecido, e li algumas das postagens. Umas bem antigas, de quando estava ativo. Outras que tirei dos rascunhos já na fase de aposentadoria, apenas para arejar as ideias. E fiquei feliz em ler o que escrevia! Gostei de me ler!
Bom, todo este preâmbulo é para dizer que estou pensando em voltar com o Perguntas em resposta.
Pensei em mudar de nome, em começar um blog novo, por que, né? Agora sou nova! Mas quer saber? Estou numa vida nova sim, com ideias renovadas, só que minha percepção de mundo depende de quem eu fui antes. Vivências não se apagam. Então é isso.
Sobre as páginas do passado começarei a escrever a nova história. Contar o que é esta "transição agroecológica" que vem acontecendo em minha vida nos últimos anos, e que tão bem tem me feito. Cuidado! Ela é contagiosa! O que é bom, por que faz um bem danado para a alma!
Novos ou antigos, sejam bem vindos a este espaço!
Beijos a todos,
Ainda que nova, a mesma Tati.
domingo, 11 de agosto de 2013
Bê de visita
Um pouco mais deste figurinha que é o Bê
Eu e Bê na casa de uma grande amiga. Enquanto a gente conversava, ele brincava com o filho dela e mais uns amiguinhos no sofá. De repente, vai até a cozinha e abre a geladeira para "procurar uma coisa".
Fui até ele, recriminei. Expliquei que não pode abrir a geladeira na casa de outras pessoas, e todo aquele blá blá blá.
Daí arrematei:
- Como a gente tem intimidade, você pode ir até a tia Alessandra e falar: "Tia Alessandra... E pedir o que você quer. Entendeu?"
- Entendi.
E lá foi ele.
- Tia Alessandra, abre a porta da geladeira para eu escolher o que eu quero, por favor?
rsrsrs
E não é que ele fez exatamente o que falei? E aí? Ainda quer nos convidar para ir à sua casa? Pensa bem... rsrs
Beijos a todos,
Tati.
Todos fortes somos juntos
Já contei algumas vezes aqui o quanto aprendo com este pequeno sabido aqui em casa, não é?
Desta vez a lição foi tão linda que quero dividir com vocês. Até por que a lição é mesmo sobre compartilhar.
O Bê ganhou um Wii de aniversário (em fevereiro) e é um jogo muito divertido. Nós sempre fomos contra Play Station e outros joguinhos que entorpecem as crianças. Vez ou outra permitimos que ele jogue no computador, mas este é mais fácil de controlar. O Wii é diferente, por que é interativo, exige movimentos. É uma espécie de simulador.
E nós três nos encantamos pelo brinquedo. O Vi está fera e sempre ganha da gente! rsrs
Vez ou outra ligamos o Wii durante a semana, de noitinha, e jogamos os três juntos. É bem divertido e damos boas risadas. Tem um jogo que a gente gosta mais, que é o frisbee golfe. Uma mistura destas duas modalidades. Para variar quem ganha é o Vi, eu e Bê nos revezamos no papel de último lugar.
Mas o Bê sempre quer jogar como time e a gente sempre quer fazer solo. Neste dia ele que preparou o jogo e quando cheguei para jogar ele já tinha me colocado como equipe dele. Ok, aceitei e começamos. Não é que justo neste dia nós ganhamos de goleada do Vi? Foi a única vez! Tá, depois disso nós já tentamos a estratégia do time e perdemos, mas o que ficou como lição, neste dia, é que unidos temos mais força. Então eu comecei a cantar a musiquinha dos Saltimbancos trapalhões (todos juntos somos fortes, não há nada prá temer).
O Bê, muito feliz com a conquista e com a lição que nos tinha passado, cantou comigo:
"Todos fortes somos juntos, não há nada prá TREMEEER"
kkkkkkkkkkkkkkkk
Pois é, por que lição do Bê tem que vir com uma carga forte de risadas!
Beijos a todos,
Tati.
Desta vez a lição foi tão linda que quero dividir com vocês. Até por que a lição é mesmo sobre compartilhar.
O Bê ganhou um Wii de aniversário (em fevereiro) e é um jogo muito divertido. Nós sempre fomos contra Play Station e outros joguinhos que entorpecem as crianças. Vez ou outra permitimos que ele jogue no computador, mas este é mais fácil de controlar. O Wii é diferente, por que é interativo, exige movimentos. É uma espécie de simulador.
E nós três nos encantamos pelo brinquedo. O Vi está fera e sempre ganha da gente! rsrs
Vez ou outra ligamos o Wii durante a semana, de noitinha, e jogamos os três juntos. É bem divertido e damos boas risadas. Tem um jogo que a gente gosta mais, que é o frisbee golfe. Uma mistura destas duas modalidades. Para variar quem ganha é o Vi, eu e Bê nos revezamos no papel de último lugar.
Mas o Bê sempre quer jogar como time e a gente sempre quer fazer solo. Neste dia ele que preparou o jogo e quando cheguei para jogar ele já tinha me colocado como equipe dele. Ok, aceitei e começamos. Não é que justo neste dia nós ganhamos de goleada do Vi? Foi a única vez! Tá, depois disso nós já tentamos a estratégia do time e perdemos, mas o que ficou como lição, neste dia, é que unidos temos mais força. Então eu comecei a cantar a musiquinha dos Saltimbancos trapalhões (todos juntos somos fortes, não há nada prá temer).
O Bê, muito feliz com a conquista e com a lição que nos tinha passado, cantou comigo:
"Todos fortes somos juntos, não há nada prá TREMEEER"
kkkkkkkkkkkkkkkk
Pois é, por que lição do Bê tem que vir com uma carga forte de risadas!
Beijos a todos,
Tati.
Devotos de São Umbigo
Se pararmos para pensar, todos somos um pouco (ou um muito!). Sim, não se engane, ainda somos muito autocentrados. Salvo raras exceções... Mesmo quando assumimos algum trabalho voluntário, quando nos dedicamos aos filhos ou a alguma causa... tudo passa, invariavelmente, pelo EU!
Se sou contrariada, me magoo. Isso por que o EU não foi atendido. trânsito mostra bem isso. Todos buzinam se você está na frente, e todos atravancam a frente do outro em algum momento. É engraçado como as justificativas são diferentes dependendo da posição em que você se encontra. E sempre justificamos o NOSSO lado.
Eu sei que o EU fala muito alto em mim. Luto contra ele muitas vezes, mas assumo. Ainda sou uma umbigólatra. Nunca por escolha. Então um dia, faz bastante tempo já, me ocorreu um pensamento. Já pensou como seria se nosso campo de visão não fosse no rosto, no centro de nós mesmos? Como seria se nos víssemos de cima? Se nos víssemos efetivamente na cena?
A questão é o quanto o fato de nos vermos de dentro, tendo-nos como centro, faz com que sejamos mais individualistas, egocêntricos. Será que é a isso que chamam mundo tridimensional? Quando atingiremos o patamar para que possamos atuar de fora do corpo? Nesta posição perceberemos que somos uma célula do todo e não o centro. E por que precisamos passar por esta experiência? Será que a intenção é exercitarmos nossa individualidade e experimentarmos a humildade da forma mais difícil? Por que é muito mais difícil ser humilde quando se está no centro de seu ponto de vista, não é?
Eu sou uma devota de São umbigo, mas não quero ser. Quero exercitar mais meu amor ao outro, parar de me orbitar. Pensar mais no outro, não por que isso me trará recompensas futuras ou satisfação pessoal, mas por que o outro precisa e pronto, entende?
É um árduo caminho! Alguém sabe por onde se começa?
Beijos a todos,
Tati.
Se sou contrariada, me magoo. Isso por que o EU não foi atendido. trânsito mostra bem isso. Todos buzinam se você está na frente, e todos atravancam a frente do outro em algum momento. É engraçado como as justificativas são diferentes dependendo da posição em que você se encontra. E sempre justificamos o NOSSO lado.
Eu sei que o EU fala muito alto em mim. Luto contra ele muitas vezes, mas assumo. Ainda sou uma umbigólatra. Nunca por escolha. Então um dia, faz bastante tempo já, me ocorreu um pensamento. Já pensou como seria se nosso campo de visão não fosse no rosto, no centro de nós mesmos? Como seria se nos víssemos de cima? Se nos víssemos efetivamente na cena?
A questão é o quanto o fato de nos vermos de dentro, tendo-nos como centro, faz com que sejamos mais individualistas, egocêntricos. Será que é a isso que chamam mundo tridimensional? Quando atingiremos o patamar para que possamos atuar de fora do corpo? Nesta posição perceberemos que somos uma célula do todo e não o centro. E por que precisamos passar por esta experiência? Será que a intenção é exercitarmos nossa individualidade e experimentarmos a humildade da forma mais difícil? Por que é muito mais difícil ser humilde quando se está no centro de seu ponto de vista, não é?
Eu sou uma devota de São umbigo, mas não quero ser. Quero exercitar mais meu amor ao outro, parar de me orbitar. Pensar mais no outro, não por que isso me trará recompensas futuras ou satisfação pessoal, mas por que o outro precisa e pronto, entende?
É um árduo caminho! Alguém sabe por onde se começa?
Beijos a todos,
Tati.
O lobo mal não é mal...
... é carnívoro!
Constatação um pouco óbvia, não acham? Mas a gente decidiu rotular carnívoros, como jacarés, leões, tubarões, lobos e muitos outros como se fossem monstros. Por que temos esta necessidade maluca de rotular tudo a nosso redor. E se um animal mata outro (mesmo que para comer) logo, é monstro!
A gente também mata. Mata com as próprias mãos ou não. Mata mosquito, por que nos pica; outros insetos apenas por que nos dá nervoso; matamos bois, frangos, peixes, para nos alimentarmos, para ganharmos dinheiro e, pasmem, ainda matamos por esportes! Ah, matamos também por que achamos que aquela espécie é invasora e está invadindo "nosso espaço", mesmo que ela morasse ali bem antes de nós... E não podemos esquecer, matamos nossa própria espécie por que tem opinião diferente da nossa. E ainda comemoramos o fato! (vergonhoso, para mim, o chumbo trocado Osama x Obama. São TODOS terroristas!).
Eu não quero rotular o humano de mal, praga do mundo ou outra destas coisas que nós lemos. Longe de mim. Somos uma espécie frágil, que ainda não aprendeu a usufruir da natureza sem modificá-la. É, já pensou nisso?
Se o que nos difere como espécie e faz com que sejamos classificados como "mais inteligentes", que é a capacidade de modificar nosso meio, talvez não seja uma característica tãããão inteligente assim?
Se o que nos difere como espécie e faz com que sejamos classificados como "mais inteligentes", que é a capacidade de modificar nosso meio, talvez não seja uma característica tãããão inteligente assim?
Será que mais inteligente é construir casas, edifícios, automóveis, e depois filtros para reduzir a poluição que causamos, medicamentos para remediar os danos que causamos, etc, ou vivermos em harmonia com o mundo que nos cerca? Tem horas que minha mente dá piruetas pensando nisso. Quem será que é mesmo mais evoluído?
Então eu olho para o elefante e sua manada, para as zebras, os peixes... Percebem que eles já encontraram maior harmonia como espécie? Que eles não precisam se questionar se são deuses, ou se são bons? Eles são e ponto.
Eu não vou aprofundar esta questão aqui, nem entrar nas nuances que penso sempre. Largo a isca, torço para que você a pegue, por que quero muito colocar este tema em pauta. Faz tempo que quero colocar, mas sempre tive medo da camisa de força reação de vocês. De não entenderem.
Então, para resumir, minha posição sobre o assunto é a seguinte:
Somos todos parte de um mesmo ecossistema, mas nós, humanos, ainda estamos num estágio imaturo de desenvolvimento. Acho que ainda seremos animais e quando amadurecermos mais, seremos vegetais. Teoria muito louca? Também acho. Mas sempre que tento refutá-la encontro novos indícios do que penso... E eu adoro esta teoria. Ela não muda absolutamente nada em nossas vidas, apenas o respeito que podemos ter por outras criaturas. Então acho que pode ser válida!
Somos todos parte de um mesmo ecossistema, mas nós, humanos, ainda estamos num estágio imaturo de desenvolvimento. Acho que ainda seremos animais e quando amadurecermos mais, seremos vegetais. Teoria muito louca? Também acho. Mas sempre que tento refutá-la encontro novos indícios do que penso... E eu adoro esta teoria. Ela não muda absolutamente nada em nossas vidas, apenas o respeito que podemos ter por outras criaturas. Então acho que pode ser válida!
Please, não me matem. Se não concordam, ok, faz muito sentido para mim vocês não concordarem, mas respeitem minha posição, está bem? Lembrem-se que estou dando a cara a tapa, sejam gentis... rsrs Se preferirem, levem como brincadeira, ou um exercício de ver as coisas por um ângulo todo novo. Eu adoro fazer isso com toda e qualquer coisa.
E se querem uma justificativa tirada da Bíblia eu dou uma (poderia dar mais): "Quem se exalta será rebaixado, quem se humilha será exaltado". Ah, sim. Esta é ótima: "Eu vim aqui para servir, não para ser servido".
Vocês querem conversar comigo sobre isso? Eu vou a-do-rar!!
Beijos a todos,
Tati.
Que educação é esta?
Definitivamente, vou falar uma coisa que talvez choque muita gente:
- Eu não faço a menor questão que o Bê se dê bem no vestibular. Não espero dele que seja o primeiro colocado em concursos. Se for, e principalmente, se este for o desejo dele, então está bom para mim. Mas não é um desejo meu.
Coisa estapafúrdia para se dizer?
Na verdade o que quero dizer é que não estou satisfeita com os rumos da educação. Não só pela falta de professores no ensino público e toda aquela sucatização que já conhecemos. Estou falando do ensino particular e desta corrida desenfreada pelos primeiros lugares. Eu não quero comprar esta ideia, mas não tem outra à venda no mercado. Pelo menos, não tenho encontrado. Será que terei que criar uma escola diferente? Mas minha área nem é educação de crianças...
O Bê tem 6 anos. Tem semanas de prova que duram 5 dias a cada mês. Hoje começa uma. Tem simulados que ocorrem a cada dois, três meses. Este sábado tinha "concurso de bolsas". Primeira etapa a prova é feita pela internet. Os melhores colocados vão para a segunda etapa, presencial, na escola. Imagine quantas mães e quantos pais não fizeram a prova para seus filhos, na internet de casa? Eu não quis compactuar com isso. Deixei - subversiva que sou - que meu filho brincasse no sábado à tarde. Nossa! Que vergonhoso!!!!
Além do "preparatório para o ENEM" deste final de semana ele tinha 6 páginas de trabalho de casa. E, claro, TODOS os livros, de TODAS as matérias, para estudar para a semana de provas. Sério, deletei tudo. Me rebelei. Por que o que desejo para meu filho é que ele seja feliz, que tenha uma ideia de que aprender é interessante, é bom. Com esta carga a única coisa que posso ensiná-lo é que é massante, que estudar rouba o espaço de viver. E teremos mais um adulto que aguarda ansiosamente pelo final de semana, por que trabalha e estuda, mas odeia estas tarefas. Não, definitivamente não é isso que desejo para ele.
Aos 6 anos aprender a ler e escrever. Que ganho! Que conquista. Mas se neste mesmo momento preciso aprender regras como: "antes de p e b só se usa m". Regras de gramática aos 6?!
E onde encontro esta escola criativa? Capaz de mostrar às crianças que o mundo pode ser belo, que eles podem ser o que quiserem, que eles podem criar um mundo novo e não apenas repetir funções.
Acho os trabalhos de casa extremamente fordistas. Sabe aquela coisa de linha de montagem? De tarefas repetitivas, mecânicas, tudo um monte de decoreba?
É, como criar uma criança de maneira diferente nesta escola uniformizadora, padronizadora, castradora? Desafio e tanto que abracei. E às vezes me sinto tão sozinha nesta jornada...
E você? O que pensa da educação das crianças hoje em dia?
- Eu não faço a menor questão que o Bê se dê bem no vestibular. Não espero dele que seja o primeiro colocado em concursos. Se for, e principalmente, se este for o desejo dele, então está bom para mim. Mas não é um desejo meu.
Coisa estapafúrdia para se dizer?
Na verdade o que quero dizer é que não estou satisfeita com os rumos da educação. Não só pela falta de professores no ensino público e toda aquela sucatização que já conhecemos. Estou falando do ensino particular e desta corrida desenfreada pelos primeiros lugares. Eu não quero comprar esta ideia, mas não tem outra à venda no mercado. Pelo menos, não tenho encontrado. Será que terei que criar uma escola diferente? Mas minha área nem é educação de crianças...
O Bê tem 6 anos. Tem semanas de prova que duram 5 dias a cada mês. Hoje começa uma. Tem simulados que ocorrem a cada dois, três meses. Este sábado tinha "concurso de bolsas". Primeira etapa a prova é feita pela internet. Os melhores colocados vão para a segunda etapa, presencial, na escola. Imagine quantas mães e quantos pais não fizeram a prova para seus filhos, na internet de casa? Eu não quis compactuar com isso. Deixei - subversiva que sou - que meu filho brincasse no sábado à tarde. Nossa! Que vergonhoso!!!!
Além do "preparatório para o ENEM" deste final de semana ele tinha 6 páginas de trabalho de casa. E, claro, TODOS os livros, de TODAS as matérias, para estudar para a semana de provas. Sério, deletei tudo. Me rebelei. Por que o que desejo para meu filho é que ele seja feliz, que tenha uma ideia de que aprender é interessante, é bom. Com esta carga a única coisa que posso ensiná-lo é que é massante, que estudar rouba o espaço de viver. E teremos mais um adulto que aguarda ansiosamente pelo final de semana, por que trabalha e estuda, mas odeia estas tarefas. Não, definitivamente não é isso que desejo para ele.
Aos 6 anos aprender a ler e escrever. Que ganho! Que conquista. Mas se neste mesmo momento preciso aprender regras como: "antes de p e b só se usa m". Regras de gramática aos 6?!
E onde encontro esta escola criativa? Capaz de mostrar às crianças que o mundo pode ser belo, que eles podem ser o que quiserem, que eles podem criar um mundo novo e não apenas repetir funções.
Acho os trabalhos de casa extremamente fordistas. Sabe aquela coisa de linha de montagem? De tarefas repetitivas, mecânicas, tudo um monte de decoreba?
É, como criar uma criança de maneira diferente nesta escola uniformizadora, padronizadora, castradora? Desafio e tanto que abracei. E às vezes me sinto tão sozinha nesta jornada...
E você? O que pensa da educação das crianças hoje em dia?
sábado, 10 de agosto de 2013
A índia que mora em mim!
- Mãe, acho que na outra vida você era índia.
- Por que?
- Por que às vezes olho para você e vejo uma índia. Você parece índia, às vezes.
- Gostei disso!
- Por que?
- Por que gosto de índios!
- Mas você sabia que eles estão sendo torturados?
Até ele, com 8 anos, sabe disso...
- Por que?
- Por que às vezes olho para você e vejo uma índia. Você parece índia, às vezes.
- Gostei disso!
- Por que?
- Por que gosto de índios!
- Mas você sabia que eles estão sendo torturados?
Até ele, com 8 anos, sabe disso...
sábado, 15 de junho de 2013
Sentir-se amada
Hoje estou frágil. Tanto que tenho a sensação da flor delicada, que se tocada, se despetala.
E em momentos assim, busco reforço externo, para me fortalecer.
Então comecei a pensar no momento que estou vivendo. E em tudo que vem acontecendo.
Para começo de conversa, senti orgulho de mim! Orgulho sim, por que tive coragem de começar de novo. Já trazia uma bagagem comigo, não sou mais nenhuma criança (embora tantas vezes eu discorde desta frase), mas eu tive coragem de mudar, de recomeçar. De questionar todos os meus alicerces e mudar a rota. Isso só tem me trazido boas surpresas. Este mundo novo que se abriu, me rejuvenesceu.
Então eu entrei neste grupo. A bagagem que trago comigo, aqui, não ajuda muito. Mas eles me apoiam, acreditam em mim. Eu me sinto parte. E sou grata por isso.
São generosos em me ouvir, em me dar espaço. Sei que ainda não tenho força nas discussões, nas ideias que são tão novas para mim. Mas isso não faz diferença. Se peço a palavra, sou ouvida com o mesmo respeito que os demais. Isso me comove.
Claro que não por todos, mas pela maioria. Eu me sinto querida. E hoje isso está sendo tão importante que eu quis colocar em palavras.
Por que hoje eu REALMENTE precisava disso!
Obrigada!
E em momentos assim, busco reforço externo, para me fortalecer.
Então comecei a pensar no momento que estou vivendo. E em tudo que vem acontecendo.
Para começo de conversa, senti orgulho de mim! Orgulho sim, por que tive coragem de começar de novo. Já trazia uma bagagem comigo, não sou mais nenhuma criança (embora tantas vezes eu discorde desta frase), mas eu tive coragem de mudar, de recomeçar. De questionar todos os meus alicerces e mudar a rota. Isso só tem me trazido boas surpresas. Este mundo novo que se abriu, me rejuvenesceu.
Então eu entrei neste grupo. A bagagem que trago comigo, aqui, não ajuda muito. Mas eles me apoiam, acreditam em mim. Eu me sinto parte. E sou grata por isso.
São generosos em me ouvir, em me dar espaço. Sei que ainda não tenho força nas discussões, nas ideias que são tão novas para mim. Mas isso não faz diferença. Se peço a palavra, sou ouvida com o mesmo respeito que os demais. Isso me comove.
Claro que não por todos, mas pela maioria. Eu me sinto querida. E hoje isso está sendo tão importante que eu quis colocar em palavras.
Por que hoje eu REALMENTE precisava disso!
Obrigada!
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Bê e Deus
O Bê tem uma curiosidade infinita. E quando o assunto é Deus, religião, espirutualidade... A coisa se amplia! Vou fazer um pequeno apanhado das últimas/ melhores/ que eu me lembro...
- Mãe, eu sei que Deus não é tudo!
*Comassim?! E eu já querendo contrariar a criança, doutrinar, falar, falar, falar (como mãe é chata!)... Então ele me interrompe em minha homilia-espírita.
- Sabe por que eu sei que O Deus não é tudo, mãe? Por que ele não inventaria as drogas.
UAU! Você tem mesmo SÓ 6 anos?
- Mãe, se O Deus inventou tudo, quem inventou O Deus?
Hein?!
- Acho que estou vendo O Deus lá naquela nuvem (e aponta para o céu).
- Filho, Deus é uma energia de trabalho. Ele não é ocioso, não fica sentado em uma nuvem.
- Mãe, Ele fica ali sim. É que o trabalho DO Deus é enviar amor e energia para todas as pessoas!
Então tá!
Envolve meu pescoço, todo carinhoso e lança:
- Você é minha irmã.
- Ah é? E quem é a sua mãe?
- Ué, a namorada DO Deus, né!
rsrsrs
Num sinal/ semáforo próximo à nossa casa fica um rapaz que joga bolinhas, ele já tem 28 anos, mas tem alguma deficiência mental, parece um crianção e é muito gente boa. E, entre uma luz vermelha e outra verde, a gente sempre conversa com ele. Às vezes levamos um lanche, mas na maioria das vezes é mais bate papo mesmo. O Bê adora o Jeferson, que também adora o Bê.
Outro dia a pequena criatura me vem com a grande ideia.
- Mãe, eu tive uma ótima ideia! A gente podia trazer o Jeferson para morar aqui com a gente, né?
O que eu respondo? Assumo que estou anos luz atrás dele e que ainda não sou capaz deste amor universal, imenso, que ele já adquiriu? Ainda bem que o Jeferson em questão tem pai, mãe, irmãos... Ufa! Desta vez eu me safei!
Dá para aguentar com uma criança destas?
Beijos a todos, dia destes tem mais,
Tati.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Tudo é uma questão de como se fala...
Às vezes, coisas que parecem ruins ou negativas, podem transmutar-se em ótimas situações. Tudo depende de como as encaramos e das palavras que usamos.
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| daqui |
Ontem esqueci de mandar lanche para o Bê. Coisas de uma mãe que nunca precisou se preocupar com isso. Filho sempre no integral, e desde o início do mês mudou de rotina...
Quase 15h (horário do lanche), me dou conta! Liguei correndo para a escola, que graças à Deus é uma escola pequena, e pedi ao funcionário - e nosso amigo- que liberasse o lanche que eu pagaria na saída. Ufa! Situação resolvida, mas a mãe, né? Mãe se acha uó quando isso acontece...
Então hoje de manhã Bê resolve abordar o assunto.
- Mãe, ontem achei que você tinha esquecido meu lanche!
- Poxa filho, desculpa! Já pensou. Eu tinha esquecido, mais aí liguei... blá, blá, blá.
- Daí a Laura (amiguinha fada de turma) disse para eu ver que você podia ter deixado pago. Eu perguntei, mas por que ela faria isso? E a Laura respondeu "São surpresas que as mães fazem". E abriu um sorriso maravilhoso e agradecido pela surpresa inesperada.
Fiquei apaixonada! Que desfecho maravilhoso para uma trapalhada materna. Nada como as crianças de hoje em dia para mudar o rumo das histórias, né?
Agora aprendi mais uma. Vez ou outra farei uma "surpresa de mãe". Problema resolvido!
Beijos a todos, acho que estou voltando!!!
Tati.
Marcadores:
Bê-a-bá,
crescendo e aprendendo,
novas ideias sobre velhas questões,
para rir,
seis anos
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Na ponta dos pés
Nem só de bailarinos vive esta expressão.
Ela já nos tirou o sono muitas vezes, já nos deslocou de lugar em lugar, de busca em busca, mas sempre sem respostas satisfatórias.
Eis que agora, depois de ver o Bê revirado em todos os ângulos, por dentro e por fora (até mapeamento genético a criança fez) chegou-se à conclusão de que "não sei". Isso mesmo. Ninguém sabe por que e ponto. É apenas mais uma questão para as grandes dúvidas da humanidade. Apesar da humanidade em questão restringir-se à meia dúzia de pessoas...
Mas enfim. A boa notícia é que o Bê não tem qualquer alteração neurológica. Aliás, ele não tem qualquer alteração. Está de alta do Sarah por que lá é reabilitação neuromilcoisas e se não tem complicações neurológicas não faz sentido estar lá, certo? Liberou a vaga para outro amiguinho. Pronto, seguimos nós, flutuando na ponta dos pés, mas sem saber quem nos guia. Aliás, sem quem nos possa guiar. É normal? Muito ouvi dizer que é normal. Histórias começam a se somar, até de um zagueiro da Turquia já fiquei sabendo. Então, meu pequeno segue sua caminhada nas pontas dos pés, dançando pela vida. Que ele tenha coragem de firmá-los. Que ele assuma sua força, sua luta, seu compromisso. Que ele saiba que estaremos ao lado, para apoiá-lo. E que realmente estejamos.
Um beijo a todos os amigos que sempre perguntam por ele. Este minipost (quase uma twitada! kkk) é só para dar um alô e responder aos e-mails que ainda chegam perguntando sobre ele.
Obrigada, de coração, por todo o carinho com o Bê que vocês sempre tiveram. Ele está bem, sapeca como sempre, levado como nunca, lendo tudo que lhe passa pela frente...
Eu estou com saudades, mas como no blogger, também aparecem uns malwares quando resolvo iniciar modificações estruturais. Natural, um dia será mais leve enxergar nossos defeitos e mudá-los! rsrs
Beijos a todos (saudade beeeem grande), volto um dia, ainda não sei quando.
Tati.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Alegria ou felicidade?
Escrevi este texto no início de março deste ano. Numa fase bem difícil. Na época foi impossível publicá-lo, por que ele estava à flor da pele. Agora a realidade já é outra, mas pensei que ele pode ajudar outras pessoas a se entenderem. Será?
Então, divido com vocês um pouco dos meus pensamentos passados, mas com conclusões mais do que atuais. Um beijo a todos e vamos viver a felicidade, mas sem esquecer da alegria!
Quantas vezes já nos deparamos com textos que separam o joio do trigo? Desmistificam a busca desenfreada pela alegria como caminho para atingir a felicidade. Isso não é novidade para ninguém, certo?
A questão com a qual me deparei, e que, de alguma forma me surpreendeu, foi perceber que sou feliz. Tá, isso eu já sabia. E ser feliz independe de fatores externos. É uma questão interna, pessoal, intransferível. É e pronto. Eu sei que sou feliz, mesmo quando as coisas não estão lá tão boas. Eu sei isso dentro de mim. Sei que fases mais fáceis e mais difíceis revezam-se em nossas vidas e que precisamos aprender a lidar com estas estações. Ser feliz está ali, mesmo quando estamos tristes. E esta dúvida nunca me assolou. Nunca me senti infeliz (tá, provavelmente na adolescência eu me sentia assim com frequência, mas depois não.).
Então outro dia me dei conta que faz tempo que a alegria se despediu de mim. Quer dizer, foi ano passado, mas eu não tinha me dado conta! Sim, continuo sendo feliz, mas estou sem alegria. Dá para entender? Rir já não é tão fácil e espontâneo. Claro que ainda sou capaz de rir, só que tenho rido mais com os lábios que com as emoções. E isso desencadeia coisas como estresse, dor na cervical, enxaqueca, crises de choro...
E então fui buscar a fonte. E entendi que ser feliz é intrínseco, a felicidade está dentro de nós e independe de fatores, mas a alegria não. Ela vem do convívio. E depois que comecei a trabalhar de casa, piorando quando deixei meu trabalho, reduzi o convívio com pessoas. Meu mundo já não é mais o das ideias, não como eram antes. Eu amo trabalhar, pensar, ter ideias, colocá-las em prática... Estou sentindo tanta falta disso... Minha alegria foi embora, sem que eu sequer percebesse. Só me dei conta agora, há pouco tempo. Venho pensando na maneira de falar sobre isso por aqui, mas é tão difícil explicar, nem sei também se estou disposta a ouvir comentários não tão gentis (quando a gente expõe algo que não está muito bem resolvido alguns comentários são cruéis...). Mas eu queria dividir, até por que é aí que reside minha alegria. E quero resgatá-la. Como sou feliz tenho materia prima para me reconstruir, não importa quantas vezes eu tropece, eu me quebre.
Voltar a trabalhar é minha meta. De preferência no que gosto, no que sei. Mas se as portas não se abrirem, preciso de novos caminhos, de novas possibilidades. E tenho perdido a coragem para lutar. A cada negativa, a cada vez que me sinto colocada em banho maria, eu esfrio, eu desacredito em mim. Será mesmo que esta capacidade que gostam de me atribuir existe mesmo? Às vezes acho que sou uma fraude, propaganda enganosa, sei lá. Se sou assim tão boa e talentosa, por que não me absorvem? Por que minha produção não aponta para isso?
Então é hora de apelar para o Ser Feliz, naquele jeito de reconstrução total. Encontrando a causa, mergulhar de cabeça.
Este texto foi escrito no auge do meu período sombrio, quando estava 24h em casa. Agora já não é mais assim. Ainda não estou como quero, mas estou no caminho. E enfim o convívio com pessoas já é uma realidade outra vez. Incrível a diferença que isso pode fazer em nossas vidas. Somos seres gregários. Não é qualquer um que pode tornar-se ermitão, morar isolado em uma montanha... A gente murcha sem a troca de energia... Não se isole!!!
É isso! Vamos compartilhar sempre. É o que viemos fazer aqui: aprender a conviver!!!
Beijos a todos com muito carinho,
Tati.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A geladeira que queria mudar de vida
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| daqui |
Era uma vez uma geladeira branca e feliz como muitas geladeiras. Ela morava em uma casa também feliz, e servia a uma família há muitos anos. Por suas prateleiras passavam muitas delícias. Ela sabia que era importante para a família e trabalhava com afinco, dia e noite.
Mas um dia a geladeira foi desligada. Passou alguns meses em um depósito no período de mudança da família. Naqueles meses ociosos a geladeira deu para pensar! E como pensou... Coisas divertidas e outras nem tanto, lembranças de sorrisos ou caretas das crianças ao abri-la. E foi então que uma ideia brotou:
- Depois de tantos anos de trabalho no setor de serviços seria muito interessante mudar de ramo... Eu queria mesmo é fazer parte da indústria do entretenimento! Já pensou que vida divertida!! Sem contar que o turno é mais curto. Terei mais horas de descanso... É acho que preciso mudar o rumo de minha vida!
E foi assim, com estas ideias mirabolantes, que a geladeira branca, e já não tão feliz, foi religada na casa nova. Mas agora já não funcionava tão bem. E de noite, no silêncio da casa, ouviam-se seus suspiros e lamentos, lá na cozinha. Ela ainda acendia luz, armazenava alimentos, resfriava, mas já não com tanta alegria. E nestes novos tempos a vontade de mudar de vida tornava-se mais forte. E se perguntava:
- Mas o que posso eu fazer? Só sei resfriar... Como posso trabalhar com entretenimento assim?
Foi mais ou menos nesta época que uma propaganda de ringue de patinação foi presa em sua porta por um imã. A geladeira, agora apenas branca, já não feliz leu o folder e acendeu a luz:
- É isso!!! Eu posso ser uma máquina de neve! Claro! E posso continuar trabalhando para a família. Eles tem três crianças que gostariam de brincar com neve. Eu serei muito mais feliz como brinquedo! Estarei na industria do entretenimento. Eles me ligarão na hora de brincar, farei parte da diversão e das gargalhadas da família, e depois poderei descansar tranquilamente no meu canto. Perfeito! Mas... como os farei perceber que sou ótima máquina de neve?
E foi então que a geladeira começou a produzir gelo incessantemente. Era cansativo, ela sabia, mas valeria à pena quando eles a descobrissem. Congelava, nevava, criava camadas e mais camadas de gelo. Seu congelador ficava até pequeno de tão congelado. Uma beleza de trabalho!
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| daqui |
A mãe da família dedicava mais tempo do que nunca à sua geladeira, o que a fazia sentir que seu dia de mudar de vida estava chegando. Elas nunca estiveram tão próximas!
Só que um dia, a mãe da família, muito chateada, comentou com o pai da família:
- Esta geladeira precisa ser substituída. Ela está congelando demais. Vai estragar os alimentos... Está no mínimo e ainda congela...
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| daqui |
E a geladeira, numa tentativa desesperada de mostrar que podia ser máquina de neve, congelava ainda mais. Até que, enfim foi desligada. Uma nova geladeira foi instalada em seu lugar. E a velha geladeira branca, que um dia fora feliz, seguiu em um caminhão, rumo ao ferro velho. No ferro velho foi desmontada e suas peças separadas para venda. E seu sonho de tornar-se máquina de neve jamais pôde ser realizado.
Moral da história 1: Se você deseja mudar o rumo da sua história, tenha certeza que o que você deseja fazer faz algum sentido (e tem mercado).
Moral da história 2: Se decidiu que é isso mesmo, então mude! Mas mostre seus talentos a quem possa se interessar por eles.
Moral da história 3: Estou ficando tempo demais dentro de casa! O que rendeu uma história de fundo doméstico muito non sense, mas também rendeu um post! Saudades de passar por aqui.
Acho que é mesmo hora de lançar mão dos carnês das Casas Bahia ou Ricardo Eletro e procurar uma nova e branca amiga. A nossa quer mesmo virar máquina de neve...
Beijos a todos, beijos com muuuuita saudade!!!
Tati.
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senta que lá vem a história
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Não diga adeus, diga até logo
Oi amigos queridos,
Na última semana eu vinha me lembrando de um post da Elaine Gaspareto em que ela nos propunha refletirmos sobre "como seria nosso último post". O que gostaríamos de deixar caso deixássemos de atualizá-lo?
E por que estou pensando nisso? É por que neste momento não estou conseguindo mantê-lo. As postagens tem escasseado e as visitas e comentários aos amigos mais ainda. Não estou conseguindo dar conta. Tenho postagens que desejo escrever desde janeiro, como a visita da Gi à minha casa, que foi um dia ultra especial. Já faz algum tempo eu venho perdendo aquela coragem de me expor. E como não tenho conseguido visitar na mesma medida que recebo visitas, me sinto constrangida de escrever novas postagens. Não sei explicar bem o que é. Só que já faz um tempo que tenho pensado no assunto. Desta vez é menos um ato impulsivo do que os que costumo ter. Eu refleti sobre isso!
Não pretendo deletar o blog. Ele me trouxe muitas alegrias e a principal delas foram vocês, os amigos blogueiros (ou não) com quem troquei tantas figurinhas. Vou com saudades. Levo vocês e esta grande experiência em meu coração.
Não sei se voltarei a blogar algum dia. Talvez. Talvez mais cedo do que eu imagino... Sei lá. Não estou fazendo planos. O que sei é que agora não está dando. E a medida mais natural que encontrei foi esta. Não estou com nenhum problema pessoal, só não estou dando conta da vida de cá e da vida daqui. E na hora de escolher, claro, optei pela vida do lado de cá da tela. Mas vocês seguem dentro de mim.
Como eu aprendi, não devemos dar adeus, mas sim, até logo. A gente sempre se encontra, se esbarra. Há ainda o e-mail, e eu ainda posso visitá-los.
Obrigada por tudo. Foi mesmo um prazer. Agora é hora de nova jornada.
Um beijo a todos,
Tati.
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sexta-feira, 20 de maio de 2011
Por que alguns tem coragem de dizer o que a maioria não tem...
Depois do que a professora Amanda Gurgel disse eu não tenho mais nada a comentar. Como representante da mesma classe, em outra escala, em outro estado, menos sofrida, mas não tão menos assim, faço coro.
Gostaria que a fala desta professora chegasse ainda mais longe, mas mais que tudo, gostaria que mudasse alguma coisa. Que os políticos juntassem o pouco de vergonha que lhes resta (se é que resta alguma) e mudassem alguma coisa. Que sentissem vergonha de aumentar seus salários diante da realidade da população que eles, teoricamente, representam. Que sentissem vergonha de tocar no assunto da reforma da previdência quando se aposentam, após 2 mandatos, com valores exorbitantes.
Vergonha alheia é isso. Vergonha por estes políticos que ainda se acham espertos por que estão lotados de dinheiro que vaza pelas cuecas e meias, mas sem um mínimo de caráter que os permita serem chamados gente.
Assistam e divulguem! Esta professora do Rio Grande do Norte foi capaz de dizer, na cara da Secretária de Educação e outros políticos, o que muitas vezes pensamos, mas nos acovardamos de enfrentar. Palmas para ela.
Beijos a todos,
Tati.
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