Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tudo é uma questão de como se fala...

Às vezes, coisas que parecem ruins ou negativas, podem transmutar-se em ótimas situações. Tudo depende de como as encaramos e das palavras que usamos.
daqui

Ontem esqueci de mandar lanche para o Bê. Coisas de uma mãe que nunca precisou se preocupar com isso. Filho sempre no integral, e desde o início do mês mudou de rotina...

Quase 15h (horário do lanche), me dou conta! Liguei correndo para a escola, que graças à Deus é uma escola pequena, e pedi ao funcionário - e nosso amigo- que liberasse o lanche que eu pagaria na saída. Ufa! Situação resolvida, mas a mãe, né? Mãe se acha uó quando isso acontece...

Então hoje de manhã Bê resolve abordar o assunto.

- Mãe, ontem achei que você tinha esquecido meu lanche!
- Poxa filho, desculpa! Já pensou. Eu tinha esquecido, mais aí liguei... blá, blá, blá.
- Daí a Laura (amiguinha fada de turma) disse para eu ver que você podia ter deixado pago. Eu perguntei, mas por que ela faria isso? E a Laura respondeu "São surpresas que as mães fazem". E abriu um sorriso maravilhoso e agradecido pela surpresa inesperada.

Fiquei apaixonada! Que desfecho maravilhoso para uma trapalhada materna. Nada como as crianças de hoje em dia para mudar o rumo das histórias, né?

Agora aprendi mais uma. Vez ou outra farei uma "surpresa de mãe". Problema resolvido!

Beijos a todos, acho que estou voltando!!!

Tati.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Na ponta dos pés


Nem só de bailarinos vive esta expressão.
Ela já nos tirou o sono muitas vezes, já nos deslocou de lugar em lugar, de busca em busca, mas sempre sem respostas satisfatórias.
Eis que agora, depois de ver o Bê revirado em todos os ângulos, por dentro e por fora (até mapeamento genético a criança fez) chegou-se à conclusão de que "não sei". Isso mesmo. Ninguém sabe por que e ponto. É apenas mais uma questão para as grandes dúvidas da humanidade. Apesar da humanidade em questão restringir-se à meia dúzia de pessoas...
Mas enfim. A boa notícia é que o Bê não tem qualquer alteração neurológica. Aliás, ele não tem qualquer alteração. Está de alta do Sarah por que lá é reabilitação neuromilcoisas e se não tem complicações neurológicas não faz sentido estar lá, certo? Liberou a vaga para outro amiguinho. Pronto, seguimos nós, flutuando na ponta dos pés, mas sem saber quem nos guia. Aliás, sem quem nos possa guiar. É normal? Muito ouvi dizer que é normal. Histórias começam a se somar, até de um zagueiro da Turquia já fiquei sabendo. Então, meu pequeno segue sua caminhada nas pontas dos pés, dançando pela vida. Que ele tenha coragem de firmá-los. Que ele assuma sua força, sua luta, seu compromisso. Que ele saiba que estaremos ao lado, para apoiá-lo. E que realmente estejamos.

Um beijo a todos os amigos que sempre perguntam por ele. Este minipost (quase uma twitada! kkk) é só para dar um alô e responder aos e-mails que ainda chegam perguntando sobre ele.
Obrigada, de coração, por todo o carinho com o Bê que vocês sempre tiveram. Ele está bem, sapeca como sempre, levado como nunca, lendo tudo que lhe passa pela frente...

Eu estou com saudades, mas como no blogger, também aparecem uns malwares quando resolvo iniciar modificações estruturais. Natural, um dia será mais leve enxergar nossos defeitos e mudá-los! rsrs

Beijos a todos (saudade beeeem grande), volto um dia, ainda não sei quando.
Tati.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Alegria ou felicidade?

Escrevi este texto no início de março deste ano. Numa fase bem difícil. Na época foi impossível publicá-lo, por que ele estava à flor da pele. Agora a realidade já é outra, mas pensei que ele pode ajudar outras pessoas a se entenderem. Será?

Então, divido com vocês um pouco dos meus pensamentos passados, mas com conclusões mais do que atuais. Um beijo a todos e vamos viver a felicidade, mas sem esquecer da alegria!

Quantas vezes já nos deparamos com textos que separam o joio do trigo? Desmistificam a busca desenfreada pela alegria como caminho para atingir a felicidade. Isso não é novidade para ninguém, certo?

A questão com a qual me deparei, e que, de alguma forma me surpreendeu, foi perceber que sou feliz. Tá, isso eu já sabia. E ser feliz independe de fatores externos. É uma questão interna, pessoal, intransferível. É e pronto. Eu sei que sou feliz, mesmo quando as coisas não estão lá tão boas. Eu sei isso dentro de mim. Sei que fases mais fáceis e mais difíceis revezam-se em nossas vidas e que precisamos aprender a lidar com estas estações. Ser feliz está ali, mesmo quando estamos tristes. E esta dúvida nunca me assolou. Nunca me senti infeliz (tá, provavelmente na adolescência eu me sentia assim com frequência, mas depois não.).

Então outro dia me dei conta que faz tempo que a alegria se despediu de mim. Quer dizer, foi ano passado, mas eu não tinha me dado conta! Sim, continuo sendo feliz, mas estou sem alegria. Dá para entender? Rir já não é tão fácil e espontâneo. Claro que ainda sou capaz de rir, só que tenho rido mais com os lábios que com as emoções. E isso desencadeia coisas como estresse, dor na cervical, enxaqueca, crises de choro...

E então fui buscar a fonte. E entendi que ser feliz é intrínseco, a felicidade está dentro de nós e independe de fatores, mas a alegria não. Ela vem do convívio. E depois que comecei a trabalhar de casa, piorando quando deixei meu trabalho, reduzi o convívio com pessoas. Meu mundo já não é mais o das ideias, não como eram antes. Eu amo trabalhar, pensar, ter ideias, colocá-las em prática... Estou sentindo tanta falta disso... Minha alegria foi embora, sem que eu sequer percebesse. Só me dei conta agora, há pouco tempo. Venho pensando na maneira de falar sobre isso por aqui, mas é tão difícil explicar, nem sei também se estou disposta a ouvir comentários não tão gentis (quando a gente expõe algo que não está muito bem resolvido alguns comentários são cruéis...). Mas eu queria dividir, até por que é aí que reside minha alegria. E quero resgatá-la. Como sou feliz tenho materia prima para me reconstruir, não importa quantas vezes eu tropece, eu me quebre.

Voltar a trabalhar é minha meta. De preferência no que gosto, no que sei. Mas se as portas não se abrirem, preciso de novos caminhos, de novas possibilidades. E tenho perdido a coragem para lutar. A cada negativa, a cada vez que me sinto colocada em banho maria, eu esfrio, eu desacredito em mim. Será mesmo que esta capacidade que gostam de me atribuir existe mesmo? Às vezes acho que sou uma fraude, propaganda enganosa, sei lá. Se sou assim tão boa e talentosa, por que não me absorvem? Por que minha produção não aponta para isso?

Então é hora de apelar para o Ser Feliz, naquele jeito de reconstrução total. Encontrando a causa, mergulhar de cabeça. 

Este texto foi escrito no auge do meu período sombrio, quando estava 24h em casa. Agora já não é mais assim. Ainda não estou como quero, mas estou no caminho. E enfim o convívio com pessoas já é uma realidade outra vez. Incrível a diferença que isso pode fazer em nossas vidas. Somos seres gregários. Não é qualquer um que pode tornar-se ermitão, morar isolado em uma montanha... A gente murcha sem a troca de energia... Não se isole!!!

É isso! Vamos compartilhar sempre. É o que viemos fazer aqui: aprender a conviver!!!

Beijos a todos com muito carinho,
Tati.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A geladeira que queria mudar de vida

daqui
Era uma vez uma geladeira branca e feliz como muitas geladeiras. Ela morava em uma casa também feliz, e servia a uma família há muitos anos. Por suas prateleiras passavam muitas delícias. Ela sabia que era importante para a família e trabalhava com afinco, dia e noite. 

Mas um dia a geladeira foi desligada. Passou alguns meses em um depósito no período de mudança da família. Naqueles meses ociosos a geladeira deu para pensar! E como pensou... Coisas divertidas e outras nem tanto, lembranças de sorrisos ou caretas das crianças ao abri-la. E foi então que uma ideia brotou:
- Depois de tantos anos de trabalho no setor de serviços seria muito interessante mudar de ramo... Eu queria mesmo é fazer parte da indústria do entretenimento! Já pensou que vida divertida!! Sem contar que o turno é mais curto. Terei mais horas de descanso... É acho que preciso mudar o rumo de minha vida!

E foi assim, com estas ideias mirabolantes, que a geladeira branca, e já não tão feliz, foi religada na casa nova. Mas agora já não funcionava tão bem. E de noite, no silêncio da casa, ouviam-se seus suspiros e lamentos, lá na cozinha. Ela ainda acendia luz, armazenava alimentos, resfriava, mas já não com tanta alegria. E nestes novos tempos a vontade de mudar de vida tornava-se mais forte. E se perguntava: 
- Mas o que posso eu fazer? Só sei resfriar... Como posso trabalhar com entretenimento assim?

Foi mais ou menos nesta época que uma propaganda de ringue de patinação foi presa em sua porta por um imã. A geladeira, agora apenas branca, já não feliz leu o folder e acendeu a luz:
-  É isso!!! Eu posso ser uma máquina de neve! Claro! E posso continuar trabalhando para a família. Eles tem três crianças que gostariam de brincar com neve. Eu serei muito mais feliz como brinquedo! Estarei na industria do entretenimento. Eles me ligarão na hora de brincar, farei parte da diversão e das gargalhadas da família, e depois poderei descansar tranquilamente no meu canto. Perfeito! Mas... como os farei perceber que sou ótima máquina de neve?
E foi então que a geladeira começou a produzir gelo incessantemente. Era cansativo, ela sabia, mas valeria à pena quando eles a descobrissem. Congelava, nevava, criava camadas e mais camadas de gelo. Seu congelador ficava até pequeno de tão congelado. Uma beleza de trabalho!
daqui
A mãe da família dedicava mais tempo do que nunca à sua geladeira, o que a fazia sentir que seu dia de mudar de vida estava chegando. Elas nunca estiveram tão próximas! 

Só que um dia, a mãe da família, muito chateada, comentou com o pai da família:
- Esta geladeira precisa ser substituída. Ela está congelando demais. Vai estragar os alimentos... Está no mínimo e ainda congela...
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E a geladeira, numa tentativa desesperada de mostrar que podia ser máquina de neve, congelava ainda mais. Até que, enfim foi desligada. Uma nova geladeira foi instalada em seu lugar. E a velha geladeira branca, que um dia fora feliz, seguiu em um caminhão, rumo ao ferro velho. No ferro velho foi desmontada e suas peças separadas para venda. E seu sonho de tornar-se máquina de neve jamais pôde ser realizado.
Moral da história 1: Se você deseja mudar o rumo da sua história, tenha certeza que o que você deseja fazer faz algum sentido (e tem mercado).

Moral da história 2: Se decidiu que é isso mesmo, então mude! Mas mostre seus talentos a quem possa se interessar por eles. 

Moral da história 3: Estou ficando tempo demais dentro de casa! O que rendeu uma história de fundo doméstico muito non sense, mas também rendeu um post! Saudades de passar por aqui.

Acho que é mesmo hora de lançar mão dos carnês das Casas Bahia ou Ricardo Eletro e procurar uma nova e branca amiga. A nossa quer mesmo virar máquina de neve...

Beijos a todos, beijos com muuuuita saudade!!!
Tati.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não diga adeus, diga até logo

Oi amigos queridos,

Na última semana eu vinha me lembrando de um post da Elaine Gaspareto em que ela nos propunha refletirmos sobre "como seria nosso último post". O que gostaríamos de deixar caso deixássemos de atualizá-lo?

E por que estou pensando nisso? É por que neste momento não estou conseguindo mantê-lo. As postagens tem escasseado e as visitas e comentários aos amigos mais ainda. Não estou conseguindo dar conta. Tenho postagens que desejo escrever desde janeiro, como a visita da Gi à minha casa, que foi um dia ultra especial. Já faz algum tempo eu venho perdendo aquela coragem de me expor. E como não tenho conseguido visitar na mesma medida que recebo visitas, me sinto constrangida de escrever novas postagens. Não sei explicar bem o que é. Só que já faz um tempo que tenho pensado no assunto. Desta vez é menos um ato impulsivo do que os que costumo ter. Eu refleti sobre isso!

Não pretendo deletar o blog. Ele me trouxe muitas alegrias e a principal delas foram vocês, os amigos blogueiros (ou não) com quem troquei tantas figurinhas. Vou com saudades. Levo vocês e esta grande experiência em meu coração.

Não sei se voltarei a blogar algum dia. Talvez. Talvez mais cedo do que eu imagino... Sei lá. Não estou fazendo planos. O que sei é que agora não está dando. E a medida mais natural que encontrei foi esta. Não estou com nenhum problema pessoal, só não estou dando conta da vida de cá e da vida daqui. E na hora de escolher, claro, optei pela vida do lado de cá da tela. Mas vocês seguem dentro de mim. 

Como eu aprendi, não devemos dar adeus, mas sim, até logo. A gente sempre se encontra, se esbarra. Há ainda o e-mail, e eu ainda posso visitá-los.

Obrigada por tudo. Foi mesmo um prazer. Agora é hora de nova jornada. 

Um beijo a todos,
Tati.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Por que alguns tem coragem de dizer o que a maioria não tem...

Depois do que a professora Amanda Gurgel disse eu não tenho mais nada a comentar. Como representante da mesma classe, em outra escala, em outro estado, menos sofrida, mas não tão menos assim, faço coro. 

Gostaria que a fala desta professora chegasse ainda mais longe, mas mais que tudo, gostaria que mudasse alguma coisa. Que os políticos juntassem o pouco de vergonha que lhes resta (se é que resta alguma) e mudassem alguma coisa. Que sentissem vergonha de aumentar seus salários diante da realidade da população que eles, teoricamente, representam. Que sentissem vergonha de tocar no assunto da reforma da previdência quando se aposentam, após 2 mandatos, com valores exorbitantes. 

Vergonha alheia é isso. Vergonha por estes políticos que ainda se acham espertos por que estão lotados de dinheiro que vaza pelas cuecas e meias, mas sem um mínimo de caráter que os permita serem chamados gente. 
Assistam e divulguem! Esta professora do Rio Grande do Norte foi capaz de dizer, na cara da Secretária de Educação e outros políticos, o que muitas vezes pensamos, mas nos acovardamos de enfrentar. Palmas para ela.

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

De parar o trânsito

Dia mais do que especial. Quero registrá-lo e compartilhar com vocês.
Hoje eu parei o trânsito!!!! Por que estava linda? Nããããooo... Isso eu sou sempre! kkkkk
Vamos contar do início.
Íiiih! Lá vem...

Ontem estava levando o Bê para escola quando de repente:

 - LA-VA-JA-TO! Lava Jato! Eu li lava jato!

E ele exclamava entre eufórico e mesmo surpreso! Isso mesmo, por que este ano o Bê está se alfabetizando e já lê trabalhinhos da escola, apesar de não acreditar que está lendo. Desta vez ele se deu conta. Foi maravilhoso! Momento mágico que só quem já experimentou sabe do que se trata. 

Daí que hoje passamos novamente pelo Lava Jato e ele:
- Olha mãe, ali o lava jato que eu li ontem.
- Isso mesmo, Bê. Viu, agora você pode ler tudo o que quiser. Sabia que as palavras ficam muito felizes de serem lidas? 
- Então ele começou a tentar, mas poxa, rápido assim ele não consegue ler...
E foi então que eu fui para a pista da direita, atrás dos ônibus, e dirigi devagarinho. Por que eu até sou uma boa cidadã consciente, mas antes de tudo eu sou A MÃE DO BÊ!

Brincadeirinha, eu reduzi só um pouquinho (e fiquei mesmo atrás dos ônibus), mas não causei transtorno na cidade. Isso eu deixo para as obras da prefeitura, que tem feito um ótimo trabalho neste aspecto. Mas o importante é registrar que no dia 11 de maio de 2011 o Bê leu o primeiro letreiro com consciência de que estava lendo. Era essa a informação que eu não queria perder. A emoção foi devidamente fotografada com o coração.

Beijos a todos,
Tati.