Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

domingo, 9 de maio de 2010

Ser mãe é assim...


Dia das mães combinado: Íamos nos dividir entre sogra e mãe. Almoço na sogra as 11h, por que este é mesmo o horário do almoço lá. E restaurante com minha mãe, irmã, tia, avó, primas e respectivos maridos (hoje eles são coadjuvantes. Não vai reclamar, hein pai...) às 14h. Tudo certo e decidido desde sexta, mas... Bê amanheceu com febrão no sábado. E ficou caidinho o dia todo.

Mudança de planos: Já sabendo que não daria para sair no domingo planejei fazer um almocinho gostoso e curtiríamos juntinhos, os três.

Me organizei. Marido foi ao mercado comprar o que faltava. Planejei um cardápio rápido, mas gostoso, com rocambole de carne e souflè de queijo com cenoura, e... na hora que eu ía para a cozinha...  filhote piorou. Chorava de dor, desconforto. Com febre reclamando de dor na nuca. Pirei!! Que medo que eu tenho de meningite... Sei lá... sou do tipo mãe neurótica, assumo.

Decidimos levá-lo à emergência. Fui me vestir e caiu um toró. Resolvemos aguardar a estiagem. Então, para adiantar, vamos almoçar o restodontê: Uma macarronada que fiz já na pilha de filhote dodói. Ele sem apetite, só tomando suco. Muito suco!

Almoçamos um chiquérrimo soborô d´ontè ao molho e... Filhote melhorou! Graças a Deus. Nem fomos à emergência. Ainda está com febre, mas passou a tarde com bom estado de ânimo, brincando e... bebendo suco!

Fiquei frustrada? Não. Me dei conta que ser mãe é assim mesmo, e só descobri isso há 5 anos, depois que o Bê nasceu. Depois que ele chegou minha vida saiu do prumo, do eixo, eu que sou muito controladora estou sendo obrigada a aprender a flexibilizar. E, nós mães, somos capazes de tudo isso com muito amor, sem perceber.

Então foi assim o meu dia das mães, num exemplo vivo do que é ser mãe em essência. Os ingredientes do almoço especial aguardam para o jantar de amanhã ou depois. Algumas coisas já foram para o congelador... Mas estou muito feliz de perceber meu filhote melhorando. Agradeço a Deus que seja apenas uma gripe com muito dengo. Não sei se terei oportunidade de vivenciar a blogagem verde. O texto está pronto e vou tentar programar (sou um fiasco nestas coisas), volto em breve, com Bê tinindo!!


P.S.: Seria injusta se não contasse. Marido preparou um belo café da manhã, com uma mesa linda, cheia de coisas gostosas e um arranjo de girassol maravilhoso ao centro (minha flor favorita). E Bê me deu "feliz aniversário" logo cedo. É ou não é para sentir-se privilegiada?

Beijos a todos, em especial às mães,

Tati.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero ir para LUND!!!


Lembram-se daquele sapo de ontem? Na verdade eu contei a história pela metade. Minha chateação por aquele sapo existe, mas eu estava desabafando um sapo novo. 

O Sr que fazia o transporte do Bê para a escola "pediu para sair"... Ok, 02, está dispensado! A alegação dele é uma lei que vai apertar o cinto a partir de junho ou julho, sobre as cadeirinhas para crianças abaixo de 7 anos. Ele dirige uma doblô muito confortável, com cinto abdominal que o Bê usa, mas não tem cadeirinha, nem interesse em adquiri-las.

Ok, a lei existe pela segurança do meu filho, certo? 

Então hoje eu fui levar o Bê para a escola com o transporte que me compete no momento: o tal do ônibus. 

Fiz sinal para o primeiro que passou, um daqueles micro-ônibus com motoristas multi uso. Coloquei o Bê e sua mochila para dentro e entrei. Ele arrancou imediatamente. Com a pressa de quem vai tirar "a chocadeira da forca" (um cara desses tem mãe?). 

Eu tinha que segurar o Bê, me segurar, manter a mochila no lugar, pegar o dinheiro com todas as moedinhas que completam 35 centavos... (aqui a passagem custa 2,35). 

Encaixei o Bê na roleta e joguei o dinheiro naquela parte onde ele deixa moedas. Não dava para ficar com dinheirinho estendido para o moço simpático. Eu tinha algo mais importante para segurar. Na verdade não vi cadeirinha nenhuma no ônibus, sequer vi cinto de segurança, para ser mais exata não vi nem mesmo o banco ou sombra de educação. Não deu tempo de passar a roleta. Chegou meu ponto.

Eu muito zangada falei para o motorista:
 - Não vai dar tempo de passar, cheguei. 
Ele parou e eu, com todas as informações de Lund que nossa adorável Fran nos passa, esbravejei: 
- O Sr precisa ter um pouco mais de educação quando tiver criança ou idoso entrando no ônibus.
- Isso é um coletivo, minha senhora.
- Pois é, o sr. deveria trabalhar para a coletividade! (será que ele sabe o que significa?)

Desci muito irritada, querendo saber quem é o indivíduo que pensou na segurança do meu filho. Por que não pensou na segurança de todos os filhos, e também nos pais e avós, que dependem deste tipo de (?!) transporte (?!). 

Onde está nossa dignidade quando precisamos do transporte público no Rio, no Brasil? 

Me perdoem o que vou dizer agora (odeio baixo calão, mas neste caso não existe outro termo), me sinto sendo "cagada" depois que passamos a entrar pela frente e sair por trás! Acho que a ideia é fazer-nos sentir um pouco pior. 

Quero um carro novo!! E viva o dia COM CARRO na minha cidade!!! Aqui antes de se pensar em meio ambiente há um longo caminho a se percorrer...

Beijos a todos,

Tati



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Blogagem colorida: Coletivizando a vida!!


Com a intenção de deixar os sapões para lá, vou aproveitar o que a Mila escreveu e seguir: mentalizar muita luz e muita paz para quem não me magoa mais. Vou seguir o meu caminho, e muita coisa boa surgirá deste processo. Muitas portas vão se abrir após 20 de maio! Estou feliz por isso, e na verdade este deve ser meu foco.

Quando penso em 20 de maio sinto-me bem, feliz, dona de mim novamente. Voltando a me dedicar ao que gosto, trabalhando com quem gosto. Crescendo (e não multiplicando-me).

Então para deixar um gostinho mais doce resolvi escrever sobre algo que já planejava a algum tempo. E muitas de vocês vão entender e sentir o mesmo. A blogagem coletiva da Glorinha (olha ela aí de novo... na boca do povo...) mudou muita coisa em minha vida. Parece exagero? Mas não é.

Entrei por pura curiosidade. Por ser uma cor que eu gosto. Pensei rapidinho em qualquer coisa rosa que me apetecesse e foi. Vi na segunda, no blog da Marli, entrei no link e postei meu texto. Acho que algo assim deve ter acontecido com muitas. Então na semana seguinte: o azul! Falei sobre um filme de minha infância e relembrei coisas ótimas. E assim foram as semanas... vermelho... roxo... laranja... em breve o verde.

Apesar de já ter o blog há mais de um ano faz apenas 3 meses que o uso com regularidade. Quando aderi à blogagem coletiva este processo intensificou-se. Aqui tenho feito amigas! Pessoas que me confortam, e a quem retribuo, que me fazem companhia, que parecem estar muito perto. De algumas consigo imaginar a voz e até mesmo a gargalhada ou o riso tímido.

A blogagem colorida tem vários estágios. Quando a Glorinha libera a nova cor, na terça, começamos a pensar na presença desta cor em nossas vidas. De onde pode sair o tema? Percebemos coisas que nem imaginávamos, um mundo se abre. Um mundo alegre e colorido!

Então vamos ao texto, música, receita ou às imagens. São pesquisas, memórias, ideias.

Domingo já fico ansiosa. Em geral na própria terça ou quarta já começo a escrever o texto.

Vem a postagem. As segundas tem sido dias lotados de trabalho, algumas reuniões, enfim, nem sempre posso ficar tanto tempo quanto gostaria, mas visito muita gente. Vejo as pessoas se visitando, e é bem enriquecedor. Aprendo muita coisa!

Neste processo fiz amigas queridas, pessoas com as quais "falo" diariamente.

No azul tive a mesma ideia que a Marli, foi engraçado. No vermelho as postagens tiveram muitas lembranças. Foi lindo! Então veio o roxo e as pessoas falaram da energia, da positividade. Nesta postagem decidi que vou comprar um vestido violeta para usar na minha defesa. Estarei linda e transmutarei energias negativas (inclusive e principalmente minhas) em positivas. Marido até topou a ideia da roupa nova... hehehe. No laranja defini a cor da logo da empresa que estamos abrindo, pela energia, força, criatividade... E ficou linda! Postarei em breve para que conheçam. Fico curiosa sobre os canais que me serão abertos pelo verde.

De verdade, esta brincadeira me tirou de um estado de ânimo (ou de desânimo) em uma fase rochosa, mas de subida. E tem sido um momento de leveza em meu dia a dia. Fico com a janela do meu trabalho aberta (word), o e-mail e o blog. Assim voo de um lado a outro. Faço coisas sérias e coisas leves de forma intercalada e o dia transcorre gostoso.

E então é aguardar a nova terça, quando a Glorinha dirá qual a nova cor e vamos todos buscar inspiração no fundo da cachola e ver para onde esta cor nos leva.

É cromoterapia da melhor qualidade! E como o título sugere, fico pensando se a Blogagem Coletiva está colorindo a vida ou se a Blogagem Colorida está coletivizando a vida? O que vocês acham?

E vamos aguardar as mudanças que a Vida Simples trará para nossos mundos!

Beijos a todos,

Tati.

Sapões indigestos


Tomando por ponto de partida o comentário da Glorinha no post anterior, em que ela diz que tem medo de gente falsa e mentirosa, vou começar o texto de hoje. Eu também tenho!

Descobri que virar gente grande significa aprender a comer sapos. E não estou falando de degustar suculentas patinhas de rã não... Estou falando dos sapos indigestos que aprendemos a engolir. Tem que engolir como ostras. E de preferência sem limão, que é para não comprometer ainda mais o estômago.

Na verdade nunca tinha aceitado bem isso, e cheguei mesmo a achar que jamais me submeteria a algo assim. Sou franca e verdadeira e gosto das coisas deste jeito. Adoro lidar com pessoas que sabem falar a verdade, mesmo que me digam coisas que me magoem a princípio, sou capaz de digerir, extrair o melhor e crescer. Mas sei com quem estou lidando. E quando esta mesma pessoa me elogia, sei que é de verdade, e aceito bem!

Mas quando sou obrigada a lidar com aqueles em quem não dá para confiar... Fico sem chão. Sem saber como agir. Passei um período tentando entrar no jogo, fingindo que não era comigo. Mudando mil vezes as frases de um e-mail até que ficassem suficientemente polidas, agradecendo mesmo as puxadas de tapete, como uma verdadeira dama da corte. Mas quer saber? Não sou assim. Eu falo o que penso, "eu sou do povo" e não estava nada confórtavel neste papel. Então semana passada eu virei a mesa. Eu desengasguei muitas coisas. Tudo bem que não mudou nada. Eu ainda tenho que aceitar resignada algumas coisas, para evitar brigas maiores, lavar roupa suja em público, com a direção e outros peixes grandes. Sou filhote de sardinha, né. Melhor ficar só procurando o Nemo... Mas meu humor deu uma pequena melhorada.

Bem, este falar, falar é só para dizer que estou com indigestão. Muitos sapos mal passados, mal conservados, excessivamente manipulados por mãos mal lavadas, mantidos fora da geladeira... Toxiinfecção alimentar por sapo!

Eu falei tudo o que estava sentindo. Todas as chateações, sem meias palavras. Mas quando ele deu sua resposta, foi mentirosa! É uma escolha dele. Não posso obrigar uma pessoa a ser verdadeira e sincera. Graças a Deus em breve não precisarei mais me reportar a esta pessoa. Serão apenas breves cumprimentos quando nos esbarrarmos nos corredores. Mas estas próximas duas semanas serão ainda assim... Dias de cabeça oca, dias de queimação no estômago, dias de labaredas pela boca! Coitados dos que convivem comigo. Estou tentando me manter quieta, isolada. Não tenho sido boa companhia nem para mim mesma, mas sou grudeeenta, eu tento sair fora e venho junto comigo: não consigo sair do meu lado... Uma chata!

Acho que ficou enorme e cansativo este texto, não recomendo que ninguém leia e vou entender se escasseaream os comentários. Estou mesmo uma péssima companhia.

Desculpas oferecidas, convido-os a passarem por aqui dia 20. Vou estar nova em folha e bem mais contentinha!

Beijos a todos,

Tati.

P.S.: Fiquem tranquilos que minha postagem verde NÃO será sobre sapos, ok? O tema será bem mais feliz!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sem nome por falta de ideia


Desinspirei! Nao falei que eu sou assim? Meu mundo é um moinho e hoje as águas estão em baixa...
Então lembrei de algo bem bobo, só para dizer que passei por aqui. Vou visitando também, mas não esperem muito de mim hoje, ok? Estou vazia, vazia...
Vendo um programa bobo qualquer na TV (já faz um tempinho) o entrevistador perguntou: "Qual seu maior medo?"
Eu respondi imediantamente (não, eu não era a entrevistada, sou apenas intrometida): "Barata!"
Então a entrevistada de verdade respondeu: "Perder aqueles que eu amo".
Gente, me senti menor que a barata que eu tenho pânico...
Como assim?! Ela foi profunda e eu piscininha Toni... Fui ao chão.
Mas de verdade, eu não deixo de ir a lugar algum ou de fazer qualquer coisa por medo de perder quem amo. Mas eu evito lugares que podem ter barata, eu não gosto de andar na rua de noite pelo mesmo motivo, eu adoro morar em apartamento alto por que na casa elas apareciam... E quando é verão e elas podem aparecer voando enquanto eu durmo: janela fechada e ar condicionado, mesmo que não esteja muito quente!
Então o medo é esse e não vou ficar fazendo tipo, ok?
Espero estar mais inspirada amanhã.
Beijos.

P.S.: Sabem que a Sorveteria Sem Nome (cariocas com mais de 30 conhecem, né?) teve este nome por falta de inspiração dos proprietários? Então... copiei!

domingo, 2 de maio de 2010

O amor em gomos alaranjados

Esta semana a Glorinha do Café com bolo sugeriu a cor alaranjada para nossa brincadeira da Blogagem coletiva - Colorindo a vida (ou Seria Blogagem Colorida - Coletivando a Vida?).

Na própria terça-feira eu já sabia que meu tema seria minha fruta favorita, que não é laranja, mas alaranjada. E estamos na época: Eu sou louca por tangerinas.!!

Minha mãe também adora e conta que quando estava grávida de mim frequentava a casa de uns amigos que, sabendo de sua paixão, compravam uma quantidade enorme e eles ficavam batendo papo e comendo tangerinas até tarde. Vai ver vem daí minha paixão, por que quando como tangerinas não é só sabor, eu me sinto amada! Dá para entender isso?

Quando como tangerinas não gosto de dividir. Se tem mais alguém na casa eu levo uma para mim e outra para outra pessoa. Não é SÓ egoísmo, é que sou leerda para comer... tiro cada fiozinho, mordo no meio, tiro os caroços... levo uma eternidade em cada gomo. Aproveito o momento... Se divido, não chego no terceiro gomo e a tangerina já acabou! Por isso eu faço deste jeito.

Marido sabe o quanto amo esta fruta e, apesar de não ser chegado a arroubos românticos, gosta de me paparicar. Uma forma que ele tem de dizer que me ama é, a partir de abril (às vezes já em março) trazer uma sacola cheia delas para mim. Passa no hortifruti perto do trabalho e chega de noite com esta jóia. E lá se vão duas, três de uma só vez. Dispenso sorvete, chocolate e até o jantar. Tangerina é o que há! E dura tão pouco tempo... Não deveria ser fruta de estação. Por mim, seria o ano todo, mas talvez aí não tivesse tanta graça, né? Faz parte do ritual esperar "a época das tangerinas".

Então chegou o filhote em nossas vidas, e tangerina também é uma de suas frutas favoritas, mas sua maneira de lidar com elas é bem diferente. Ele não tira pelinhas dos gomos, devora vorazmente. Quando vamos comer juntos eu descasco a dele e entrego na mão, então descasco a minha e dou inicio ao ritual... Não chego na metade e já tenho companhia. E eu cedo, feliz por compartilharmos este gosto! Ser mãe nos ensina a ser menos egoístas, e só por isso já valeria!

As imagens são do google que aqui em casa tangerina ou se come ou se fotografa (adivinha o que escolhemos?)

Beijos com cheiro de tangerina,

Tati.

sábado, 1 de maio de 2010

Atirei no que vi...


Quando decidi montar este blog minha intenção era muito diferente.
Como já citei diversas vezes, sou muito tímida e reservada. Quem me conhece um pouquinho pode pensar que não sou, por que brinco, falo, tenho o riso frouxo, mas na verdade esta é uma das minhas maiores estratégias para driblar a timidez absurda que mora em mim.

Sempre escrevi muito. Na escola era elogiada pelas minhas redações e reza a lenda que uma professora xerocava as ditas e guardava, "caso eu me tornasse escritora". Não sei se por estímulo ou por ideia própria, esta  vontade passou a me rondar.

Escrever, para mim, é necessidade. Se tenho um problema e não sei o que fazer, eu... (pensaram na Pink Dink Doo) escrevo. Só sei resolver problemas assim. Percebem meu descompasso com a matemática?

Mas o que escrevo é só meu. Não compartilho com ninguém. Ou não compartilhava! Guardava em cadernos e mais cadernos, com a "modernidade" (salve a natureza!) passei a guardar em arquivos .doc, com nomes que não levantassem suspeitas ou curiosidade. Às vezes lia para algum amigo, mas de modo geral, não conseguia.

O blog foi o exercício que me impus. Precisava desbloquear este canal, liberar meus sentimentos. Aprender a compartilhar. Sabia que isso faria alguma diferença na minha vida, mas não tinha noção do que seria. Minha ideia óbvia era, se quero escrever um livro, um dia, tenho que ser capaz de deixar lerem o texto...

Criei o blog há mais de um ano. E deixei quietinho, com um poeminha de Fernando Pessoa que eu amo e recito com frequência. Era mais fácil expor as ideias dele do que as minhas.

Esqueci do blog por alguns meses. Quando meu avô morreu escrevi um texto que coloquei no meu perfil do orkut. Minha família amou e alguns copiaram para seus perfis também. Resolvi jogar no blog (secreto) para que ninguém lesse (dãã). E esqueci mais uma vez.

Então em dezembro o mestrado e os desentendimentos com meu orientador começaram a machucar muito. E minha válvula de escape é escrever, lembra? Pois é, larguei o dedo. Pensa que escrevi coisas para o blog? Que nada. Quando pensava que iria postar, travava. Vai que alguém lê... Comecei fazendo uma triagem dos meus antigos escritos. Este é legal e não me compromete... este pode. Este nãããão, este nem pensar! Este... Ãh... deixa para depois...

Nesta fase amigos e familiares que liam e, às vezes, comentavam. Nunca vou esquecer o dia em que li um comentário da minha mãe dizendo assim: "Adoro ler seus pensamentos". Era um trocadilho, mas me apavorou! Sou escorpiana!! Como assim, ler meus pensamentos?!

Aos poucos (em fevereiro deste ano) fui me soltando. Fui visitando outros blogs, conhecendo gente... Percebi que comentários me deixavam feliz, então passei a comentar nos blogs que visitava. Dali a pouco tinha gente me visitando, e deixando comentários!

Fui me permitindo escrever algumas coisas, muitos rascunhos guardados ainda nas postagens, mas já não tenho mais aquela trava. Agora penso menos se vai agradar, se vão entender, se serei criticada...

No momento mais crítico (há poucas semanas atrás), o blog foi o suporte que precisava. Minha prancha numa tsunami. Foi assim que expliquei para meu marido. É como terapia, por que tenho a oportunidade de dizer o que penso, o que sinto. E amigos vem em socorro e dão apoio, dizem palavras que nos animam. De verdade, nunca imaginei encontrar isso aqui. Não era esta a minha busca, mas hoje agradeço a cada amigo que vem me fazendo tão feliz.

Há duas semanas meu marido comentou (para mim, não no blog): você percebeu que mudou sua maneira de escrever? Na mesma época minha mãe comentou (no blog) que estava me reconhecendo na escrita, por que sou bobona, brinco, faço piadinhas infames... Sabe o que isso significa? Que estou à vontade. Que cheguei em casa. Que me senti aceita na blogosfera. É assim que eu funciono na vida.

Vocês não podem imaginar o quanto tem sido importantes em minha vida!

A ideia era deixar meu coração para vocês, mas apareceu um presepeiro na história e deixo a critério, cada amigo escolhe o coração que mais lhe apetecer (não há limites de escolha, ok?).
 

Esta é apenas uma postagem agradecida, por tudo que tenho recebido por aqui.

Beijos a todos,
Tati.