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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ei, alguém tem o celular do Freud?

E-mail? Twitter? Facebook? É que estou precisando dar uma palavrinha com ele...

Morreu?! Jura?! Ah, que pena... Então me ajuda você? Interpreta aí! kkkkk

Pois é, foi sonho. Mas primeiro vou ter que fazer uns preâmbulos. Está controlando o relógio?

Quando o Bê entrou nesta escola nova, logo de cara disse que o melhor amigo era o Fulano* (que eu ainda não vi). Era tão melhor amigo quanto o Fofinho*, da outra escola. Noooossaaaa!! Só que eu preciso explicar que, para o Bê, se ele riu para a pessoa ela já se tornou amiga! Sim, ela nem precisa rir de volta que já faz parte deste seleto grupo. Ah, a inocência infantil...

* Os nomes foram "trocados" para preservar as crianças. Juuuuraaa?!

Por que tudo isso? Por que passou-se mais um tempo e o Bê voltou tristinho da escola que o Fulano disse que ele era "o pior amigo dele". Pois é. Coração apertou. Eu perguntei "Você falou que ele era seu melhor amigo?" "Falei, e ele disse isso"... Ok, coisas de criança, amanhã se entendem, certo?

O Vi já tinha me dito que achava o menino meio antipático, que de manhã, quando ele leva o Bê, às vezes via o menino, o Bê chamava e ele virava a cara, nem olhava para o Bê, olhava para o outro lado... Ainda falei: "Ah, Vi, tão cedo. De repente o menino ainda está acordando, acorda mal humorado, vai melhorando com o passar do dia...

O tempo foi passando (já fez um mês que o Bê está lá) e nada mudou. Vez ou outra o Bê pede para sair, diz que lá é chato, e sempre o Fulano. De modo geral ele está gostando e vai feliz.

No final de semana a tarefa era construirmos um robô de sucata. Fizemos com caixa de sapato, papel alumínio, esqueci de tirar fotos. Ajudei, por que sei que mães ajudam e crianças comparam, mas deixei algumas coisas para que o Bê fizesse do jeito dele. Na segunda ele levou. Estávamos orgulhosos de nosso trabalho em robótica (kkkkkkkkkkkkkk).

Ontem à noite o Bê lança esta, quando estávamos chegando em casa: "O Fulano disse que meu robô era o mais feio". Perguntei sobre o robô do Fulano, até por que algumas crianças esqueceram de levar, vai que ele está desdenhando por que não tem um... "O robô do Fulano tem gravata. Mas robô nem tem gravata, né?". Quase malhei o robô do Fulano, só de pirraça, mas... epa! Aí eu não estaria ensinando ao Bê a fazer o mesmo? Falei que não podíamos desfazer do trabalho do amigo, nem ele do do Bê. Que cada um caprichou no seu e que o dele estava lindo! Falamos mais um pouco até que, encerrada a questão, chegamos, dormimos... Aí que vem:

Pois é, sonhei... Com o Fulano? Não. Com a mãe dele, que era uma antipática, vou te dizer! Que mulher preconceituosa e amarga!! Estávamos, várias mães, sentadas conversando. Algumas criticando coisas do dia, roupas, sei lá. De repente a insuportavelzinha diz: "Ai, meu filho não aguenta mesmo é esse tal de Bernardo". Aí eu falei, pois é, eu sou a mãe do menino novo. Vocês sabem como é difícil chegar num lugar em que todos já se conhecem? Ser novo.. blá, blá, blá... As outras mães tinham me aceitado melhor. Sei que no final da discussão, saímos no tapa. Sim, de puxar cabelo, claro, que mulher só briga assim... Me dei mal, por que o cabelo dela era curto e cacheado e o meu... bem, o meu... ainda bem que andei cortando...

E ela me acusava de ser mãe ausente, por que delegava filho (olha a culpa embutida aê, geeeenteee) e eu dizia que ela era uma vazia, que não fazia nada da vida dela e por isso julgava a dos outros. Que eu me realizava e que era boa mãe, sim.

Não me lembro em detalhes da briga, mas ao fim fui escrever a queixa no livro preto, sabe, igual de condomínio. Como se eu tivesse abrindo uma ação contra ela!!! kkkkkkkk

Agora, fala sério. Será que minha mente está tão partida assim? Será que ainda existe em mim este conflito?

Parei agora de manhã para tomar um café, depois de me despedir dos meninos, antes de seguir para o trabalho e me lembrei do sonho, e destas análises. Será que eu me culpo neste nível? Nunca tinha me dado conta, por que eu AMO meu trabalho, não achava que me culpava... Ou será que estou mesmo é desprestigiando a pobre mãe deste menininho enfezado que não simpatizou com o Bê? Noooossaaaa!! Quem se habilita?

Beeeeeeijos confusos e divertidos,
Tati.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quem meu filho beija...

... minha boca endossa, já dizia meu avô Manel...

Finalmente, pessoal!
Uma caixinha cheia de amor, som e perfume

Agora dá para mostrar o novo membro da família. Ele é nosso elo de ligação com a Regina Coeli e... senta que lá vem a história:
Foto roubada do perfil da minha querida Regina

Eu descobri a Regina durante a Blogagem Colorida. No azul ela abriu as portas de sua casa nesta cor e disse que os amigos a chamam de "casinha feliz". Eu me apaixonei por ela neste dia. A partir daí começamos uma amizade mágica, destas que a blogosfera nos proporciona.

A Regina é sempre fofa. Criativa, cuidadosa, tudo o que ela faz, faz com muito amor, isso passa pela tela do computador. E ela faz muuuitas coisas: pinta, borda, ... e faz bonecos!

Um dia ela postou uns anjinhos que eram a coisa mais linda. Fiquei encantada e contei para ela, mais ou menos, aquela história do quarto do Bê. Contei que eu procurei muito uma bonequeira que aceitasse minha ideia de um boneco Francisco que não fosse São Francisco. Nada contra o santo, mas nossa relação com ele aqui em casa sempre foi muito mais de amizade do que de devoção. Só que não encontrei ninguém. Rodei muitos lugares, com aquele barrigão... nada... desisti.

Cinco anos depois, vendo os bonecos da Regina no "Faz de Conta..." eu enlouqueci e aquela vontade voltou, ainda mais que agora nem o quarto temos mais... Eu escrevi para ela querendo encomendar. Ela me respondeu, em um e-mail muito emocionante, que aceitava o desafio, mas mais que isso, com muito amor, ela disse que adotava o Bê como neto e que queria dar o "amigo Francisco" como um presente.

Gente, chorei lendo o e-mail. Nem sabia o que responder. A princípio fiquei sem graça, depois entendi que era um gesto de carinho e aceitei. Presentes não devem nunca ser recusados, ainda mais quando vem com tanto amor! Ela escreveu novo e-mail perguntando um monte de coisas sobre o Bê. Mãe coruja que sou, fiz quase uma tese sobre ele! kkkk

Não é que a Regina usou cada frase que enviei para compor o "amigo Francisco"? Vendo o boneco parece que ela conhece o Bê pessoalmente. Fiquei encantada por sua sensibilidade.

Passamos este período de ansiedade e terça chegou aquela caixa de sedex aqui em casa. O Bê na maior expectativa, afinal, tinha o nome dele na caixa! Tirar aquelas fotos que vocês viram foi um suplício, não só por que a máquina estava cansada, mas por que ele queria mesmo era abrir a embalagem e descobrir a surpresa!

Dentro da caixa, 2 embrulhos grandes, dois pequenos e uma carta num envelope liiiiindo. Pena a máquina ter pifado nesta hora. Queria que vocês vissem como tudo estava arrumado com tanto capricho! Mas acreditem em mim, tá bem?

Abrimos o primeiro pacote, dourado, etiquetado da vovó Regina para o Menino Bê. Dentro, uma toalha de banho do herói favorito: o Ben 10! Ele se enrolou na toalha como se fosse uma capa e ria tão gostoso, tão feliz! Nós três, felizes demais com todo aquele carinho brotando da caixa amarela.
 

O Segundo pacote era ele, nosso amigo Francisco. Ele não é santo, é um menininho de pano, levado, sorridente, com um sorriso igual ao do Bê: "que ilumina o mundo"; tem cabelos claros e esvoaçantes; olhos verdes como a relva; usa calça jeans e no lugar do cinto, um cordão (semelhante ao dos frades franciscanos); tem pés descalços; uma blusa verde com estampa de bichinhos (por que o Bê ama animais, e o nosso amigo Francisco também, né, lembra?); E o mais lindo, que o faz um Franciscano, em seu pescoço trás o TAU, aquela cruz que representa harmonia e simplicidade. Isso é o que de melhor podemos desejar ao Bê. Isso é o que a Regina enviou junto com o amigo Francisco.
  

Ainda tinham dois pacotinhos para abrir. Num, o chapéu de palha. Tão caprichado como tudo o mais; no outro, uma cesta, também de palha, repleta de frutas, doces e delicadas, como a Regina!
 

Então fomos à carta, que li muuuuito emocionada (e sem foto... grrrrr). Conforme ía lendo fui entendendo que nada, exatamente nada, no amigo Francisco estava ali por acaso. Cada pequeno detalhe, que poderia passar despercebido, foi planejado por ela, de acordo com a proposta (exemplo de vida de Francisco de Assis, mas não santo) e seguindo ainda o que contei sobre o Bê. Ela também conta isso aqui.
 

A borboleta na barra da calça e o passarinho no chapéu representam os animais que ele tanto amou e reverenciou, assim como a estampa de sua blusa; a cesta de palha ele usa todos os dias para colher frutas fresquinhas e repartir com os que encontra pelo caminho (eu contei, no e-mail, que o Bê é louco por frutas!).

Ela foi, na carta, contando toda a história do amigo Francisco, num lindo Era uma vez... A cada palavra eu me apaixonava um pouquinho mais por ela e agradecia seu carinho, em especial pelo meu filhote. Nada do que façam por nós tem o valor do que fazem pelos nossos filhos. Isso é tão verdadeiro! Quando é assim, espontâneo, de coração aberto, e pelo simples prazer de agradar... eu fico sem palavras. 
  
Ontem chegamos tarde, deu para esta foto. Hoje de manhã (6h) já viu o que deu, né? Vou tentando...

Ela ficou, de lá, preocupada se iria agradar, se era o que queríamos, imagina? Eu, daqui, fico me questionando se as palavras que usei expressam os reais sentimentos, e sei que não. A gratidão, o amor que borbulha em meu coração agora... não conheço palavras que os descrevam.


Regina, obrigada por tudo. Que eu possa, de alguma forma, representar em sua vida um pouco da luz que você representa na minha, neste momento. Que sua família receba tantas bençãos quantas você nos enviou. Este bonequinho tem em seu enchimento mais emoções do que algodão. Um grande beijo em seu coração. 
 
As violetas são um presente especial. Fomos ao horto apenas para buscá-las

Sei que esta mensagem chega em sua casa num dia difícil. O amigo Francisco foi comigo e compramos estas violetas. Não estavam muito bonitas, mas eram violetas! Sinta, hoje, nosso abraço te acalentando. Nosso colo, caso precise. Estarei contigo, mesmo que em pensamento.


Beijos a todos, continuem acompanhando que a novela do amigo Francisco ainda não chegou ao fim... Ele não é lindo?!


Tati.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Se não for abusar...


Outro dia o Lynce, meu amigo do virtual disse que me sentisse em casa na sua casa (blog). Enquanto respondia pensava que aquilo dava samba (ou seria Fado?). Como não sei compor, mas sei escrever... Senta que lá vem a história:

Sabe essa coisa de se achar gentil e dizer: Sinta-se em casa na MINHA casa? O folgado só entende uma parte: Sinta-se em casa. Ele não absorve a parte do MINHA casa.

Muito cuidado ao usar esta expressão, você pode falar por simpatia, mas tem muitos por aí que a entendem no sentido literal e quando você perceber tem um (ou uma família) de soltinhos abrindo a geladeira, colocando pé no sofá, mudando canal da TV, usando seu computador e até mudando a configuração! Ah, se tem!!

Tenho certeza que só com o parágrafo acima quem leu já colocou rosto em vááárias figuras, estou certa? Pois é, mas a gente ingênua e de boa vontade continua dizendo isso por aí, para gente que parece amigo, parece tranquilo, parece ter noção... mas é sem!

Vou ilustrar: Eu e Vi somos meio matutos, achamos que todos serão amigos e ficamos felizes por cada pessoa nova que conhecemos. Quando vendemos nossa casa, o casalzinho que comprou era tão simpático, novinhos, sorriso largo...

Como estávamos na ansiedade, comprando um apartamento, cheios de expectativas, quisemos oferecer a eles o que gostaríamos que nos oferecessem e, na assinatura do contrato, ofertamos: "Fiquem à vontade para visitar a casa, afinal... hohoho... a casa é de vocês, né! hohoho E rimos com o trocadilho...

Teríamos ainda perto de três meses morando na casa. Semana seguinte o comprador liga dizendo que quer ver a casa, que tinha visto com pressa, blá blá blá... Os bobões, que somos nós, todos solícitos. Fizemos uma surpresa (hahaha Tô rindo do quanto somos patinhos). Como nossa vaga era na frente da casa, colocamos nosso carro no estacionamento de visitantes para que ele "tivesse a sensação de chegar em casa". Gente, fazem ideia? O cara entendeu mesmo que tinha chegado em casa!

Ficou até tarde. A gente com criança pequena, que dorme cedo (na época tinha 3 anos, dormia mais cedo ainda) e o cara lá, todo amigo, contando histórias, olhando tudo... enfim, uma lástima. Acabou por aí? Claro que não...

A partir deste dia, ele ligava o tempo todo e, pelo menos uma vez por semana queria ir lá em casa. Eu p. da vida, querendo falar um monte e marido: Deixa que eu resolvo. Só que meu Vicente é um São Vicente, vocês não fazem ideia. Só quem o conhece pessoalmente para confirmar o que digo (manifeste-se aí pessoal). E eu me segurando para não ferir o santo de casa, que contrariando o dito, faz muitos milagres sim!

Ele trouxe a mulher, ele trouxe as TINTAS! Ele trouxe caixas de mudança... Aí, marido já sem paciência nenhuma, deixou na varanda, do lado de fora. Dane-se se chover em cima! Tolerância tem limite, mas acho que falta de vergonha na cara não tem...

Esta invasão de privacidade tornou os dois meses e pouco que ainda ficamos lá um caos. Chegou ao cúmulo de aparecer com a família toda no dia em que estávamos empacotando nossas coisas. Neste dia dei um ultimato no marido: Ou você age ou eu vou agir. Conhecendo a mulher que tem e preocupado em manter a política de bom samaritano... neste dia, ele não deixou que eles entrassem, mas com sua polidez habitual. Voltaram da porta, nem vi ninguém. Devem ter nos achado muito sem educação, os simpáticos!!

Por isso que eu digo: Protejam-se dos folgados desde o primeiro dia, assim não terão que passar por deselegantes na hora que não der mais para tolerar os abusos!

Teria muitos outros causos para contar, mas não quero abusar do seu tempo (kkkkk Típica frase de folgado!)

Beijos a todos.
Fiquem à vontade, a casa é nossa! Mas nada de pé no sofá, hein!

Tati