Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

2ª Desvirtualização Carioca

Muitos dos amigos que por aqui passam ficaram sabendo que em Agosto/10 fizemos a 1ª Desvirtualização Carioca e conseguimos reunir amigos que antes eram apenas virtuais. Foi sucesso absoluto e a emoção é indescritível! Só vivendo.

Quer sentir também? Fizemos esse post para convidá-los para nosso segundo encontro. Será ainda a oportunidade de uma tarde de autógrafos no primeiro livro de nossa amiga She – Cabra CegaNão haverá venda de livros no local, quem quiser participar desta parte da festa deverá levar seu exemplar para a dedicatória. 



Pensamos em nos encontrar no dia 06/11 (sábado) às 14h. O que vocês acham? 


Aqueles que quiserem participar, por favor, encaminhem um e-mail para: 






Indiquem no e-mail o nome e blog para que possamos acompanhar o número de pessoas interessadas e escolher um local, no mesmo esquema do anterior: bom, bonito e barato. 

A partir deste primeiro contato a comunicação será toda feita por e-mail, resguardando a intimidade e segurança do grupo. Estamos na torcida por uma maior participação de amigos de fora do Rio. Ah, venham nos dar aquele abraço!!!

P.S.: O livro pode ser adquirido neste linkA entrega leva 5 dias úteis.


Beijos. Aguardamos sua presença.

Isa, She e Tati.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Só Por Agora conheçam minha amiga!


Mais uma postagem do "Agradecimentos em resposta" e uma oportunidade para apresentar uma amiga, caso alguns ainda não a conheçam. 

A Meri Pellens é uma amiga querida. Minha? Não só! Ela é amiga de todos por aqui, daquelas pessoas generosas, que sempre tem uma palavra delicada, de força e estímulo. 

Quando comecei o blog a conheci com seu Diário de Reyel. Achei o nome lindo, o template também era muito convidativo. Ela não apresentava seu nome real, e mostrava no perfil apenas seu lindo olho, verde e expressivo. Me afeiçoei, comentei em algum momento, ela respondeu. As respostas da Meri são especiais, ela é muito cuidadosa com as palavras que usa e faz com que seus amigos e seguidores sintam-se bem recebidos e cuidados. É, cuidados!! 

Foi assim que me senti quando, ontem, li este comentário. Veja se não é para ficar agradecida e lisonjeada? 

 Meri Pellens disse...



(...)
PS: Eu queria tanto ter entrado em contato com vc por e-mail, mas não sei seu e-mail, pois suspeitei, pela demora, de deficuldades com ativação do seu domínio. Fiz então um tutorial sobre domínios UOL HOST no Blogger na esperança de vc ler. Mas graças a Deus vc conseguiu! Parabéns!

Tá, só postei o P.S., mas foi o PS que me emocionou. Imagine você que ela se preocupou a este nível comigo! Na ausência do meu e-mail fez uma postagem, na intenção de me ajudar com minhas dificuldades com a migração. Não é coisa de uma pessoa muito generosa? E se eu tivesse conseguido acessar, com certeza tinha resolvido meus problemas sem precisar de qualquer outro tutorial. Ela fez um passo a passo, todo ilustrado com as telas que encontraria pela frente! Se estiver pensando em contratar domínio próprio, siga o post da Meri.
Estou feliz demais com tantas manifestações de carinho, com as boas vindas que recebi pelo retorno. Gostaria de convidá-los, hoje, a conhecer o SPA da Meri Pellens: seu Só Por Agora. Um blog que traz assuntos interessantes, polêmicos, reflexivos e muitas dicas instrutivas para quem está começando, e para quem quer crescer como pessoa. Além disso a Meri desenvolve Templates lindos, personalizados, e ajuda na instalação. Precisa ver o que ela fez para a Chica
Espero que vocês tornem-se amigos. Um dos maiores orgulhos que tenho na vida é o de apresentar meus amigos e torná-los amigos, independente de minha presença. Se faço isso na vida real, por que não aqui? A Meri é uma amiga que vale à pena!
Beijos a todos,
Tati.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um presente de aniversário para o Natal

Bom dia amigos,

Hoje a postagem é um presente de aniversário para minha querida amiga Bonfa. Diferente e inusitado como ela gosta que as coisas sejam! Fiquei pensando nas coisas que já fiz e esta é uma das que mais me orgulho. Não fiz sozinha, marido teve participação mais do que ativa. Eu invento as modas e ele, bom companheiro que é, embarca!

Vamos ao presente?

Tem uns anos, recebi uma mensagem de Natal sobre a árvore dos amigos. Conhecem? Começa assim: 
"Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos!"

No ano seguinte a mensagem ainda estava em mim. Fiquei pensando de que maneira podia concretizar aquilo. Eu queria meus amigos pendurados na árvore!

Foi então que surgiu a ideia da caixinha. Aos poucos foi tomando forma. Como quebramos a cabeça para chegar ao formato final! Fui até uma loja que vendia embalagens, escolhi o modelo mais próximo daquilo que eu desejava. Levamos para casa, abrimos a caixa, escaneamos. Marido jogou para o Corel e foi modificando-a como desejávamos. Ao mesmo tempo eu fui selecionando as fotos e montando no photoshop. Uma foto 10x15 abriga 6 imagens para caixinha. Cada foto tem 4 cm, centralizada num espaço de 5 cm. Tem que ter esse 0,5 de margem para cada lado, que é a base onde colamos a foto na caixa.

Deu um trabalho monstro! A gente ajustava ao que parecia o ideal, imprimia numa folha A4, recortava, colava, verificava as falhas, voltava para o Corel. Entendam que vocês estão falando com curiosos amadores e não com profissionais da design.

Compramos papel cartão e cortamos em 6, num tamanho semelhante ao A4. Escolhemos, para nossa árvore, a cor ouro velho, você pode fazer da cor que desejar. Imprimimos o molde no verso do papel cartão, recortamos, montamos. A janelinha onde inserimos a foto deve ser recortada, com estilete, por último. Isso depois de já terem sido marcadas as dobras. Eu marquei dobrando a folha sobre uma régua de metal. Isso por que senão ela fica flácida e rasga com facilidade. Colamos as fotos no verso. Depois de seco, recheamos com ráfia de celofane e dois bombons em formato de coração, que compramos prontos.

E para o buraquinho onde passa a fita? Estávamos quebrando a cabeça quando fomos almoçar na minha sogra. Ela é a rainha do artesanato e estava envolvida na confecção de umas bolsas, usando um furador de cintos para marcar a entrada da linha. Opa! Era tudo que precisávamos! Roubamos pegamos emprestado e só devolvemos depois do Natal. Hoje existem furadores fofíssimos usados para scrap que, acredito, se aplicam perfeitamente. 

 Passamos um fitilho por dentro e penduramos na árvore. Eu amei o resultado. Fez muito sucesso, ainda mais quando os amigos e parentes chegavam e viam-se representados ali. Era emocionante! Até hoje fico muito feliz quando chego na casa de alguém e vejo nossas caixinhas. Algumas ficam guardadas e ornam as árvores da família, outras estão sobre estantes, armários, prateleiras. É sempre um prazer!

Onde erramos? Nós fizemos como lembrança, no lugar do cartão. Com isso, cada amigo que passava em casa levava sua caixinha. No dia do Natal a árvore estava pelada, coitada! Restavam poucas caixinhas. Tive que correr e preenche-la com as bolinhas e enfeites do ano anterior.

Este ano pretendemos fazer novamente, só que desta vez não será mais uma árvore de amigos. Será uma árvore de momentos, com fotos que queremos eternizar, por que são lembranças felizes, seja com amigos, seja só entre nós. 

Esta é minha homenagem singela a uma amiga querida e muito criativa, que inventa modas interessantíssimas. Não tenho fotos de passo a passo por que não tenho o hábito de fotografá-los e já fazem alguns anos. Parece que está cedo para falar nisso? Da outra vez começamos em agosto, e quase não dá tempo de finalizarmos para o Natal. É por que perdemos muito tempo ajustando a caixinha. Se quiser fazer na sua casa eu disponibilizo os moldes, tanto da caixa como da foto, basta solicitar que eu envio. Aqui coloquei as imagens reduzidas para não ficar tão pesado.

Bonfa querida, FELIZ ANIVERSÁRIO!!! Que seu dia seja repleto de ideias criativas e presenças carinhosas.


Se você gosta de coisas criativas, diferentes, interessantes, boas ideias, e descritas de uma forma mais  completa e profissional, então corre até o Casos e Coisas da Bonfa. Ela sim sabe como fazer estas coisas, e hoje está de aniversário! 

Um beijo,
Tati.









quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Amar nem sempre é fácil

Quando meu pai operou o coração, seja pelo desgaste, seja pela medicação, ele entrou num processo de depressão. Meu pai é aquela pessoa com uma energia intensa: Se está bem, a energia da casa inteira flui, em contrapartida, se está mal, afunda com toda a família. Ele tem um magnetismo muito forte. Sendo assim, esta foi uma fase muito dura para todos nós.

Tínhamos passado por um período tenso com a doença do coração, cuidados intensivos em casa, tanto antes como depois da cirurgia. Ele inspirava atenção e estávamos ali, disponíveis. Quando a depressão instaurou-se a coisa ficou bem mais difícil. Não é nada fácil lidar com um depressivo. Ele ficava ali, prostrado, amuado, sem vontade para nada. Era estranho, chato, desgastante... Por um tempo nos empenhamos; sem ver melhoras, vai dando uma vontade de entregar os pontos. Chega uma hora que você sente raiva da pessoa! 

Nesta fase eu li em uma revista a seguinte frase: "Me ame quando menos mereço, é quando mais preciso".

Estes dizeres tocaram fundo em mim. Foi a partir disto que escrevi o texto que agora transcrevo. Ainda acho que um anjinho soprou cada uma dessas palavras ao meu ouvido. Deixei-o sobre a cama de meus pais, para que minha mãe e minha irmã lessem. Para que entendessemos que ele não estava bem e precisava, mais que nunca, de nós. Pensar sobre isso foi fundamental neste período. Agora compartilho com quem as quiser ler. Que possa ajudar outros que passam pelo mesmo drama. E saiba, tudo passa!

Me ame quando menos mereço, é quando mais preciso.
Família não é um aglomerado de pessoas reunidas numa casa. É um grupo, composto por pessoas que se amam, se respeitam e se admiram. Que se conhecem ou, pelo menos, tentam. Que quando não conhecem buscam compreender, aceitar.
Tolerância, carinho, diálogo, cooperação. São palavras-chave para a convivência feliz, na busca da harmonia.
Não devemos estar unidos apenas quando a doença se exterioriza no corpo. A doença da alma deve ser vista com maior atenção.
Unir forças para tentar detê-la. Visitas diárias ao coração machucado, à alma ferida.
Alimentar o espírito fraco com palavras e gestos nutritivos e saborosos.
Juntos tudo ficará mais fácil. A crise existe, está aí. Todos conhecemos, apesar de não sabermos lidar com ela. Também sabemos do grande amor que sempre reinou neste lar.
Cabe a nós consertar. É uma prova, um teste. Vamos passar por ele, de mãos dadas, mentes fortes e confiantes.
Estejamos juntos, em amor, e nada pode abalar um lar.
Beijos, Tati.  (ago, 2000).

Na minha família, prima é irmã!
Este foi um primeiro passo. As coisas não são simples, e não foram. Hoje meu pai está bem, é um homem ativo. Apesar de aposentado, trabalha e é reconhecido no que faz. Se dá muito bem com minha mãe, com quem está casado há quase 36 anos, numa relação de cumplicidade e carinho. Depois disso meu sobrinho JP nasceu, trazendo muita alegria. Acho até hoje que foi ele que salvou me pai, foi seu grande anti-depressivo, tomado em grandes goles, já que moram juntos, e sem contra-indicações. Nossa família se fortaleceu. Outras crises já nos acometeram, superamos todas! Juntos! Por que há muito amor entre nós!

Esta foi minha participação na blogagem coletiva proposta pela florzinha Cintia do Meu Cantinho, em comemoração aos 2 anos do seu blog. Parabéns, querida!

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Felicidade é uma colcha de retalhos

Um mosaico de alegrias, costurado por tristezas.

A proposta hoje é escrever sobre FELICIDADE, na Blogagem Coletiva da Glorinha do Café com bolo. E foi a mais difícil de escrever. Os outros sentimentos e emoções podiam ser pontuados. Eu pensava em medo ou raiva e vinha uma história, mesmo algumas. Eram fatos isolados, com datas e personagens definidos.

Amo estes meninos.
Motivo de ser feliz!
Felicidade não é assim. É um tapete, um panorama. Felicidade é mais constante e, ao mesmo tempo, mais dispersa. Somos felizes quando estamos alegres, e também quando estamos tristes. Somos felizes em todos os tempos verbais: Sou feliz na cena presente, ao interagir, ao viver; no passado, ao recordar; no futuro, quando sonho.

Se folheio um álbum de fotos, sou feliz em rever cada momento. Tantas histórias são reveladas em imagens congeladas por uma câmera. As risadas ecoam na mente, o calor do abraço, a sensação daquele dia. Isso não está na foto, só quem vivenciou a cena pode saber o bom que foi. 

Amigas para a vida toda,
na fase mais bonita da nossa.
De modo geral é mais fácil saber-se feliz ao recordar um momento: "Naquela época eu era tão feliz!" "Ah, bons tempos aqueles"... e outras expressões do tipo. Para ser feliz no presente é preciso uma certa tomada de consciência. Eu faço um exercício de olhar-me de cima, de fora da cena. E ali tenho a certeza do ser feliz. Lembro a primeira vez que fiz, meio sem querer. Estava rodeada por meus amigos da faculdade. Uma turma que amo, mesmo não convivendo mais. Naquele dia estávamos reunidos, brincando, rindo, contando histórias, unidos como éramos. E eu parei no tempo. Fotografei com o coração: registrei as imagens, o som das gargalhadas, o carinho que tínhamos (e temos) uns pelos outros. Este dia não me sai da lembrança. Um dia comum, sem nada que valha relatar como fato. Marcante por intensidade no sentir. Hoje quando penso nestes amigos, este dia é lembrança certa. Quase todos os nossos dias juntos eram iguais. Por algum motivo que não sei, este foi o dia da tomada de consciência. Eu nos vi por cima. Eu me vi na cena, rodeada e feliz. 

Momentos simples,
 inesquecíveis!
Depois desta ocasião treinei, exercitei, e hoje sou capaz de fazê-lo de forma pensada. Quando vivo um momento que me deixa feliz, paro um momento, pareço distante, pensativa... Estou fotografando com o coração. Não preciso pedir que façam xiiiiis. Os sorrisos tem movimento e som dentro de mim. Em muitas situações, quando me sinto plena, faço este movimento. Me destaco e filmo, gravo, registro. 

Felicidade são as covinhas do Bê, o olhar doce e apaixonado do Vi, uma garrafa de café fumegante, a voz da minha mãe, o riso do meu pai, limpando as lágrimas de gargalhar, os braços do meu sobrinho dizendo que no meu abraço quem cabe é ele, numa brincadeira que é só de nós 2, é família reunida. 

Felicidade é uma caixinha no google talk, com a palavrinha Tati no topo da mensagem. É a oportunidade de escrever este blog, de ser lida e comentada com carinho. De interagir com pessoas distantes, e que se fazem tão presentes. É também a dúvida sobre os caminhos a seguir, e saber que isto só acontece por que tenho múltiplos talentos. É a superação pessoal.

Família reunida, intensa falicidade
Todas estas imagens somam-se a situações de dificuldades e tristezas. Elas também alimentam meu lado feliz, quando me dão oportunidade de refletir, crescer, valorizar o bom. Os contrastes são importantes para valorizarmos o que temos. Lulu Santos não errou ao dizer que não existiria som sem silêncio, nem luz sem escuridão. Ainda assim, o que mais gosto, o que me faz mais feliz nos momentos superados, é ver que cresci. Sempre crescemos mais nestas fases duras. E se crescemos, a felicidade cresce em nós.

Quando superamos algo, em especial quando superamos a nós mesmos, a felicidade jorra. Eu tenho passado por uma fase de auto-superação que tem me feito muito bem. Muitas vezes são coisas pequenas, insignificantes aos olhos desatentos. Só quem as vive sabe o valor que tem. 

Meu sobrinho-filho,
um dos grandes amores da minha vida.
Ontem, após quase 3 anos, eu tive coragem de pegar no volante. Dirigi uma quadra apenas. Peguei o Bê na escola e voltei para casa. Foi uma vitória grande sobre mim mesma. Eu estou tomando posse da minha vida novamente. Este movimento pode parecer tão bobo, nem sei se vale relatá-lo aqui. Para mim, foi o passo gigante, significativo. Representa a retomada de minha vida. A ruptura com alguns nós que criei ao meu redor e me impediam de continuar. Estou saindo da crisálida, secando asas ao sol, planejando voos mais altos. Tudo se aproxima e se forma. Está ao alcance das mãos.

Sorrio, um sorriso discreto. Não há gargalhadas ou dentes expostos. Neste momento não é da alegria escandalosa que falo. Falo, sim, da felicidade. Um processo mais lento, mais calmo, aderido na alma.

Beijos a todos,
Tati.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A linda Espatódea

Bom dia!!

Minha vontade de criar um blog é bem antiga. A primeira ideia foi de um blog contando a história das músicas. Sou apaixonada por letras de música. Muitas vezes elas nos traduzem melhor que 1000 palavras. A melodia ajuda bastante, e sou louca por música de qualquer jeito (música, entendam bem! Daquelas de qualidade!), ainda assim, minha paixão são mesmo as letras. A poesia que se consegue colocar ali. E quando sabemos que por trás daquela letra há uma história... Ouço, ouço, ouço e não canso de imaginar as situações experienciadas. É que sou louca por histórias!

Daí a ideia do primeiro blog era isso, um blog com as letras das músicas e a história de sua composição. Tipo: Flor de Lis do Djavan; Tears in heaven do Eric Clapton, Canção para você viver mais, do Pato Fu... entre outras. Algumas são tristes, há também as felizes. A maioria que a gente conhece tem a ver com nascimento de filhos, como Gabriel, do Beto Guedes. Assim é, para mim, Espatódea.

A Zoé é a lindinha de blusa vermelha
Na verdade, quando o Nando Reis compôs, a Zoé já estava maiorzinha. Segundo ele conta, ela que pediu uma música. E é tão linda!! Dá vontade de ter uma filha chamada Zoé, só para cantar esta música para ela, que não seria ela, por que a letra é tão dos dois... Já li entrevistas dele contando o porque da letra, que merece ser lida com cuidado.Daí encontro este clipe do Nando Reis, numa praia, e olha a maneira apaixonada como ele fala da música. Dá até irritação do cinegrafista não segurar no carão na hora que ele fala o nome da filha. Lindo demais de ver! E como história boa tem imagem, fui em busca de uma imagem da família. Ele também tem uma música para o filho Sebastião e para a filha Sofia. Nenhuma é tão linda quanto Espatódea!

E para quem tem dúvidas de por que espatódea, segue a foto. Conta que ela é a única ruiva como ele, dentre seus 6 filhos. Essa é uma das mágicas da música!

Assim deixo o dia, para que todos possamos sonhar com nossas obras primas, se puder ser música, ótimo. Que tenha uma bela história por trás. Que inspire outras pessoas a sonhar. E que nos deixe com este brilho nos olhos, e com o sorriso bobo de quem visualiza tantas lembranças de grandes e doces momentos.



Beijos a todos,
Tati.

sábado, 14 de agosto de 2010

Os bastidores da lembrança


Quando estava montando a postagem da Quem me quer - Quem eu quis - fui ao google imagens procurar fotos da boneca. Consegui encontrar tanto a minha quanto a da minha irmã. Sim, a história é baseada em fatos reais! hehehe
  

Nas buscas acabei parando no Mercado Livre, onde descobri uma infinidade de bonecas Quem me quer, e outras tantas, sendo vendidas. Uma Quem me quer chega a custar R$ 350,00. Achou caro? Eu daria, se tivesse!! Olhando as fotos senti uma vontade tãããão forte de abraçar a minha de novo... senti até o cheirinho dela, acreditam? A textura da pele... Ai... que saudade da minha boneca favorita, gente!! hehehe

Mas nem era isso que eu queria falar não... É que na busca, quando vi estas bonecas à venda, vi que muitas ainda estavam nas caixas, algumas lacradas!! Como assim? Aí lembrei da tristeza do Pete Fedido, lembram dele? Do Toy Story 2? E sua frustração por ter sobrado, por nunca ter sido tirado da caixa... A gente repete esta frase à exaustão aqui em casa (filme preferido da família, diga-se de passagem): "Nuuunca foi abertaa..."

E aí fiquei com uma peninha delas... Daquelas bonecas que foram produzidas para serem abraçadas, queridas... para fazerem parte das histórias e lembranças de uma criança e... não foram abertas, para não estragar...

Lembrei também de umas amiguinhas de infância, que moravam na casa em frente ao nosso prédio: Márcia e Renata. Elas tinham um husky siberiano liindo, o Micha, e tinham também tantos, mas tanto brinquedos... Uma vez, brincando na casa delas, a mãe abriu um armário e havia uma infinidade de bonecas nas caixas, numa prateleira que a gente não alcançava. Acho que ela guardava para dar de presente em aniversários, sei lá. Na época não me questionei. Só registrei a imagem por que era uma visão do paraíso! Imagine o cheirinho de todas aquelas bonecas novinhas... Cabelos sedosos... Roupas que farfalhariam... Brincadeiras virgens por acontecer... Será que são estas bonecas, aquelas fadadas a morar no fundo do armário durante a infância das meninas da casa, as que vemos hoje expostas no Mercado Livre? 

E se pensassem, o que sentiriam estas bonecas? Seriam felizes por estarem ainda montadas, todas trabalhadas no estilo "não saí da caixa"? Ou estariam tristes por não terem vivido?

As nossas bonecas não sobreviveram a nós. Não tenho nenhuma para contar a história. A última, uma Susi com calça cigarrete de tecido brilhoso e casaco de pele, foi destruída por uma boxer louca que tivemos, a Chalaninha. As demais, acabaram-se em brincadeiras. Não acho ruim. Não faço questão que os brinquedos do Bê sobrevivam à passagem do tempo. Se eles resistirem às brincadeiras, ótimo, desde que as brincadeiras sejam seu porto, e não a conservação.

Minha mãe conseguiu que uma de suas bonecas resistisse ao tempo, era linda! Eu e minha irmã, duas traças de brinquedos, destruímos a coitada. Não precisamos chegar a este ponto, né? É possível um uso cuidadoso,  desde que um USO. Sei lá, é minha visão para os brinquedos. Não todos, é claro! Há aqueles que são produzidos para colecionadores. Sua energia é diferente. Eles são mais esnobes. Na verdade, se olharmos em seus olhos perceberemos que nem mesmo gostam de crianças... Eles torcem o nariz quando elas chegam perto... Não sou muito fã deles não... Uns metidos!

Lembrei também do aniversário de 1 ano do Bê. Dentre tantos e tantos presentes lindos, em suas caixas e laços de fita, um chegou numa bolsinha despretensiosa. Minha querida amiga Lilith, um daqueles tesouros que papai do céu me deu, levou um presente de loja, embrulhado como os demais, e também esta bolsinha, com "Os 7 atchins". Sabe quem eram? Os 7 anões, de borracha. Qual seu valor? Foram dela, quando criança, e ela os quis passar para meu filho. E se você acha que esta história já era encantadora aqui, não sabe o desfecho. Estes atchins tornaram-se o brinquedo favorito do Bê. Até hoje estão aqui em casa. De tempos em tempo damos uma geral nos brinquedos e separamos os que não são mais usados para doar. Quando chegamos nos atchins, ele os segura por um tempo, pensa... e diz, um tanto contrariado: "Tá beeem, mãe. Pode dar"... Na sequência, disfarça e os pega de volta! Agora já nem os incluo mais neste grupo de possíveis doações. Serão guardados, tal qual Woody, Buzz e Jessie. Quem sabe serão ainda os favoritos dos meus netos? Ou retornarão aos filhos da Lilith, quando estes forem encomendados? Isso ainda não sei... Sei que estes podem se dizer brinquedos felizes. Fazem parte de um ciclo de amor. 

Será que 1.425.569 vezes assistindo à série Toy Story me afetou? Pode ser. O mais provável é que ter este filme como predileto, dentre as animações maravilhosas que temos por aí, venha de uma grande identificação com brinquedos e brincadeiras. Tenho um arquivo maravilhoso em meu baú da memória para contar a vocês, só que aos poucos, tem que ter paciência com tantas e tantas histórias. 

Me aguardem!

Beijos a todos,
Tati.

P.S.: Só para esclarecer: Existiam duas coleções de bonecas, ambas da estrela, uma a Bem me quer e outra, a Quem me quer. A minha era a Quem me quer, são as bonecas das fotos acima e do post anterior (a última, de cabelo arrepiado, não. É uma imitação, é que foi a única que encontrei descabelada... A Bem me quer é a boneca da foto ao lado. Pronto, acharam que eu tenho boa memória? Precisa ver a do Google!! Mais beijos.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Amor ao silêncio

Este texto está escrito há bastante tempo. Comecei a atualizar as datas, mas o descaracterizaria demais, então, apenas explico aqui e mantenho-o como estava. Acho que foi escrito em abril ou maio... nem sei... mas ele traduz tão bem meu estado de espírito (menos a enxaqueca, que Gracias, não me acompanha hoje):
No centro onde trabalhávamos havia uma frase em um mural: "Se suas palavras não forem mais bonitas que o silêncio, prefira o silêncio". Achava-a maravilhosa. E olha que sou uma tagarela! Mas sou uma tagarela em reabilitação, tentando silenciar não apenas a boca, principalmente a mente.

Hoje é domingo e fiquei em casa por que acordei com enxaqueca (aliás, estou em crise desde sexta-feira). Marido e filhote foram curtir o dia na casa da sogra e eu fiquei. Não pense que me dei bem, longe disso! Adoro a casa da minha sogra. Ela nos recebe muito bem, é muito carinhosa, e como a família é grande, a reunião de cunhados e sobrinhos é sempre uma festa. Hoje perdi de curtir um momento gostoso em família.

Fiquei em busca de silêncio e tranquilidade, mas em pleno domingo algum vizinho sentiu-se no direito de escolher a trilha sonora do quarteirão. Então, com o pouco de capacidade que resta a alguém com dor de cabeça e no meio de uma boate arbitrária, fiquei pensando no medo que as pessoas tem do silêncio.

Por que temos tanto medo de silenciar? Por que, quando estamos entre amigos, há a necessidade de emitirmos palavras o tempo inteiro? Com quantos amigos somos capazes de nos sentar em silêncio e ainda assim estar em sintonia?

Se estamos em casa sozinhos ligamos a TV ou o rádio, nem que seja apenas para "fazer barulho". O silêncio está relacionado à solidão? Sei que não existe solidão maior do que aquela que sentimos em meio à multidão.

Será que o medo maior é da nossa consciência? Não aquela consciência clássica, juíza do certo e errado, mas a consciência pura e simples: nossa capacidade de estar consciente da realidade? É este o momento em que as grandes questões nos invadem? As temíveis questões: "O que você está fazendo da sua vida?" "Você é feliz?" "Por que está aqui?" "Qual seu compromisso com a vida?"

Estar em silêncio nos permite um íntimo contato com quem somos de verdade. E isso é assustador! Neste estado somos capazes de enxergar aquilo que ocultamos de diversas formas. Temos medo do ruim em nós, de enfrentar nossas falhas, com isso perdemos de nos conhecer um pouco mais. 

Vivi momentos inesquecíveis, sem que uma unica palavra fosse emitida. Para certos momentos, qualquer palavra é menor. Não há palavras capazes de traduzir determinadas emoções e situações. Um abraço, um encostar nos ombros. Olhos nos olhos sob as estrelas... Que palavra pode ser dita?

Eu também tenho medo do meu silêncio, e de qualquer silêncio. Amo momentos assim, mas ligo, no mínimo, o computador. Preciso de companhia. Neste período que tenho trabalhado muito de casa e passo o dia inteirinho sozinha... Tem horas que dá angústia. Achava que adoraria esta situação. Sempre quis um pouco mais de solidão. Adoro estar comigo mesma, mas nesta fase estou assim tempo demais, e sinto falta do compartilhar. Os dias ficam longos demais. Não há interação, troca. A energia fica estagnada, e água parada, apodrece. 

Sem silêncio e solidão a escrita não acontece (pelo menos para mim). Só que solidão demais começa a me deprimir em algum ponto. Eu vou fechando a concha de tal forma que chega uma hora, mesmo que eu queira, não consigo abrir. Acho que é o que está acontecendo agora. Tenho ficado tempo demais só, comigo mesma. Gosto da companhia, mas sinto falta dos demais, do convívio, e quando tenho a oportunidade... esqueci como interagir. Fico quieta, distante. Não gosto quando estou assim. E sei que é hora de retornar à superfície. 

Este texto estava guardado nos rascunhos e o encontrei agora, numa semana que começo com muito a dizer, mas com conchas cerradas, o esforço para abri-la é intenso, não só por que eu acho que preciso, mas por que quero! Quero estar com as pessoas, participar do mundo. Solidão e silêncio são bons, mas quando são voluntários. Neste momento já não é mais assim para mim. Nestas horas penso em Cecília Meireles, não me comparando à sua escrita, entendam bem, mas à sua solidão profunda, e sei que não quero chegar tão longe. Os textos podem ser ótimos e inspiradores, podem traduzir nossa alma, mas este mergulho em apnéia é doloroso demais. Acho que não estou disposta a arriscar. Tenho muito a perder!

Um grande beijo,
Tati.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O seu desejo é sempre o meu desejo...

Hoje a proposta da Glorinha para a Blogagem Coletiva é DESEJOS.

Nossa, tantas coisas passam pela minha cabeça. Começo pelo apelo óbvio, do desejo carnal, sexual, físico. Passo por todos aqueles outros desejos materiais, as vontades que nos assolam, as coisas que ainda quero ter. Em seguida revejo passagens de minha vida, o desejo de ser mãe, meus anseios profissionais - todos desejos. 

Os desejos da gravidez (eu tive um só). E o maior de todos, talvez, o desejo de entender o mundo, de que as coisas façam sentido, no meu sentido, claro! O desejo de respostas, de clareza, de verdade, uma verdade que possa ser compartilhada, mas...

Acabei me decidindo por contar uma história que muitos podem não acreditar. Certas coisas só são críveis quando acontecem conosco. E foi esse o meu caso! O desejo não é meu. Ou não era...

Quando eu fui morar com o Vi, uma coisa estranha começou a acontecer comigo. Uma vontade de ser mãe. Estranhissima para alguém que dizia não querer casar nem ter filhos... Mas, a vontade chegou. Com força total! Eu dizia para o Vi: "O útero grita". Quem conhece esta sensação sabe do que estou falando. Tem amigas aqui que sei que andam com o útero aos berros. Só que não parecia a hora. A grana tava curta (agora não tá mais... kkkkk), eu estava em um emprego instável e desgastante, andava demais, me expunha muito, não parecia a hora. Mas o útero... o útero não queria saber de nada disso. 

Foi nesta época que fiquei mal no trabalho e pedi demissão. Queria mudar de vida (é, estes repentes SEMPRE me assolam). Fui fazer curso de editoração eletrônica, queria trabalhar com computador, esquecer que um dia fui veterinária, um blá, blá, blá sem fim. 

O Vi trabalhava como médium em um grupo de apometria. Não vou explicar o que é, senão o texto ficará mais gigante do que já promete, mas o google tem a maior paciência para explicar, tá bem? Pergunta a ele. Neste trabalho, uma vez por mês os médius passavam, como pacientes, para reequilibrarem forças. Foi quando o Vi passou. E quem veio falar com ele? Um filho muito chateado, sentindo-se rejeitado, por que queria chegar e não deixávamos. O Vi voltou para casa neste dia angustiado... Conversamos e entendemos na hora que era o momento de acolher aquele que precisava nascer. E foi neste dia, uma terça-feira, que o Bê foi feito. Na quarta eu hesitei, tive medo, dúvidas... Eu estava desempregada. Sem rumo, sem lenço, documento e reais na carteira. Como assim, um filho? 

Na semana seguinte já era. Eu conheço bem meu ciclo, sabia, na sexta, que o período fértil havia passado. E como estávamos determinados (?), pensei que agora só no mês seguinte. Fiquei aguardando a menstruação descer, para novas tentativas. A cólica chegou, os seios incharam, o mal humor veio... mas a dita não chegava. Passa o tempo, começo a me sentir mal, passar mal todos os dias, um enjôo, tonteiras, cansaço absurdo, uma falta de concentração (e de cérebro!), como eu não percebi de cara? Pois é, não percebi, ou não queria perceber.

Fomos à clínica, e eu disse à médica, ou estou com labirintite ou grávida. Beta-aga-cê-gê.... Uma hora de espera. uma hora angustiada. A pergunta de um casal ansioso era: somos dois ou três? Resultado: positivo! Ele estava ali. Ele queria mesmo chegar! Ele chegou no dia exato, não podia mais aguardar. Seu desejo era intenso. E eu fiquei emocionada demais. Tão emocionada que fiquei parva, lerda. Não sabia muito bem como comemorar. Na saída da clínica o Vi sugeriu: Se for menino, o que acha de Bernardo? Amei! Nunca tinha pensado em Bernardo, mas achei lindo. Os 4 meses seguintes nos confundimos em nomes de meninas, mas nunca tivemos dúvidas que se fosse menino, Bernardo seria. E é! 

Faltava uma semana para o dia dos pais, e quisemos guardar segredo. Era a ocasião perfeita para contar às duas famílias de origem, nos dois almoços do dia (almoços onde eu não comi nada, diga-se de passagem... mega enjoada). Contar foi emocionante, nosso Bê já era amado antes mesmo de ter uma imagem. Ele desejou vir à nossa casa, e foi recebido de braços abertos.

Na sessão seguinte da apometria (seguinte à descoberta da gravidez) fui convidada a participar. E ouvi, pela primeira vez, na voz de uma médium grande e loira que incorporou meu filhote, sua gargalhada. Que emoção! Ele não disse nada, ele só ria! E vocês podem dizer que eu fantasio, que é uma auto-indução ou qualquer coisa, mas eu sei o que vi e ouvi. E até hoje, quando o Bê dá aquela gargalhada, eu me lembro do som que a médium emitiu, e sei que era ELE: O menininho que nos desejou, e a quem desejo, de todo meu coração. 

Desejo que seja feliz, que saiba-se amado, que seja digno e bom. Que tenha força de caráter, mais do que de músculos. Que viva uma vida plena, que faça a diferença, mesmo que para poucos, pois são pequenos gestos que mudam a direção da vida.

Um beijo a todos,
Tati.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ri melhor quem ri... mais tempo


Ano passado participei de um Congresso em Recife, num período que incluiu o feriado de finados. Cidade lotada!!! Não conhecia e aproveitei para visitá-la. Um dia fomos a Olinda. Que é lindíssima!! Pegamos um taxi até o alto da Sé e fomos descendo, caminhando. Era este dia, 2 de novembro. 

O governo de Pernambuco está fazendo um ótimo trabalho de estímulo ao turismo na cidade, que é muito pobre. Meninos são treinados para atuarem como guias, e conhecem todos os pontos turisticos. Fomos alertadas para tomar cuidado, por que eles se valem da esperteza e te guiam sem você pedir, depois cobram! Ai... jeitinho brasileiro... quando você vai acabar?

Muitas casas antigas, tombadas, são transformadas em atelies, com belos artesanatos da terra. Vimos coisas lindas! Outros tornaram-se restaurantes. Em muitos a sala é o ateliê e atrás é residência. Umas amigas contaram que foram comprar algum souvenir e, enquanto a mulher as atendia, um homem, atrás, sentado no sofá cortava as unhas... cena bizarra!! kkk

Mas o que quero contar, e que me faz pensar até hoje, quase um ano depois, foi uma situação experimentada lá. Muitos dos atelies estavam fechados neste dia, vários restaurantes também. Inclusive o melhor, aquele que nos fora ultra recomendado. Andamos até ele, pelas ladeiras e... fechado!! Acabamos almoçando em outro, bem gostoso também. Uma casa simples, aconchegante, limpa, decorada com arte local. Super agradável.

Andávamos muito, e tantas coisas fechadas... Existe uma casa que é de apoio ao turista. Fomos até lá, rindo, na dúvida se estaria aberta ou não. Chegando lá (estava aberta!), perguntei à atendente por que tantas casas fechadas e ela, com uma voz que dizia o óbvio:
É que hoje é fÉriado... 
- Ah, é... como não pensei nisso antes

hahaha
Dei risada por longo tempo daquela situação. Quer dizer que as casas que vendem para turistas fecham no feriado? kkkkk

Estes momentos tem cor, cheiro e som
Agora, outro dia, brincando com o Vi, tornei a falar neste assunto. E... um clique!
Peraí! Quem será que está errado? Será mesmo que a melhor forma de pensar é esta nossa, de cidade grande, de gente estressada, sem tempo para curtir família e casa, sempre lotados de tarefas, sem espaço na agenda para o que realmente importa? Como se aquela frase "o trabalho enobrece o homem" fizesse mesmo tanto sentido...

Quem enobrece o homem são os laços de amor que constrói, suas relações, a sua capacidade de distribuir alegria, de ser solidário, generoso... E quando vivemos contra o relógio nada disso é possível! A maneira como lidamos com o trabalho é atrasada, resquicios de um discurso pela riqueza do país. Como assim? Quem disse que quero acabar com minha vida para enriquecer o Brasil? Para encher os bolsos e as cuecas daqueles que viajam e aproveitam o que EU produzo de riquezas? Esse discurso precisa ser repensado. Quem o proferiu? E para quem foi proferido?

Me lembrei de quantas vezes vi alguém que gosto, relativamente próximo em uma rua, e passei direto, com medo de ser vista, por que estava atrasada. Atrasada para quê? Vou viver quando? Esperar ter 70-80 anos e dias à espera do fim? Como assim? Perder a oportunidade do abraço em uma amiga querida, da risada, do bate papo alegre... por tarefas enfadonhas?

Quantas vezes recusei encontros com amigos por estar lotada de coisas a fazer? Cadê estas tarefas? Por que elas não me deixam assim, tão repleta? Quando penso em coisas que me fazem sorrir, não penso nas tarefas. Penso nos momentos com amigos e família, nos sorvetes no fim de tarde, na água gelada do mar molhando meus pés... E por que sempre negligencio esta parte por aquelas de urgência e emergência, que descem no ralo da mente? 

Ontem eu não vi o Bê. Ele saiu dormindo para a escola, fiquei em casa, muito trabalho para fazer, só parei na hora de preparar o jantar. Quando os meninos chegaram, Bê chegou dormindo. E foi até hoje de manhã... Estou arrasada daqui. Tive pesadelos com ele que nem quero contar, por que dói só de pensar... E pelo que? Onde este trabalho todo se reverterá em boas lembranças?

Ops... De repente, o jeito de pensar daquela gente simples fez sentido em mim. Hoje, eu prefiro curtir o fÉriado. Aproveitar o tempo com aqueles que eu amo, que fazem diferença em minha vida e me fazem uma pessoa feliz! Ainda não consegui achar o ponto de equilibrio, mas estou em busca dele...

E você? Como tem vivido sua vida?

Beijos a todos,
Tati.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hoje devia ser feriado!

Hoje é um dia especial para mim. É aniversário do meu anjo gigante, o São Vicente que faz de minha vida um milagre. Um sonho bom de viver, uma realidade boa de sonhar.

Antes de conhecê-lo eu pensava que a vida era dedicar-se ao trabalho, a causas sociais, a grandes missões. Encontrá-lo foi simplificar, foi descobrir que a vida é leve, doce, colorida. Que ser feliz está ao alcance das mãos. Ao lado dele, no seu abraço, entendi que casamento podia ser algo bom, e desejei. Casada, me realizei. Descobri que um casal pode ser companheiro, que pequenos gestos podem mudar um destino, e com ele, quis um filho! Assim, um casal feliz virou uma família.

O Vi me ensina a ver a vida com outros olhos, a amar de uma forma suave, a esperar com paciência, a entender momentos sutis, como se a brisa da vida morasse em nossa casa, mesmo que muitas vezes eu seja uma grande tempestade!!

Posso ouvir uma chuva de críticas pelo que vou dizer, não ligo. Ele é minha fortaleza! Quando tudo parece fugir ao controle a única coisa que penso é em seu olhar, em seus braços, em sua voz. Muitas vezes, quando me perco em angústias, pego o telefone e ligo no meio do dia. Seu alô é um bálsamo, uma luz. Pura energia de cura.

Hoje, no seu aniversário, quero passar o dia em prece. Pedir que Deus o acompanhe, o apoie. Que São Francisco, nosso amigo, mantenha-nos em contato com a natureza, unidos, sólidos. Que sejamos sempre alegria e paz na vida um do outro. E que os bons espíritos me inspirem caminhos para fazê-lo feliz. 


Esta música faz parte de um presente que ganhei no início de nosso namoro. Ele resolveu gravar as músicas que o faziam lembrar-se de mim. Acabou montando um CD duplo... hehehe E esta música diz muito do que vai em meu coração neste momento e não sei como transcrever. Há emoções demais envolvidas. Nestas horas o melhor a fazer é calar. Contemplar o amanhecer, lembrar que este é seu horário favorito no dia. Desejar-lhe muitos e muitos amanheceres, numa paisagem de luz, flores, amor materializado. 
"Anjo, te amo como nem imaginava ser possível sentir. E cada dia mais. Que sua vida seja canção de amor, num acorde perfeito, em sinfonia de pássaros. Beijos aos milhares"
Entendam que não faço a menor ideia de quem são essas pessoas no clipe. Era a música que eu queria, na gravação que eu queria, no youtube. A única que tinha... Foi isso! rsrs
Um lindo dia a todos,
Tati