Por que há questões que são melhor respondidas com novas indagações!

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Só Por Agora conheçam minha amiga!


Mais uma postagem do "Agradecimentos em resposta" e uma oportunidade para apresentar uma amiga, caso alguns ainda não a conheçam. 

A Meri Pellens é uma amiga querida. Minha? Não só! Ela é amiga de todos por aqui, daquelas pessoas generosas, que sempre tem uma palavra delicada, de força e estímulo. 

Quando comecei o blog a conheci com seu Diário de Reyel. Achei o nome lindo, o template também era muito convidativo. Ela não apresentava seu nome real, e mostrava no perfil apenas seu lindo olho, verde e expressivo. Me afeiçoei, comentei em algum momento, ela respondeu. As respostas da Meri são especiais, ela é muito cuidadosa com as palavras que usa e faz com que seus amigos e seguidores sintam-se bem recebidos e cuidados. É, cuidados!! 

Foi assim que me senti quando, ontem, li este comentário. Veja se não é para ficar agradecida e lisonjeada? 

 Meri Pellens disse...



(...)
PS: Eu queria tanto ter entrado em contato com vc por e-mail, mas não sei seu e-mail, pois suspeitei, pela demora, de deficuldades com ativação do seu domínio. Fiz então um tutorial sobre domínios UOL HOST no Blogger na esperança de vc ler. Mas graças a Deus vc conseguiu! Parabéns!

Tá, só postei o P.S., mas foi o PS que me emocionou. Imagine você que ela se preocupou a este nível comigo! Na ausência do meu e-mail fez uma postagem, na intenção de me ajudar com minhas dificuldades com a migração. Não é coisa de uma pessoa muito generosa? E se eu tivesse conseguido acessar, com certeza tinha resolvido meus problemas sem precisar de qualquer outro tutorial. Ela fez um passo a passo, todo ilustrado com as telas que encontraria pela frente! Se estiver pensando em contratar domínio próprio, siga o post da Meri.
Estou feliz demais com tantas manifestações de carinho, com as boas vindas que recebi pelo retorno. Gostaria de convidá-los, hoje, a conhecer o SPA da Meri Pellens: seu Só Por Agora. Um blog que traz assuntos interessantes, polêmicos, reflexivos e muitas dicas instrutivas para quem está começando, e para quem quer crescer como pessoa. Além disso a Meri desenvolve Templates lindos, personalizados, e ajuda na instalação. Precisa ver o que ela fez para a Chica
Espero que vocês tornem-se amigos. Um dos maiores orgulhos que tenho na vida é o de apresentar meus amigos e torná-los amigos, independente de minha presença. Se faço isso na vida real, por que não aqui? A Meri é uma amiga que vale à pena!
Beijos a todos,
Tati.

sábado, 2 de outubro de 2010

Hoje é dia de comemorar!!!!

Bom dia a todos,

Hoje, 2 de outubro, é aniversário de uma querida amiga. Esta eu já consegui até desvirtualizar. Tivemos a oportunidade de nos encontrar pessoalmente, ouvir as gargalhadas - e quantas gargalhadas, né She? - ela ri de tudo e qualquer coisa que eu fale! Nos falamos vez ou outra por telefone e ela já conversou até com o Bê, a pedido dele!!

Enfim, uma grande amiga que conquistei por aqui, mas que segue em minha vida mesmo que eu não tenha mais conexão. 

Este aniversário é mais do que especial para esta amiga. Isso porque ela acaba de lançar seu primeiro livro, um romance chamado Cabra Cega, que estou lendo. Daqueles que tiram o fôlego. Uma história de um casal nada convencional e que, infelizmente, existe aos montes na vida real. Ainda estou no início, a leitura parece um pouco CSI ou Law & Order. Começa o capítulo dizendo onde está, e eu leio ouvindo aquela voz com barulho de teclas da máquina de escrever: Curitiba... txun, txun. Ouro preto... txun, txun! Sabe como? hehehe

Para comemorar o aniversário da minha amiga quero falar de seu livro, de seu sonho que agora torna-se realidade. E é uma realidade pelo empenho, dedicação, disciplina dela. A She traçou uma meta, a de publicar antes de seu aniversário, e conseguiu. Acho isso o máximo! Impor-se uma meta e cumprir. Parabéns amiga. Por ser este doce de pessoa, querida por tantos, por ser uma grande jornalista e escritora, pelo seu aniversário... Que a vida continue te brindando com carinhos, afagos, sonhos e realizações.

Como é muito querida, caso queira comprar seu livro é só entrar em uma das muitas "livrarias" espalhadas pela blogosfera. Boa parte de seus amigos colocou link para a editora. Uma chuva de Cabra Cega pela internet. Ela merece muito mais! Aqui no Perguntas em resposta também tem link. Ou você pode ir direto à fonte, conhecer a She, em seu Cantinho She, parabenizá-la e comprar um presente, que será seu! Sim, já pensou que neste caso se você comprar um livro para si estará presenteando uma amiga? Algo bem diferente, não acha? Todos saem ganhando!!! 

Um grande beijo,
Tati.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Internet amiga

Amigos,

Dia mais do que especial para minha internet retornar, e eu queria passá-lo todinho na frente da telinha dizendo o quanto são importantes para mim. Mas... a reforma ainda não acabou e foi um dia de muita martelada na cabeça, com a promessa de que "amanhã tem mais". Isso roubou toda e qualquer inspiração.

Amigo que é amigo entende, né? E prometo que retorno com força total, daí faremos nosso dia do amigo todo especial, uma data só nossa... Assim, poderei prestigiá-los como acho que merecem. Por hora fica um video do tempo que tirávamos retrato e não dizíamos Chôvê na sequência, da época em que mães saiam por aí abafando no visual poodle, com permanente bacana, enquanto chupávamos bala soft ou boneco e bebíamos grapete ou uvinha/laranjinha (alguém lembra daqueles veneninhos engarrafados?) e comíamos biscoito skinne ou rosquinha Mabel, para juntar selinhos e visitar a fábrica. Ai, deu uma saudade louca dos amigos de infância...

Aproveitem o dia com seus amigos, inclusive, lembrem-se que não há maior amigo nosso que nós mesmos... frase confusa, não? Mas é isso mesmo... hehehe



Beijos a todos,

Tati.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hoje devia ser feriado!

Hoje é um dia especial para mim. É aniversário do meu anjo gigante, o São Vicente que faz de minha vida um milagre. Um sonho bom de viver, uma realidade boa de sonhar.

Antes de conhecê-lo eu pensava que a vida era dedicar-se ao trabalho, a causas sociais, a grandes missões. Encontrá-lo foi simplificar, foi descobrir que a vida é leve, doce, colorida. Que ser feliz está ao alcance das mãos. Ao lado dele, no seu abraço, entendi que casamento podia ser algo bom, e desejei. Casada, me realizei. Descobri que um casal pode ser companheiro, que pequenos gestos podem mudar um destino, e com ele, quis um filho! Assim, um casal feliz virou uma família.

O Vi me ensina a ver a vida com outros olhos, a amar de uma forma suave, a esperar com paciência, a entender momentos sutis, como se a brisa da vida morasse em nossa casa, mesmo que muitas vezes eu seja uma grande tempestade!!

Posso ouvir uma chuva de críticas pelo que vou dizer, não ligo. Ele é minha fortaleza! Quando tudo parece fugir ao controle a única coisa que penso é em seu olhar, em seus braços, em sua voz. Muitas vezes, quando me perco em angústias, pego o telefone e ligo no meio do dia. Seu alô é um bálsamo, uma luz. Pura energia de cura.

Hoje, no seu aniversário, quero passar o dia em prece. Pedir que Deus o acompanhe, o apoie. Que São Francisco, nosso amigo, mantenha-nos em contato com a natureza, unidos, sólidos. Que sejamos sempre alegria e paz na vida um do outro. E que os bons espíritos me inspirem caminhos para fazê-lo feliz. 


Esta música faz parte de um presente que ganhei no início de nosso namoro. Ele resolveu gravar as músicas que o faziam lembrar-se de mim. Acabou montando um CD duplo... hehehe E esta música diz muito do que vai em meu coração neste momento e não sei como transcrever. Há emoções demais envolvidas. Nestas horas o melhor a fazer é calar. Contemplar o amanhecer, lembrar que este é seu horário favorito no dia. Desejar-lhe muitos e muitos amanheceres, numa paisagem de luz, flores, amor materializado. 
"Anjo, te amo como nem imaginava ser possível sentir. E cada dia mais. Que sua vida seja canção de amor, num acorde perfeito, em sinfonia de pássaros. Beijos aos milhares"
Entendam que não faço a menor ideia de quem são essas pessoas no clipe. Era a música que eu queria, na gravação que eu queria, no youtube. A única que tinha... Foi isso! rsrs
Um lindo dia a todos,
Tati

terça-feira, 6 de julho de 2010

Festa no mundo do Faz de conta!

Hoje o sol amanheceu sorrindo, qual desenho de criança.
Hoje as nuvens são de algodão.
Hoje, atrás do espelho, tem um mundo novo,
Hoje o mundo é das fadas, dos gnomos, da magia. De animais e bonecos que falam e interagem.
Hoje é aniversário de uma fada Rainha do Céu, que escreve seu Faz de Conta. 

Nossa querida Regina Coeli, uma moça encantadora e com mãos de fada comemora seus 62 aninhos. É um dia ainda mais especial por que, como todo faz de conta, seu livro foi aberto há 2 anos. E assim suas fábulas, lendas e outras histórias mágicas puderam sair e ganhar vida.
Quem ganha com isso? Nós, seus leitores e amigos. É um espaço para aprender, conviver, se emocionar. A Regina pinta, borda, cultiva plantas, conta ótimas histórias. 
Como Gepeto, constrói bonecos, mas de pano, que ganham vida. Como eu sei? Aqui em casa mora um deles, que fez questão de passar por aqui para homenageá-la.


Quando o amigo Francisco chegou, ainda atordoado da viagem, foi recepcionado por nós e de cara já fez amizade com o Bê. Os dois tem tanto em comum... Em pouco tempo já estava muito enturmado com outros bonecos, carrinhos, monstros, heróis... 



Ele é muito responsável e cuida bem do nosso menino. Está sempre de bom humor, com um sorriso largo no rosto, mesmo quando já é bem tarde e o Bê está que não se aguenta. Ele fica por perto, acolhe, acalma.








E depois que o anjinho dorme ele passa por lá, confere se está aquecido,  dá um beijinho e deseja bons sonhos, com aquele olhar cândido que lhe é peculiar! E  aproveita o tempo livre para conhecer novas histórias infantis. 

Então no dia seguinte, enquanto o Bê está na escola ele aproveita o dia: Toma um belo café da manhã, e come com muito apetite! Adora bolo e café, mas não dispensa uma pipoca!



Em seu tempo livre brinca com a coleção de carrinhos do Hot Wheels,  mas depois arruma tudo direitinho, que mamãe Tati é brava e não gosta muito de bagunça não ("ai, essa mãe tem tanto para aprender com minha Gepeto" -palavras do amigo Francisco...)

O dia é longo e o amigo Francisco resolve exercitar seus talentos para desenho. Sabe que o Bê adora desenhar e não perde um episódio de Louie logo de manhãzinha, então, mãos à obra.






Mas não deixa de cumprir suas obrigações. Ah, não! Ele sabe que tem um compromisso de distribuir frutas aos necessitados. E por necessitado entenda TODOS que as desejarem. Com muito carinho ele exerce sua tarefa.

Ao cair da tarde não dispensa uma conectada, para atualizar-se sobre o que se passa no mundo virtual. Às vezes joga algum joguinho e já pensa até em criar uma conta no Club Penguin só para acompanhar o Bê em suas aventuras. E visita também alguns blogs, mas a parada obrigatória é a NAVE MÃE, sua Gepeto, aquela que o criou e recheou de amor, antes de semeá-lo na casa desta família que o acolheu e o ama. E desta forma transcorrem os dias do pequeno amigo Francisco, aquele que chegou em missão de paz, como emissor de uma boa nova - a de que a humanidade tem jeito, que a amizade é possível, é verdadeira. Que podemos confiar em outros seres humanos. Essa é a maior verdade que chegou na caixinha amarela!

Feliz aniversário, querida Regina, daqui torcemos por você, por sua saúde, por sua felicidade. Que o mundo continue cuidando de você para que você possa continuar distribuindo amor! E parabéns pelos 2 anos do Faz de conta.

Beijos,
Tati, Vi e Bê.

terça-feira, 8 de junho de 2010

HOMENAGEM, AINDA QUE TARDIA


 

Odeio homenagens póstumas, parece coisa de quem perdeu o bonde. Para mim, homenagens devem ser feitas enquanto o homenageado está vivo, presente, pode receber todo aquele afeto. Depois, para quem é a homenagem? Claro que lembrar de quem já partiu é necessário, que falar de quem já foi é uma forma de trazê-lo de volta à vida... mas homenagens são sempre mais generosas quando podem ser apreciadas pelo homenageado! É assim que eu penso e pronto!

Só que hoje vou morder a lingua. E vou dizer o motivo de minha homenagem póstuma: CULPA!!
Sim, muita culpa. Hoje, minha gatinha, minha filhotinha linda, minha japonesa, minha gorda, minha neném partiu. Ela já não era um neném há muito tempo. Estava velhinha, doentinha, magra... E também já não era minha há muito tempo. Eu dizia que era minha "filha casada", pois morava em outra casa - a da minha sogra - que a acolheu com muito carinho e por isso serei eternamente grata!

A Florzinha é uma gatinha vira-lata tricolor, por quem me apaixonei nos idos de 1995, quando a vi, junto com seu irmão amarelinho, dentro de uma gaiola de pássaros, na porta de uma pet shop. Estavam ali à espera de alguém que os adotasse. Não resisti, levei os dois para casa. Inventei uma história maluca, que minha tia-avó tinha me dado de presente e que não pude recusar (meu pai ODIAVA gatos). Os dois foram morar no meu quarto. Eram tão pequenos!! Ela era menor que ele, e queria imitá-lo em tudo, só que se atrapalhava, caía... Ela era meu alter-ego desde sempre: estabanada, de lua, mal humorada, agitada, preguiçosa, manhosa... Passava horas do dia observando-os.

Recebi um ultimato: dois não dava! Ok, vou escolher um dos dois. Fiquei com ela!! Não dava para ser diferente! Coisa mais linda, fofa, levada e muito, muito engraçada.

Vivemos grandes aventuras. Havia tanta intimidade e cumplicidade. Primeiro cio, a bichinha enlouqueceu. Miava, gritava, esfregava-se por tudo. Tentei manter as portas fechadas, ela era ainda uma criança, não podia deixá-la solta, um gato mal intencionado podia comprometer-lhe a reputação! Não deu certo, minha adolescente fugiu e voltou grávida. Assumi meus netos: 4! Ela teve uma gravidez tranquila, e me aguardou chegar do cursinho (sim, pré-vestibular na época...) para ter seus bebês: Cheguei, ela pulou no meu colo, rompeu a bolsa, molhou meu jeans. Fomos para seu ninho no meu quarto. Sentei ao lado dela e fiquei lá até o último filhote. Minha mãe levou lanche para mim, ela não queria que eu saísse de seu lado. Tive que correr para o pipi, minha mãe disse que ela ficou ansiosa, me procurando. Não saí mais! Foi mágico e intenso!

Foi ótima mãe, mas tinha clara predileção por um dos filhos. Um macho amarelo, muito sabido, que ganhou o nome de Simba da família que o acolheu.

Vivemos grandes histórias, muitas e muitas ao longo de sua vida. Quando o Vi me chamou para morar com ele avisei, sou pacote completo! Ela foi morar com a gente. Aos poucos o conquistou de tal forma que quem ficava de fora das brincadeiras era eu! Era a ele que ela cumprimentava primeiro quando chegávamos.

E onde está a culpa nisso tudo? Foi a primeira mordida de lingua! Quando estava grávida ouvi muitas vezes: "agora você precisa se desfazer da gata..."  gente, sou veterinária. Sei que toxoplasmose tem muito menos a ver com o gato do que com carne mal passada. E eu nem comia carne!!! Para pegarmos toxoplasmose do gato temos que engolir fezes de gato ou carne de gato, e isto nunca fez parte do cardápio lá em casa.

Só que quando o Bê nasceu começaram as crises de asma, cada vez mais fortes. Fui pensando no assunto, me fortalecendo e num dia, numa consulta pediátrica de urgência, no meio de uma crise horrível, tomei coragem e perguntei para a médica dele: "A gata pode estar agravando o problema?" Sim, pelo de gato é muito fininho, pode e muito piorar o problema, além disso, saliva de gato é extremamente alergênica... Well, o que fazer? Minha gata já tinha mais de 10 anos, era uma senhora madura, gorda, castrada, linda, mas idosa. Como entregar minha filha assim? Chorei horrores e procurei uma casa que eu confiasse. Na da minha mãe não podia mais, pois o Bê ficava com ela durante o dia, enquanto eu trabalhava.

Minha sogra, de forma muito generosa, aceitou abrigá-la. Mora em uma casa enorme, com quintal idem, sempre tem gente em casa. Para a Flor foi melhor, eu acho. Lá em casa era uma vila, casa pequena, sem quintal, ficava presa e sozinha o dia inteiro... Mas e a saudade? E os laços criados?

No início mantive a compra da ração premium que era seu cardápio gourmet, visitava com mais frequência, ainda assim não era a mesma coisa, não tinha mais aquela coisa de carinho no colo, no sofá da sala... Aos poucos, vida corrida, comecei a vê-la apenas quando íamos à minha sogra (quase todo final de semana). Então veio nossa grande recessão e parei de comprar sua ração. Minha sogra assumiu o papel de provedora. A idade começou a pesar, ela ficou doente algumas vezes (entendam, sou veterinária, mas NUNCA fui clínica), precisava levá-la ao clínico. Como? De verdade, não tinha recursos para isso. Chorei algumas vezes a raiva da indignidade que isso representa. Queria poder oferecer-lhe coisa melhor, naquele momento não podia. Liguei para alguns amigos, consultas por telefone, o que sabemos não é o mesmo. Sei que não cuidei dela como devia, como ela merecia. Sei que também não ando cuidando de mim como devo, mas isso tudo se resolverá em breve! Minha filhotinha não estará por perto para receber o tratamento que merece.

Este domingo ela já estava muito caidinha, eu fiquei com ela, no chão, rezando para que aquilo não se prolongasse, para que ela partisse em paz. Que dor a da despedida, que dor maior despedir-se com culpa... Saí de lá e disse para o Vi: "Sabe que hoje foi a última vez que vimos a Florzinha, né?". Achei que ela não chegaria ao dia seguinte. Estava serena, mas de partida.

Hoje o Vi ligou, a Flor despediu-se. Viveu muito e bem. Recebeu amor, distribuiu amor. Foi especial, e eu queria ter feito mais por ela.

Hoje faço aquilo que acho horrível, a tal homenagem póstuma, por que preciso dizer, para mim e para quem quiser ouvir, que a Flor merecia mais. Merecia melhor. E que eu sinto saudades!!

Tati.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Conversando com o espelho

Tenho a sorte de ter feito grandes amigas na vida. Tem uma em especial que já não considero uma amiga. Nós dizemos que somos espelhos. Não somos idênticas (só em algumas coisas), mas nos entendemos plenamente, na verdade essa definição tem mais a ver com outra coisa. Sabe aquelas coisas que só contamos para o espelho? Sabe aquelas nossas pequenas falhas de caráter que escondemos até de nós mesmos se pudermos? Então, estas coisas nós podemos confiar uma à outra, e confiamos com frequência. A gente se entende no olhar, na voz, no pensamento.

A gente pode dizer tudo, e qualquer coisa, sem medo do julgamento da outra. Que pode nos criticar e aceitamos sem milindres (só quando é entre nós - não tente fazer o mesmo em casa), por que sabemos que é pelo bem.



Eu sei que já mudei o rumo da história dela algumas vezes e ela muda a minha vida o tempo inteiro, e já até tirei postagem do ar só por que ela achou que eu estava me expondo demais. Ela é escorpiana como eu!!

Mais sorte do que tê-la como espelho é tê-la como colega de trabalho. Assim, eu faço o que gosto e com quem gosto! Apesar de, neste momento, trabalhar mais de casa do que em nossa sala, a gente se fala todo dia, faz reuniões pelo msn ou google talk e nos ligamos muitas vezes. Sinto uma falta imeeeensa do contato, da rotina, da presença física, dos almoços no melhor restaurante que se pode imaginar (o Laboratório Culinário merece post. Podem cobrar!), dos nossos cafés com desabafos e risadas, dos dias de estresse por que nosso chefe está cobrando mil coisas, dos dias divertidos por que nosso chefe está de ótimo humor e também é grande amigo...

Ontem eu telefonei para ela no meio de um trabalho que fazíamos e um dos filhotes dela atendeu (sim, a louca tem dois... kkkk). Falar com o Fred, que está prestes a fazer 6 anos, foi tão legal. Eu disse:

- Olááá, é o Fred?

E ele repetiu um olá igual ao meu. Eu continuei conversando com ele, deixando claro que sabia que era ele do outro lado. Ele deu uma gargalhada tão gostosa, tão feliz por que a ligação era para ele! E quando a Alê pegou o telefone a única coisa que eu consegui dizer, sob forte emoção, foi: "Eu amo seus filhos"!

- Também amo o seu. É como se fosse um pouco filho também.
(não são lindos?)

A resposta dela não poderia ser outra, não por média, mas por sentimentos recíprocos e verdadeiros.

E fiquei pensando, que somos mesmo um pouco leoas ou leitoas. Não me entenda mal sobre isso É que como estas fêmeas, somos capazes de amamentar e proteger as crias daquelas que fazem parte de nossa matilha (? Ih... qual o coletivo de leitão e de leão?). E fazemos isso com muito amor e desprendimento. Mas no caso da Alê é diferente, não é como pensar no filho da amiga, é como pensar no reflexo do meu filho no espelho!

Eu sei que o momento que relatei pareceu bobo, e foi, mas a emoção que senti... nem sei explicar...

A Alê é aquele encontro que não poderia deixar de acontecer em uma vida, sabe? Ela da novo significado à minha com frequência. E eu sei que faço o mesmo por ela. E entendendo o que disse Djavan,  "se tivesse mais alma para dar, eu daria".

Hoje não fiz rir, né? Mas escrevi com muita emoção mesmo... Para compensar, contarei uma piada depois, tá?

Beijos a todos,

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quem tem amigos tem o mundo


Amigos queridos,

Antes de ontem escrevi um desabafo que vocês não podem precisar o quanto foi sofrido. Aliás, este momento está sendo mesmo duro de enfrentar, mas não tenho escolha. Recuar é abrir mão de tudo pelo que venho lutando em minha vida profissional. Graças a Deus em família está tudo bem.

Este é provavelmente o último mês deste martírio, que se seguir o cronograma planejado encerra-se dia 19 de maio e aí detalho melhor para vocês minha batalha.

Mas o que tudo isso está fazendo aqui? Vou explicar, peraí...
Escrevi com a certeza de que ninguém entenderia e portanto, não teria comentários. Escrevi por que queria gritar e como moro em apartamento, chamariam os porteiros, o síndico, a polícia, os bombeiros...
Qual não foi minha surpresa com as manifestações de apoio e carinho que recebi? Amei cada uma. Alguns de gente que está sempre por perto e justamente por isso acabam tornando-se mais íntimos. Outros mais discretos, não costumam manifestar-se, mas fizeram-no!

Quero agradecer a Giovanna, que estava num dia nublado, mas não permitiu que as nuvens de sua alma a impedissem de me dar apoio, a Meri, que é muito querida e está sempre disposta a estender sua mão, a Ana Cristina que é cada dia mais importante para mim e que espero, também encare seus fantasmas, a Silvia que me estimulou a acreditar que sou corajosa, mesmo eu não acreditando muito nisso... a Kátia que me conheceu naquele momento e fez-se amiga, a Josi com quem tenho trocado ótimas impressões sobre a vida, ao Olavo, que tem um blog que eu adoro e que eu nem imaginava que me lia... A Yoyo que a cada dia é uma amiga mais e mais querida e a Carmem, uma das primeiras blogueiras que passei a seguir e que me orgulho de ter no meu roll de relações na blogosfera.

Mas preciso destacar a Marli. Sabe por que? Por que desde quando nos conhecemos parece haver uma sintonia fina entre a gente. Já fizemos postagens que se complementam (sem querer) duas vezes: Aqui  e aqui.
E ontem, ela foi um anjo em minha vida, daqueles que podem ter aceitado o chamado sem saber, por que ela disse exatamente o que eu precisava ouvir. Depois que li suas palavras eu tomei coragem e mergulhei na água fria. Agora vou encerrar esta página nada agradável de minha vida. E sabe o que fiz depois de ler o que ela me disse? Parei de olhar o dia da conclusão (algo que vem me aterrorizando, pela certeza de que não terá o resultado esperado), e comecei a imaginar o dia seguinte. Quando este peso terá saído de minhas costas, não importa a cara que ele tenha (o resultado). Ah! Este dia está mais perto agora. Obrigada queridos amigos. Obrigada querida Marli!

E como não poderia deixar de falar, uma amiga que não é virtual (apesar de passar por aqui de vez em quando), mas que é muito mais do que um anjo em minha vida. É meu espelho, é assim que gostamos de nos identificar. Obrigada Alê querida. Nem sei mais pensar o que seria de minha vida sem você. Te amo, viu!

Um beijo a todos,
Tati.

sábado, 10 de abril de 2010

Cinco anos


Eu estou apaixonada pelos cinco anos. De verdade!! Acho que todas as fases do Bê foram ótimas. Não sinto saudades dele muito pequeno, não por ele, mas por umas questões que estou me preparando para contar por aqui. São dolorosas até hoje e preciso me fortalecer antes.

Mas os cinco anos... Que coisa gostosa que é esta fase! Eu não fazia ideia que seria assim. As gracinhas são mais engraçadas, as conversas fluem com facilidade, a integração é maior, ele entende e se faz entender. A colaboração já existe. Ele sabe pedir o que quer e de uma forma irresistível: "mãe, faz um bifinho para mim" é um pedido enternecedor naquela vozinha amada!

A vida está mais feliz que nunca, e o Bê é responsável por grande parte disso. Venho planejando escrever sobre os cinco anos há algum tempo, sempre que meu coração quase explode de paixão... Mas hoje não vou escrever as gracinhas que venho planejando escrever. Isso por que, apesar de tudo, ele ainda tem bronquite aos cinco anos, e está em plena crise. Uma crise que vem se estendendo de forma sub clínica desde a festa do Matheus, mas esta noite foi terrível. Dormimos muito pouco, berotec e atrovent às 2h30 da manhã é de matar... Fui dormir às 4h e meu cérebro resolveu tirar folga.

Então resolvi postar uma homenagem que fizemos para ele no aniversário de 5 anos. É um "poeminha" (desculpem a falta de talento para a coisa, mas há muito amor em cada verso) que escrevi para ele há alguns anos. Incorporamos o verso dos cachinhos a pedido dele. E nós três fizemos a arte juntos. Muitas das fotos foram escolhidas por ele.

Amanhã já terei dormido e poderei escrever melhor sobre os 5 anos.
Os templates que servem de fundo foram todos retirados daqui, e são free. Espero que gostem!









Beijos, fiquem com Deus.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vó Didi


            Encontrei este blog, que já valeria ser lido por seu nome: “Personal Palpiter” é interessantíssimo! Mas além disso, os textos são ótimos. A Ale não conseguiu ler, disse que são tristes por que falam da velhice. Eu achei encantadores. Falam mesmo da velhice, com sensibilidade, mas sem floreios. Não “glamouriza o momento”, retrata situações internas, pela ótica do idoso. Achei lindo!
            Claro que não pude parar de pensar naqueles que fazem parte da minha vida. Em especial minha avó Didi, linda, delicada, pequenina, e eu, criança, não podia compreender a intensidade de sua condição. Minha avó teve Alzeimeher, desenvolveu após a morte de meu avô. Não agüentou conviver com a perda de seu grande amor!
            Eu só me lembro dela doente. Não tenho nenhuma lembrança dela antes disso. Por que ela morava em São Paulo e eu no Rio, nos víamos em férias. Depois disso ela morava um tempo com cada filho, um pouco em cada estado: Rio, São Paulo, Minas... É da avó que morou conosco que me lembro. Lembro de seus cabelos brancos, fininhos, lindos. De seus olhos distantes. De sua pele muito fina, tão branca, tão suave... Lembro de seus óculos, brutos demais para ela, de aros pretos. De seus vestidos estampados, das camisolinhas também floridas que as vestiam depois. Lembro do quanto ela gostava de café, um pouco lembro, um pouco armazeno o que nos foi contado em diversas conversas de família, essas coisas se confundem.
            Lembro que ríamos de suas confusões, que implicávamos com ela, que a deixávamos nervosa ao jogar bonecas para o alto, por que ela se confundia com bebês. Hoje gostaria de fazer diferente, mas eu era muito criança. Eu tinha um pouco de medo de sua loucura. Era difícil classificá-la, ela ocupava a posição de avó, mas também de irmã mais nova.
            Este blog trouxe à tona muitas imagens que havia me esquecido. Foi bom. Durante minha vida inteira sempre ouvi histórias de como meu avô era engraçado, espirituoso, sonhador. Meu vô Pastorello foi marcante na história da família. Minha avó aparece um pouco como coadjuvante, só que minha mente processa diferente, eu a vejo grande e forte nas histórias que me contaram. Ela sustentava uma casa, ela era a mente, a lógica, o chão. Numa época em que poucas mulheres ocupavam essa posição no mundo. Meu avô sonhava e minha avó agia. Trabalhava muito, ficava pouco com os filhos, por que precisava agir. Admiro muito minha avó, admiro as pessoas de fibra! Acho que porque gostaria de ser um pouco mais assim.
            Pareço mais com meu avô do que com minha avó, sou mais sonhadora. Treino e me esforço para ser um pouco mais como ela. A felicidade está do outro lado, mas a vida exige que assumamos este papel. Quando não assumimos, o estamos delegando a outros, com isso, interferimos no acesso do outro à felicidade. Se equilibramos sonho e ação temos, todos, a oportunidade do prazer e da felicidade. Será que é isso mesmo? 

domingo, 3 de janeiro de 2010

Aos amigos

Quero apenas registrar o quanto ontem foi um dia especial.
Amigos são pessoas que renovam nossas energias pela troca, pelo sorriso que geram, espontaneamente, em nossas almas. Eu tenho amigos assim, e ontem tive a oportunidade de encontrar alguns. Duas de minhas melhores amigas. Uma está morando na Costa Rica e vem apenas uma vez por ano aqui.
A outra, morou muitos anos no Pará e retornou agora (há um ano) para o Rio. E a gente ainda não tinha se encontrado.
Foi uma tarde maravilhosa, com nossas famílias participando.
É indescritível a emoção de um filho nosso brincando e compartilhando com os filhos de amigos da época em que éramos só filhos. Só quem já passou por esta experiência pode entender o que estou falando.
Amo demais estas amigas. Estar com elas me fez muito bem.
Agora quero fazer mais vezes!!
Um beijo aos poucos (que tornem-se muitos) leitores,
Tati.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"O Bê é assim por que escrevi, ou escrevi por que ele é assim?"


Quando eu estava grávida escrevi algumas coisas para o Bê (depois que ele nasceu passei anos sem conseguir escrever grandes coisas, hehehe), mas este texto em especial me deixa uma grande dúvida: Será que o Bê é assim em função do que desejei para ele, ou eu escrevi o que já sentia que ele seria? Perguntas que não tem resposta. Só sei que a gargalhada que ouvi a médium dando na consulta da apometria, assim que soubemos que estava grávida, é a mesma que ouço quando o Bê está muito feliz. Isso sei que não é coincidência...

"(19/11/04)
Meu filho lindo, com nome de guerreiro. Guerreiro da paz, na defesa dos animais.
Ainda sem te tocar já te amo como sei amar. E a cada dia mais.
É bom te sentir. Mexe sempre, mexe muito. Chuta, faz bagunça. por que é só assim que te encontro. E já sinto saudades!
Tudo o que se refere a você, ao seu ou ao nosso mundinho, me interessa.
Quero saber te fazer feliz. Te ajudar a crescer seguro, confiante, em paz.
Que seja um grande ser humano, mas acima de tudo, que seja você, a quem dedico amor incondicional:
Meu ventre, meu sangue, meus pensamentos e emoções, meu tempo, minha casa, meu coração e minha vida.
Seja bem vindo à nossa pequena família, Bê.
Te aguardamos repletos de esperança, alegria e gratidão.
Mamãe.

Era isso. Não tem um cunho poético, nenhuma preocupação com a formalidade da escrita. Apenas carinho de mãe que ainda estava para ser. E adivinhei direitinho o garotinho que ía receber!

Até a próxima.
Tati




sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nós descendemos de um herói


Esta é uma pequena homenagem que faço ao meu avô, que se despediu de nós no último domingo, dia 04 de outubro. Estou racionalizando bastante, e tentando compensar a tristeza com otimismo, com gratidão. Sim, gratidão mesmo. Por que quantas pessoas nós conhecemos que viveram todo o seu ciclo? Que tiveram a oportunidade de viver 90 anos, 62 de casados, comemorar com a família os 90 numa festa linda, conhecer 5 bisnetos, passar seu recado e deixar uma família inteira com saudades, orgulhosos por tê-lo em nossa árvore genealógica? Quantos você conhece? Eu só conheci ele!
Então, segue a homenagem, como a emoção me permitiu expressar.


Coisa freqüente e-mails e mensagens que nos dizem para nunca deixar de dizer a quem amamos que os amamos. Que são importantes para nós. Imaginava que levava essa lição à risca, por que acredito que é verdadeiramente tocante. Não guardo a melhor louça ou roupa para raras ocasiões especiais, digo a quem amo, que amo, como comidas gostosas quando sinto vontade, abraço e beijo e encho de carinho aqueles que me são caros. Mas opa, cometi um pequeno deslize nisso tudo e torço para poder reparar meu erro.
Ontem (28/09), aos 90 anos, meu avô infartou. Está internado, lúcido, mas com uma grave lesão. E no momento em que recebi a mensagem de minha mãe, do outro lado do celular, entendi isso. Entendi a importância do Vô Manel em minha vida, aliás, na vida da minha família.
Meu avô é um pernambucano arretado, forte, decidido, durão, e o elo mais forte entre nós.Você pode se questionar e dizer que o maior elo entre membros de uma família é o amor, e é isso mesmo. Meu avô é o amor em nossa família.
De uma família pobre, com muitos irmãos, no sertão de Pernambuco, veio meu avô para o Rio de Janeiro. Semi analfabeto, lutador, determinado, dotado de valores fortes e até bastante inflexíveis. Tenho muito orgulho de te-los herdado!
Apesar de ser o avô mais próximo geograficamente (morávamos todos no Rio de Janeiro, enquanto meus avós maternos moravam no interior de São Paulo e morreram quando eu ainda era criança) nossa aproximação com eles não era forte. São muitos netos, eu nunca estive entre os favoritos, entretanto agora entendo o quanto ele esteve presente dentro de mim a vida inteira. Eu sou muito parecida com ele. São deles os valores em que acredito e pelos quais me sinto valorizada. A concepção que temos de família, recebemos dele. Somos felizes e unidos. Ele é nosso elo de ligação.
Sim, estamos todos nervosos e apreensivos. Meu avô é estrutura de base, ele é exemplo a seguir. Ele é alguém que quero que saiba de minhas vitórias, de minhas conquistas. Adoro ouvir suas histórias, suas lições, seus conselhos. Falar com ele sempre me deixa feliz, mesmo quando é um pequeno bate papo por telefone. E por que quase não ligava para ele? Por que só agora isso tudo faz sentido em minha mente. Por que enquanto minha mãe, do outro lado do meu celular, me dizia o que estava acontecendo, eu tremia e sofria. E pensava nele, e pedia, mesmo sem pedir, que Deus o protegesse, cuidasse dele. O trouxesse de volta para nós.
Sim, sofro o risco de perder meu avô, a presença física de meu avô. Nunca verdadeiramente o perderei, por que ele está na minha obsessiva mania de honestidade, de verdade, de ser correta. No meu jeito duro e estúpido de ser franca, sincera. Ele está na forma como educo meu filho, com rigor, com disciplina e limites. Ele está na maneira em que lido com meu marido, buscando a harmonia familiar. Ele está no convívio com meus pais, meus tios, minhas primas...
Quando ele nos contava suas histórias, ficava difícil saber o que era realidade e o que era fantasia. Sua vida não foi fácil, teve uma infância dura, diz que matava rolinhas para levar comida para casa. Diz que veio por que era matador em Pernambuco, mas isso eu acho que era lenda, meu avô é um homem de princípios rígidos, um homem trabalhador e pacifico. Foi motorista de táxi, feirante, dono de posto de gasolina e acabou montando uma empresa de radiadores, a Radiador Mauá, cenário de muitas traquinagens da minha infância.
Eu só quero que ele fique bem, e então neste momento, irei correndo até ele dizer o que não sabia que tinha para ser dito até ontem. Que ele é um herói para mim, que o admiro e respeito. Que ele me inspira e me dá norte. Que o amo!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Carta para meu Gigante

Essa é uma carta antiga, escrevi para ele em 2003. Por que gigante? Por que sempre o admirei que é assim que ele é para mim: Um "gigante espiritual", alguém que quero ser, quando eu crescer! Ainda o admiro tanto assim. Aprendo com ele dia a dia, e ele faz questão de dizer que aprende comigo. É pura gentileza esse gigante!!

Vai a carta, assim nunca a perderemos!

"Se meu amor crescer e virar árvore no Pantanal.
Estarei lá. E serei um Tuiuiú, sobrevoando suas folhagens, saudando sua beleza. Farei ninho em seus galh0s, mais uma vez me aconchegando em seu abraço.

Se meu amor crescer e se tornar pé de tangerina, só para me agradar. Estarei lá, enaltecendo-o, como abelha, polinizando suas flores, para que dissemine seus frutos, irradiando pura energia.

Se meu amor crescer e for um simples pé de hortelã, discreto como ele gosta de ser (e por isso mesmo é tão marcante!), quero ser cozinheira e usá-lo como tempero em tudo o que eu venha a fazer. Para que nunca me esqueça o quanto seu gosto é bom, o quanto seu cheiro é bom. E o quanto sua presença valoriza qualquer instante, tornando a vida mais plena. E faria um chá bem forte, para ser assim, mais uma vez aquecida por seu calor.

Mas enquanto ele é Vicente (e eu sou Tati), que seja sempre o quadro em que me espelho. Seja sempre o meu companheiro, meu cúmplice."

O resto é só para ele. Esse eu quero dividir como um exercício de exposição. Por que tenho muita dificuldade de compartilhar meu mundo, e quero vencer essa barreira. Não sei se em algum momento alguém irá ler o que escrevo, mas agora está aqui, para quem quiser acessar. Seja lá o que for.

Um beijo a quem passar por aqui.

Tati.